Diários da Pandemia: na Noruega

Como brasileira, bem adaptada e acostumada com o  país (que é minha segunda pátria), sinto-me segura e privilegiada por estar aqui nesse momento de crise. Por outro lado, é extremamente doloroso ver que o Brasil, onde estão aqueles que tanto amo (e outros que não conheço, mas pelos quais meu coração se enche de pranto e ternura), segue o caminho oposto ao daqui. Caminho injusto, construído por uma minoria que historicamente relega o povo a si mesmo e que só pensa em dinheiro e poder.

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Decifrando: a mise-en-scène militar — D.E. 20/abr/2020

Destaques:
(i) Diretamente de Berna, Suíça, Romulus Maya, Editor-chefe do Duplo Expresso, atualiza o expressonauta sobre a conjuntura, na semana que começa com “telecatch” no picadeiro Brasil. Se as “instituições” e “os militares no governo” estão tão “incomodados” com o ato pela “intervenção militar”, prestigiado pelo homem-bomba no Planalto, por que não cobram de Heleno, Chefe da “Inteligência” brasileira, nomes e placas de carro? Por que o MPF não enquadra essa galerinha de sempre na Lei de Segurança Nacional? Ah, a canastrice…
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(ii) Do Rio de Janeiro, Felipe Quintas, cientista político e doutorando da Universidade Federal Fluminense, dá sequência à série sobre líderes nacionalistas da periferia do capitalismo, hoje com Nehru e Indira Gandhi.
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Imperdível!

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Não morreremos! Não deixaremos morrer!

Por Cláudia, Gláucia e Lúcio.
Nossa ciranda continua a girar, agora se adaptando aos tempos de distanciamento social.
Também vimos, hoje, em vários pontos, carros distribuindo comida. As pessoas estão se sensibilizando. Existe um movimento crescente de “Não morreremos e não deixaremos morrer. Vamos fazer nós mesmos”.

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Fazendo do COVID uma nova “Facada de Juiz de Fora”

Por Luiz Carlos de Oliveira e Silva.
Como ficará o lulismo como força eleitoral a partir de agora, quando os programas de transferência direta de renda – um dos carros-chefes da propaganda petista – foram apropriados por Bolsonaro?
Como ficarão Dória e Witzel quando Bolsonaro jogar no colo deles o preço salgado pela recessão e pelo desemprego?

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Como anunciado: chegamos às valas comuns. E agora? – D.E. 19/abr/2020

Destaques:
Diretamente de Berna, Suíça, Romulus Maya, Editor-chefe do Duplo Expresso, recebe, (i) de Brasília, o economista Gustavo Galvão (vaquinha aqui); (ii) do Rio de Janeiro, Felipe Coutinho, Presidente da AEPET, a Associação de Engenheiros da Petrobras; e (iii) de Minas Gerais, o jurista Luiz Moreira, constitucionalista, professor e ex-Conselheiro do CNMP. “Como anunciado: valas comuns. E agora?”

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Tão perto da prosperidade universal, tão longe da sobrevivência assegurada

Por Gustavo Galvão.
A diferença entre a humanidade ser extinta ou vivenciar pela primeira vez na história uma prosperidade realmente universal e mais igualitária pode estar em uma teoria econômica.
Isso parece papo furado de economista. Não é. Essa teoria é real, relativamente antiga – tem quase 80 anos -, não tem nada de revolucionária e já fora comprovada na prática em dezenas de países e por muitas décadas de aplicação bem sucedida, mostrando-se capaz de gerar o verdadeiro desenvolvimento econômico e justiça social.

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FFAA: o Haiti é aqui

Por Piero Leirner.
Bolsonaro está sendo pilhado p/ tacar fogo no circo, a ponto de que o caos fique tão absurdo que a única saída seja a tal intervenção militar.
Ontem ele falou que “o Brasil vai quebrar, vai ser o caos. Ficaremos como a Venezuela”, na CNN. Mas é Haiti.
Bolsonaro pode ter o cenário venezuelano do “bloqueio”; os militares têm o cenário haitiano da catástrofe.

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Quijote no país dos Bruzundangas

Por Quijote.
Na Bruzundanga ainda existe muita gente que faz a vida florescer. Agradeço a todos os colegas que estão nas clínicas de saúde da família e nos postos de saúde dando a vida para acompanhar os sintomáticos respiratórios e dar seguimento no tratamento e acompanhamento das outras pessoas que mais necessitam.

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A quarentena e a cloroquina: da cisão cognitiva ao mundo comum

Por Licio Caetano do Rego Monteiro.
“Quarentena” e “cloroquina” se tornam polos que delimitam atitudes opostas diante da epidemia.
Inaugura-se uma cismogênese que replica ou captura campos de identidade política e de comportamento social que já vem dividindo a sociedade brasileira há alguns anos.
Não bastasse encarar a maior epidemia do último século, o Brasil deve enfrentar a epidemia fragmentado em dois campos de percepção, opostos, que resultam em atitudes distintas que, além de ter um impacto direto no sucesso das estratégias adotadas no período de pico da epidemia, também afetam a interpretação futura da catástrofe epidêmica e suas consequências políticas.

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Na Linha de Frente: Rio de Janeiro

acompanhando o heroísmo dos trabalhadores da saúde para proporcionar assistência à população infectada. à primeira linha: todo nosso apoio, toda nossa solidariedade e toda nossa gratidão!

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Guedes, Teich, Grande Mídia e Ideologia

Por Luiz Carlos de Oliveira e Silva.
O “time de analistas” da GloboNews, candidamente, insiste em chamar a ala olavista do ministério de Bolsonaro de “setor ideológico do governo.
Isto não é à toa… Com isto, eles querem, deliberadamente, cobrir com o manto de uma suposta “racionalidade” Paulo Guedes e quejandos do governo. Este é o jogo…

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Café com Leite na Maré (RJ)

Por Coletivo Café com Leite.
A idéia surgiu porque eu acabei de defender minha tese de doutorado lá dentro na Maré, foi numa escola que fica na frente da Vila Olímpica, entre a Baixa do Sapateiro e a Nova Holanda.
E é exatamente na frente da Vila Olímpica que a gente tem parado nossos carros e levado as cestas básicas.

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A Saúde na Luta: Rio de Janeiro

Por um médico, na linha de frente nos hospitais na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Tem muitos pacientes jovens com quadro muito grave, chama a atenção que boa parte é obeso. Esses jovens estão conseguindo sobreviver apesar da gravidade porque o atendimento tem sido muito bom nos pacientes. Me preocupa quando chegar em unidades de saúde com capacidade de pessoal e de equipamentos muito inferior . Acho que morrerão muitos jovens tb.

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“Desconfinamento”: atenção – tem algo bem estranho aí – D.E. 17/abr/2020

Destaques:
(i) Diretamente de Berna, Suíça, Romulus Maya, Editor-chefe do Duplo Expresso, analisa a conjuntura política: no Brasil, Bolsonaro, e Generais, esticam a corda — qual o cálculo?; na Europa, sinais de que alguma coisa não fecha no cronograma de saída confinamento. Do que eles têm medo? O que isso significa para o Brasil?
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(ii) De algum ponto (deliberadamente) não identificado da América Latina, Alejandro Acosta, uruguaio editor da Gazeta Revolucionária, comenta o impacto do coronavírus na América Latina: quem se beneficia e quem paga a conta?
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(iii) De Minas Gerais, “Arkx” Garcia, Editor do Duplo Expresso e curador da serie “Diarios da Pandemia”, verdadeiro mosaico com a perspectiva de diferentes segmentos sociais sobre os impactos da pandemia e do confinamento nas suas realidades, traz uma síntese, para nos ajudar a ver o conjunto.
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(iv) De São Paulo, Gilberto Bercovici, professor titular de direito econômico da USP, desmonta a PEC 10, aquela que pode ser chamada de “Emenda da Faria Lima” (!)
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(v) Da França, o antropólogo João de Athayde comenta: “França: o Pronunciamento de Macron”.
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Imperdível!

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Tartarugas na Baía de Guanabara: símbolos de resistência

Por Lucyanne Mano.
O que chama atenção nesse episódio foi a surpreendente descoberta das tartarugas, por grande parte das pessoas impactadas pelo vídeo, quando faz tempo que elas estão ali… e por toda a Baia de Guanabara. Nadam e parecem se divertir nas águas sacrificadas da enseada, entre toneladas de lixo, esgoto e combustível de toda ordem despejados diariamente. São muitas. São gigantes. A maioria traz cicatrizes dessa poluição em seus corpos.

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Quanto maior a criação de animais em confinamento, maior será a gripe

Publicado no site Facção Ficitícia.
Em outras palavras, o agronegócio está tão concentrado nos lucros que a seleção de  um vírus que pode matar mil milhões de pessoas é tratada como um risco aceitável.
Estas empresas podem simplesmente externalizar os custos das suas operações epidemiologicamente perigosas sobre todos os outros. Os prejuízos são tão elevados que, se devolvêssemos esses custos aos balanços das empresas, o agronegócio, tal como o conhecemos, acabaria para sempre. Nenhuma empresa poderia suportar os custos dos danos que impõe.

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Teste pro Covid-19: “passei”? – D.E. 16/abr/2020

Destaques:
(i) Diretamente de Berna, Suíça, Romulus Maya, Editor-chefe do Duplo Expresso, analisa a conjuntura política no pós-confinamento. No Brasil, mais um “racional” parece deixar o Governo: Mandetta. Antes dele, outros, como Santos Cruz. A “ala racional”, “antagônica” à “ala ideológica”, já tem quase quase montado um verdadeiro “shadow cabinet” (!). Ou seja a “alternativa” de poder (!), com ‘o’ ministério alternativo. Fantástico!
Mais: o exame para infecção pelo Covid-19 realizado ontem, na Suíça; e a pornografia estrelando o astronauta e… Annita (!)
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(ii) De São Paulo, a socióloga Angelica Lovatto, Professora da UNESP, continua o assunto candente da conjuntura, quando introduziu o tema da autogestão articulada dos trabalhadores em tempos de crise global e pandemia, debatendo: “A experiência das fábricas ocupadas pode ser um exemplo (ainda sob o capitalismo)de autogestão articulada dos trabalhadores?”
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Imperdível!

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Rede de Solidariedade: Complexo do Alemão (RJ)

Por Lúcia Cabral.
Sou Assistente Social e já trabalho com a demanda aqui no Alemão, atendendo famílias desempregadas, passando dificuldade e necessidade.
Começou muito com a ajuda do Pet-Saúde, um programa de extensão da UFRJ.
Com a pandemia foi criado um Gabinete de Crise aqui no Alemão, congregando várias pessoas, movimentos e organizações.

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Pós Mandetta

Luiz Carlos de Oliveira e Silva
O desgaste político do colapso dos sistemas de saúde cai no colo dos governadores e dos prefeitos. O desgaste político da recessão e do desemprego cai no colo do presidente da República.
Este é, me parece, o pano-de-fundo da divergência entre, principalmente, Dória e Witzel, de um lado, e Bolsonaro, de outro.

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Na linha de frente (3)

acompanhando o heroísmo dos trabalhadores da saúde para proporcionar assistência à população infectada. à primeira linha: todo nosso apoio, toda nossa solidariedade e toda nossa gratidão!

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Caciques do mercado financeiro tentam esconder rombo na PEC de Guerra

Por Maria Lucia Fattorelli.
Durante toda a semana, Paulo Guedes e Henrique Meirelles, ambos com longo histórico na atuação no mercado financeiro, participantes da alta cúpula de grandes bancos, fizeram de tudo para desviar o foco do imensurável rombo de trilhões de reais que está escondido na chamada PEC do Orçamento de Guerra (PEC 10/2020): a mais escandalosa transformação de trilhões de papéis podres dos bancos em “dívida pública”.

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O rei está nu e o neoliberalismo exposto

Por Felipe Quintas e Pedro Augusto Pinho.
O Brasil é um país rico, tem 350 bilhões de dólares estadunidenses (USD) em reservas que nada rendem (juros zero), duas das pessoas mais ricas do mundo e os bancos mais rentáveis do Planeta. Mas fica discutindo e postergando pagar 120 dólares USD para as pessoas que foram incentivadas, por campanha estatal, e na prática obrigadas, devido ao monetarismo e ao judicialismo fanáticos que destruíram grande parte dos empregos formais, a serem empreendedores, empresários individuais e hoje estão sem emprego e receita.

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(Bio-) Guerra Híbrida: a porrada – D.E. 14/abr/2020

Destaques:
(i) Diretamente de Berna, Suíça, Romulus Maya, Editor-chefe do Duplo Expresso, atualiza o expressonauta sobre a conjuntura. Porrada: Emmanuel Macron anuncia mais quatro semanas de confinamento na França. Por quê?
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(ii) De Santa Catarina, o economista Nildo Ouriques, do IELA-UFSC e da RB/PSOL, comenta: “A dimensão latinoamericana da crise”.
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(iii) De São Paulo, Piero Leirner, antropólogo da UFSCar, o nosso “Professor Doutor Titular de Guerra Híbrida”, comenta os últimos disparos nesse conflito.
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Imperdível!

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Diários da Pandemia: uma caixa de supermercado

Por uma caixa de uma grande rede de supermercados.
Estamos sim ficando doentes, psicologicamente, sem a certeza de nada. Só pedindo a Deus que nos livre de todo mal.
Estamos trabalhando com o nosso psicológico acelerado. Estamos doentes de medo, doentes da alma, a cabeça cheia de preocupação, de ver todos os dias um colega nosso de trabalho sendo afastado.

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Enraizados no Morro Agudo (RJ)

Nosso intuito é colaborar para o cuidado da saúde física e mental de parte desta população, para tal pretendemos fazer simplificar as as informações relevantes que são noticiadas nos meios de comunicação convencionais e fazê-las circular entre os bairros de periferia; mapear os artistas de rua que não estão conseguindo se manter nesse momento de isolamento social; mapear as famílias (exclusivamente de

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Rede de Solidariedade: Vila São João (RJ)

Por Ilsimar de Jesus.
A população está abandonada a própria sorte. A UPA não tem estrutura pra atender a demanda dos casos suspeitos do COVID-19, muito menos pra fazer um atendimento com exames necessários.
Aqui não temos hospital de emergência e nem de atendimento ambulatorial. Precisamos recorrer a outros hospitais de outros lugares mais próximos para buscar socorro.
Ouço as pessoas relatarem o medo que tem de adoecerem e passar por situações de emergência.
Por não terem onde buscar socorro nesse momento de pandemia além da UPA Jardim Íris, onde as pessoas precisam ficar aglomeradas aguardando atendimento sem proteção nenhuma.

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Reviravolta: governo sueco admite erro mas nega responsabilidade por falta de respiradores (!) — D.E. 13/abr/2020

Destaques:
(i) Diretamente de Berna, Suíça, Romulus Maya, Editor-chefe do Duplo Expresso, atualiza o expressonauta sobre a conjuntura, na semana que começa com (i) a Suécia admitindo que suas medidas não foram “boas o suficiente” para conter a crise sanitária; e (ii) o Reino Unido baixando guia para os médicos do seu sistema de saúde (NHS) com orientação sobre para quais pacientes devem ir os respiradores mecânicos — e, no verso, quais devem sufocar (!). Mais de 70 anos? Quase impossível que consiga um. Bem, isso, na… Europa. E no SUS brasileiro? Que preço — em vidas — cobrará a irresponsabilidade (e sociopatia) de alguns?
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(ii) Do Rio de Janeiro, Felipe Quintas, cientista político e doutorando da Universidade Federal Fluminense, dá sequência à série sobre líderes nacionalistas da periferia do capitalismo, hoje com Amílcar Cabral.
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Imperdível!

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Rede de Solidariedade: Curitiba

Por “Comitê de Solidariedade e Combate ao Covid-19”, de Curitiba e região.
Uma pequena retrospectiva de um dia de coleta e entrega de doações.
09/04/2020

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