Pepe Escobar leva #BANESTADOleaks #CC5gate pro mundo! – D.E. 30/jun/2020

Destaques:

Diretamente da Suíça, Romulus Maya, Editor-chefe do Duplo Expresso, recebe Nildo Ouriques, Piero Leirner e Pepe Escobar para discutirem as implicações do mega-vazamento #BANESTADOleaks #CC5gate. Escobar levará — ao mundo — a VERDADEIRA história de Sergio Moro, o boneco do Deep State dos EUA no Brasil.
Ka-booom, #JuizLadrão!

 

FINALMENTE: as CC5 do Banestado, depois de 30 anos!

BANESTADO – CC5 – VOLUME I

BANESTADO – CC5 – VOLUME II

BANESTADO – CC5 – VOLUME III

 

Vídeo:

 

 

 

 

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#BanestadoLeaks | Lava Jato | “raposas no galinheiro”: na expectativa do #CC5Gate, recordar é viver!

Sim, recordar é viver…
Mas, sempre, olhando também para frente.
Finalmente, depois de mais de 20 anos, vem aí… #BanestadoLeaks #CC5Gate!
— PÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!
(caem Moro & Dallagnol para trás)

 

Do twitter de Romulus Maya:

 

 

 

Matéria da Istoé, de 03/09/03, com autoria de Amaury Ribeiro Jr. [Nota D.E.: o mesmo de “A privataria tucana”, que no fim da década conseguiu na Justiça acesso às CC5 do Banestado para que escrevesse esse livro (e apenas isso; parou por aí, no clã Serra. Por quê?)] e Osmar de Freitas Jr.:

BRASIL
Raposa no galinheiro
Procurador [Carlos Fernando dos] Santos Lima, casado com ex-funcionária do Banestado, tentou barrar quebra de sigilo de contas suspeitas

 

Nota D.E.: “Carlos Fernando dos Santos Lima”! Não ligou o nome à pessoa?

— Ora, o D.E. te ajuda!

 

 

A proverbial raposa volta a tentar tomar conta do galinheiro. Desta vez aconteceu nos EUA. No sábado 23 de agosto, uma comissão de autoridades brasileiras embarcou para um périplo por cidades americanas. A missão era verificar in loco investigações feitas pelos procuradores daquele país, que poderiam ser ampliadas nos casos de remessas monetárias ilegais e lavagem de dinheiro feitas por brasileiros. Estavam na turma os senadores Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e Magno Malta (PL-ES) e os deputados Dr. Hélio (PDT-SP) e José Mentor (PT-SP), todos da CPI do Banestado, dois procuradores da República, uma delegada, um perito da Polícia Federal e consultores da Câmara dos Deputados. A viagem seria um sucesso, mas o trem quase descarrilou por causa de uma disputa insólita, cujos motivos até então ocultos se revelaram, no mínimo, de má-fé. É que entre os procuradores estava Carlos Fernando dos Santos Lima. Santos Lima, quando servia em Curitiba, foi quem recebeu e manteve engavetado, desde 1998, o dossiê detalhadíssimo sobre o caso Banestado e uma lista de 107 pessoas que figuram na queixa-crime sobre remessa de dólares via agência em Nova York. No episódio houve aquilo que em termos jurídicos se chama de “instituto da suspeição”, já que o procurador é parte interessada no caso. Sua esposa, Vera Lúcia dos Santos Lima, trabalhava no Departamento de Abertura de Contas da filial do Banestado, em Foz do Iguaçu. Agora, na Big Apple, Santos Lima fez um tour de force para que a documentação da quebra de sigilo de várias contas, realizada pelo escritório da Procuradoria Distrital de Manhattan, também não viesse à luz, enveredando por um labirinto burocrático que, como sempre, tem seu final em pizza.

ISTOÉ recebeu informações de autoridades americanas de que os procuradores Santos Lima e Vladimir Aras,…

 

Nota D.E.: “Vladimir Aras”! Mais uma vez não ligou o nome à pessoa?

— Ora, o D.E. tem prazer em ajudar de novo!

 

Aras é aquele que, segundo o D.E., deveria estar puxando cana por alta traição à pátria (para além de eventuais estripulias desde o Banestado, é claro):

 

 

… do Paraná, (Carlos Fernando dos Santos Lima e Vladimir Aras) tentaram amarrar a entrega dos preciosos documentos. Alegaram que os quatro membros da CPI não tinham autoridade para processar o caso e só ao Ministério Público caberia a tomada de medidas legais. Insistiram também que só aceitariam os resultados da quebra de sigilo bancário se a Promotoria Distrital nova-iorquina remetesse a papelada para o Departamento de Justiça americano e este colocasse o crivo do MLAT – o acordo de cooperação entre os ministérios da Justiça dos dois países. O impasse causou constrangimento não apenas a quem forneceria a papelada como também aos parlamentares presentes. “Foi insólito”, disse um dos americanos.

O impasse só seria resolvido através de uma manobra que frustrou Santos Lima. Os promotores distritais nova-iorquinos enviariam os documentos da quebra de sigilo para a filial do Banco Itaú em Nova York – instituição que comprou o Banestado na privatização, herdando o imbróglio – e o banco daria tudo aos senadores e procuradores. Com essa posse, os papéis seriam “consularizados”, ou seja: o Consulado do Brasil na cidade atestaria a autenticidade da documentação. De funcionários do Itaú ISTOÉ recebeu informações que houve nova investida de Santos Lima para que os membros da CPI não recebessem o que esperavam. A jogada, porém, não deu certo, e as provas obtidas pelo escritório do promotor Robert Morgenthal já estão nas mãos de quem promete dar continuidade ao caso. O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que encabeçava a missão parlamentar, disse: “No final da reunião com o District Attorney, a história do Brasil começou a mudar. Dou minha palavra de que esta CPI não vai acabar em pizza.”

 

Nota D.E.: hahaha

Mas, não se preocupe: finalmente, depois de mais de 20 anos, as contas virão à tona!

 

 

Mas, se depender do procurador Santos Lima, pode-se esperar uma mezzo-a-mezzo.

Vera Lúcia, esposa de Santos Lima, trabalhava no Banestado quando, em 1998, o procurador recebeu em Curitiba o dossiê sobre as atividades ilegais do banco. No dia 17 de setembro daquele ano, ele tomou o depoimento de Heraldo Ferreira – ex-gerente de câmbio da agência do banco em Foz do Iguaçu –, em que fazia denúncias sobre as atividades da instituição financeira. O caso Banestado saiu da gaveta do procurador somente depois que ISTOÉ investiu nas apurações do escândalo. Apenas em 21 de março de 2003 é que o procurador Santos Lima enviou esse depoimento à PF, sendo que na Assembléia do Paraná havia sido instaurada uma CPI sobre o assunto quatro dias antes.

A invasão ao galinheiro não seria feita apenas por uma única raposa. Junto a Santos Lima estava nos EUA Neide de Alvarenga – ex-chefe-geral da Divisão de Repressão ao Crime Organizado da PF (DCOIE). Era ela quem insistia para que a primeira equipe de agentes da PF – mergulhada nas investigações em Nova York, em fevereiro deste ano – voltasse ao Brasil. Isso a despeito de o chefe do grupo, o delegado José Castilho, insistir que as investigações avançavam e que o grupo tinha ganhado importante aliado no escritório do promotor distrital de Manhattan. Os faxes que Neide mandava para o Consulado do Brasil em Nova York, onde os agentes se reuniam, eram de conhecimento público, já que não vinham protegidos pela confidencialidade. Batia-se sempre na mesma tecla: a da interrupção dos trabalhos e a volta da equipe, o que acabou acontecendo em abril. Não foi por falta de convites que a delegada deixou de verificar no local os progressos – que hoje são provados pelas 270 caixas de documentos que o District Attorney pôs à disposição das autoridades brasileiras. Mas ela só decidiu viajar em companhia do procurador Santos Lima.

Nem tudo, porém, foi refrega na viagem desta comissão de parlamentares e procuradores. A primeira escala do grupo foi Washington. Na capital americana, a visita rendeu frutos inesperados: o adido da Receita Federal na Embaixada do Brasil entregou à comissão uma lista com 170 nomes de pessoas que possuem imóveis em território americano, não declarados ao Fisco brasileiro. Da lista, fazem parte artistas, empresários e políticos. No total, existem 660 nomes de pessoas com imóveis, mas apenas 170 o fazem de modo criminoso. Destes, o preço mínimo de imóvel é de US$ 800 mil – o que vale um apartamento de um dormitório em Manhattan, mas é soma suficiente para se adquirir um condomínio de luxo em partes da Flórida e de outros Estados americanos. Entre os nomes –que estão sendo mantidos em sigilo pela CPI e pela Receita – está o de Fábio de Oliveira Catão.

Rastros de Catão

Em setembro de 1994, o megalaranja pernambucano Fábio de Oliveira Catão, 39 anos, saiu do anonimato ao denunciar ao MP e à PF dois caciques de peso da política nordestina: o então vice-presidente da República, Marco Maciel, e o ex-governador de Pernambuco, Joaquim Francisco. Catão trabalhara no setor de transportes do comitê de campanha que, em 1990, elegeu Maciel para o Senado e João Francisco para o governo do Estado. Em depoimento à PF, ele disse que parte dos recursos do comitê de campanha foi doada por “fantasmas” ligados ao esquema de PC Farias. Segundo Catão, ele mesmo ia buscar o dinheiro na agência do Itaú de Boa Viagem. As denúncias nunca chegaram a ser provadas. Catão, que namorou a filha de Maciel, Maria Cristina, havia se apossado do cartão 24 horas da namorada para fazer saques sem autorização. Depois, sumiu de Pernambuco. De acordo com sua irmã, Alexandra, viajou para os EUA e para a Europa. Há sete anos, ele não dá notícias. Seu sumiço está com os dias contados.

Documentos da Promotoria do distrito de Nova York acusam Catão de lavar dinheiro de corrupção nos EUA. De acordo com as investigações, ele seria o administrador de uma conta de US$ 1,5 bilhão no Merrill Lynch, de Dallas, movimentada por políticos e empresários brasileiros. Ele deixou recentemente rastros na cidade de Calgary, no Canadá, onde morou por seis meses com a namorada Viviane Sperb. O casal saiu do país no dia 8 de agosto rumo a São Paulo num vôo de classe executiva. Catão comprou por US$ 5.855 as passagens na agência Atlas. Foi atendido pela brasileira Patrícia Lefebre, a quem pagou a fatura com um cheque de uma conta encerrada do Nationsbank de Dallas. “Como éramos brasileiros, tínhamos uma boa convivência, e ele me disse que administrava uma conta de políticos em Dallas”, contou ela a ISTOÉ. Após se hospedar em agosto no hotel Best Western Regent, em São Paulo, mudou-se para Santa Catarina, onde estaria trabalhando para políticos locais. Viviane retornou para a casa da família em Gramado (RS).“Ele me disse que trabalhava para os bancos e que o nome do chefe dele era Gabriel Halaban”, contou ela, que garante ter rompido o namoro com Catão.

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Todos os caminhos levam a… Messer!

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Mais: o D.E. sempre disse, também, que Messer é banqueiro do Deep State dos EUA na Região da Tríplice Fronteira…

… Brasil, Argentina, Paraguai, financiando “black ops” da CIA e do Mossad, com dinheiro inclusive do tráfico de drogas.

Pois eis que, neste ano, o laço de Messer com a inteligência americana sai estampado até mesmo nas páginas de O Globo!

C.Q.D.!

Para chegar a Moro é um pulo!

 

 

 

 

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“Todos os caminhos levam a Messer”? Ora, é o que o D.E., pioneiro, sempre disse, desde 2017, certo?

Beabá: quem é o doleiro que pode destruir Moro – e como ele trabalha
4/mai/2018
Por Romulus Maya, para o Duplo Expresso
Comentário ao artigo:

Do Facebook:

Max Tuba
Max Tuba – Romulus Maya, o programa amanhã de manhã precisa ser bem desenhado das reais intenções desses mais de um bilhão que a lava-jato diz que vai recuperar dos doleiros no Uruguai e Paraguai. Amanhã chamem alguém do Bacen para explicar pra gente essa movimentação toda que pra mim que sou economista e contador ainda não entendi por falta de maiores informações.

Romulus Maya
Romulus Maya é o sistema dólar-cabo. Digamos que é o “tataravô” das criptomoedas. Mas não passa pelo BACEN. Quer dizer, não passa na saída. Passa na volta, quando entra como (pseudo) “investidor estrangeiro”. Sobre isso, leia o artigo “Operando contra o país: o papel do Banco Central no Golpe de 2016” (19/abr/2018), publicado no DuplEx. As entregas e retiradas de dinheiro em Reais/ Dólar são físicas no Brasil, usando carro forte e tudo! A pessoa, p.e., dá 10 milhões em Reais e o doleiro faz aparecer numa conta offshore, em paraíso fiscal (Suíça, Jersey, Cingapura, Cayman, Dubai, etc.), o valor correspondente em Dólar. Mas é como banco: não é o mesmo dinheiro físico. O doleiro – já – tem fundos fora (em USD) e dentro do brasil (nas duas moedas). Esse seria o “capital social” do “banco”, digamos. E vai fazendo as compensações no Brasil e no respectivo paraíso fiscal, tirando a sua comissão. Assim, seu “capital social” vai crescendo e ele vai podendo arcar com operações cada vez maiores. Fora isso, é muito comum os doleiros operarem em consórcio, para darem conta de grandes volumes. Know-how legitimamente brasileiro! Aqui na Suíça, p.e., há casas que fazem remessas de imigrantes para os seus países de origem nesse mesmo esquema. Quase todas são de doleiros… brasileiros!

Mais informações sobre como funciona você também encontra no artigo de 7/jan/2018, “Sergio Moro & Dario Messer, o doleiro: o elo “perdido” – e explosivo – ligando Lava Jato e Bane$tado”:

(…)

Novamente: diferentemente da operação Lava Jato, o caso Banestado foi praticamente ignorado pela mídia. Isso pode ser explicado pelo fato de a investigação ter descoberto várias contas CC5 em nome de grandes empresas brasileiras de mídia, dentre as quais a Globo. Baseados na praça do Rio de Janeiro, os Marinho eram eles próprios clientes do doleiro Dario Messer, que conduzia suas operações de lavagem e evasão de divisas.

Para quem não é do mercado: as contas “CC5” foram criadas em 1969 pelo Banco Central para permitir a estrangeiros não residentes a movimentação de dinheiro no Brasil. Essas contas também eram o caminho para multinacionais remeterem lucros e dividendos ou internar recursos para o financiamento de suas atividades. Por dispensarem autorização prévia do BACEN, as CC5 viraram o canal ideal para a evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Uma vez estourado o escândalo Banestado, a operação abafa para encerrar de vez os trabalhos de investigação começou em 2001. Durante esse período, milhares de inquéritos foram abertos em todo o País. Contudo, nenhum político importante ou dirigente de grande empresa foi condenado de forma definitiva. A maioria das empresas envolvidas conseguiu negociar com a Receita Federal o pagamento de impostos devidos e, assim, encerrar os processos tributários e penais abertos contra si.

Em relação às empresas de mídia que usaram as contas CC5 para praticar evasão de divisas e lavagem de dinheiro, não se tratou apenas da Globo e dos Marinho. A quebra dos sigilos bancários revelou que o Grupo Abril fez uso frequente das contas CC5, tendo movimentado um total de 60 milhões de Reais. Já o Grupo SBT, do empresário Silvio Santos, movimentou 37,8 milhões de Reais segundo a investigação.

Se na esfera judicial o caso Banestado teve o seu fim escrito pelas mãos do juiz Sergio Moro, no Parlamento a apuração conduzida pela CPI do Banestado teve o mesmo destino. De maneira totalmente inabitual, essa Comissão Parlamentar encerrou os seus trabalhos sem sequer votar a minuta de relatório final!

Explica-se: o esquema das CC5 pegava de A a Z do sistema político, embora em proporções bastante diferentes. O maior implicado, evidentemente, era o PSDB. Afinal, desde 1994 o partido tomara conta da máquina federal bem como de várias máquinas estaduais relevantes, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Isso sem contar grandes municípios. No que tange ao PT, que acabara de chegar ao poder na esfera federal, o partido administrara até ali algumas prefeituras relevantes, como a de São Paulo, bem como os Estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Acre. Portanto, embora com graus bastante diferentes de exposição ao escândalo das CC5, ambos, PSDB e PT, acabaram atuando no sentido de enterrar, o mais breve possível, os trabalhos da investigação.

O que se viu nessa CPI foi a tentativa de se proteger os cardeais de ambos os partidos, bem como de blindar aliados citados na investigação. Por fim, registre-se que o encerramento da apuração se deu em dezembro de 2004. Já no ano seguinte, em 2005, surge o “escândalo” seguinte, o caso do “Mensalão”. Na prática, em termos editoriais, tratou-se de uma tentativa bem-sucedida da Globo de fazer “subir a pauta”, sepultando de vez o interesse em se investigar as contas CC5. Afinal, como dito acima, esse sistema fora utilizado pelos próprios irmãos Marinho para retirar dinheiro “frio” do grupo, como caixa dois, do Brasil.

(…)

Bônus (3) – 2017/ 2018: Dario Messer, o doleiro da famigliaMarinho, é novamente protegido por Sergio Moro

No presente, a mídia e a Lava Jato (em Curitiba e no Rio de Janeiro) tentam clara operação de diversionismo, atribuindo à personagem “Juca Bala”, um bagrinho, “protagonismo” (sic) nos diversos esquemas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas investigados. Ora, enquanto isso Dario Messer, o maior doleiro/ lavador do Brasil, segue operando tranquilamente no Paraguai, (deliberadamente!) fora do radar das autoridades brasileiras.

Em depoimento aos investigadores da operação Lava Jato no Rio de Janeiro, o doleiro Vinicius Borin contou que Vinícius Claret, o tal “Juca Bala”, recebia o dinheiro do esquema da Odebrecht no Uruguai. Preso naquele país desde março, Juca Bala chegou recentemente ao Rio de Janeiro, acompanhado de muita “fanfarra”: sua chegada produziu muito barulho na grande mídia.

Evidente: Globo – e associadas anãs – cumprem, assim, a parte que lhes cabe na tática (concertada) de diversionismo.

Ora, até as pedras do Cais do Valongo sabem que “Juca Bala” chega ao Rio com trato já combinado: fechará (mais um!) acordo de “delação camarada” com os procuradores da Lava Jato. Não fosse assim, não teria, por livre e espontânea vontade, desistido (!) de se opor na Justiça uruguaia ao pedido de sua extradição para o Brasil.

A esse respeito, vale lembrar algo que antecipamos no Duplo Expresso no fim do ano passado: tratava-se de pedido de extradição meramente “cenográfico”, destinado a ser plantado – na mídia – pelo juiz Marcelo Bretas, aquele subprojeto de Sergio Moro vindo da Baixada Fluminense. Bretas buscava, assim, proteção nas instâncias superiores do Judiciário, uma vez que diversos desembargadores são clientes do esquema do qual Juca Bala faz parte. Bretas nada mais queria do que colocar uma faca no pescoço de desembargadores e de certos Ministros de Tribunais Superiores, inclusive do STF.

(pergunta: quem são os cariocas “eshperrrtosh” no STF, hein?)

Juca Bala usa como fachada dos negócios uma loja de surfe em Punta Del Leste, a Paddle Boards Uruguay, a fim de justificar o padrão de vida que leva naquele rico balneário. O esquema operado por ele é similar ao de outros esquemas de lavagem de dinheiro no Brasil, que consiste em fazer chegar até os locais indicados pelos clientes cédulas de real, euro ou dólares, transportadas por carro forte a depender do volume.

Até aí a narrativa veiculada na grande imprensa é verídica. Fica faltando apenas um pequeno “detalhe”, (diligentemente!) sonegado pela dobradinha Globo/ Lava Jato:

– Juca Bala nunca foi o cabeça do gigantesco esquema de lavagem e evasão de divisas em que trabalha!

– Ele sempre foi apenas um preposto de Dario Messer, esse sim o maior doleiro do Brasil.

– E, por “coincidência”, um antigo conhecido do juiz Sergio Moro.

– Bem como, evidentemente, de seus “amigos” na inteligência dos EUA.

Eis metáfora esclarecedora:

– Se Dario Messer fosse o “bicheiro”, ou seja, o banqueiro do jogo do bicho, o tal “Juca Bala” não passaria de um dos seus (modestos) “apontadores”!

– Sim, apontadores: aqueles cidadãos, humildes, que ficam sentados em banquinhos espalhados pelas esquinas do território do bicheiro. E que passam seus dias a tomar nota dos jogos de quem resolve “fazer uma fezinha”.

– Repito: Messer & Juca Bala – o bicheiro e o apontador!

A primeira vez em que Messer apareceu no radar da Justiça brasileira foi no escândalo do Banestado, como grande operador na remessa de divisas via contas CC5. Naquela oportunidade, teve “sorte” e conseguiu se safar. Não sem a ajuda de uma investigação judicial “malconduzida”, que só “logrou” chegar a alguns cabos e sargentos da hierarquia da lavagem de dinheiro. Ficaram de fora generais do esquema criminoso, bem como as empresas e autoridades que dele se serviam.

Nascido no bairro chique do Leblon, no Rio de Janeiro, a família de Messer tinha passagem prévia pelo Paraguai. Dario conseguiu obter assim, sem muita dificuldade, a nacionalidade daquele país.

Proximidade com o poder: o atual Presidente do Paraguai, Horácio Cartes, refere-se a Mordko Messer como o seu “segundo pai”. Trata-se, evidentemente, do pai de Dario. Num trocadilho inteligente, o jornal paraguaio ABC Color chamou Dario Messer de “gran hermano” de Cartes. Usou essa expressão no lugar “hermano mayor”, que seria a tradução correta para “irmão mais velho”. O uso de “gran hermano”, ou, em português, “grande irmão”, indica o verdadeiro papel que Messer exerce no Paraguai:

– A eminência parda.

– Dario Messer (dir.) e o Presidente do Paraguai, Horácio Cartes, visitam Jerusalém.

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Dario Messer possui, portanto, grande influência na política do país vizinho. Circula, ademais, com grande desenvoltura nos meios financeiros e empresariais paraguaios.

A história da relação entre Cartes e o clã Messer teve início nos anos 1980. Mordko Messer, o patriarca, deu apoio moral e financeiro a Cartes quando o político tentava se defender de acusações de evasão de divisas.

– Bem… digamos, “no mínimo”, evasão de divisas, sabe…

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Passada a “turbulência”, Dario Messer passou a gozar de grande “prestígio” junto ao presidente Cartes.

*

Partida súbita: logo que tiveram início as investigações da operação Lava Jato, Dario Messer transferiu sua residência para o Paraguai. Despachou, ademais, parentes próximos para Israel.

A história se repete?

Da mesma forma que sumira da investigação no caso Banestado, que morreu na jurisdição de Sergio Moro, o maior doleiro do Brasil em atividade – e operador predileto do maior conglomerado de comunicações do país, a Globo – passa incólume diante daquela que se autointitula “a maior investigação de corrupção de todos os tempos”, a Lava Jato.

Trata-se, em realidade, do segundo maior…

– … acobertamento da história dos crimes do colarinho branco do Brasil.

Perde, evidentemente, para o maior acobertamento: o caso Banestado: 134 bilhões… de dólares!

Lembrem: com direito, segundo nossa fonte na inteligência europeia, ao pagamento de “pedágio” de 0.8% desse total para que as investigações fossem “descontinuadas”.

Ou seja: 1.072 bilhão!

Repito: de dó-la-res!

(…)

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D.E.: pioneiro na denúncia (como sempre)

Sergio Moro & Dario Messer, o doleiro: o elo “perdido” – e explosivo – ligando Lava Jato e Bane$tado

Por Romulus Maya, para o Duplo Expresso

(artigo originalmente publicado em 7/jan/2018 e relembrado em 3/mai/2018, em “A farsa da Lava Jato com o doleiro Dario Me$$er: o Duplo Expresso avisou!“, quando Messer foi “casualmente econtrado” em SP)

Segundo fonte nossa na comunidade de inteligência europeia, os “operadores” do enterro do escândalo do Banestado – de longe o maior caso de corrupção de todos os tempos: mais de 134 bilhões! De dólares! – teriam recebido 0,8% desse montante para operacionalizar o “desmonte”. Por óbvio, entre os “coveiros” necessariamente se encontravam membros do Judiciário. Os “operadores jurídicos” do “enterro” também teriam, portanto, entrado no rateio desse butim.

 Ou seja: 0,8% dos 134 bilhões de dólares.
 
Nada menos que 1.072 bilhão de dólares!
 
Vale lembrar que o juiz Sergio Moro, na qualidade de juiz de instrução, presidia as investigações então.
 
De maneira “inusitada”, o maior doleiro do Brasil, Dario Messer, foi então “poupado”.
 
Segundo matéria da Folha de São Paulo da época do escândalo do “Mensalão”, Messer teria enviado ilegalmente ao exterior ao menos USD 1 bilhão – somente de 1998 a 2003!
 
Isso mesmo: Polícia Federal e MPF encontraram movimentação de (ao menos) USD 1 bi! E isso apenas durante 5 dos longos anos da carreira do doleiro, que herdou o “negócio” do pai – esse último já quase centenário.
 
(e foragido; provavelmente no Uruguai)
 
Vale lembrar que, assim como no caso “Banestado”, apesar de novamente denunciado, Dario Messer, “estranhamente”, mais uma vez passou ileso – quase incógnito – pelo “Mensalão”.
 
Ironia: no “Mensalão”, mais uma vez, os nomes “Messer” e “Moro” voltam a se cruzar. Ainda que tangencialmente. Isso porque o juiz paranaense participou, como assistente, do julgamento no STF. Diz-se mesmo que teria chegado a redigir votos da Ministra Rosa Weber. Inclusive aquele, escandaloso, que condenou José Dirceu – sem provas – sob a alegação de que “a doutrina [a literatura jurídica] assim permite”.
 
[nota: apenas segundo esse ghostwriter!]
 
Em 2015, no início da Lava Jato, Messer muda-se para o Paraguai. Nesse país, muito próximo do atual Presidente, goza de “santuário”.
 
Pergunta:
 
– Terá sido Messer alertado por alguém da Operação Lava Jato a fazer essa sua mudança – repentina – para o Paraguai?
 
– E a também, ao mesmo tempo, despachar parentes próximos para Israel?
 
A mudança de endereço de Messer para o Paraguai é, contudo, apenas parcial: visa apenas a proteger a sua pessoa. Isso porque embora no Paraguai resida, o centro de suas operações continua sendo o Uruguai. País esse que serve de base das operações da família Messer desde os tempos do pai de Dario, Mordko Messer. É certo, contudo, que segue sendo fácil supervisionar as operações do Paraguai, uma vez que um voo entre Assunção e Montevideo leva pouco mais de 1h. Reuniões presenciais, a salvo de interceptações, não seriam tão fáceis caso Messer tivesse seguido a família rumo a Israel, certo?
 
Chegamos então a 2017 e a novo escândalo: o FIFAgate. Mais uma vez Messer é “estranhamente” poupado. Para além de menção solta na imprensa esportiva, não houve nenhum destaque para o fato de representantes da gigante Nike terem mencionado o nome de Messer em depoimento ao FBI, nos EUA, em agosto de 2017.
 
Notem que, ao longo dos anos, Messer seguiu operando sem ser incomodado pela Justiça americana – seja no Brasil, seja no Paraguai. Vale lembrar que no país de residência atual, o Paraguai, até base militar americana há!
 
Há indícios, segundo nossas fontes, de que, em troca do salvo conduto de que goza, Messer seja informante das agências de inteligência americanas. Ainda mais atuando no que os americanos sempre consideraram um local “sensível” para o fluxo de dinheiro frio: a tríplice fronteira Brasil-Argentina-Paraguai. Com parentes abrigados em Israel, possivelmente a “cooperação” também se estenda à inteligência do país.
 
Aliás, vale ressaltar que parentes de Messer se mudaram para Israel (justamente!) no mesmo ano em que Messer partia para o Paraguai: 2015. Largaram para trás, no Brasil, carreiras promissoras no mundo da finança. Sim, na finança, é claro. Afinal, diz o ditado que “um fruto não cai longe da árvore” (que o gerou), não é mesmo?
 
Homem bomba, Messer é o maior pesadelo de Sergio Moro. Fonte primária nos revela, por exemplo, que nas reuniões de cúpula da Odebrecht, ainda no início da Lava Jato, dizia-se que havia alguém que, com muita facilidade, poderia parar Sergio Moro em dois tempos.
 
Não outro que…
 
– … Dario Messer!
 
E é neste ponto que a narrativa de lá, da Odebrecht, casa com o que ouvimos de fontes nossas na inteligência europeia: para além de convicções “ideológicas” e cooptação financeira via “palestras”, o que teria tornado Sergio Moro um “operador” dos interesses americanos no Brasil seria o fato de o juiz, já havia muito, ser refém da inteligência americana. Afinal, os americanos têm também em seu poder o dossiê “Banestado”. Possivelmente, inclusive, em virtude da parceria com o próprio Dario Messer. Assim, desde o início da Lava Jato, conseguem empurrar Sergio Moro no sentido que determinam.
 
Isso explicaria, por exemplo, o esforço “heterodoxo” e (extremamente) artificial para trazer denúncias de corrupção na Petrobras, empresa sediada no Rio de Janeiro, para Sergio Moro, no Paraná. Usaram para tanto um velho conhecido, também de Banestado: Alberto Yousseff.
 
Mera coincidência?
 
Yousseff que, figurinha carimbada no submundo dos doleiros, pode até mesmo ter sido plantado no “esquema” que rolava na Petrobras. Isso porque, bastante antigo, era de conhecimento não apenas da classe política como também de todo submundo de “operadores” e doleiros. Um círculo, afinal, bastante restrito, em que todos se conhecem. “Operam” ora concorrendo ora, inclusive, em consórcio, quando as operações são grandes demais.
 
Como sabemos todos a esta altura, com direito inclusive a vazamentos para o Wikileaks, o “esquema” na Petrobras também era de conhecimento de outro ator chave nessa história toda:
 
– A inteligência dos EUA.
 
Sim, a mesma que alimenta – e dirige – Sergio Moro.
 
E foi assim, através da “fortuita” (?) – e claramente marginal! – participação de Yousseff num esquema de décadas, que a jurisdição sobre a Petrobras (“carioca”) foi atraída para alguém que os americanos já tinham no Bolso: Sergio Moro, o juiz do Paraná.
 
Pensem comigo:
 
– De repente, as múltiplas estadias de Moro nos EUA – após o enterro do caso Banestado – podem ganhar um novo significado, não é mesmo?
 
Os tais cursos de “treinamento” em “lavagem de dinheiro”, para além da fachada – que provavelmente até existia, deviam contar “ademais” com, digamos… hmmm… “cadeiras” e “créditos” suplementares – clandestinos! – ministrados pela inteligência americana.
 
A propósito, vale lembrar que mesmo hoje, num mundo em que não há como garantir sigilo absoluto de comunicações remotas (nem mesmo de chefes de Estado), as mais que frequentes idas de Sergio Moro aos EUA sempre chamaram a atenção do público atento ao noticiário da Lava Jato. O álibi de “palestras” – pagas não se sabe por quem… – pode perfeitamente mascarar o verdadeiro objetivo: o recebimento, seguro, de instruções. Bem como de “dicas”, documentos e gadgets de espionagem.

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Sim, recordar é viver…

Mas, sempre, olhando também para frente.

Finalmente, depois de mais de 20 anos, vem aí… #BanestadoLeaks #CC5Gate!

 

 

— PÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!

(caem Moro & Dallagnol para trás)

 

Ass.:

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