Temer – mais Lula – e o inimigo (comum) a neutralizar: Barroso!
Por Romulus Maya, para o Duplo Expresso
- O – verdadeiro – alvo: Barroso tenta fazer Temer refém, através da prisão de seus dois operadores, para virar votos no STF em favor da prisão de Lula. O inimigo de Barroso é a política. Toda ela. Pouco se lhe dá – no longo prazo – se oligárquica ou popular, sujinha ou cheirosa. O projeto é a substituição da democracia, o governo da maioria, pela “noocracia à brasileira”, o governo de um triunvirato não eleito: finança internacional (mais Deep State americano), cartel midiático brasileiro e, como operadores de campo, os “juristocratas”.
Fonte do Duplo Expresso em Brasília garante: prisão dos dois operadores de Michel Temer, José Yunes e Coronel Lima, decretada em plena Semana Santa, é ato de desespero diante da perspectiva de derrota na próxima quarta-feira, na sessão do Plenário do STF que deverá garantir a liberdade do Presidente Lula. Segundo o relato, a Globo – e o seu (ainda!) advogado no STF, Luis Roberto Barroso – já realizaram o prejuízo de não terem conseguido virar o voto de Rosa Weber. A derradeira, e descarada, tentativa de constrangimento da Ministra por Sergio Moro, ao vivo no Roda Viva da última segunda-feira, saiu pela culatra: Rosa não teria gostado nem um pouco do atrevimento.
Em vista do tiro no pé, Barroso, o homem da Globo – e da Lava Jato (apud “DD” – Deltan Dallagnol) – no STF, tenta tornar Michel Temer refém e assim virar, na marra, o voto de Ministros com quem o Chefe do Executivo tem afinidade. Busca-se, ao mesmo tempo, (i) assegurar a não mudança do voto de Alexandre de Moraes; (ii) garantir a condução favorável por Parte da Presidente Carmen Lúcia (sobre quem exercem chantagem com sua vida privada); e (iii) dissuadir Gilmar Mendes de lançar mão da carta coringa: um pedido de vistas.
Longe de denotar força, o mais recente golpe judicial-midiático patrocinado por Barroso e pela Globo entrega o desespero de quem vê a vitória final, antes tão próxima, prestes a lhes escapar pelas mãos. Manobra arriscadíssima, registre-se: tal arremetida, em modo kamikaze, pode muito bem ter sido o impulso que faltava para a conclusão do grande pacto – político! – de salvação nacional. Pacto esse que daria combate à tentativa de golpe “juristrocrático” tocado pelos operadores domésticos – juízes e procuradores “brasileiros” (aspas!) – da invasão híbrida de que o Brasil é vítima, coordenada – em modalidade “PPP” – pelo consórcio Finança internacional/ Deep State americano.
Quem não se lembra de como acabou a primeira tentativa de abate de Michel Temer pelo trio Globo/ PGR/ JBS?
Não foi – justamente – o Presidente Lula quem, semanas atrás, num mais que oportuno “flerte” político reconheceu – publicamente – o óbvio? Ou seja, a destreza com que Michel Temer derrotou a tentativa de golpe contra si patrocinada pelos irmãos Marinho e Batista no ano passado?
Recorro ao relato do bravo amigo do Duplo Expresso, Esmael Moraes:
O ex-presidente Lula acredita que Michel Temer teve uma vitória ao derrubar o golpe da Globo. Segundo o petista, o objetivo era manter o ex-procurador Rodrigo Janot na PGR, tirar Temer e colocar o presidente da Câmara Rodrigo Maia na Presidência da República.
“Temer teve uma vitória quando derrubou o golpe que a TV Globo, o [ex-procurador-geral Rodrigo] Janot e o [empresário] Joesley [Batista] tentaram dar nele”, disse à Folha.
“Aquele golpe tinha como pressuposto básico o Temer cair, o Rodrigo Maia [presidente da Câmara dos Deputados] assumir a presidência e o Janot ter um terceiro mandato [na PGR].”
Lula elogiou a bravura de Temer:
“Ora, o Temer resolveu enfrentar. Teve a coragem de desmascarar o Janot, o Joesley e ficou presidente.”
De lá para cá, Gilmar Mendes e Celso de Mello garantiram no Plenário do STF a frustração do roteiro armado pela Globo e pelos americanos:
– Estreia da série louvando a Lava Jato no fim de semana;
– Prisão de Lula na segunda-feira pela manhã; e
– Entrevista consagradora de Sergio Moro no Roda Viva à noite.
Quem, nas hostes da esquerda, à esta altura ainda segue repetindo “Fora, Temer” – em vez de “abaixo a Lava Jato custe o que custar” – ou não tem cérebro ou não quer que Lula se torne, novamente, Presidente do Brasil. Ou, quiçá, que fique em liberdade. Ou mesmo vivo, vai saber. Sim, porque quem é “Lula de A a Z”, “até as últimas consequências” (apud Gleisi Hoffmann), certamente bem sabe identificar a diferença entre inimigos que buscam a sua erradicação e antigos adversários que, incidentalmente, podem se tornar aliados táticos na luta contra os primeiros. Principalmente quando ambos veem na neutralização desse inimigo comum a única chance de sobrevivência de ambos, velhos adversários. Tudo para que possam viver – e disputar entre si – um novo dia.
Toca agora a todos os verdadeiros defensores do Presidente Lula – e, por tabela, da sobrevivência do Brasil enquanto ente soberano – cerrar fileiras por trás do contra-ataque fulminante: o urgente pedido de impeachment de Luis Roberto Barroso. Abatendo-se esse que é o grande articulador da Globo – e dos EUA! – no STF, o caminho estará aberto para o início de um longo processo de reconstrução nacional. Processo esse que passa, necessariamente, pela garantia da realização de eleições (limpas e livres) em outubro e da liberdade e dos direitos políticos de Lula e do povo brasileiro, que deve nele poder votar – se assim quiser.
Da mesma forma que no caso da publicação de prova documental dos crimes de Sergio Moro, o Duplo Expresso mais uma vez toma a dianteira e, em parceria com o Provitimas, busca municiar o Secretário-Geral da Presidência, Ministro Carlos Marun, na sua investida pela destituição de Barroso do STF. Sim, Marun… antes líder da tropa de choque de Temer no Congresso e representante dos interesses do (oculto) Eduardo Cunha na capital federal.
Pragmáticos que pensam, acima de tudo, na sobrevivência do Brasil enquanto ente soberano, valemo-nos da lição do pai da China superpotência mundial:
Não importa se o gato é branco ou preto. O que importa é que ele cace os ratos – Deng Xiaoping
Pois bem. Há uma ratazana fanhosa – coberta de negro e cheia de maneirismos – cujo abate urge. Pelo bem do Brasil (soberano) e, incidentalmente, pelo bem de Lula.
Chegamos, portanto, a um “segundo turno”: ocasião em que, como anotam os analistas políticos franceses, não se vota mais a favor de alguém, como no primeiro turno, mas pela eliminação do outro.
E então?
Qual vai ser?
A quem eliminar?
A chapa “Barroso-EUA-Globo”?
Ou a chapa “Lula-Brasil-Temer”?
O Duplo Expresso e o Provitimas – que não veem na omissão algo digno de quem se considere um patriota dadas as dramáticas circunstâncias que vivemos – já fizeram a sua escolha. E há meses!
Inclusive, com suporte documental protocolizado nesta semana:
Íntegra da peça submetida à apreciação de Carlos Marun em 27/mar/2018 aqui.
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Extra: na ausência de parlamentares que o fizessem, malgrado nossos insistentes pedidos neste sentido, no mesmo dia a dobradinha – 100% anti-meganhagem – Provitimas/ Duplo Expresso ainda foi ao Ministério da Justiça requerer a via original e o levantamento do sigilo do trâmite do documento que prova crimes de Sergio Moro, publicado pelo Duplo Expresso com exclusividade há 31 dias:
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Concluo repetindo a – incontornável e inadiável – indagação:
Qual vai ser?
Barroso-EUA-Globo?
Ou Lula-Brasil-Temer?
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