Guedes, Teich, Grande Mídia e Ideologia
GUEDES, TEICH, GRANDE MÍDIA E IDEOLOGIA
Luiz Carlos de Oliveira e Silva
1. O “time de analistas” da GloboNews, candidamente, insiste em chamar a ala olavista do ministério de Bolsonaro de “setor ideológico do governo”.
2. Isto não é à toa… Com isto, eles querem, deliberadamente, cobrir com o manto de uma suposta “racionalidade” Paulo Guedes e quejandos do governo. Este é o jogo…
3. (“Ideologia”, no senso comum, quer dizer “falsa consciência” enquanto “racionalidade” quer dizer o pensamento verdadeiro. Mas isto é falso, isto é: isto é ideológico.)
4. A julgar pelo tratamento que recebeu do “time de analistas”, no dia do anúncio de seu nome como o substituto do “queridinho” Mandetta, o “sinistro do ataúde”, Nelson Teich, será colocado na estante do “racionais” do governo.
4. Inventar uma pretensa diferença, no governo, entre “ideológicos” (os “errados”) e “racionais” (os “certos”) é apenas mais um dos tantos embustes do jornalismo da grande mídia.
5. “Ideologia”, propriamente, significa: visão de mundo comprometida com determinados valores e interesses de classe. Sabemos todos que, numa sociedade, a ideologia dominante é a ideologia da classe dominante.
6. Mas a ideologia dominante não pode aparecer aos olhos do povo como ideologia, e sim como “a visão verdadeira das coisas e fatos”. É exatamente este o papel do jornalismo da grande mídia: fazer com que a ideologia das classes dominantes não apareça como ideologia e sim como “racionalidade”.
7. Gente como Damares, Ernesto Araújo e Weintraub – o “setor ideológico”, segundo a grande imprensa – são antes de qualquer coisa “aloprados” encarregados de criar a fumaça que dificulta a visão das movimentações destrutivas dos realmente ideológicos do governo.
8. Gente como Paulo Guedes e Nelson Teich, adeptos ostensivos da ideologia neoliberal, estes sim, são os verdadeiros ideológicos do governo, e não os “aloprados” olavistas.
9. O jogo do jornalismo da grande mídia é, repito, ao tempo que carimba nos “aloprados” a pecha de “ideológicos”, cobrir com o manto de uma supostamente racionalidade gente como Guedes e Teich. Trata-se de uma “operação casada”.
10. Nada mais ideológico do que esconder o caráter ideológico – emprestando-lhe uma aura de “racionalidade” – das concepções que vão ao encontro dos interesses das classes dominantes. Né mesmo Míriam Leitão, Merval, Sardenberg?
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Luiz Carlos de Oliveira e Silva, professor de filosofia |
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