Por Romulus Maya
Ontem, o STF decidiu que Sergio Moro e MPF eram uma coisa só – também no Caso Banestado. Daí a alegada “parcialidade” – que ora ocupa todas as manchetes (tanto no PIG como no PIGuinho “Vermelho”, operando mais uma vez em “pinça”).
Bem, esse mesmo MPF (nas pessoas dos Procuradores Vladimir Aras e Carlos Fernando dos Santos Lima) recebeu oficialmente, com registro até na imprensa, a tal “Lista VIP” do Banestado, em 2003, em NY.
Ou seja, a terceira, quarta, quinta (…) camadas de contas no exterior, fornecidas pela Procuradoria Distrital de NY. Ali, havia a identificação dos beneficiários finais da roubalheira do Banestado: pessoas físicas domiciliadas no Brasil, suas contas em paraísos fiscais e valores depositados. Ou seja: o “follow the money” – até o final do caminho; a configuração da materialidade delitiva do crime de lavagem de dinheiro (que é crime permanente e, portanto, não prescreveu); o equivalente ao “corpo do cadáver” num caso de homicídio, como metaforicamente comparou o Delegado Federal aposentado José Castilho Neto no Duplo Expresso (5/jul/2020), responsável então pela investigação.
Estranhamente, essa “Lista VIP “, recebida tanto pela CPI do Banestado como pelos procuradores do MPF-PR, “sumiu” no trânsito para o Paraná e não entrou nos processos criminais naquele Estado, cuja fase de instrução era presidida por… Sergio Moro!
Com a “ausência de provas” – justamente essas! -, Moro absolveu todos os peixes grandes. Foi todo mundo para casa. A lavagem de dinheiro não pôde, nunca, ser configurada.
Bem, o STF disse ontem que, também no Banestado!, Moro e MPF eram uma coisa só, certo?
Ora, então por que HOJE parlamentares da dita “oposição”, sobretudo os do PT (partido de Lula, vítima maior de Sérgio Moro), – em vez de focarem no acessório – “parcialidade” – não focam no principal?
Houve então, no Banestado, os crime de fraude processual? Corrupção passiva? Supressão de documentos? Tráfico de influência? …?
Por que os parlamentares “vermelhos” não ocupam hoje seus canais, e o PIGuinho “Vermelho”, para martelar que a decisão de ontem, do STF, seria PROVA de que Sergio Moro é mesmo um… “juiz ladrão”?
Ora, está claríssimo o roteiro: (1) o MPF sumiu com as provas
(2) Sergio Moro “foi forçado” então a absolver todo mundo (incluindo Dario Messer!)
(3) o STF diz, agora, que Moro e MPF eram, na verdade, uma coisa só.
Colateralmente, acrescente-se a aparente “vantagem indevida”: Dario Messer e seu preposto “Juca Bala” relatam, em suas delações HOMOLOGADAS na Lava do Rio de Janeiro!, pagamento mensal de 50 mil dólares em Curitiba para não serem incomodados – desde o Banestado até a Lava Jato. Citam, nominalmente, o Procurador Januário Paludo, p.e.
Focando na “parcialidade” e “não percebendo” a aparente configuração de crimes, pesados, a “esquerda”-telecatch adota truque de auditor malandro: pega o ratinho pra deixar o elefante passar. Ou seja, mais um “limited hangout”. Mais um claro diversionismo.
Poxa, nem mesmo o Deputado que, no ano passado, chamou Sérgio Moro de “juiz ladrão”, Glauber Braga, vai falar que o STF ora endossa essa afirmação?
Bem, Glauber Braga está – há dois meses exatos – decidindo se é ou não “de interesse público” que ele fale sobre… Banestado. Quem sabe agora ele chegue à conclusão.
Ou não!
Vem cá: só Romulus Maya, do DE, sabe pensar sistemicamente? Fazer subsunção, aplicando lógica? Tem memória? Casa discurso e ação? Não tem o rabo preso? É o “gênio da raça”?
Decida você, à luz desta exposição – definitiva – de que testemunhamos todos um (mal encenado) “Telecatch” entre Lava Jato e “esquerda”, se as perguntas acima são ou não retóricas.
Trata-se de uma “esquerda” autorizada pelo Golpe, apenas com “ataques” autorizados aos seus operadores. Sem surpresa, portanto, que nenhum dos seus membros tenha questionado o Ministro do STF Luis Roberto Barroso – Presidente do TSE! – sobre a origem do dinheiro que remeteu ilegalmente usando o esquema Banestado, nos anos 1990.
Nem tampouco tenha cobrado Lula, publicamente, para que revele ao Brasil e ao mundo todo o conteúdo dos
#OdebrechtPapers, requisitados na Suíça.
(só quem faz isso, mais uma vez, para além do DE, é Roberto Requião)
Ou – pecado mor! – tenha pegado o elevador até o porão do Senado da República e botado debaixo do braço – e revelado ao Brasil – a…
– … (mesma) “Lista VIP” do Banestado!
Aquela que dorme, no Cofre do Senado, há 17 anos!
O “Retrato de Dorian Gray” da Nova República!
No centro da tela, o “fantasma”: Dario Messer!
De novo:
Holofotes no ratinho, enquanto mais uma vez passa o elefante.
Chega de “Telecatch”!
Chega de farsa!
Abaixo a consigna do Rato-Rei: “ninguém solta o rabo de ninguém”!
Mais do que expor – apenas – Moro, a decisão de ontem do STF e o “spin” dado expõem o quão fake é a “oposição” brasileira.
Xeque do Duplo Expresso!
*
“Poxa, Romulus Maya. É 1 avanço o STF ter declarado parcialidade de Sérgio Moro ontem, não?
E se desse o contrário? Qual mensagem seria?
Sem querer aqui “passar o paninho”, o STF avisa e já prepara a socied. p/ a provável anulação do julgamento do Lula (n/ farei juízo disso aqui).
O nó na República tá no próx. min. q assumirá no lugar do C. Mello.” – RM Silveira, via Twitter
Timing. Demorou 20 anos p esse recurso ser julgado.
Pq ñ 19?
Ou 22?
Pq ñ há 6 meses?
Ou no Natal 2020?
Pq justamente na hr em q pressão sobre Lula por conta dos
#OdebrechtPapers – pela ruptura com esse teatro – se intensifica?
“Acordo p cima”, meramente individual, precisa continuar crível. Ali na esquina. P sempre… “ali na esquina”.
Ministros do STF fazem a pauta. Podia continuar na gaveta, ora.
N ficou até aqui?
Movimento de ontem visa a pautar Lula. Conseguiram até aqui manter miragem, ñ?
BR 171 ñ tava vendendo pote de ouro no fim do arco-íris p milésima vez?
Não fazem isso desde o “Voto divergente (sic) no TRF-4”, em janeiro de 2018?
“DD ñ ia se ferrar no CNMP”?
Ser “afastado da LJ”??
rsrs!!
Interessante: alegaram colusão Moro/MPF p declarar parcialidade do juiz.
Se havia – e td leva a crer q sim- então decisão de NÃO instruir os processos c a Lista VIP do
#BanestadoLeaks, prova-bomba recebida pelos Procuradores @VladimirAras e Carlos Fernando Santos Lima em NY, tb teve participação de Moro??
Q ñ condenou peixes gde no Banestado p “falta de… provas” (!)?
É p aí q Moro é pressionado c Banestado?
Por Dario Messer (do MTB Bank), por exemplo?
E olha q qnd o @duploexpresso ressuscitou o tema e impôs a pauta, o PIGuinho vermelho, atendendo a comando do PT Jurídico, entrou em missão – kamikaze – p vender narrativa de q “Banestado é td coisa velha; s impacto na atualidade”, hein.
Ô!
*
“A decisão do STF de ontem sobre o caso Banestado traz informações graves sobre algo que não pode ser esquecido. Se Moro atuou em conluio com a acusação, teria ele usado a influência pra blindar autoridades que operaram e enviaram ilegalmente grana pro exterior e lavaram dinheiro?” – Deputado Glauber Braga, via Twitter, depois de cobrado – como todos os seus colegas – nesta manhã pelo Duplo Expresso
“Aêêê!
Autoridades como @LRobertoBarroso, por exemplo?
E eminências pardas como Dario Messer, o “Banco Central PARALELO do Brasil”?
Bora discutir isso no @duploexpresso, @Glauber_Braga?
Brasil tem q passar na frente de campanha de cancelamento movida por Youtuber!” – Romulus Maya, via Twitter
“Tu sabe que sim, Braga. Lembro desse papo la no @duploexpresso quando tu participou…
Bora botar as maos na massa e botar o juiz ladrao na cadeia?” – James Cesari, via Twitter
“O que vc chama de botar a mão na massa? Qual é a proposta?” – Glauber Braga, via Twitter
“1 Requerimento p abrir documentos da CPI do Banestado no Cofre do Senado
2 Ir p tribuna cobrar Barroso para q exponha origem do
q remeteu ilegalmente
3 Convocar Dario Messer em Comissão
5 Bater bola c DE” – Romulus Maya, via Twitter
“PGR arquiva delação (de Dario Messer) sobre acusação de propina a mentor da Lava Jato (Januario Paludo)” – UOL
Reportagem teve acesso à delação, em que Messer reafirma o que seu preposto, Juca Bala, tinha dito na sua delação premiada, na Lava Jato do RJ (em março de 2018): pagamento de USD 50 mil mensais pelo esquema Messer para não ser incomodado – do Banestado à Lava Jato.
E não foi mesmo. Na Lava Jato – Curitiba, Messer é citado na delação de diversos ex diretores da Odebrecht.
Como bem lembrou @TaclaDuran em depoimento na Câmara, inclusive (diante de “impassíveis” Paulo Pimenta e Wadih Damous):
E, no entanto, não foi ouvido por Sergio Moro, Dallagnol e cia. – sequer como testemunha!
Em 2011, Paludo atuou como testemunha de DEFESA de Dario Messer, num desdobramento do Caso Banestado no Rio de Janeiro. Convidado pelo advogado de Messer, Paludo comparece ao processo no RJ para dizer que já tinha “investigado” Messer no PR e que esse não cometera crime nenhum:
Atestado de honestidade!
Da autoridade responsável!
Incrível!
Detalhe: ainda em 2003 o MPF-PR recebera – nas pessoas de @VladimirAras e Carlos Fernando Santos Lima – a “Lista VIP” do
#BanestadoLeaks, em NY, contendo – entre tantos outros documentos – a “conta-ônibus” de Dario Messer no MTB Bank, dos EUA.
Esse material, a prova do crime de lavagem de dinheiro (permanente; não prescrito), nunca instruiu os processos julgados por Sergio Moro, que terminou por absolver todos os peixes grandes no Caso Banestado por… “falta de provas”.
Cuidadosamente construída?
Bem, na última terça-feira, o STF decidiu que – também no Banestado – Moro e MPF-PR eram uma coisa só.
Pergunta que não quer calar:
– Cadê os parlamentares do PT, o partido de Lula, flagelado por Moro e Dallagnol, pedindo a reabertura do Caso Banestado?
– Serão eles capazes de PEGAR O ELEVADOR, ir ao porão do Senado, sacar a “Lista VIP” do
#BanestadoLeaks do Cofre em que está enterrada há 17 anos? E dar um fatality em Sergio Moro?
PS: quem dá fatality atrás de fatality na “esquerda”-telecatch, no caso, é o Duplo Expresso.
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