Ao contrário de Getúlio, Lula mostra que está vivo e faz carta para chamar o povo às ruas

O Brasil tem a sua própria lógica na política e, exatamente por isso, nele a lógica da repetição da história pode transcender tanto à tragédia, como à farsa, ambas vaticinadas por Karl Marx. Getúlio Vargas escreveu uma carta que levou o povo às ruas após a sua morte. Lula repete o mesmo gesto, mas para corrigir um dos únicos erros de Getúlio, o erro de não usar o seu poder de líder para convocar o povo numa reação contra os avanços dos inimigos do Brasil e dos brasileiros.

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Lula “pinta-se para guerra” com Judiciário: uma no cravo, outra na ferradura

Em nada surpreendeu o tom da carta de Lula, lida nesta tarde pela sua porta-voz, a Senadora – e Presidente do PT – Gleisi Hoffmann, na reunião da Executiva Nacional do partido, em Brasília. Nela, o ex-Presidente veio “pintado para a guerra” com o Judiciário, com especial ênfase reservada para o (com) STF (com tudo).
Com sinais contraditórios, ora prestigiando o interlocutor do Golpe no PT, Fernando Haddad, ora acenando com o enfrentamento da “farsa” (apud Lula!), o ex-Presidente empurra a decisão mais para frente. O sindicalista não fecha portas. Ainda.
De forma que, até lá, uma no cravo, outra na ferradura. Depois do sinal forte da semana passada, de ter finalmente cedido e constituído Haddad como “seu advogado”, portanto com franco acesso à carceragem, era a vez de mostrar os dentes para o Golpe. E que dentes.

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Felix Fischer – O Himmler da Lava Jato, dono da “Câmara de Gás” do STJ (Parte I)

O dono da “Câmara de Gás” do STJ da quinta turma é alemão. Calma! Este texto não fala sobre a turma do SS, mas da versão tupiniquim dela, que – de tão intocável que é – ficou conhecida como a “câmara de gás” do Felix Fischer. É este alemão de Hamburgo, naturalizado brasileiro, relator da Lava Jato, quem decide o destino dos seus réus. Um dissimulado que faz o papel de “durão” para justificar a fama de “implacável”, mas que é apenas uma das peças desta justiça carcomida pela corrupção que caracteriza o poder judiciário do Brasil.

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Anistia Geral para pacificar o Brasil e gerar empregos: Parte 3 de “MDB e a governabilidade”

Manuel López Obrador propõe a anistia para acabar com a Guerra às drogas no México. O povo mexicano sabiamente aprovou essa iniciativa através da massiva votação que ele recebeu ontem.
Todos sabemos que o impeachment foi um golpe. Todos sabemos quem participou e a responsabilidade de cada um. Toda a classe política brasileira participou. Toda classe judiciária brasileira participou. Todos os órgãos de controle participaram. Todos os sindicatos empresariais participaram. A maioria dos partidos, incluindo o maior partido do país.
Alguém acha que é possível punir toda essa gente pelo crime de golpear a democracia?
Se algo acontecer à saúde de Lula, os responsáveis por esse crime acabarão sendo caçados, primeiro pelo povo, depois pelos próprios mentores do golpe, na busca de um bode expiatório que acalme o povo.
Melhor unir o país em torno de um líder conciliador e que sabe que a vingança não é mais importante do que as crianças na escola e os pais construindo um futuro melhor para todos.

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O “Efeito Lúcifer” Hard Core à brasileira

O fato do exercício do Poder não levar em consideração o Outro e desumanizá-lo é potencializado pela nossa Justiça ser uma Instituição montada a partir da escravidão, moldada por três séculos de ódio bruto ao escravo, que se perpetua em sua versão moderna, no ódio ao pobre. Dessa forma, o papel do juiz e do promotor que detêm o Poder sobre a vida e a liberdade de outras pessoas, tende a se tornar ainda mais perverso, pois são eles as autoridades responsáveis por julgar e acusar gente pobre, em sua maioria por crimes patrimoniais não violentos, mas que são associadas a uma condição secular de não cidadania e que previamente não são reconhecidas com o mínimo de dignidade e igualdade.

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A voz do povo e o desespero dos coadjuvantes

Lula é o representante ideal para praticamente metade dos brasileiros, 40% nas pesquisas. A quem interessaria que fosse ele (Lula) a ser sacrificado e excluído das urnas? Aceitar essa barbárie é um atentado contra a democracia. Apoiar, legitimar e aceitar que Lula siga preso e perca seus direitos políticos, impedindo milhões de brasileiros de votar nele, é um ato de guerra. Uma guerra contra o povo.

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A saída da crise ao alcance da mão, Parte 3: Coincidência ou curto circuito divino nos jornais?

É só escrever sobre um determinado aspecto do mundo neoliberal que “coincidências” aparecem, ou seria sincronicidade?
Em “A saída da crise ao alcance da mão, Parte 1: Ciclo político, democracia e bilionários”, salientamos os comentários de Kalecki sobre as razões da grande importância que os Tubarões do mercado, também chamados bilionários, dão ao “estado de confiança empresarial”. Sincronicamente, logo depois que publicamos, o PIG, a grande imprensa, publica um artigo demonstrando essa teoria.

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“Bem me quer, mal me quer”: como Lula – e o Golpe – usam Fernando Haddad

É evidente que na política, que vive de sinais, não há ingênuos. Portanto, todas as partes envolvidas bem sabiam como os articuladores do Plano B – dentro do PT e no Golpe (i.e., aqueles ostensivamente no Golpe) – explorariam a visita de Haddad a Lula – apenas a segunda em quase 3 meses (!) de prisão; bem como a concessão – “concessão”! – a Haddad da prerrogativa de “visitar” o ex-Presidente, agora a qualquer tempo, na qualidade de seu “advogado”.
Lula deu sinais – verdadeiros? – de que ainda está aberto à negociação. E de que, a depender da conjuntura e dos termos do “acordo global” atingido, segue existindo a possibilidade de o Golpe lograr indicar o candidato “do PT”. A “metamorfose ambulante” Lula retomaria, dessa forma, a velha tática de soltar – como “seus” – diversos cavalos, concorrentes entre si, num mesmo páreo. Para, ao final, escolher aquele que se viabilizar. E renegar o(s) derrotado(s).
No caso atual, os “cavalos” mais discerníveis seriam (i) a composição com o Golpe, via Haddad, e (ii) a confrontação total, melando a farsa eleitoral com a não substituição do seu nome como o candidato do PT. Nessa última hipótese, assim como no caso da indicação de Haddad para ser “o coordenador do programa de governo”, a proximidade terá servido para manter o “inimigo” por perto, sob vigilância.

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Não há 5ª coluna no Kremlin?! Examine melhor.

Depois de Medvedev ter sido renomeado para o mesmo posto e com ele todo seu governo, apenas levemente recauchutado, a opinião pública na Rússia e em todo o mundo dividiu-se sobre se aí haveria bom sinal de continuidade e unidade na liderança russa, ou se seria confirmação de que, sim, haveria uma 5ª coluna dentro do Kremlin que, ao mesmo tempo em que impõe ao povo russo políticas neoliberais e pró-ocidente, trabalha contra o presidente Putin. Hoje quero dar uma olhada rápida no que está acontecendo, porque creio que a política exterior russa continua controlada predominantemente pelo que chamo de “Eurasianos Soberanistas”, e porque, para detectar as atividades dos “Integracionistas Atlanticistas”, é preciso examinar o que está acontecendo dentro da Rússia.

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