Exclusivo: Lula recusa encarnar cabo eleitoral “fake” e Golpe salva “PT Jurídico” calando ex-Presidente

Por Wellington Calasans & Romulus Maya, para o Duplo Expresso

  • Lula não vê como provável, no contexto do Golpe, a hipótese de Haddad vencer a “eleição”. Acreditaria, ao contrário, que o afunilamento na “reta final” da campanha haverá de revelar que Haddad teria sido usado – assim como Bolsonaro – como um cavalo paraguaio. Ambos seriam em realidade instrumentos, deliberadamente ou não, da mais escancarada fraude eleitoral da História: a “vitória” do – sem voto – Geraldo Alckmin.
  • Ao longo do dia de ontem passou a haver a desconfiança de que, nas entrevistas que fora autorizado a conceder, Lula não interpretaria o papel que esperavam dele: o de cabo eleitoral. Mais do que isso, o de um cabo eleitoral crédulo, estilo Poliana, apto a contribuir para o esforço – notem: “suprapartidário”! – de normalização destas “eleições 2018” (sic). O “PT jurídico” e o Golpe (i.e., a sua face mais ostensiva) passaram a temer que, ao contrário, transparecesse a ideia de que Lula não acredita em uma disputa honesta, em que o PT pudesse, de fato, sair vitorioso.
  • Uma entrevista de Lula com tal conteúdo – a poucos dias do pleito – seria nitroglicerina pura.
  • O esforço para apagar tal incêndio potencial foi, uma vez mais, “suprapartidário”. Com uma mão o “PT jurídico” deu – através do “bom policial” Ricardo Lewandowski. E, com a outra, o Golpe (i.e., a sua face mais ostensiva) tirou – com o “mau policial” Luis Fux. No final, na foto saíram bem tanto o “mocinho” como o “bandido”: de novo!

*

Desde que Lula foi induzido ao erro de se entregar sob os mentirosos argumentos – testemunhados por mais de 4 dezenas de advogados omissos – de que: (i) “se não se entregasse teria a prisão preventiva decretada por Moro e, assim (sic), ficaria impedido de pedir habeas corpus”; e (ii) entraria na prisão no sábado para sair já na quarta-feira seguinte, com uma liminar no STF (que nunca veio)…

 

… o Duplo Expresso tem mostrado, por A + B, que uma ala chamada “PT Jurídico” (apud Luiz Moreira) sequestrou a sigla. E, ato contínuo, jogou Lula aos leões, nos termos de acordo celebrado com o Golpe. Quer dizer, com a face mais ostensiva do Golpe. Na oculta (mas nem tanto) tem destaque, é claro, o próprio “PT jurídico”.

Mostramos também que a indicação do nome de Haddad foi imposto a Lula por pressão partidária, combinada com trapaça acertada pelo “PT jurídico” com o TSE. Conforme relatado no artigo “‘Civilização contra a barbárie’: a versão 13.0 do Golpe” (26/set/2018):

Mas voltemos ao fatídico domingo em que Eugênio Aragão garantia às lideranças do PT que, não fosse registrada a chapa – já com Vice – até a meia noite, não haveria mais chapa. A manobra visou a interromper negociações que Lula entabulava com outros candidatos a “Plano B”, preferidos pelo ex-Presidente a Haddad. Além de Jacques Wagner, que refugou, e de Gleisi Hoffmann, que corria por fora, havia ainda conversa com Ciro Gomes – impedido pelo PT jurídico de encontrar-se com Lula –, intermediada pelo Senador Roberto Requião em pessoa, lá mesmo de Curitiba.

A tripla faca colocada no pescoço de Lula – empunhada por (i) “TSE” – na verdade, via discurso construído por Aragão; (ii) o “impaciente” Fernando Haddad; e (iii) o PCdoB, para a definição da chapa ainda naquela noite, tornou o “duplex” fuleiro Haddad/ Manuela (“muquifex”?), fato consumado na rodada seguinte.

 

Houve estranheza, posteriormente, diante da ausência de bilhetes, manuscritos, de Lula endossando Haddad, o seu suposto candidato à Presidência. Ao contrário do que ocorria, por exemplo, até com relação a meros candidatos ao Legislativo. Tal estranheza foi expressada, inclusive, por meio de cobrança pública na GloBosfera, em veículo engajado na campanha de Haddad – e que aderiu, tardiamente, às hostilidades ao Duplo Expresso.

Eis que, poucos dias depois, “surgem” dois supostos bilhetes “de Lula”. Ambos sumaríssimos. Menores que aqueles que Lula consagrou a candidatos a cargos bem menos relevantes. Ou mesmo um enviado a sindicalista amigo seu. Dois peritos procuraram, espontaneamente, o Duplo Expresso afirmando que os tais bilhetes, examinando-se as respectivas caligrafias, não poderiam ter sido escritos por Lula. O tamanho sumário de ambos visaria a, justamente, diminuir a exposição a erros naquela tentativa de emulação (não muito sofisticada).

Coincidência ou não, depois de o Duplo Expresso veicular tal denúncia sumiram os tais “bilhetinhos” – cujos registros eram, ademais, claramente tratados em programas de edição de imagem.

E por que o silêncio do ex-Presidente?

Mais de uma fonte com acesso ao mesmo afirma que Lula não vê como provável, no contexto do Golpe, a hipótese de Haddad vencer a “eleição”. Acreditaria, ao contrário, que o afunilamento na “reta final” da campanha haverá de revelar que Haddad teria sido usado – assim como Bolsonaro – como um cavalo paraguaio. Ambos seriam em realidade instrumentos, deliberadamente ou não, da mais escancarada fraude eleitoral da História: a “vitória” do – sem voto – Geraldo Alckmin.

Já o Duplo Expresso tem dúvidas. Acredita, diferentemente do ex-Presidente, que o vencedor ainda não foi determinado pelo Golpe. E que pode, até mesmo, vir a ser Haddad. Como dissemos no artigo “Confirmado: caminhamos para maior fraude eleitoral de todos os tempos”, publicado ontem à noite:

(Há a) possibilidade de cenário com “empate quádruplo” – ou próximo disso, replicando primeiro turno da eleição francesa de 2017. Assim, não seriam originais em nada na operação “Macron Brasil 2018”. Nesse caso, restaria à Finança/ Globo/ Juristocracia, o triunvirato não eleito que substituiu a soberania popular, escolher qual segundo turno prefere: Haddad vs. Bolsonaro; Alckmin vs. Bolsonaro; Haddad vs. Alckmin. E o vencedor, obviamente. Em leilão reverso: quem dá mais… à Finança. Ou melhor, quem for capaz de criar as condições, no arranjo político de 2019, para que Finança extraia mais. Quem? Alckmin ou Haddad?

 

O relato do desalento de Lula, preso ilegalmente, quanto ao seu incerto futuro nos chega por todos os lados. E, isso, mesmo no caso de uma vitória de Haddad – na qual, como dissemos, o ex-Presidente não acredita. De maneira bastante sintomática, certa “agro-jornalista”, que costuma plantar balões de ensaio do Plano B, já começa a disseminar o seu eventual álibi. Mas colocado na boca de Lula, é claro (assim como no caso da recusa de indulto):

 

Sim, o ex-Presidente está abandonado. E desolado.

Reparem: fonte incontestável nos relata que pessoas historicamente ligadas a Lula procuraram, recentemente, um importante quadro da campanha de Ciro Gomes para fazer a seguinte pergunta:

“Ciro mantém o que disse que fará por Lula, caso seja eleito?”

A resposta do quadro Cirista foi:

“Tudo está mantido: Lula sairá da cadeia no primeiro dia de um eventual governo Ciro, sem tornozeleira, sem nenhuma mácula”.

 

A despeito da sinceridade das intenções, seja em Haddad, seja em Ciro, o que é certo é que o Judiciário agiria para bloquear tal ação. A dúvida é se algum deles estaria disposto a tensionar a corda, dobrando a aposta e ameaçando com o impasse institucional que rasgaria a fantasia de que vive o Golpe: “as instituições funcionam normalmente”.

Sobre Ciro paira a dúvida. Sobre Haddad, a certeza. I.e., certeza de não enfrentamento:

*

A “entrevista”: dada com uma mão e retirada com a outra

Segundo segue o relato, Lula teria plena consciência de que os Lulistas não engoliram o golpe interno, dentro do PT, que lhes tirou o controle da legenda. Somando-se isso ao fato de Lula acreditar na derrota do “PT jurídico” com Haddad, o ex-Presidente não quereria colar o seu nome ao possível fiasco. Lembremos que, caso decida pela derrota de Haddad, o Golpe dirá – é certo – que o perdedor foi, “na verdade”, o próprio Lula.

Ora, por que o ex-Presidente, que mesmo no seu desalento não perdeu a astúcia, entraria em tal armadilha?

Ao longo do dia de ontem passou a haver a desconfiança de que, nas entrevistas que fora autorizado a conceder, Lula não interpretaria o papel que esperavam dele: o de cabo eleitoral. Mais do que isso, o de um cabo eleitoral crédulo, estilo Poliana, apto a contribuir para o esforço – notem: “suprapartidário”! – de normalização destas “eleições 2018” (sic). O “PT jurídico” e o Golpe (i.e., a sua face mais ostensiva) passaram a temer que, ao contrário, transparecesse a ideia de que Lula não acredita em uma disputa honesta, em que o PT pudesse, de fato, sair vitorioso.

Lembrando que Bolsonaro – e chefes militares – por razões diversas, mas com o mesmo alvo (o comando do Golpe), também atuam para colocar em dúvida no imaginário da população a lisura do processo eleitoral…

(…)

 

… uma entrevista de Lula com tal conteúdo – a poucos dias do pleito – seria nitroglicerina pura.

“O que fazer?”, perguntavam-se exasperados os quadros do “PT Jurídico” ontem. Sabiam que a entrevista de um Lula cético, distanciando-se de Haddad e da derrota na qual acredita, poderia ser a centelha a ameaçar a anestesia – eleitoreira – que conseguiram injetar no PT e na base social do Lulismo. Imaginem se, ademais, nas tais entrevistas o ex-Presidente também deixasse transparecer a sua decepção com o “corpo mole” (no mínimo) que identifica na atuação de certos “companheiros” na luta pela sua libertação?

O esforço para apagar tal incêndio potencial foi, uma vez mais, “suprapartidário”. Com uma mão o “PT jurídico” deu – através do “bom policial” Ricardo Lewandowski. E, com a outra, o Golpe (i.e., a sua face mais ostensiva) tirou – com o “mau policial” Luis Fux. No final, na foto saíram bem tanto o “mocinho” como o “bandido”: de novo!

 

 

 

Não é curioso que Raquel Dodge, sempre prestimoso braço armado do Golpe na PGR, tivesse dito que não recorreria da decisão “favorável” (?) a Lula concedida por Lewandowski?

 

“Favorável a Lula”?

Diante do crescimento da desconfiança quanto à conveniência para o Golpe – inclusive na sua “versão 13.0”, “com PT (jurídico) com tudo” – do conteúdo da entrevista de Lula, tiveram de recorrer – às pressas – a ator do “outro lado”, Luis Fux, para que fosse dado o cavalo de pau.

Aliás, caso surja “briga” – pública… – entre Lewandowski e Fux por conta do episódio, trata-se de encenação. Mais uma. Certamente não a última.

Isso explica a “ousadia” de Fux, que se sentiu seguro para passar por cima de um tabu no STF. E da forma mais heterodoxa possível, como anotou o “expressonauta” acima.

E também o jurista Lenio Streck:

A história quase todos já conhecem: houve a decisão — monocrática — do ministro Lewandowski na Reclamação 32.035, atendendo a pedido formulado pela Folha de S.Paulo e Mônica Bergamo, em insurgência contra decisão da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba que negou a realização de entrevista jornalística com o ex-presidente da República Lula. Ou seja, a decisão permitiu que Lula concedesse entrevista, coisa que qualquer presidiário tem direito, inclusive Beira Mar e até Adélio Bispo (que esfaqueou Bolsonaro).

O Partido Novo ingressou com um inusitado pedido de Suspensão de Liminar, com fundamento no artigo 4º da Lei 8.437/1992. O ministro Luiz Fux, no exercício da Presidência do STF, cassou a liminar do colega. Eis o dispositivo utilizado, o qual, aliás, não foi transcrito na decisão do Ministro Fux. Leiamos:

Art. 4º Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso, suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

Em que parte esse dispositivo autoriza o ministro Fux a cassar a decisão do ministro Lewandowski? O Partido Novo é pessoa jurídica de direito público interessada diante de flagrante ilegalidade? E qual a grave lesão à ordem?

Mas tem algo mais grave na equivocada decisão de Sua Excelência: ele não suspendeu uma liminar no sentido técnico da palavra. Na verdade, Fux suspendeu uma decisão monocrática que julgou procedente a reclamação, como bem lembra o jurista Marcio Paixão. Portanto, nem se tratava de liminar, sendo incabível a suspensão. Por isso cabe facilmente — para dizer o menos — um mandado de segurança ao presidente do Supremo Tribunal, ministro Dias Toffoli.

Mais grave: o artigo 1º da Lei dos Partidos Políticos diz que o partido politico é PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO (isso está claro, por exemplo, na SS 4.928). Pronto. Aqui nada mais seria necessário. O ministro não se deu conta dessa “sutileza”. Logo, o partido nem poderia ter entrado com o pedido.

Mas tem mais. Há precedentes do STF sobre essa temática.

(…)

 

– Ora, não se preocupe, caro Lênio: foi tudo – mais uma vez – em comum acordo!

– “Bons” e “Maus Policiais” não vivem um sem o outro. Afinal, é justamente esse (falso) contraste, com tintas barrocas, que os define. E, mais importante, habilita-os para novas rodadas. De engodo.

Para o “PT Jurídico”, o pai da Lava Jato (*), é melhor poder seguir usando eleitoralmente Lula como vítima. Ainda que silenciosa. Aliás, Lula ficou mais vítima ainda depois dessa nova “maldade” feita pelo “vilão” (exclusivo?) Luis Fux. Podem, assim, continuar tocando o engodo segundo o qual “Haddad é Lula e Lula é Haddad”.

[(*) sobre a paternidade da Lava Jato pelo “PT jurídico” ver síntese no artigo “#EuNão: manifesto contra o fascimo-chic que deu certo” (29/set/2018)]

Reparem que, quando Lula abre a boca, instantaneamente a falsa identidade matemática “Haddad = Lula” se torna bem menos crível:

 

Caso, ao fim e ao cabo, o “PT jurídico” se acerte com o Golpe (i.e., a sua face ostensiva) para que Haddad encarne o (bom) “perdedor” na “Festa da Democracia 2018” (!), poderão sempre culpar Lula pela “demora” na imposição, digo, na “decisão” de “abrir mão” (sic) da sua candidatura. Nesse caso, a vitória do PT – que sempre fora não mais que uma miragem (bem cultivada) – não teria sido alcançada… “por pouco”. Por um mero “erro de estratégia”. E não por um Golpe! Restaria então – i.e., ao “PT jurídico”… – “2022”. E também “2026”, “2030”, “2034”…

Novamente: o Duplo Expresso não é tão pessimista quanto Lula. Quer dizer, na verdade é mais ainda: acha que o Golpe pode, ao fim e ao cabo, escolher “Macron” em vez de “Macri”: Haddad no lugar de Alckmin. Trata-se, afinal, do “Plano Perfeito”, como anotamos dias atrás. Perfeito para a Finança transnacional, notem bem. Isso porque dele não sai vivo o próprio PT enquanto força política relevante.

O que é certo é que, segundo áudios enviados à equipe do Duplo Expresso por pessoa da mais absoluta confiança do ex-Presidente, Lula está cada vez mais convencido de que foi abandonado pelo próprio partido. Segundo o relato, parentes de Lula chegariam mesmo a ter tido problemas de saúde como resultado da descrença e da profunda revolta com tamanha traição.

Sim, traição…

Eis a expectativa de Lula, da última vez que o vimos e ouvimos todos:

 

E eis a realidade: “#LuteComoUmaManu” (sic)

 

Traição sem fim…

Notem: se tinham ficado chocados com a sinalização de que Marcos Lisboa, coautor da “Ponte para o Futuro” e do Teto de Gastos, será o todo poderoso Ministro da Fazenda de um eventual governo Haddad, preparem-se para algo muito pior. O Duplo Expresso soube por estes dias que Fernando Haddad, José Eduardo Cardozo e Eugênio Aragão – todos eles expoentes do “PT jurídico” – prometeram o cargo de Ministro da Justiça em 2019 a…

– … Rodrigo Janot!

Sim, isso mesmo: o ex-PGR que, levado ao cargo por manobra de Aragão (confessada), mais perseguiu Lula e o PT em todos os tempos, impulsionando os abusos da Lava Jato e tocando a sua frente brasiliense. A volta à ribalta de Janot, pelas mãos de um governo “do PT” (sic), já circula inclusive na rádio-corredor da PGR.

Haja “união nacional” (sic) contra “a barbárie”, contra um tal de “coiso”, para justificar tamanho grau de “ecumenismo”, digamos, político – e mesmo moral – nesse hipotético futuro gabinete, não é mesmo?

Só falta Merval Pereira na Comunicação!

Como justificar isso? Necessidade de “união nacional”, “cicatrizar velhas feridas”, “virar a página”, “civilização contra a barbárie”?!

 

Mas não devíamos estranhar tanto. É de se esperar que velhos colaboradores saiam um em socorro do outro. Afinal, como registrou ainda outro dia Luis Nassif – blogueiro que publica relatos “em off” tanto de Haddad quanto de Aragão –, Janot estaria bastante incomodado com a sua atual falta de notoriedade:

(…)

 

Conforme apurou o Duplo Expresso, Janot teria cartas na manga a cacifá-lo. O “PT jurídico”, que de acordo com relato de fundador do PT nadou (e segue nadando), 100% despreocupado, em volumoso caixa 2, não só passou ileso pela Lava Jato como, em virtude da própria operação, ficou livre para – finalmente – tomar o partido de Lula. Tratava-se, sabemos, do seu objetivo estratégico. De décadas!

Sim, Janot tem cartas na manga. Não só preservou da Lava Jato o “PT jurídico”, que agora periga chegar ao poder, como é prova – viva – de como esse vendeu Lula à Lava Jato.

Ora, mas é claro! Como poderia ser diferente se Janot foi, justamente, o corretor de tal venda?

 

Mas Janot tem mais… muito mais…

Lembremos por exemplo de como, recentemente, a Segunda Turma do STF teve de correr para frustrar – por cima – a segunda investida de Sergio Moro contra o ex-Ministro da Fazenda Guido Mantega. Isso, 2 anos depois da primeira (em set/2016), período no qual Mantega pôde ficar tranquilo em casa. Moro vinha a romper, agora, acordo que celebrara com o “PT jurídico” para que não fosse mais atrás de Mantega. Afinal, sem nenhuma cerimônia, o ex-Ministro notificara quadros do “PT jurídico”, no rescaldo da sua prisão num hospital, que abriria negociações para uma delação já na hora zero de uma “estadia” em Curitiba à la Sergio Moro.

O preço cobrado por Moro pela preservação dos segredos de Mantega – e do “PT jurídico”?

A cabeça de Lula.

Simples assim.

Afinal, embora Mantega não tivesse nada que desabonasse o ex-Presidente Lula, estava em condição de alvejar diversos “tucanos de bico cor de rosa”. Especialmente no…

– … “PT jurídico”!

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E assim chegamos ao estado atual das coisas.

Sem medo de dar a cara para bater, todos são testemunhas de que o Duplo Expresso vinha denunciando, sozinho, a traição a Lula por parte do “PT jurídico”. Pois agora, com o caminho aberto pelo Duplo Expresso e – mais importante – com Lula fora do jogo, jornalistas menos ousados já começam a mandar “indiretas”:

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Fechamos o artigo explicitando graficamente, mais uma vez, o enterro de um Lula – ainda vivo! – pelos seus “companheiros” (sic):

  • A expectativa de Lula:

 

 

É isso.

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P.S.: quando Lula sair da prisão, se sair, caso a democracia ainda não tenha retornado ao Brasil, é de se esperar que negue tudo o que vai acima. Afinal, não apenas ele como também seus parentes seguiriam vulneráveis. Mas que não se assanhem – Golpe e “PT jurídico” – a calá-lo com violência ainda maior do que aquela que já sofre. Isso porque Lula registrou boa parte do que vai acima em bilhetes manuscritos – há tempos. Esses, sim, de sua autoria. E, diferentemente daqueles (sumaríssimos) que surgiram por aí, à prova de perícia grafotécnica.

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P.P.S.: O Duplo Expresso soube que quadros da ala esquerda do PT tiverem acesso a relatos de inteligência estrangeira dando conta do tamanho e da duração da infiltração no PT. E de como ela foi parte fundamental da conspiração para alimentar a Lava Jato e levar Lula à prisão. Não há “disciplina partidária” que perdoe a omissão diante do enterro de Lula vivo. Tratar-se de período “eleitoral” – farsesco! – é agravante e não atenuante. Que vivam com suas consciências.

Podem acusar o Duplo Expresso de muitas coisas… menos de omissão ou covardia:

 

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Há, na imprensa “alternativa” (consentida), quem não se interesse pela verdade. Ou pelo direito à informação. Muito menos por Lula:

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Romulus Maya

Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário! Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.

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