Plano B: há estratégia? Ou é a capitulação exigida pelo Golpe?
Por Romulus Maya, para o Duplo Expresso
Publicado 15/ago/2018 – 20:47
Atualizado 16/ago/2018 – 19:06
- Não ganhamos nada e perdemos tudo ao continuar adiando – como vimos fazendo até aqui – um enfrentamento incontornável com o Judiciário.
- Se é para perder, em ambos os casos, que seja pelo menor número de gols. Tática do empate.
- Mas não… esse “Deus proverá” continuará sendo o álibi para quem não quer lutar (por “n” razões, inclusive a cooptação, mas não apenas) e/ ou acha que vai sobreviver à continuação do expurgo do PT.
- Com Plano B não só deixamos entrar a goleada como concordamos com a amputação das nossas pernas.
- Que militantes rasos já tenham esquecido os padrões de tudo o que aconteceu até 2 semanas atrás – afinal, é Golpe ou não é? – e já tenham entrado no frenesi de “Fla-Flu” eleitoral, entre vermelhos e azuis, eu compreendo. E condoo-me até. Imaginar uma “eleição”, totalmente controlada pelo Golpe, em que o Golpe sairia derrotado…
- Mas numa discussão estratégica, em que se tenta ultrapassar as armadilhas dos (reconfortantes) vieses cognitivos, não há como não reconhecer que o Plano B é a capitulação que o Golpe há muito esperava.
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Abaixo, continuação do debate com o antropólogo e Professor da UFSCar Piero Leirner à luz dos desdobramentos dos últimos dias. A primeira parte está disponível aqui e a segunda, aqui.
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Por Piero Leirner
Vamos tentar aplicar algum viés não óbvio em hipóteses para o que está acontecendo na relação Lula-Haddad? Minha ideia aqui não é convencer ninguém, até porque eu mesmo não estou convencido de nada. Mas é especular sobre os últimos acontecimentos, visando uma análise. Vamos começar do ponto de emanação do golpe.
Como muita gente diz, o golpe começa e é alimentado lá fora. A não ser que se ache que temos recursos para lidar com o Deep State do hemisfério norte, estamos limitados a tentar ao menos cortar as asas de agentes locais, e armar defesas para que em um horizonte de curto prazo a gente amortize essas ações. Então vamos partir dos seguintes pontos:
– o golpe está em vantagem tática: já capturou o Executivo e colocou Lula na cadeia. Cooptou o judiciário e NADA sugere que essa relação, NESTE MOMENTO, está numa corda bamba.
– o golpe capturou as FFAA: tudo indica que houve alguma barganha. Minha suspeita: jogaram a toalha a respeito de projeções de poder para América Central e Caribe (Haiti, Cuba) em troca de acesso aos sistemas de vigilância norte-americanos DO PLANO DOMÉSTICO. Ou seja, é bem provável que agora o Exército tenha uma chave de acesso dos algoritmos que espionam a mim, a você, o PT, a esquerda. O que eles têm escrito sobre guerra híbrida no Brasil leva a esse cenário.
– outros mecanismos, como ataques especulativos, já são de nosso amplo conhecimento. Aliás, estão dando avisos por aí (Argentina, Turquia, etc.).
Então vamos ao outro lado. O principal alvo do golpe é o PT. O golpe não termina em Lula. É preciso entender a estrutura do partido para ver como se salvar. Como bem mostra a tese de um colega daqui, nos anos 1990 o PT se transforma, de um partido de base para um partido estatal. Sua principal fonte de financiamento, que dá impulso às eleições posteriores e aumenta a sua participação no fundo partidário, ou seja, a bola de neve que financia o Partido, era (e vai ser de novo) a contribuição compulsória dos filiados que têm cargo. O PT está em crise de financiamento de novo, e quem é filiado já recebeu os boletos de cobrança. Perder espaço nas eleições é possivelmente a maior ameaça que o Partido tem. Muito maior do que perder o plano discursivo para o identitarismo. Nesse ponto sou materialista dialético: sem recursos, o PT fica menor que o PSOL. Então alguns pontos:
– Lula sabe bem que o Partido vai afundar se não eleger bastante gente nessa eleição. Há um efeito cascata em termos de cargos, e se isso não for atingido, pode ter bem certeza que será bem pior do que o centrismo de Haddad.
– Essa ideia de que há uma grande “base” do Partido e que esse setor paulistano é uma elite que se contrapõe a ela é falsa. O PT é há bons 20 anos uma burocracia com “n” camadas. Lula sabe disso, e viu isso lá em São Bernardo: o número de militantes que estava lá era baixo. Pense se isso não colaborou também para ele se entregar… (sim, você vai alegar que foram os sinais emitidos pelo “jurídico”, mas data vênia aí: como temos visto, só o MST está correndo atrás do prejuízo).
– A base eleitoral mais tradicional que formava um cinturão de defesa foi corroída por políticas do próprio governo petista. Vá ao que Dilma falou sobre o “Micro Empreendedor Individual” numa entrevista a Valter Pomar, e você verá como isso aconteceu.
Mesmo assim, Lula ainda controla o Partido, e está, do meu ponto de vista, fazendo – como você bem gosta de dizer – a “tática de pinça”. Ele joga em duas frentes discursivas, com Haddad acenando uma estratégia, Gleisi outra. Por favor, não dá para comprar essa conversa do Haddad sobre Venezuela e Nicarágua pelo seu valor de face. É proposital; esse “aceno ao mercado” é uma estratégia de sobrevivência para conter o ataque especulativo que virá. Alguém realmente acha que um governo petista sobrevive ao mesmo que se faz na Venezuela? Não dura 6 meses com empresário acionando a maquininha de reajuste de preço. Para se sustentar em um ataque desses, tem que ter exército e judiciário, pelo menos. E isso o PT não tem. Lula sabe bem disso. COLOCAR HADDAD NESSA POSIÇÃO É JUSTAMENTE FAZER POLÍTICA DE CONTENÇÃO DE DANOS. Para fora introduz um anteparo, para dentro do Partido se isola toda crítica nele: é possível se considerar que Haddad está fazendo um papel de “ir para o sacrifício”, em troca de um vislumbre eleitoral.
Do meu ponto de vista, Haddad já é o escolhido de Lula faz tempo. Os vídeos com “indícios” de que Lula deixou Haddad isolado (p.ex., no palanque em SBC) são estratégia para o “público interno”. Externamente Lula elaborou seu “chanceler”. Me apresentem alguma outra candidatura com alguma possibilidade de fazer esse mesmo jogo duplo e mudo meu ponto de vista. Esqueçam candidatura kamikaze, isso jamais vai acontecer porque antes de tudo o PT pensa que precisa sobreviver, reunir força$ e tocar a bola com o que tem. E para isso precisa ter tempo na TV: vamos convir que o TSE já está ameaçando tirar o tempo se o PT insistir na candidatura de Lula. E não precisam falar que isso é ilegal, pois já sabemos que o legal foi para o espaço.
Claro que tudo isso é arriscado. Perder para o Alckmin, é óbvio que isso tá na conta. Mas e se for Bolsonaro? Aí não adianta, tem que aparecer como “moderado” e atrair os votos do PSDB. Como disse antes, o que se visa aqui é o ELEITOR DO PSDB, e não os quadros desse consórcio. Se Lula quer estar nas eleições (de um modo ou de outro) ele tem que apostar em estratégias eleitorais; jogar como carbonário é perder também; você só faz “terra arrasada” se tem poder de fogo te dando backup na retaguarda, e o PT não tem. Como todo mundo aqui sabe que Lula é um conciliador, não se pode esperar dele, nem na prisão, algo que não seja isso. Lembre-se do que ele precisou fazer para baixar o dólar em 2003-4.
Finalmente, alguém em sã consciência acha mesmo que a essas alturas não tem um bando de estrategistas, marqueteiros, pesquisadores, etc., pensando no que está acontecendo? Alguém acha mesmo que essas estratégias são tão descoordenadas assim? Não dá para acreditar que o PT, e Lula, se tornaram um bando de amadores do dia para noite. Por isso mesmo, não apoio nem desapoio Haddad ou quem quer que seja. Acho que esse povo sabe o que está fazendo; se não sabe então não dá para esperar mais do que já foi a Dilma. Vamos lembrar o seguinte: para se preparar para as novas investidas do golpe, antes de tudo é preciso neutralizar a população que saiu às ruas e o apoiou. Coloquem 5 milhões na rua para pedir Lula livre, ou então que se aposte nos pequenos espaços de manobra que ainda restam.
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Por Romulus Maya
Piero, Haddad não era o nome de Lula. Chegaram – politicamente, via composição – a uma lista tríplice. O nome de Lula, goste-se dele ou não, era Jacques Wagner. Haddad, o da máquina do PT. Gleisi vinha em terceiro, como azarão.
Mesmo sendo judeu, Jacques Wagner pediu para o Pai afastar dele o cálice. Disse que sairia apenas se fosse como vice de um Ciro Gomes cabeça de chapa. Para mim, exemplo claro daquele que, em não querendo o negócio concretizado, faz uma proposta que o outro não pode aceitar. A máquina do PT que tem Haddad como campeão não aceitaria Ciro, completamente fora da influência deles, na cabeça.
Fora isso, apesar do convite feito, Ciro não abriu mão do registro da sua candidatura para entrar como vice “de Lula” (nesse caso, com Wagner sendo o terceiro andar do “triplex” – sic). Se fizesse isso, teria de ficar, de maneira temerária, na mão do PT para o registro final como cabeça de chapa, quando Lula fosse rejeitado pelo TSE. Sem chance, obviamente. Sem entrar no mérito – que é da política (*) -, o PT já descumpriu diversos acordos fechados com Ciro até aqui, como, p.e., Dilma sair pro Senado no CE – e não em MG. Até casa foi alugada para ela para a transferência do domicílio eleitoral.
((*) OBS: como magistralmente ensinou Lula à inepta Marina Silva, “política é a gente saber quando pode meter na bunda do outro e quando é a gente quem tem que levar a piroc…da”. Uma das maiores deficiências de Ciro Gomes enquanto político sempre foi não saber levar a “piroc…da” na esportiva. Guarda mágoa)
Mas o importante nisso tudo é:
Por que Wagner não aceitou a cabeça de chapa?
E colocou “Ciro – bode na sala – Gomes” na equação, para frustrá-la?
Porque está eleito Senador.
E Haddad?
Não era mais que um cadáver político, insepulto, depois da derrota humilhante de 2016. Essa candidatura, qualquer que seja o resultado, é a sua única chance de renascer para a política. E, se tiver bom desempenho, tentar pegar o comando do partido no pós-Lula. Pra ele, que não era mais nada no jogo, uma derrota no segundo turno para o candidato do Golpe é boa o suficiente.
- Luiz Nassif, 24/jul/2018. Até hoje não desmentido:
(…)
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(…)
Para Wagner, eleito Senador, passar para o segundo turno para, então, ser derrotado não é bom o suficiente.
Entre outras coisas, Wagner era o nome de Lula, justamente, por – como o padrinho – não ser bobo. A derrota está dada. Esse é mais um indício, entre tantos.
Você superestima a condição de alguém que está preso há 130 dias. E que já deve ter percebido, ao menos parcialmente, as punhaladas nas costas que foi levando até chegar onde chegou. Quem impossibilitou Lula de resistir no Sindicato, diferentemente dele, não está preso. E segue agindo do lado de fora.
A briga aberta no PT entre aqueles que querem a desistência logo após a primeira recusa no TSE e os que querem tensionar até o fim com todos os recursos, com resultado indefinido até agora, mostra que não tem estratégia nenhuma. Está sendo “feita” (?), de forma reativa, ao que o Golpe apresenta.
O motivo disso tudo, do sacrifício de Lula, ser a “sobrevivência do PT” é o que eles dizem a si mesmos. Ou cinicamente ou para se convencerem.
PT sem Lula?
PDT sem Brizola.
Já vimos esse filme.
Lula é maior que o PT. E não o inverso.
Ora, se o calvário do PT vem do Judiciário, a mando dos EUA, em que exatamente adiar o enfrentamento a esse agente local e, no caminho, abrir mão da sua única arma – Lula e a sua capacidade de mobilização popular – ajuda?
Em vez de enfrentarmos o que é in-con-tor-ná-vel – sim, muito provavelmente para perder, mas desgastando desde já, na largada, a próxima fase do Golpe – vamos perder:
(1) Lula;
(2) a eleição;
(3) o discurso de que vivemos um Golpe/ fraude eleitoral. Perderemos os pilares do Referendo Revogatório, inclusive políticos;
(4) a inserção popular do PT, que fica na mão dos engomadinhos, com diploma e sem voto. Ou seja, perderemos também o PT enquanto força majoritária, por divórcio com as bases, combinada com a continuação da caçada judicial (por que haveria de parar?).
O recado de Lula aos que “quiserem derrotar ele no PT” em seu último discurso antes de ser preso mostra bem quem sai e quem entra:
Em resumo, não ganhamos nada e perdemos tudo ao continuar adiando – como vimos fazendo até aqui – um enfrentamento com o Judiciário. Como disse, é incontornável. Seja para ganhar ou para perder. Com o Plano B, abrimos mão da luta “no atacado”, com Lula ao nosso lado, para permitir – já sem ele – que o mesmo Judiciário siga aniquilando o PT, “no varejo”.
Se é para perder, em ambos os casos, que seja pelo menor número de gols. Tática do empate.
Mas não… esse “Deus há de prover” continuará sendo o álibi para quem não quer lutar (por “n” razões, inclusive a cooptação, mas não apenas) e/ ou acha que vai sobreviver à continuação do expurgo.
Com Plano B não só deixamos entrar a goleada como concordamos com a amputação das nossas pernas.
Que militantes rasos já tenham esquecido os padrões de tudo o que vem acontecendo de 2015 até 2 semanas atrás – afinal, é Golpe ou não é? – e já tenham entrado no frenesi de um novo “Fla-Flu” eleitoral, entre vermelhos e azuis, eu compreendo. E condoo-me até. Imaginam uma “eleição”, totalmente controlada pelo Golpe, em que o Golpe sairia derrotado…
Mas numa discussão estratégica, em que se tenta ultrapassar as armadilhas dos (reconfortantes) vieses cognitivos (como, p.e., o de confirmação, o de representatividade e o de otimismo), não há como não reconhecer que o Plano B é a capitulação que o Golpe há muito esperava. Você, Piero, ao contrário do pessoal no frenesi, já assimila a derrota com o Plano B. Discordamos apenas quanto às consequências a longo prazo da mesma.
Disse e repito: tenho toda a solidariedade às pessoas humanas que o Golpe está tentando quebrar. Dirceu e Lula estão ambos com 72 anos.
Quem libertou Dirceu possivelmente acreditava que, na ausência forçada de Lula, ele chegaria para ajudar a fazer o Plano B deslanchar. No caso, com a narrativa “Perón/ Cámpora”. Anotamos essa hipótese ainda em julho:
- Para o Plano B, metade do trabalho segue sendo inculcar nas bases (i) a possibilidade de não votar em Lula; e (ii) não mais se insurgir contra isso, participando regularmente da “eleição” (sic).
- Pois é aí que entra a sua terceira encarnação: essa história de voto “condicionado”, (alegadamente) repetindo a operação “Perón-Cámpora 1973” na Argentina. Ou seja, com o “compromisso” de o Plano B, logo após vencer a eleição, “indultar” (sic) Lula e convocar novas eleições. Para que, aí, o ex-Presidente finalmente voltasse ao poder.
- Mas há várias maneiras – “involuntárias” – de frustrar tal “promessa”. Primeiro, perdendo a eleição. Nesse caso, ainda chegar-se-á ao cúmulo de creditar tal derrota a… Lula (!). Em ganhando, surgem alguns “pequenos” – e mui convenientes – obstáculos: o Vice, o Congresso e o… STF!
- E assim, com Lula preso e impedido de ser votado, a Globo e o TSE estariam livres para anunciar, mais uma vez, a tal “festa da democracia” na noite de 7 de outubro próximo.
- Conclusão: quem fala em Lula no poder adiando – para depois da eleição – a inarredável confrontação com a máquina golpista no Judiciário mente. Isso porque, depois da eleição, teremos perdido justamente a nossa única arma: o sequestro da mesma – com o tema “Lula” – e o poder de retirar-lhe a legitimidade com a exclusão – UNILATERAL – do ex-Presidente do pleito.
(…)
P.S.: a libertação de José Dirceu – e não de Lula – ontem pela Segunda Turma do STF terá algo a ver com isso?
Vejam o curioso comentário de um certo “Peronista” no site do mesmo Paulo Henrique Amorim:
Já Lula segue preso até aqui. Possivelmente para que não possa dar o drible da vaca – no Plano B e no Golpe – na hora decisiva, como tantas vezes seu gênio político logrou na sua trajetória.
Como disse, sou solidário. Mas não há como não registrar o que, politicamente, será o resultado do Plano B.
Como disse o amigo que mandou a “notícia” do “crescimento de Alckmin” nas pesquisas, cantado há meses pela gente no Duplo Expresso, o “legal” de uma “eleição” em 45 dias é ver as previsões serem confirmadas uma a uma em pouquíssimo tempo.
Sobre o fim do PT enquanto força majoritária, se o enfrentamento for adiado de novo, isso pode se dar já no pós-eleição, na primeira parte do próximo ciclo eleitoral.
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Por Patrícia Vauquier
Excelente análise, Piero. Queria te dar outros elementos pra refletir um pouco mais a respeito. Sobre o documento que você, Piero, recebeu do BNP Paribas, que o Romulus publicou no Duplo Expresso, tinha um nome antes do Haddad: Jacques Wagner, que está em primeiro lugar num gráfico. Porque o nome dele tá lá? Eu queria muito que toda a sua análise fosse real, que há realmente uma estratégia no partido e não um conflito pelo poder. Mas acho que a realidade é um meio do caminho entre a sua análise e a do Duplo Expresso. Porque uma coisa que falta na sua analise é o poder que Lula perdeu mesmo no partido depois da prisão.
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Por Romulus Maya
Pois é. 130 dias preso, com leitura da realidade limitada por quem faz o “clipping” diário que chega a ele. Lula segue preso… mas o círculo de traidores – os mesmos do Sindicato – continua soltíssimo.
Essa ideia de “Lula todo poderoso” lá dentro não bate com as informações que vamos recebendo. Conforta. Mas ilude.
O relato que recebemos de quem lá vai com frequência, sobre o estado de Lula, inclusive sobre a sua disposição política atual, é bem diferente.
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Por Patricia Vauquier
Quem colocou Lula na prisão sabia muito bem o que estava fazendo… ai, Cassandra…
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ATUALIZAÇÃO: a pergunta continua – é ou não é Golpe, minha gente? Decidam-se.
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Tema em debate no D.E. de 16/ago/2018:
- Condensado.
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