Ela, talvez por desconhecimento ou excesso de fé liberal, apresenta:
1 – Elogio ao acordo com o FMI de 1983, que nós definimos como a Morte do Desenvolvimentismo à taxa de 7% a.a. nos últimos 50 anos anteriores. Competíamos com o Japão na disputa do crescimento. Nós caímos nas garras do FMI, e os nipônicos no conto da valorização do iene – episódio do Hotel Plaza. Nunca mais apresentamos crescimentos de 7% a.a. para os dois, e
2 – Culpa aos déficits públicos como razão da dívida. Nós achamos trabalho premiado (e incluímos os novos dados) que mostra que a soma dos superávits primários, no período (35 anos), se igualam à divida. Isso revela que a constituição da Dívida nada teve a ver com o “financiamento do déficit” (Finanças Funcionais – FF, explica isso muito bem), mas tão somente com o estabelecimento do “Rentismo” no país favorecendo a banca e os 1%.
O artigo de Claudia nos indica, pelo pensamento liberal, que a política dos próximos anos dos 1% será o velho “austericídio”, é claro. Virão solicitando sacrifício e compreensão dos 99%, e também mais um “pouquinho” de juros altos. E qual o motivo a ser alegado? O de sempre, a “herança maldita dos governos trabalhistas”!Ok, eles venceram – por agora. Mas, partindo de premissas equivocadas, não tropeçarão nas próprias pernas?
1 Hélio Silveira – Economista aposentado do BNDES
2 Gustavo Galvão – Economista do BNDES, doutor em economia pela UFRJ
3 Rogério Lessa – Jornalista Econômico da Associação de Engenheiros da Petrobras – AEPET
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