A raposa que nos falta em 2018: como Getúlio, malandro, passou todos para trás

Por Romulus Maya & Tiago

Em um dos cenários para o futuro imediato do Brasil (menos) possíveis traçados no artigo “‘Civilização contra a barbárie’: a versão 13.0 do Golpe” (25/set/2018) usamos como referência a grande trapaça de que Vargas se valeu para poder estar em posição de dar o bote na República Velha em 1930:

(…)
4) SURGE UM NOVO VARGAS
: Para não dizerem que só aventamos hipóteses em que Haddad é vilão, vamos supor uma em que ele seja o herói. Para que ele seja o herói, disfarçado de vilão por enquanto, ele teria que fazer como Vargas. Getúlio Vargas, o maior estadista que o Brasil já teve em seus mais de 500 anos, não parecia sê-lo quando foi Ministro da Fazenda de Washington Luis, de 1926 a 1927. Biografia escrita por Lira Neto narra que naquela breve passagem pelo Executivo Vargas escondeu seu jogo. Fez-se servil diante do Presidente oligarca, entreguista, estereotípico da República Velha. Até mesmo bajulador. Tocou o entreguismo sugerido de cima pelo chefe, alegando “desconhecer por completo Economia”. “Tarefeiro”, fez-se notar como um mero cumpridor de ordens, sem brilho maior.

Como sabemos todos, tudo isso veio a se revelar uma grande trapaça por parte do caudilho gaúcho a partir de 1930. Revelou-se não apenas o grande nacionalista como também o gênio estrategista que, com habilidade, paciência e senso de oportunidade e histórico, definiria as cores da política brasileira até a Nova República, para muito além da sua morte (física). Foi superado apenas com o surgimento, vejam só, de um certo metalúrgico no ABC…. que veio a ocupar, no lugar do legítimo herdeiro do varguismo, Leonel Brizola, aquele pasto político que fica mais à esquerda.

Bem, nessa hipótese, Fernando Haddad seria um novo Vargas. Não com relação ao nacionalismo ou à genialidade política… mas sim à tática de esconder o jogo. Para que pudesse ficar livre, passando despercebido, menosprezado. E, assim, ter plenas condições dar o bote, na hora certa.

Assim, o desastre que foi a Prefeitura de Fernando Haddad em São Paulo teria sido não mais que um ardil, ora!

Se for o caso, constatem o nível de malícia deste novo “Vargas”, ao reler o relato de um ex-Secretário seu, reproduzido abaixo.

Haja dissimulação nesse verdadeiro “gênio” oculto:

“É uma pessoa muito difícil de lidar. Extremamente vaidoso a ponto de isso prejudicar a gestão e a sua autonomia decisória. Estava sempre preocupado com o que era falado dele na imprensa, na Folha e no SPTV (Globo). Perdia muito tempo com isso. Falávamos que o cidadão comum não lia a Folha que não adiantava responder, mas ele insistia em conversar com os amigos dele lá dentro para conseguir notícias positivas e responder as negativas.

Tinha tanta teimosia em alguns pontos que chegava a ser quase suicida. Um exemplo é a questão das ciclovias. Haddad não entendia que para o povo elas não tinham maior significado. Como se compreendesse as razões das classes mais populares melhor que elas. Como podem não querer ciclovias? Inclusive nossos próprios engenheiros de trânsito e especialistas em transporte eram contra muitas das ciclovias, colocadas em ruas estreitas no centro de São Paulo. Eram importantes para passagem de ônibus, que são o meio de transporte principal dos trabalhadores da periferia e bairros mais distantes. Muitas ciclovias prejudicavam o espaço para o transporte de ônibus e tinham que ser construídas com mínimo espaço. Mesmo assi, Haddad insistia. Hoje muitas delas acabaram sendo desativadas – e sem protesto por parte da população supostamente beneficiada pelas mesmas.

Esse perfil vaidoso, preocupado demais com como é avaliado (pelos seus iguais), arrogante, pouco maleável, teimoso e pouco afável é inapropriado para uma liderança que precisa unir um país em frangalho. O PT errará se o escolher”.

 

Na seção de comentários, Tiago, gaúcho e velho membro da Comunidade Duplo Expresso, complementou o “causo” com relatos sen-sa-cio-nais. Narram fatos anteriores à etapa “nacional” de Vargas, ainda no RS. Dão conta, igualmente, da capacidade que tinha de sublimar as pulsões oriundas da vaidade e do ego, permitindo que “camuflasse” a sua genialidade de todos. E assim, por não darem muito por ele, ficar livre para se acercar. E armar os seus botes, todos eles fatais:

 

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Tiago • 2 dias atrás

Sobre a maneira como Getúlio Vargas escondeu o jogo, a história é bem mais interessante.

Em 1923, estourou uma revolução no Rio Grande do Sul. Os maragatos e até alguns chimangos não queriam Borges de Medeiros reeleito (na base da fraude, é claro) mais uma vez. Para encerrar o conflito foi assinado um tratado de paz no qual foi estabelecido que a partir de 1928 haveria outro presidente.

Naturalmente, o velho Borges tratou de escolher um sucessor, o jovem intendente do município de Santa Maria, Júlio Bozano. Para promover o escolhido, tratou de colocá-lo no comando de um batalhão da Brigada Militar com a missão de esmagar os últimos focos de revolta.

Entretanto, Bozano era ainda mais radical do que o velho Borges. Acreditava cegamente na ditadura científica baseada no positivismo e não queria nenhum tipo de conciliação com os maragatos, queria liquidá-los.

Alarmados com o futuro tirano, chimangos, maragatos e militares tramaram sua morte. Solicitaram a Borges de Medeiros o auxílio do batalhão de Júlio Bozano no cerco a um quartel em Santo Ângelo onde um certo Capitão Luís Carlos Prestes liderava um motim. Bozano seria morto por um atirador de tocaia quando se dirigia para lá e o batalhão da BM seria enviado para participar do cerco sem comando e sem armas. O plano era justamente oferecer aos amotinados uma brecha para que escapassem e vagassem pelo país causando o máximo de problemas ao governo Arthur Bernardes.

O velho Borges de Medeiros teve que escolher outro sucessor. Buscou entre seus ex-alunos na faculdade de direito. Ele mesmo contaria em entrevista, anos mais tarde, que queria alguém inteligente, mas não tanto que ele não pudesse manipular. Escolheu o segundo melhor aluno, Getúlio Vargas. Nada poderia ser mais desastroso para seus planos. No fim da vida, ele ficaria paranoico a ponto de achar que se faltasse luz na estância era porque o Getúlio tinha mandado cortar.

 

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Romulus Mod  Tiago • um dia atrás

QUE MARAVILHA de relato!
Fez de cabeça ou tem publicação com isso?

 

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Tiago  Romulus • 19 horas atrás

Fiz de cabeça. Mas grande parte dessa história é contada no livro Os Senhores da Guerra de José Antônio Severo (aquele mesmo do portal Os Divergentes) e num filme recente do diretor Tabajara Ruas. Ainda não vi o filme, mas parece que foi muito prejudicado por cortes no orçamento. De fato, o projeto inicial era para dois filmes.

O próprio pai de Getúlio Vargas, militar veterano da Guerra do Paraguai, teria participado da conspiração para eliminar Bozano.

No fim, a chegada à presidência do Rio Grande do Sul em 1928 foi só um degrau em direção à presidência da República. Mas tudo feito daquele jeito característico do Getúlio, fingindo que ia contra a vontade. João Neves da Fontoura, o primeiro da turma e preterido pelo velho Borges por achar que seria inteligente demais para ser manipulado, nunca entendeu isso. Vivia achando que Getúlio não tinha iniciativa e precisava ser empurrado para avançar.

Uma curiosidade é que o pai de Leonel Brizola, este com apenas um ano de idade, morreu na Revolução de 23 lutando ao lado dos maragatos. Foi a última guerra do continente americano onde se lutou com espadas. Ai de quem perdesse uma batalha. O destino dos vencidos costumava ser a tradicional gravata colorada, a degola de orelha a orelha. Desta pratica vem o ditado “Não gasto pórva com chimango!”.

O desastre dos planos do velho Borges foi tão grande que Getúlio até o colocou na cadeia para fazer companhia a Arthur Bernardes (eles se odiavam).

 

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Romulus Mod  Tiago • 17 horas atrás

QUE MARAVILHA de relato! (2)
Sempre quis saber de onde veio “gastar pólvora com chimango” como sinônimo de desperdício!
O lenço vermelho, “colorado”, que Vargas e Brizola usavam era algo associado aos maragatos?
Ou do gaúcho em geral?

P.S.: me lembre de nunca brigar com o Carlos Krebs… rs

 

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Tiago  Romulus • 16 horas atrás

O lenço vermelho era dos maragatos por causa da aliança destes com o Partido Colorado do Uruguai. Por outro lado, os chimangos usavam o lenço branco por causa da aliança com o Partido Blanco, também do Uruguai. Quando os chimangos empastelavam algum jornal do Partido Liberal dos maragatos, estes buscavam importar novas impressoras via Uruguai com a ajuda do Partido Blanco.

Na verdade, Vargas era chimango, membro do Partido Republicano. Nunca vi uma foto colorida dele usando o lenço, mas nas fotos da Revolução de 30 ele está usando o uniforme da Brigada Militar, portanto, creio que está usando o lenço branco.

De todo modo, foi sob Getúlio Vargas que os chimangos e os maragatos fizeram as pazes. Um momento único na história. No resto do tempo, os gaúchos brigam entre si. O bairrismo do gaúcho é pura fanfarronice para leitor da Zero Hora (aquelas manchetes idiotas do tipo “A visão de um gaúcho sobre…”).

O Juremir Machado da Silva escreveu um ótimo romance sobre Getúlio Vargas, que em larga medida parece ter servido de inspiração para o filme de 2014, embora ninguém admita. Os livros do Juremir são bons, diferente das colunas dele no jornal.

 

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Romulus Mod  Tiago • 2 horas atrás

Juremir foi bacana na entrevista nesta semana:

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De acordo com a foto histórica, os lenços de Vargas e trupe, amarrando os cavalos (!) no obelisco que fica em frente ao Teatro Municipal do Rio, à antiga Câmara dos Deputados, ao Palácio Pedro Ernesto (hoje Câmara de Vereadores do Rio) e a Biblioteca Nacional são, visivelmente…
– … brancos!
Brizola, então, nisso não seguia o seu ídolo, o “Dr. Getúlio”.
Não podia trair a memória – e a degola – do pai, né?

Miniatura

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P.S.: a (perigosa) tentação do ego… em Haddad.

  • 2013:

Para entender o que se passa com a gestão de Fernando Haddad em São Paulo, peço sua atenção. E alguma paciência. Haddad, em sete atos…

1) Junho de 2012. Festa de aniversário de um bom amigo, advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP) – a mesma onde estudou o prefeito. À época da festa, Haddad era um candidato que patinava, nos 5% de intenção de voto. Lá pelas duas da manhã, um dos advogados senta no sofá perto de mim, e a conversa é sobre o petista. Quero saber como era o Haddad na época da faculdade. “O Haddad tem duas características fortes: ele não ouve ninguém, quando você fala parece que ele não está ouvindo de verdade; mas, por outro lado, ele é um sortudo sem tamanho, sempre teve muita sorte”, diz meu interlocutor, relembrando as peripécias de Haddad e outros estudantes, nas disputas pelo Centro Acadêmico no começo dos anos 80.

2) Algumas semanas depois (2012 ainda), a campanha de Haddad procura um grupo de blogueiros: o petista queria “conversar” sobre Comunicação, sobre a cidade. Haddad seguia em baixa nas pesquisas (um dos levantamentos chegara a apontá-lo com 3% de intenções de voto). A assessoria do candidato fez o favor de divulgar a conversa, reservada, como se fosse um “ato de apoio dos blogueiros à campanha petista”. Bela assessoria… Além disso, naquela noite, tive a comprovação de que Haddad não é mesmo muito treinado para ouvir – como dissera meu interlocutor na festa. Educado, escutava perguntas e observações, sem preocupação de travar um diálogo. Estava ali pra ser escutado.

3) Em setembro, reta final da campanha, o petista comprovou que também era sortudo. Ficaria de fora do segundo turno, se não fosse uma declaração desastrada de Russomano sobre Transporte. Haddad aproveitou o delize do adversário para ir ao segundo turno contra Serra. Virou prefeito – graças também a mobilizações que reuniram milhares de pessoas em atos na praça Roosevelt (centro de São Paulo), convocados pelas redes sociais.

4) Na semana seguinte à eleição, alguns daqueles blogueiros (que Haddad buscara quando estava com 3%) procuraram o prefeito eleito: queríamos conversar, sugerir políticas de comunicação inovadoras para o homem que ganhara o pleito com o discurso de “homem novo”. Haddad não recebeu ninguém, mandou dizer que a política e os nomes para a área de comunicação já estavam decididos. E avisou que essa área de inovação digital, e de incentivo à diversidade informativa, ficaria sob os cuidados de uma subsecretaria na área de Cultura.

Esse é o Nunzio…

Logo entendemos o jogo. Haddad nomeou para a secretaria de Comunicação Nunzio Briguglio Filho…  Quem? A função dele, basicamente, seria manter boas relações com a mídia convencional. Ou seja, o “homem novo” achava que política de comunicação para São Paulo seria dar uns telefonemas para a “Folha”, a “Globo” e a “Abril”. Ah, eu já ia esquecendo: cabe à secretaria do Nunzio, também, a distribuição das verbas públicas de publicidade. Hum…

5) Os meses passam. Haddad mostra-se um desastre de comunicação durante as manifestações de junho. Perde a chance de reduzir as tarifas diante do Conselho municipal, mostra ali certa arrogância professoral (“não sabe ouvir”). Depois, vai a reboque de Alckmin e anuncia a redução da tarifa de forma tão atrapalhada que, ao final da coletiva no Palácio dos Bandeirantes, um repórter até pergunta: “mas então voltou pra 3 reais ou não?”.

6) Os meses avançam. Haddad toma então duas medidas que me parecem corretas: muda a tabela do IPTU, com aumentos substanciais nos bairros mais ricos (ok, nem todo mundo que mora nessas regiões é “rico”, e alguns nem remediados são) e redução nas áreas mais pobres da cidade; cria dezenas de quilômetros de corredores exclusivos para ônibus.

A imprensa (rádios, jornais, TVs) parte para um jogo de desinformação. Haddad não consegue explicar que o IPTU vai subir para alguns, mas baixar para outros. Sofre um massacre. Contava com as “boas relações” com a velha imprensa. Hum…

No caso dos corredores, o mesmo: motoristas de carros, irritados, vêem o espaço para os automóveis cair nas avenidas. E as faixas de ônibus, por princípio corretas, parecem ficar vazias a maior parte do tempo. A Prefeitura não fala, não se explica. Conta com a “Folha” e a “Globo”. Hum…

7) Agora, vem o escândalo dos auditores. Está claro que Haddad foi no caminho correto. Enfrentou a máfia, que parece ter-se instalado em gestões anteriores. Na sexta passada (8/11), a “Folha” saiu-se com manchete histórica: “Prefeito sabia, diz auditor investigado…” Quem passava pelas bancas e lia só a manchete logo entendia que Haddad sabia de tudo, participava do esquema. Só que, na gravação, estava claro que o auditor investigado e grampeado se referia ao prefeito anterior – Kassab.

Nas redes sociais e nos blogs deu-se gritaria contra a “Folha”, o jornal de colunistas (e manchetes) rotweiller. O que fez Haddad? Finalmente gritou também contra a manipulação midiática. Ah, percebeu ali que poderia se reaproximar das redes, dos ativistas digitais… Uma virada na comunicação, certo?

Nada disso. A virada não durou 48 horas. Domingo (10/11), Haddad já estava na “Folha” a bater em Kassab… Erro duplo: chamou Kassab diretamente para a briga e, de quebra, legitimou a “Folha” como foro onde se dá o debate político em São Paulo.

Quem conhece a imprensa, sabe o que deve ter acontecido depois da manchete absurda de sexta. O tal Nunzio passa a mão no telefone e liga pra redação da Folha: “poxa, assim vocês me arrebentam, que manchete foi aquela”. Do outro lado, o editor matreiro: “que é isso, estamos à disposição pro prefeito falar; abrimos espaço pra uma exclusiva, ele explica tudo”.

E lá se foi o Haddad. Mordeu a isca da “Folha”, o que significa morder a isca do Serra.

Agora, Haddad demitiu o secretário de governo, Antônio Donato. Pautado pela Globo! Um investigado, membro da máfia, disse que pagou propina a Donato quando ele era vereador (ou seja, ainda na gestão Kassab). Só que Donato está (ou estava) no centro do governo petista.

A mídia paulista transformou um escândalo investigado por Haddad num escândalo que ameaça se voltar contra o governo petista. Onde está Mauro Ricardo, o secretário da gestão Serra? Sumiu das manchetes. Mas o petista Donato foi para o olho do furacão.

Ok, o petista Donato tem que se explicar. Ok, o escândalo dos auditores é um escândalo do Serra e do Kassab. Mas outro escândalo é Haddad – o “homem novo” – achar que pode governar São Paulo sem mexer na comunicação. Os sinais que surgem da Prefeitura são péssimos. Há quem diga que as denúncias contra Donato teriam chegado às redações pelas mãos de gente ligada à Comunicação da Prefeitura. Fogo amigo?

Lula está preocupado. Fez chegar a Haddad a seguinte avaliação: “mexa na sua comunicação, troque. Você está perdendo o jogo.”

Mais que isso: monitoramento nas redes sociais aponta que o governo Haddad tem, a essa altura, 73% de avaliação negativa, 17% de positiva e só 10% de avaliação neutra. Desastre.

Haddad agora vai ter que mostrar se é um “sortudo”, como dizia o ex-colega da faculdade de Direito. E ter sorte, a essa altura, significa enfrentar aquela outra característica forte: não ouvir ninguém.

O prefeito é um homem inteligente, e parece bem intencionado. Mas resolveu jogar no campo dos adversários: seguiu a tradição petista de não confrontar com a mídia. E ainda enveredou pelo discurso moralista dos escândalos. Esqueceu que escândalo e moralismo seletivo são a especialidade do outro lado.

Na mão de Nunzios e outros gênios, Haddad seguirá dando verbas e entrevistas exclusivas para a velha mídia. Sem perceber que o objetivo é transformá-lo num Pitta. Dá tempo de mudar. Tomara que Haddad seja mesmo um homem de sorte, porque do outro lado está a turma que conhecemos tão bem…

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P.P.S.: Eleitor de Lula quer um poste, com ego 100% sublimado

Um mero “avatar”, para que Lula possa reencarnar, remotamente:

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