Felix Fischer – O Himmler da Lava Jato, dono da “Câmara de Gás” do STJ (Parte I)

Por Wellington Calasans, para o Duplo Expresso

O dono da “Câmara de Gás” do STJ da quinta turma é alemão. Calma! Este texto não fala sobre a turma do SS, mas da versão tupiniquim dela, que – de tão intocável que é – ficou conhecida como a “câmara de gás” do Felix Fischer. É este alemão de Hamburgo, naturalizado brasileiro, relator da Lava Jato, quem decide o destino dos seus réus. Um dissimulado que faz o papel de “durão” para justificar a fama de “implacável”, mas que é apenas uma das peças desta justiça carcomida pela corrupção que caracteriza o poder judiciário do Brasil.

Felix Fisher é um dos delinquentes desta organização criminosa do Paraná, comandada por Moro. Como em toda máfia, a hierarquia é importante para a manutenção dos negócios. No caso da Lava Jato, Moro é quem condena, mas faz isso porque na sequência tem assegurado o respaldo dos comparsas no TRF-4 que chancela as condenações do juiz de primeira instância e, aqui entra o alemão, Fischer mantém a decisão acordada previamente.

Juízes, desembargadores, advogados e até réus, de todo o Brasil, normalizaram o batismo de “Câmara de Gás” atribuído ao quartel deste general das SS que se vangloria de negar todos os pedidos de HC que lhe são encaminhados, principalmente do PT – Partido dos Trabalhadores, pois este moralista sem moral é ligado ao PSDB e foi nomeado por Fernando Henrique Cardoso.

Assim como Moro, Felix Fisher faz parte do aparelhamento da justiça promovido pelo PSDB. Inclusive, já atuou no Paraná como Procurador de Justiça. E como o que é ruim também se multiplica, é pai de Otávio Fischer que ocupa no Paraná uma vaga de desembargador com a nomeação feita pelo governador Beto Richa do PSDB do Paraná. Não é preciso de muito esforço para saber a razão para que Richa ainda esteja solto.

Fischer, esta “impoluta” figura que se arvora como o Himmler de Curitiba no STJ, tem os seus esqueletos escondidos debaixo da Toga. Como não dispõe, ainda, de sonderkommando para a limpeza da sua “Câmara de Gás”, é o próprio Fischer quem a faz “preventivamente”, pois verifica a arcada dentária dos réus (suas vítimas), em busca de dentes de ouro e objetos de valor, como joias, etc. em troca da liberdade.

Em síntese, Felix Fischer é apenas mais um canalha que usa a justiça e a toga para o enriquecimento com a venda de sentenças. Os “preços” variam de acordo com o réu.

Os que não possuem “dentes de ouro” são queimados vivos. Isso para que seja eliminado qualquer vestígio, tanto do crime, como das vítimas. Foram muitas as pessoas que confirmaram isto na nossa investigação. “Todo mundo sabe disso e ninguém faz nada!”, afirmou um advogado que recebeu da “Câmara de Gás” uma proposta superior a meio milhão de reais pela liberdade do seu cliente.

Pelo quinto do Ministério Público, entrou Felix Fischer (MP/PR). A escolha de ministros, principalmente do chamado “quinto”, tornou-se uma aberração: chega-se ali sem o “notável saber jurídico” e “reputação ilibada”, alavancados tão somente por apadrinhamento político e defesa de interesses econômicos de patrocinadores ou da própria máfia.

Felix Fischer é temido porque a sua imagem foi construída pelos comparsas para que ele seja considerado implacável com os réus que necessitam de HC. Um velho truque usado para “encarecer o produto” das sentenças. No entanto, todos sabem que Fischer é apenas mais um malandro na justiça, inclusive com a participação da família.

“Câmara de Gás” uma ova! É bacanal incestuoso mesmo

Quando se trata de benesses para si próprio e seus familiares este “implacável” é de uma benevolência angelical. Na farra do STJ, omitidas para os pobres mortais, esses agentes do SS têm os seus queridos filhos advogando em vários casos neste mesmo tribunal – STJ. São mais de 88 processos tramitando por lá, onde Denise Campos Fischer e Otávio Campos Fischer, somados, aguardam decisão sentados no colinho do papai, o ministro canalha Felix Fischer.

Você conhece Neco? Né comigo não!

O CNJ editou em 03/03/2015 a Resolução nº 200, que disciplina as causas de impedimento de magistrado, já prevista no art. 134 do CPC vigente na época. E o artigo 1º da referida resolução versa que “está impedido de exercer funções judicantes ou administrativas em que estiver postulando, como advogado de parte, o seu cônjuge, companheiro ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral, até o grau estabelecido em lei”. Felix Fischer “não tá nem aí” para isso.

Teach Me Tiger!”

Simpática às “festinhas” em família, a ministra Nancy Andrighi, Corregedora Nacional de Justiça, um braço do corporativismo jurídico brasileiro, mostra que aprendeu rapidinho a sacanagem com o “Tigrão Felix” e dá sua palavra final sobre a Resolução 200/2015, afirmando, placidamente, que “a resolução não disciplina a atuação de parentes de ministros em processos julgados por outros ministros”. Excrescência maior do que essa não há, mas os políticos é que demonizados.

“Liberou Geral!”

Nessa farra da parentalha advogando processos milionários e ganhando fortunas no STJ, existem ainda as influências das alcovas domésticas das amantes, de pais, esposos e companheiras de ministros em cima dos julgadores, embora, como diz a corregedora cinicamente, na tranquilidade do Olimpo dos Intocáveis: “a resolução do CNJ não discipline a atuação de parentes de ministros em processos julgados por outros ministros”.

Big Brother” – Todo mundo vê!

Durante a gestão do ministro Felix Fischer houve um escândalo, inclusive saindo em reportagem veiculada pelo SBT e com repercussão na folha de São Paulo, tratando da acusação contra o diretor geral do tribunal na gestão do ministro Félix Fischer, quando teria sido gasto irregularmente milhões de reais em equipamentos de informática. Isso foi motivo, inclusive, de várias brigas entre Felix Fischer e o então presidente do STJ Francisco Falcão.

A Turma de Quinta

Por conta do marketing de “implacável”, Fisher ficou tão poderoso que conseguiu incluir na quinta turma o também paranaense Joel Ilan Parcionik, oriundo do TRF-4. Com isso, e também com o apoio do ministro Jorge Mussi (de Santa Catarina) que tem votado em total conluio com o Fischer, são fechados os três votos na quinta turma, o que garante a maioria na sua “Câmara de Gás” particular.

Em breve a Parte II

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Romulus Maya

Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário! Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.

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