“Lula precisa morrer” – e só o salvando sobreviveremos
Por Romulus Maya, para o Duplo Expresso
Publicado 8/abr/2018 – 21:34
Atualizado 9/abr/2018 – 11:36
- Que fazer? Aceleremos o passo: restam-nos alguns meses apenas. Precisamos tirar – urgentemente – Lula da cadeia. É nossa única chance contra um futuro distópico. Para salvarmos a Lula – e a nós próprios – precisamos gritar mais alto que as vozes dos bajuladores mal e bem-intencionados, que repetem ao Presidente que “ele já é enorme na História”. Gostemos ou não disso, Lula é o líder – incontornável – da resistência anti-imperialista nesta geração. É, portanto, preciso que também ele lute contra a auto-doutrinação e aceite a verdade: o único Davi esculpido em mármore de Carrara pelo mestre Michelangelo é aquele 1 em 100 que…venceu. Afinal, a História é escrita – mal ou bem, pouco importa – pelos vencedores.
- Atualizado em 9/abr/2018 com resumo audiovisual (no final).
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Na sua inesgotável sabedoria, Mestre Yoda certa vez disse ser difícil fazer previsões já que o futuro sempre está em movimento.
Em outras palavras, nada está escrito. Ou ao menos não em pedra.
Mesmo porque…
No Brasil do golpe juristocrático, sequer cláusulas pétreas o estão mais.
De forma que traçar cenários (que não tendam ao infinito…), tentando isolar variáveis, torna-se tarefa quase impossível. Afinal, como resolver um sistema de equações quando o próprio sinal de “igual” (=) passa a ser uma possibilidade, em vez de uma certeza?
É mais ou menos nessas águas turvas que estamos a navegar. Ou seria à deriva?
De qualquer forma, ajudando nessa tarefa, temos uma bússola – ainda que reversa. Sabemos onde o Golpe quer chegar:
(i) um Brasil com economia reprimarizada e financeirizada, mera fornecedora de commodities, liberalizada interna e externamente;
(ii) plenamente integrada geopoliticamente ao “Ocidente”, em caráter subordinado; e
(iii) tudo isso de maneira perene, na forma de uma “democracia iliberal”/ “democradura”, com “eleições sem risco” de reversão desse curso.
O caminho traçado para o Brasil para que esse chegue a tal modelo de “estabilidade” político-econômica é o que chamamos em outra oportunidade de “democracia à iraniana”/ “noocracia escamoteada”. Nele, um triunvirato não eleito – Finança/ Cartel Midiático/ Juristocracia – define quem pode:
(1) candidatar-se;
(2) fazer campanha livremente (sem ser acossado pelo Justiça eleitoral);
(3) ser diplomado (aprovação das contas);
(4) governar sem ser inviabilizado juridicamente; e
(5) concluir o mandato.
Tudo isso com a sempre presente ameaça de destituição, casada com a perspectiva de futura – e implacável – perseguição política travestida de persecução penal, lawfare, a restar como a eterna “espada de Dâmocles” por sobre a cabeça do “governante” (?). De forma a garantir que esse nunca se esqueça do imperativo de não sair da linha.
É absoluta a disparidade de armas entre quem resiste e quem tenta impor tal projeto: a aliança “PPP”, transnacional, entre Finança internacional, Deep State americano, elite brasileira e o (proto-) “deep state brasileiro”, ou seja, a Juristocracia. Dessa forma, Davi deve saber que ou acerta a estilingada nas raríssimas oportunidades em que a testa do gigante Golias se faz atingível ou é melhor aceitar que vencerá a estatística, com o mancebo de compleição modesta sendo trucidado em 99 de cada 100 duelos.
Davi pode ser lindo de morrer…
Mas só foi esculpido em mármore de Carrara pelo mestre Michelangelo porque… venceu.
Ponto.
Quantos Davis, mais bonitos ainda que o jovem israelita, não haverão existido nos 10 mil anos de sedentarização da humanidade sem que tenham tido o privilégio de serem “escritos em pedra”? Apenas por não fugirem à estatística? E, portanto, terem engrossado a contagem dos 99 trucidados a cada 100?
Em total desprezo ao gozo estético, conformemo-nos: a História é escrita pelos vencedores. Sejam eles feios ou bonitos. Aliás, um dos prêmios outorgados ao vencedor reside justamente na prerrogativa de (re-) escrever a História, podendo embelezar – e enfear – livremente o quanto queira qualquer um dos atores envolvidos. Podendo inclusive tornar protagonistas coadjuvantes – quiçá figurantes – e vice-versa.
Tudo isso para dizer que são no mínimo bastante apressadas as “leituras” de que “Lula entrou para a História como um gigante” depois de ter decidido se submeter ao mandado de prisão expedido por Sergio Moro no dia de ontem. Mandado esse (várias vezes) ilegal, sabemos todos – inclusive o próprio “juiz”. Tais relatos estão perdidos em algum lugar entre o wishful thinking e a propaganda, perigando chegar ao peripatético para realistas, “chatos”, que teimam em não se auto-doutrinar com muito newspeak/ novilíngua e double-think/ duplipensar (apud George Orwell, in “1984”).
Como temos reiterado aqui no Duplo Expresso, nossa única estilingada, nesta geração, é a cartada do impasse institucional. Várias vezes, desde a alvorada do Golpe, o PT tem acenado com ela. Apenas para recuar depois. A cada vez que usamos tal artifício, ou seja, o blefe, o seu valor como elemento de dissuasão para a rodada seguinte do jogo diminui sobremaneira. Sem nenhuma clemência mas com muito didatismo, Esopo choca gerações de criancinhas com o trágico fim da fábula “O menino que gritava ‘lobo’”: tendo perdido toda a credibilidade de seus alertas, terminou devorado pela besta.
Há quem sinta que a própria convocação da militância – prontamente atendida – para que ocupasse São Bernardo do Campo tenha sido parte integrante de um novo blefe. Para ver se, acenando mais uma vez com o tal “impasse institucional” como elemento de dissuasão, STJ ou STF, na distante Brasília, concederiam – no último minuto – o habeas corpus redentor.
“Olha que desta vez vamos para o impasse institucional mesmo, hein?”.
De novo, no entanto, o Golpe ousou deixar aumentado, no novo grau atingido, o tamanho da chama do fogão que, pouco a pouco, leva uma rãzinha semi-anestesiada à cocção involuntária. Ou seja, o Golpe pagou pra ver se era blefe. E, novamente, a rãzinha não ousou pular para fora da panela – repetindo para si mesma, como mantra, que certamente não haverão de passar desta nova temperatura, acordada mutuamente entre… cozinheiro e prato da janta! Temperatura essa tão escaldante que o pobre do anfíbio já não pode mais sentir muito bem sequer todos os seus membros, sabe…
O saldo da nova investida do “menino pastor” – ou seria da rã? – é a perda de mais um naco de credibilidade/ alavancagem quando acenarmos, uma vez mais na próxima rodada, com o tal “impasse institucional”.
Pior: é faca de dois gumes. A credibilidade foi gasta não apenas com o outro lado, mas também com o nosso. Há setores da militância ressentindo a impressão de ter sido ela convocada pra dar maior credibilidade a (mais) um… blefe.
Esperemos – pelo bem de todos – que, diferentemente dos aldeões da fábula do pastorzinho mitômano, mesmo deixada desta vez com a broxa na mão, a militância resolva dar mais um voto de confiança diante de um novo chamado de socorro.
Depois de sábado, a quantas andará a credibilidade da outra ameaça de impasse institucional? Qual seja, a promessa de Lula candidato “até as últimas consequências”/ “não há Plano B”?
Em breve saberemos a resposta para essa pergunta.
Entendam: não estou aqui para chutar cachorro morto. Muito pelo contrário: como a maioria dos que lerão este artigo, quero o cachorro vivinho da silva.
“Da Silva”?!
Pois é…
De forma que, ao tentar processar os eventos dos últimos dias – importante: sem nunca perder de vista a nossa “bússola reversa” do Golpe – há alguns elementos táticos que já podem ser antevistos na estratégia de filtro juristocrático da política, para a garantia de “estabilidade” com “eleições sem risco” daqui para a frente:
(1) O Golpe seguirá tentando impor, de fora para dentro, Fernando Haddad – o (sub-projeto de) “Macron brasileiro” – como o “Plano B” do PT. Melhor ainda se vier numa chapa com o velho MDB de guerra, na pessoa de Josué de Alencar, o apagado filho do ex-Vice-Presidente José de Alencar. Patrocinador do Instituto Millenium e sem nenhuma representatividade política ou lastro nacionalista, em comum com o pai só tem mesmo as iniciais.
Se essa chapa – fraquíssima – perder, ótimo. Se ganhar, melhor ainda: acelera sobremaneira o atingimento do objetivo estratégico de destruir o PT enquanto força eleitoralmente relevante em disputa majoritária. Isso porque matará a sigla por dentro, ao frustrar as mais modestas expectativas de reversão “disso tudo que está aí”. “Referendo Revogatório”? Pfff…
O resultado?
Mais um PDT sem Brizola.
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(2) O Golpe tentará neutralizar o poder de fogo da caneta de Temer tentando, uma vez mais, cooptá-lo. Para isso, acenará com duas alternativas opostas, mas que visam ao mesmo fim: a promessa – atenção: promessa! – de impunidade para si e para os seus.
São elas:
(A) a volta do foro privilegiado para ex-Presidentes – o que não contemplará mais Lula, já condenado (possivelmente duas vezes até lá); e/ ou
(B) a “PEC Eduardo Azeredo”, de autoria do Senador Álvaro Dias, que virtualmente extinguirá o foro privilegiado de parlamentares. A promessa é de “fim da impunidade”. Ocorre que, a exemplo do que se passa com o – tucano – ex-Governador de Minas Gerais, presta-se justamente ao contrário: descendo do STF para a primeira instância, permitem-se pre$$ões “não republicanas” sobre juízes de primeiro grau/ desembargadores. Tudo para que conduzam os processos, com todo o cuidado, rumo à… prescrição. E tudo bem longe dos – incômodos – holofotes de Brasília.
É importante notar que a “PEC Azeredo”, sob o patrocínio nada desinteressado dos lavajateiros, potencializa sobremaneira o “filtro juristocrático” da política, agora estendido ao Legislativo. Como a Juristocracia tem lado, pautando-se pela mesma bússola antinacional e antipopular do Golpe, do qual é a operadora, é certo que apenas pre$$ões engajadas no mesmo projeto resultarão.
E para as forças populares e nacionalistas?
– A proscrição via “ficha limpa”.
– Quando não a forca!
Quer chorar?
– Pois o PT, por populismo ou extrema ingenuidade, vem votando em bloco pelo fim do foro por prerrogativa de função, esse resto de garantia da política – e, por tabela, da soberania popular – diante do assalto da Juristocracia. É isso mesmo: “Lei da Ficha Limpa” Vol. II. Sim, neste mesmo ano, em que bem vemos o resultado do Vol. I. Incrível, não?
A rápida libertação da prisão dos dois operadores de Michel Temer, Yunes e Coronel Lima, pelas mãos de Raquel Dodge e Luis Roberto Barroso – ambos a palestrar em Harvard neste exato momento… oh, a coincidência! – pode ser justamente o indicativo da recomposição entre a Juristocracia – da qual Barroso é o capitão – e o grupo de Temer.
Confirma a psicologia e a disciplina dos vieses cognitivos aquilo de que já desconfiávamos: cada um acredita no que quer. Portanto, Michel Temer e os seus são livres para acreditar nas promessas de impunidade que lhe fizerem os dois prepostos juristocráticos do Império, Dodge e Barroso. Contudo, a triste sina de Paulo Maluf deve restar como um alerta contra o risco de se tornarem um troféu na parede/ bode expiatório quando, com o tempo, perderem a caneta. E toda a alavancagem que com ela vem.
Mas tem mais: logo na sequência do abate das forças populares e nacionalistas, o Golpe, transnacional e liberalizante, voltará a sua mira para as velhas oligarquias brasileiras. Aquelas de 500 anos, que literalmente vivem de privilégios cartoriais. Todos sabemos que, desde que Cabral aportou no Brasil, elas compõem com a elite transnacional sem nenhum problema, literalmente vendendo o país em prestações. Mas tem um probleminha: cobram pedágio. E caro! O “custo/ lucro Brasil” são as duas faces dessa mesma moeda. A elite transnacional, “liberalizante” (para os outros), sempre quererá maximizar os seus ganhos, diminuindo os seus custos. Sem mais haver o risco de uma guinada à esquerda/ nacionalista, o freio político conservador que sempre representou a velha oligarquia não despertará mais interesse nos gringos. Afinal, sai bem mais barato usar a Juristocracia como novo capitão-do-mato. Mesmo porque o seu custo – i.e., ao menos o “contabilizado” – é arcado pelo orçamento… do Estado – brasileiro!
Como ilustração de o que há de vir para a velha oligarquia cartorial brasileira sob o Golpe transnacional, na modalidade “PPP”, o ataque dos americanos ao esquema Globo/ FIFA já deveria ter soado o alerta. Mas não se espere esperteza e visão estratégica dos filhos de Roberto Marinho para além do próximo… placar no STF. Três Rosa Weber de calças? De fato devem crer que as – atuais… – promessas de salvo-conduto e “business as usual” dos gringos serão eternamente honradas. Como disse acima, a ciência confirma: cada um acredita no que quer. Pouco ou quase nada advém de tentar tirá-las do transe da auto-hipnose. Que morram os Marinho pensando que o monopólio que têm nas comunicações será o único mantido num Brasil plenamente transnacionalizado e “liberalizado” (entre aspas mesmo).
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(3) Incógnita: que uso fará o Golpe de Bolsonaro?
(A) Repetindo a operação Macron/ França, tentará usar o bufão como o “espantalho” a ser derrotado pela própria rejeição no segundo turno? Ou seja, o adversário ideal?
Contra tal “plano perfeito”, sempre resta o exemplo americano, onde o bufão riu por último. E fez chorar a candidata do sistema, que até já encomendara o tailleur da posse.
Ou…
(B) Eliminado o risco Lula, eliminará na sequência o risco Bolsonaro – também via canetada juristocrática?
Ironia das ironias, será o mesmo Fux a negar o registro da candidatura de Lula e a relatar a ação que – estrategicamente – pende contra Bolsonaro pela apologia ao estupro, no seu ataque à Deputada Maria do Rosário.
Com um bônus: os juristocratas ainda dividirão com o PT – com o PT! – a responsabilidade pelo desvio de finalidade do processo com motivações políticas. Ou seja, o lawfare que resultará na eliminação de Bolsonaro via “ficha limpa”. Ora, como reclamar da orfandade dos eleitores de Lula, via canetada de juiz, quando o PT será acusado de causar, pelo mesmo meio, a orfandade dos eleitores de Bolsonaro?
“Chumbo trocado não dói” – dirá o (duplo) Golpe.
Plano diabólico, não?
Contra isso alertamos há mais de ano: não existe “lawfare do bem”!
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(4) “Lula precisa morrer”. Senão fisicamente, ao menos politicamente. Não há como impor a “fatalidade” do programa antinacional e antipopular a mais de duzentas milhões de pessoas enquanto “Dom Sebastião” puder voltar. Enquanto a esperança viver, ninguém acreditará que “não há alternativa” (apud Margareth Thatcher). Por isso, o golpe não fecha enquanto Lula ainda for relevante politicamente.
A pá de cal:
– A indicação de Haddad como “Plano B” – em vez de um “lobisomem anti-mercado” como Requião, Stédile, Rui Costa Pimenta, etc. – abrirá as portas do inferno para Lula. Como dissemos antes, invertendo o ditado, “rei posto, rei morto”. Ainda mais quando o jovem príncipe – já – faz os olhos da Finança transnacional brilharem.
Lembremos sempre que não controlamos mais o que Lula come ou bebe. Imaginemos toda a miríade de toxinas que o Império guarda nos seus inventários. Pico hipertensivo, depressão imunológica/ doença, dano neurológico/ psiquiátrico… tudo isso, feito de maneira sutil, pouco a pouco, não seria algo extraordinário para um septuagenário – sob stress.
Certo?
Há, contudo, algo ainda positivo no cronograma: a esperteza e a previdência recomendam que o Império não elimine Lula antes de consumar a vitória eleitoral em outubro próximo. Afinal, para que fazer marola (-inha)? Vai que vira um tsunami…
Mas…
A mesma esperteza e previdência determinam que o Império o faça logo após a cerimônia de posse. Quem sabe já no próprio 1/1/2019! Depois disso, haja playback da Baronesa Thatcher a repetir “there is no alternative“/ “não há alternativa” (ao neoliberalismo).
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Conclusão: que fazer?
Aceleremos o passo: restam-nos alguns meses apenas.
Nesses dias, que se esvaem, precisamos tirar – urgentemente – Lula da cadeia. É a nossa única chance contra o futuro distópico que tracei até aqui.
Mais: precisamos fazer o entorno de Lula aceitar – contra a tendência natural à auto-hipnose – tudo o que aqui foi dito. Evidentemente, refiro-me tão somente à parcela que efetivamente precisa recorrer à auto-hipnose. Obedecendo aos ensinamentos de Sun Tzu, ao diabo com os infiéis, suas línguas melífluas e falsas promessas de proteção.
Ai, como queria pegar na rua o traidor que, tal qual Tessio de “O Poderoso Chefão”, prometeu a Lula que, não apenas o julgamento das ADCs no Plenário do Supremo correrá exatamente como desejamos já na próxima quarta 11/4, mas também que, diferentemente do que vem ocorrendo desde o ano passado (!), desta vez o trio Fachin/ Carmen Lúcia/ Barroso correrá para pautar ação que tanto nos interessa: o – novo – HC de Lula! Afinal, para todos eles, “apequenar a Corte”/ “ouvir o clamor da sociedade” hão de se ter tornado, de repente, coisas do passado. Milagre – atrasado – de Páscoa talvez. Vai saber…
Para que não restem dúvidas, são casos perdidos os artífices do “Plano B”, que opera pari passu com a (mera) promessa de “mandelização”/ “gandhização” – em vida. Notem bem: autoconcedidas tal qual a coroa imperial de Napoleão!
Cumpre registrar, contudo, que ao imperador francês – de quente sangue corso… – foi dado não apenas coroar a si mesmo, mas, o que é tão – ou mais – importante quanto, encomendar a tela que imortalizou tal ato ao pintor neoclássico Jacques-Louis David.
Ou seja: Napoleão era, também, o dono da “Globo”!
É preciso manter isso sempre em mente, para não mirar em Napoleão – ou Gandhi ou Mandela ou Martin Luther King ou … – e acertar em Bokassa I – e último! – do “Império (!) Centro-Africano”. Aquele que (também) quis – auto – transplantar titulação honorífica estrangeira. E que acabou, sim, inscrito na História… mas pelo ridículo:
Para salvarmos a Lula – e a nós próprios – precisamos gritar mais alto que as vozes dos bajuladores mal e bem-intencionados, que repetem ao Presidente que “ele já é enorme na História”. Gostemos ou não disso, Lula é o líder – incontornável – da resistência anti-imperialista nesta geração. É, portanto, preciso que também ele lute contra a auto-doutrinação e aceite a verdade:
– O único Davi esculpido em mármore de Carrara pelo mestre Michelangelo é aquele 1 em 100 que… venceu!
Afinal, a História é escrita – mal ou bem, pouco importa – pelos vencedores.
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P.S.: não sou revolucionário. Sou social-democrata e patriota, “tão somente”. Assim como Jucá, quero “um grande acordo nacional”. Mas… a minha versão é “com Lula, com PT, com povo, com soberania, com tudo”. E a única chance – já remota – de conseguir tal acordo, como ensinou De Gaulle, é ir pro pau como se não houvesse amanhã.
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— Romulus Maya (@romulusmaya) April 9, 2018
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ATUALIZAÇÃO 9/abr/2018 – resumo audiovisual, em duas partes:
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