Há uma enorme imprecisão neste texto. Dramática. Da família pobre saiu outra pessoa para sucesso profissional e social. Na verdade, em trajetória muito mais fantástica – e excepcional – que a do meu pai. Isso porque não se chama… “Brillo”. E não tem tampouco mãe de olhos azuis. Na verdade, muito longe disso: é preto. Preto retinto. Assim como a (nossa) “Tia Benedita”, comum. Aquela que, até no nome, era… preta (como sempre ouvi). Mostrando o quão falso, odioso, injusto, são todos os estereótipos alimentados para reforçar o racismo – estrutural – do Brasil, como 99,999…% dos pretos (e pardos) do nosso país, nem Tia Benedita nem tampouco o “Primo Jorge” nunca foram… “malandros”. E, no entanto, certamente a sociedade brasileira sempre os terá – majoritariamente – tratado assim. I.e., até “Primo Jorge” ter ficado – por mérito artístico excepcional – rico e famoso. Até em nível internacional!
A sacanagem, a ajudar os racistas do Brasil, é que sempre haverá a tal da “exceção que confirma a regra”. A laranja podre do cesto. Na semana passada, lamentavelmente travei contato com a mesma. E, (muito!) contrafeito, ora sou forçado a expô-la enquanto tal. Na qualidade de (autointitulado) “Cacique Juruna do Séc. XXI”. Ou seja, com áudio e vídeo. Tudo gravado.
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