Marielle: o material inédito que o Intercept publicou, mas depois… censurou (oi?!)
Resgatamos matéria publicada nesta manhã e depois (estranhamente) “apagada” pelos editores do Intercept Brasil, apenas algumas horas depois. O material, inédito, obtido pela redação deles, corrobora o que o Duplo Expresso publicou há uma semana: há, necessariamente, mais envolvidos no assassinato de Marielle do que diz a narrativa oficial. Por que os editores do Intercept entraram em campo para tal sonegar informação? Confira o texto censurado.
Ô, @JornalismoWando, pq @TheInterceptBr APAGOU a matéria abaixo, q vc compartilhara?
Uma q VAI NA LINHA do q o @duploexpresso revelou com exclusividade na semana passada: há mais de um atirador. Q esquisito apagarem… https://t.co/BAWudh7dV5— Romulus Maya (@romulusmaya) November 10, 2019
https://t.co/N4NEIOoCd6 por Marina Lang
— JornalismoWando (@JornalismoWando) November 10, 2019
Quando se clica no link divulgado mais cedo pelo Wando, do intecept, “pagina nao encontrada”… pic.twitter.com/tjvABYWbuR
— Romulus Maya (@romulusmaya) November 10, 2019
Felizmente outros republicaram.
(e nós já printamos)
Coitada da sua colega, Mariana Lang.
Acho q vou republicar o trabalho dela no D.E., para ela nao ficar tao desprestigiada…— Romulus Maya (@romulusmaya) November 10, 2019
No D.E., onde nao ha censura nem tampouco medo da verdade sobre o assassinato de Marielle Franco:https://t.co/t24zFYslXv
— Romulus Maya (@romulusmaya) November 10, 2019
Q coisa… pic.twitter.com/kJlqL9Eb3I
— Romulus Maya (@romulusmaya) November 10, 2019
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Hoje em seu discurso o Lula citou o Intercept repetidas vezes.
Não citou o @romulusmaya, nem o Pepe Escobar, muito menos o @duploexpressoSerá Lula um limited hangout???
— Victor Pougy (@vpougy) November 9, 2019
Explica pra gente, @vpougy?? ?
— Romulus Maya (@romulusmaya) November 10, 2019
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Alô, fonte do vazamento!
Manda para o D.E. que aqui não tem erro, não: sairá — e permanecerá — publicado!
Quem tem medo da verdade sobre a morte de Marielle, hein?
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Eis a matéria “apagada” pelos editores do Intercept, que corrobora o que o Duplo Expresso publicou há uma semana:
Polícia ignorou registro de segundo carro clonado no dia do assassinato de Marielle
Por Marina Lang/ Intercept Brasil (!)
Até agora, a investigação sobre o assassinato de Marielle Franco apontava que os matadores usaram um carro no ataque: um Cobalt prata de placas clonadas. Mas um relatório da Polícia Civil até hoje inédito, anexado ao inquérito, mostra que um segundo Cobalt, com as mesmas placas clonadas, estava circulando na cidade no mesmo horário a 50 km do local da morte da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes.
A informação foi ignorada pela polícia ao longo das investigações.
A presença do segundo Cobalt clonado no relatório levanta algumas hipóteses, então entramos em contato com a delegacia responsável pelo caso e perguntamos: há de fato um segundo carro com a mesma placa clonada e que circulou no mesmo dia do assassinato? Se sim, por que foi ignorado? Ou o registro no laudo foi um erro de digitação? A polícia não respondeu, informando apenas que “o caso corre sob sigilo”.
A dona do Cobalt prata original com as placas KPA-5923 legítimas conseguiu comprovar que, na hora do crime, o veículo estava estacionado no Leblon. O inspetor responsável pelo laudo também descartou a possibilidade dela ter passado na Avenida Brasil, km 50,7, no dia do crime. “Em suas declarações, [a dona do veículo] informou que sempre utilizou seu veículo para deslocar-se de sua residência em Nova Iguaçu até seu local de trabalho no Leblon. A análise das OCRs [sistema de fiscalização eletrônica da Prefeitura do Rio] e o GPS instalado em seu veículo confirmaram a versão da declarante”, informou Carlos Alberto Paúra Jr. em seu relatório de investigação.
A suspeita de um possível segundo carro na emboscada contra Marielle e Anderson apareceu nas primeiras hipóteses da Polícia Civil, mas foi descartada com base nos depoimentos de testemunhas que assistiram às execuções. A informação do segundo Cobalt circulando na mesma hora e com a mesma placa, a 51 km da rota do crime, traz a hipótese à tona novamente.
Um áudio anexado na denúncia da ex-procuradora geral da República, Raquel Dodge, que transcreve uma conversa gravada entre o vereador do Rio Marcello Siciliano, do PHS, e o miliciano Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba, aponta que o major Ronald Paulo Alves Pereira estaria em um segundo carro em apoio à empreitada criminosa. A gravação foi feita pelo parlamentar e entregue às autoridades federais.
Um registro ignorado
O trecho do relatório policial intitulado “Da Movimentação do Veículo Clonado Chevrolet Cobalt KPA-5923” inclui uma planilha informando que o veículo foi detectado nas imediações de Campo Grande, bairro da zona oeste do Rio. Às 18h10 de 14 de março de 2018, ele estava exatamente na Avenida Brasil, km 50,7, trafegando em sentido Centro. Esse local fica a cerca de 51 km da rota percorrida pelos assassinos – com um veículo idêntico – momentos antes do crime.
Um minuto antes, às 18h09, o carro que transportava os criminosos que mataram Marielle e Anderson — também um Cobalt prata com placas KPA-5923 clonadas – foi flagrado pela CET e pelo COR na rua Conde do Bonfim, 256, na Tijuca, zona norte do Rio. A rota consta no relatório da polícia, mas em outra parte do inquérito, em que quadros das câmeras de segurança documentam o trajeto feito pelo Cobalt usado pelos assassinos para chegar à Casa das Pretas, na Lapa, região central do Rio.
Ali, eles ficariam parados por pouco mais de duas horas a fim de monitorar o veículo em que a vereadora, seu motorista e a assessora Fernanda Chaves estavam no momento da emboscada no cruzamento entre as ruas Joaquim Palhares e João Paulo I, no Estácio, por volta das 21h10 daquela noite.
O relatório de 21 de fevereiro deste ano, assinado pelo inspetor da Polícia Civil Carlos Alberto Paúra Jr., afirma que a primeira aparição de um Cobalt prata com as placas KPA-5923 clonadas ocorreu em 27 de outubro de 2016. Deste dia até 12 de março de 2018, o carro foi visto transitando pela Avenida Brasil em 33 registros, conforme o Intercept contabilizou na tabela anexa ao relatório.
Ainda de acordo com o documento, após passar exatamente um mês longe das câmeras de monitoramento de tráfego, o veículo foi avistado na Barra da Tijuca justamente no dia do homicídio, 14 de março de 2018, “e deslocou-se até o bairro do Estácio para cometimento do crime investigado”, escreveu o inspetor. Em sua análise, Paúra Jr. ignorou o longínquo registro de um carro idêntico na Avenida Brasil, às 18h10, a 51 km de distância da rota usada pelos assassinos e apontada pela polícia em outra parte do inquérito. Tivesse prestado atenção nisso, o policial veria que teriam de ser dois carros diferentes, pois àquele horário o tempo previsto para ir de um ponto a outro seria de mais de uma hora.
Aquela havia sido a 34ª aparição de um Cobalt Prata de placas clonadas KPA-5923 na Avenida Brasil, segundo o relatório policial que detalhou o trajeto do veículo. Curiosamente, neste registro da planilha da polícia, não há detalhes da localização do equipamento de fiscalização da CET no km 50,7, sentido Centro, da Avenida Brasil. Outros registros da mesma tabela e na mesma quilometragem, contudo, indicam que o local fica na região de Campo Grande.
Procurado, o COR declarou que cabe à CET informar o local preciso do radar, seu endereço aproximado ou mesmo o bairro. Já a CET foi procurada em seis ocasiões pelo Intercept e não forneceu a localização precisa do radar que flagrou o carro em Campo Grande.
O laudo afirma que o Cobalt clonado deixou de circular pela Avenida Brasil, na altura de Campo Grande, às vésperas do crime, em fevereiro, para então iniciar suas aparições na rota da Barra da Tijuca (de onde o carro saiu em 14 de março) até a Tijuca (bairro em que Marielle residia), por, ao menos, quatro datas no mês anterior ao atentado. “Por quatro vezes, nas nos dia 1, 2, 7 e 14 de fevereiro, o Chevrolet Cobalt realizou o mesmo trajeto, merecendo destaque o fato de que o veículo ‘surgia’ primeiramente na OCR da Barra da Tijuca e após deslocar-se até a Tijuca, este voltava para a Barra”, escreveu.
Há de fato um segundo carro com a mesma placa clonada e que circulou no mesmo dia do assassinato? Se sim, por que foi ignorado?
Após o duplo homicídio de Marielle e Anderson, o carro clonado apareceu em pontos diferentes da cidade em ao menos 26 dias distintos entre 15 março e 2 de dezembro, segundo a polícia. Dentre estas datas, em 13 dias diferentes ao longo de nove meses após os assassinatos o carro transitou pela Avenida Brasil novamente. O último registro foi datado de 2 de dezembro de 2018, segundo o relatório. Nesta data, o Cobalt clonado também passou pela Avenida Brasil, no sentido do bairro Santa Cruz, também na zona oeste do Rio, às 11h05, para nunca mais ser rastreado.
Um delegado da Polícia Civil do Rio, que falou ao Intercept sob condição de anonimato, disse que a menção a esse ponto da investigação que ficou oculto é importante. “Não ficou claro este ponto e ele deve ser investigado ainda, mas não pode se ter uma conclusão de que houve intencionalidade ou não [na omissão do registro].” Segundo ele, como o objetivo do inquérito é identificar a autoria e a materialidade do crime e os autores foram vistos na rua Conde de Bonfim [no bairro da Tijuca], o outro carro não serviria para fins de identificação. Mas ele pode ajudar a esclarecer outros pontos da investigação. “Acho que isso deve ser levado ao segundo inquérito que identifica o mandante e outros possíveis partícipes que contribuíram para o crime”, analisou.
Solicitei à Polícia Civil, em três ocasiões, o contato direto para uma entrevista com o inspetor da DH que assina o relatório, mas os pedidos não foram respondidos.
Responsável pela clonagem também foi assassinado
A investigação da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro também aponta que Lucas Prado do Nascimento da Silva, um dos suspeitos de ter feito a clonagem do Chevrolet Cobalt usado no crime contra Marielle, foi assassinado 20 dias depois das execuções da vereadora e de seu motorista.
Conhecido como Todynho, Silva foi executado em 3 de abril de 2018, em uma provável queima de arquivo em decorrência do atentado contra Marielle. Ele foi apontado por ter feito as alterações no documento do veículo usado pelos assassinos. O crime segue sob investigação pela Delegacia de Homicídios.
A Polícia Civil do Rio ainda busca por Antônio Carlos Lima da Silva, o Nem Queimadinho, que teria montado e adulterado os chassis e número de identificação do veículo. Seu paradeiro ainda é desconhecido. No relatório final produzido pela DH em março, Giniton Lages, delegado que comandou a primeira fase do inquérito, ponderou que, apesar das informações de inteligência da polícia, a autoria da clonagem ainda não foi assegurada pelos investigadores e que isso é tema de um outro inquérito.
Outro carro, outros implicados
Ronald Pereira, major da ativa da Polícia Militar – e que estaria em um segundo carro, segundo a denúncia de Dodge –, foi preso na Operação Intocáveis em janeiro deste ano. Na gravação, outros nomes também foram apontados como executores do crime: Leonardo Gouveia da Silva, o Mad, Leonardo Luccas Pereira, o Leléo, e Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho. Todos eles seriam membros do Escritório do Crime, um grupo de milicianos que executa assassinatos sob encomenda e que estaria sob comando do ex-capitão do BopeAdriano Magalhães da Nóbrega, considerado foragido pela justiça desde a operação que prendeu Pereira.
Ainda de acordo com o mesmo áudio, o provável suposto mandante do crime seria Domingos Brazão, ex-deputado estadual pelo MDB e conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio. Ele nega qualquer tipo de participação no crime. Beto Bomba, por sua vez, se entregou à polícia em 24 de maio. Ele foi preso após os desabamentos dos prédios em Muzema, na zona oeste do Rio, área controlada pela milícia de Rio das Pedras.
Embora parte das investigações que apuram o mandante do crime esteja sob sigilo, o Intercept apurou que a polícia já investigou os apontados pelo áudio entre Siciliano e Beto Bomba como executores dos assassinatos, mas acredita que os indícios mais fortes ainda pairam sobre os réus denunciados pelo Ministério Público do Rio, o sargento da PM reformado Ronnie Lessa e o ex-policial Élcio Queiroz — apontados, respectivamente, como o atirador que executou Marielle e Anderson e o motorista que dirigiu o carro durante a empreitada criminosa. Eles foram presos em 12 de março e prestaram depoimento na DH em 24 de janeiro.
Queiroz retornaria à delegacia dias depois, em 1º de fevereiro, com o intuito de entregar documentações relativas à sua rotina. Constam nos autos do inquérito fotos dele com Ronnie em local público logo antes da visita de Élcio à Divisão de Homicídios da Capital. Segundo os investigadores, isso evidencia que eles combinaram versão antes do segundo depoimento. Ambos alegaram inocência ao prestar depoimento em audiência no Tribunal de Justiça do Rio em 4 de outubro.
Câmeras mostram o carro com os assassinos no local onde Marielle estava antes de ser assassinada. GIF: Reprodução
Siciliano, por sua vez, já foi apontado em uma falsa denúncia como suposto mandante do crime, implicando o miliciano Orlando da Curicica, conforme revelado pelo jornal O Globo em maio de 2018. Duas pessoas já são rés no Tribunal de Justiça do Rio em decorrência desta falsa denúncia, que nada mais foi do que uma tentativa de embaraçar as investigações: o PM Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, e sua advogada, Camila Nogueira.
Ainda assim, tanto a Polícia Civil do Rio quanto o MP do Rio questionaram Élcio Queiroz e Ronnie Lessa sobre se conheciam Siciliano, assim como Mad, Leléo e Macaquinho. Ambos relacionaram que conheceram o vereador superficialmente em outras ocasiões, mas negaram que mantivessem contato constante com o parlamentar carioca. Também negaram ter conhecido os nomes mencionados na gravação de Siciliano anexada aos autos da PGR.
Na denúncia que implica Ronnie Lessa como executor de Marielle e Anderson, feita anonimamente à DH em 25 de outubro de 2018, o vereador Siciliano é apontado como o provável mandante do duplo homicídio, conforme documenta o inquérito da DH. Desde que seu nome veio à tona nas investigações, o parlamentar também nega qualquer tipo de envolvimento com os assassinatos.
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A verdade, sem censura, sem “limited hangout”:
“Cui Bono” (finalmente): quem matou Marielle? E por quê?
Sim, os Bolsonaro são parte da trama. Mas de forma ainda mais sinistra do que vem especulando o senso comum na atualidade.
Dossiê completo, no estilo D.E. (relatos de fontes, devidamente checados, links e prints. Muitos prints…)
Mais — EXCLUSIVO: as “esquisitices” apontadas pelos laudos da perícia criminal do local do assassinato, contradizendo a narrativa oficial em diversos pontos. Sim, temos os laudos! E também a análise dos mesmos, feita por perito veterano, amigo do blog. (ver final)
Publicado 3/nov/2019 — 01:26
Atualizado 3/nov/ 2019 — 13:45 — EXCLUSIVO: as “esquisitices” apontadas pelos laudos da perícia criminal do local do assassinato. (ver final)
Atualizado 5/nov/ 2019 — 13:35 — vídeos: (i) “Quem matou Marielle: a live”; (ii)“O plano ‘Evangelistão do Pó’ (fardado!)”; (iii) “Dando nome aos bois”. (ver final)
Por Romulus Maya, para o Duplo Expresso
Já está se tornando recorrente o celebrado jornalista Pepe Escobar abrir suas participações no Programa Duplo Expresso dizendo que só o D.E. faz jornalismo investigativo no Brasil:
Exagero à parte, é certo que ninguém no chamado “PIGuinho Vermelho” – os veículos que (interessadamente) orbitam o PT desde os tempos em que esse passou a poder oferecer banners de estatais federais em seus sites a R$ 200 mil/ mês cada – faz a pergunta mais básica do jornalismo investigativo: “cui bono?”. Do latim, “quem sai ganhando?”.
É certo também que, “estranhamente”, mesmo alertados – às vezes até em reveladoras intervenções ao vivo em suas transmissões (mais de uma) –, nenhum desses veículos ousa falar dos Projetos de Lei que constituem as pernas do chamado “Patriot Act” Tabajara, que permitem o fechamento – de fato – do regime (PL 2418/ 2019, PL 1595/ 2019, PL 443/2019, PL 3389/ 2019):
Pepe é expressonauta de carteirinha e foi um prazer vê-lo dizer em dos programas do BR171 sobre o fechamento do regime e o Attuch fazer cara de paisagem, fingindo não saber do que se trata. Ficou feio para ele.
— Mônica Lula da Silva (@moniusp) November 1, 2019
Tais PLs tramitam na Câmara desde o primeiro semestre deste ano, no mais absoluto sigilo. Ou melhor, assim caminhavam – até o Duplo Expresso, e o bravo Deputado Glauber Braga, entrarem em campo e furarem o muro de silêncio avençado entre governo e “oposição”. Entre PIG e “PIGuinho vermelho”.
E por que falamos disso agora? Em artigo intitulado “‘Cui Bono’ (finalmente): quem matou Marielle? E por quê?”. Ora, porque uma coisa está intimamente ligada à outra.
Desde o dia seguinte ao assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, o Duplo Expresso ousou fazer a (perturbadora) pergunta – “cui bono?”:
O nome da rosa: Marielle
15/mar/2018
A vereadora foi assassinada dentro do carro a tiros na noite de 14/03/18, na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, região central da cidade do Rio de Janeiro. O motorista também foi baleado e morto, enquanto a assessora que a acompanhava, Fernanda, sobreviveu.
A notícia do assassinato a sangue frio da vereadora caiu como uma bomba – também semiótica. Fontes na Polícia do Rio rapidamente se colocaram à disposição. Enfáticas, afirmam que o caso é um enigma. As milícias são uma espécie de “inimiga íntima” da Polícia, velhas conhecidas. Estranharam, portanto, a execução (i) de uma autoridade (ii) em período já extremamente conturbado: não apenas eleições se aproximam como, com a intervenção federal, todos os refletores voltam-se, justamente, para o Rio de Janeiro – e para as falhas na sua política de segurança pública. Tal “ousadia” foge aos padrões de atuação das milícias, que preferem sempre as sombras. Ao contrário, a execução de Marielle coloca um refletor de alta potência voltado para a ferida aberta da segurança pública e para as hordas criminosas que, como tumores, surgem no corpo enfermo da polícia do Estado.
Cui bono? A quem beneficia? E, no verso da moeda, a quem prejudica?
(…)
Marielle parece ser um dos casos em que as “instituições” tentarão nos empurrar o “óbvio”. No entanto, depois da sofisticação dos ataques híbridos de que tem sido vítima, espera-se que a sociedade brasileira relute em sucumbir, mais uma vez, a sugestionamento. Assim como em “O nome da rosa”, somente uma investigação – sem concessões – poderá revelar a verdade, por mais terrível que essa possa ser.
Voltamos ao presente. Depois da (não) “polêmica” nesta semana com Luis Nassif, blogueiro de conduta “controversa”, sobre se havia ou não sistema de interfone no condomínio em que mora Jair Bolsonaro (ver “Exclusivo: porteiro some; interfone aparece — live especial” – 31/out/2019) – e há! –, a questão ganha novos contornos.
Importante registrar – apenas 36h depois, de próprio punho, Luis Nassif admite que mentia. A conclusão, mais uma vez: “Duplo Expresso: a verdade chega primeiro”.
P.S.: FLAGRANTE!
Corolário: “mentira tem MESMO perna curta!”@luisnassif plantou (5a feira 7:32am) 2 mentiras em seu site. 2o ele repassadas p/”fonte fidedigna c/acesso ao condomínio de @jairbolsonaro“:
1-“Ñ tem sistema de interfone”;
2-“O porteiro estaria de férias.
Ver prints: pic.twitter.com/p4MzK8Cuqk— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Desmontamos as duas mentiras em live extraordinária q foi ao ar naquele dia, às 15h. Nós, sim, pelas casualidades da vida tínhamos – e tivemos novamente naquele dia – acesso ao condomínio:https://t.co/qaANZNg6f0
— Romulus Maya (@romulusmaya) 2 November 2019
Agora, pego na mentira e desmascarado – mais 1 vez! – p/@duploexpresso, esse alugador de pena, denotando desespero, recorre simplesmente À INTERNET BRASILEIRA (!) p/informação básica q tal “fonte fidedigna”, existisse, poderia facilmente repassar: o app usado no condomínio.
Ver: pic.twitter.com/0g8BTSkWOr— Romulus Maya (@romulusmaya) 2 November 2019
Ou seja, pego c/calça curta tenta de qqr jeito retomar iniciativa, c/qqr informação “técnica” q possa dar aparência de q sabe – e sabia – do q falava.
Ou melhor, plantava.— Romulus Maya (@romulusmaya) 2 November 2019
Ora, Nassif, ñ fuja!
– A sua “fonte” é ou não é “ligada” ao… @gen_heleno??
Ele q, chefe do GSI, e portanto da segurança do Chefe de Estado da Rep. Federativa do Brasil, necessariamente “teria acesso ao condomínio” do Presidente.— Romulus Maya (@romulusmaya) 2 November 2019
PPS: o patético apelo por socorro de Nassif À INTERNET BRASILEIRA (!) foi feito nesta 6a feira, às 19:02.
Calma, Nassif… quem sabe alguém mande o link pra alguma “fonte fidedigna” por aí… rs pic.twitter.com/hvgbFFmeA8— Romulus Maya (@romulusmaya) 2 November 2019
Mutirão e reportagem: a tela exibida por Carluxo é de que sistema de portaria eletrônica?https://t.co/SvJeUHXMME pic.twitter.com/kIxce5JZz0
— Luis Nassif (@luisnassif) 1 November 2019
“Mutirão”??
Cade a sua “fonte fidedigna dentro do condomínio”, Luis Na$$ifra??
Mentira tem mesmo perna curta!https://t.co/UEdJ0sSLUc— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
*
Voltemos ao caso Marielle.
Antes de ser fulminada pela confissão do próprio Nassif de que mentira, a (não) “polêmica” sobre o interfone havia incendiado as seções de comentário de sites e blogs. E foi nesse contexto que fui notificado pelo Facebook da marcação do meu nome na (simpática) postagem abaixo:
Romulus Maya é o mais independente jornalista do país hoje, que está revelando os podres do jornalismo de “esquerda” que não passa de uma das pernas do mesmo processo de guerra híbrida. Acompanhem o Duplo Expresso, seu canal, que tem colaboradores preciosos.
Hoje ele desmente a mentira de Luis Nassif, segundo a qual não existe interfone no condomínio de Bolsonaro. Existe sim. E o porteiro não está de férias, está desaparecido.
Continuo duvidando dos interesses que Bolsonaro e sua família teriam em matar um vereadora combatente mas ainda pouco expressiva à época em que foi executada. Não que eles não fossem capazes, mas ainda é muito nebuloso o nexo entre um e outro.
De qualquer maneira, não é publicando barrigada e mentiras facilmente refutáveis que vai se chegar à verdade nesse caso.
Nos comentários, deparei-me com uma tentativa de análise do fator “cui bono” no assassinato de Marielle Franco. Mas muuuito “insatisfatória” ainda, digamos:
Como nós mesmos falávamos — desde o dia do assassinato e novamente nesta semana — sobre o “cui bono”, resolvi fazer as devidas pontuações:
(…)
Transcrição do comentário:
(ora complementado com abundância de prints e links, no estilo D.E. de dossiê)
Pois é. Não passa no teste da verossimilhança. Março de 2018. Eleições em apenas sete meses, com Bolsonaro já favorito. O (suposto) “embate” de Carlos Bolsonaro com Mariele, levantado agora em veículos do PIGuinho Vermelho, foi… um ano antes. Em maio de 2017. E nem foi com ela. Foi com assessor que foi dar um tour da Câmara de Vereadores para amigos que o visitavam e, provocador, “emancipado” e “empoderado”, parou na porta do gabinete do “Carluxo” para “lacrar”: disse em viva voz que “o filho de um deputado ‘ultraconservador’ que beirava o ‘fascismo’” dava expediente ali.
Era verdade.
Mas o “empoderado lacrador” esperava que um “fascista” ouvisse isso calado?
Sempre ouvi que vingança era um prato que se comia frio. Mas nunca vi tanta desproporção numa reação:
(1) Assessor fala que Bolsonaro é fascista na frente do filho;
(2) Os Bolsonaro, então, mandam matar a sua… CHEFE;
(3) Mas, “apenas”, 1 ano depois (!)
(incidentalmente, apenas 7 meses antes da votação presidencial em que o chefe do clã era favorito;
e em que lograria eleger, ainda, todos os filhos que se candidataram a cargos eletivos naquele ano)
Em tempo: o tal assessor, ofensor da honra familiar, segue… vivo.
Essa de “recado” para Freixo é nova para mim. rs
Recado para quê?
O que Freixo estava fazendo que poderia parar de fazer, em março de 2018, caso submetido a pressão, ameaça, “recado”?
Só consigo pensar, naquele momento histórico, em criticar veementemente – e colocar lupa – na intervenção militar na Segurança do Rio de Janeiro de Temer/ General Etchegoyen. E nas ações de tomada de território da facção criminosa Comando Vermelho pelas Forças Armadas. Que, na verdade, longe de serem “liberadas” e ocupadas pelos Estado eram repassadas, de forma branca, à administração por facção criminosa rival ao Comando Vermelho. Não por acaso, a associada local do PCC paulista:
Sim, o PCC… aquele capaz de celebrar – e fazer observar na sua hinterland – a “pax paulista”, pactada clandestinamente com o PSDB (que dirige SP há três décadas): em pagando o “pedágio” devido, pode traficar à vontade. Em troca, o PCC compromete-se a coibir assassinatos e enfrentamentos com a polícia na sua área de atuação. Proibindo, inclusive, o porte de armamento ostensivo. E, até mesmo, o uso de fuzis. A intervenção federal visava, justamente, a exportar o modelo para o Rio de Janeiro. Plano piloto para o que viria na sequência: o projeto “Evangelistão do pó”.
Hoje, com os Generais sucessores de Etchegoyen no GSI e com a Juristocracia peessedebista no Ministério da Justiça, já se caminha para a exportação da “pax paulista” para todo o Brasil. É nesse contexto que se compreende a “estranha” relocação, neste ano (2019), dos “capi” do PCC e do CV para certos presídios federais. Quase todo o comando do PCC foi levado para Brasília. Ou seja, do ladinho de Sergio Moro e dos Generais do GSI. Incluindo até mesmo Marcola. E “Marcolinha”, o seu irmão e principal conselheiro:
Dali, de Brasília, Juristocracia, Generais do GSI e PCC administram a associação entre essa facção criminosa e o CV, antes inimigas (literalmente) mortais. A intervenção federal tocada pelo mesmo GSI, então do General Etchegoyen, visou justamente a enfraquecer a posição relativa do CV, para que esse fosse forçado a entrar no “acordão”. Como sinal – mafioso – de sua “boa-fé” nas negociações, Beira-Mar havia mandado no final de 2018 uma de suas filhas, sozinha, para uma “visita” em favela de SP controlada pelo PCC (evento conhecido pela cúpula da segurança pública de mais de um Estado). Poderia voltar em pedaços. Afinal, meses antes, membros do CV e do PCC decapitavam-se, literalmente, em presídios Brasil afora:
Com o sucesso nas negociações entre PCC e CV, contando com a mediação de Juristocracia e Generais, contudo, a filha de Fernandinho Beira-Mar retornou sã e salva para casa, dias depois. Um armistício foi selado. De lá para cá, do final de 2018 até março de 2019, os termos do “tratado de paz” e da associação comercial entre as duas facções – e também Juristocracia e Generais, evidentemente – foram negociados. Para a “cerimônia de assinatura”, o Ministério da Justiça de Sergio Moro reuniu por um mês, em um mesmo presídio federal (Porto Velho), Marcola, pelo PCC, e Fernandinho Beira-Mar, pelo CV (cronologia, com links, abaixo).
É assim que se explica o “estranho” périplo de ambos pelos presídios federais do Brasil nos primeiros meses do governo Bolsonaro, terminando com a reunião de ambos em Porto Velho-RO.
Cronologia:
– 25/05/2017 – Fernandinho Beira-Mar é mandado para o presídio federal de Porto Velho-RO.
(onde ficaria até maio de 2019)
– 13/02/2019 – Marcola também é mandado para o presídio federal de Porto-Velho-RO. Ele e Beira-Mar ficarão aí reunidos por cerca de um mês, fechando os termos finais do acordo de associação entre PCC e CV.
– 23/03/2019 – no mês seguinte (!), Marcola é mais uma vez transferido. Desta vez para … Brasília, onde já se encontrava o restante da liderança do PCC (incluindo seu irmão, “Marcolinha”), mandada para a Capital Federal apenas 10 dias antes.
Obviamente, quem também se encontra em Brasília?
– Juristocracia e os Generais do GSI, patrocinadores — e terceiros intere$$ado$ — no acordo.
De lá, PCC, Ministério da Justiça e Generais supervisionarão a sua implementação em campo.
– 26/05/2019 – Fernandinho Beira-Mar é mandado para o presídio federal de Mossoró-RN.
Com a “Pax brasileira” a caminho (mais uma vez, articulação conhecida nas cúpulas da Segurança Pública de mais de um Estado), consolida-se a superestrutura coercitiva – a oficial e a mafiosa – no “Evangelistão do Pó”, território outrora conhecido como “República Federativa do Brasil”. Tal qual São Paulo, as taxas de homicídio despencarão – pelas mãos do PCC –, sendo falsamente atribuídas ao Governo Federal e sua “política anti-crime” (exatamente como ocorre em SP). Ao mesmo tempo, as taxas de lucro do tráfico explodirão. Agradecem, além dos sócios locais no Estado e fora dele, três das principais destinações da droga que passa pelo Brasil:
(i) Máfia Italiana – a ‘Ndrangheta (distribuição na Europa Ocidental);
(ii) Máfia Sérvia – Clã Šarić (distribuição no Leste Europeu); e
(iii) Máfia Israelense – Clã Abergil (distribuição na África e na Ásia).
Ah, como o movimentado Porto de Santos vai brilhar à noite…
*
Nota (1): sobre o tema da importância do tráfico de droga na atual ordem global, não deixar de conferir: “Geopolítica da droga, os EUA e os golpes na América Latina” — 11/mai/2019. Textos de Pepe Escobar, Romulus Maya e Eduardo Jorge Vior.
Nota (2): sobre o modelo paulista de coerção mafiosa “subcontratada” pelo Estado (!), ver “MP: Paulo Preto deu R$ 740 mil a grupo ligado ao PCC por obra no Rodoanel” — 19/jun/2019 (UOL). No caso, o PCC foi pago para coagir moradores a aceitarem as indenizações — baixas — oferecidas pelas desapropriações para a construção do “RoBo-Anel”. Pois esse é o modelo a ser nacionalizado no marco do “Evangelistão do Pó”.
Nota (3): “batom na cueca” — a prova, estatística!, da origem do modelo do “Evangelistão do Pó”: São Paulo. Como se sabe — até filme indicado pelo Brasil ao Oscar há a respeito — a última grande confrontação entre a PM-SP e o PCC se deu em 2006, quando a facção determinou um “Salve, Geral!” (ataques violentos “aleatórios” em todo o Estado, “terroristas”), como resposta à insatisfação de seus membros com uma política penitenciária rigorosa e o isolamento imposto às lideranças (em regime disciplinar diferenciado — RDD). O PCC ganhou a parada, botando o Estado de joelhos. Depois da guerra, celebrou-se a paz. E, como resultado, o Sudeste, que sempre foi a região mais violenta do país, viu os seus índices de homicídios desabar — puxados pela tal “Pax Paulista” PSDB/ PCC –, passando à última (!) colocação no ranking de homicídios.
2006 — Sudeste lidera, com folga, ranking de homicídios. Ano do “Salve, Geral” — que termina com o pacto com o PSDB:
Celebrada a “Pax Paulista” PCC/ PSDB, em apenas dois anos (!) o Sudeste — puxado pelos números de SP — cai da primeira para a última posição (!):
E os números seguem caindo:
Animação (evolução de 1980 a 2017):
*
Ah, Sergio Moro…
Ah, General Augusto Heleno…
Vamos aplicar o tal “domínio do fato” aos dois??
*
Voltemos ao contexto do assassinato de Marielle Franco. Ocorrido — lembrem — enquanto as FFAA enfraqueciam a posição relativa do CV em favor do PCC, para que se chegasse mais à frente à “Pax do Evangelistão do Pó”, como acabamos de ver. As críticas do padrinho político de Marielle, Marcelo Freixo, à intervenção militar na Segurança do RJ – antes e depois do crime – foram bem protocolares. Para além de tardias. O que era criticado até por correligionários seus. Talvez, fruto de instinto de sobrevivência eleitoral, para alguém com as suas ambições.
Pois sabe quem se colocava muito vocalmente contra a intervenção federal então (pelas razões erradas), mesmo em ano eleitoral? E mesmo com o entusiástico apoio à mesma de sua base?
– Jair Bolsonaro!
Pois é. Que coisa, não?
Olhando concretamente, Marcelo Freixo saiu com consagradores 350 mil votos da eleição do ano passado. Muito em função da comoção com Marielle. Foi o segundo mais votado. O primeiro, um candidato Bolsonarista.
Quem?
O tal “Helio Negão”.
Natural: nada acionou mais a cismogênese naquele ano do que o assassinato de Marielle.
Que símbolo!
Que bomba semiótica, o seu assassinato!
De um lado, desembargadora aloprada falando que “ela era do Comando Vermelho”, brutamontes asqueroso quebrando placa com seu nome (e recebendo rios de votos por isso – e se elegendo inclusive –), ampla vitória no Estado de Bolsonaro para Presidente e Wilson Witzel para Governador. Ou seja, nas eleições majoritárias.
Do lado outro (ou seria “inverso”?), Freixo, o padrinho de Marielle, nacionalizando o seu nome com o drama e recebendo 350 mil votos, “solidários”. Conseguindo assim arrastar toda uma bancada (David Miranda, marido do ubíquo Glenn Greenwald, p.e., teve míseros 17 mil votos e está lá na Câmara Federal agora). Logrou ainda fazer com que seu partido, o PSOL, ultrapassasse a cláusula de barreira, recém-estabelecida. Objetivo esse muito incerto no inicio do ano, antes do assassinato de Marielle. Aliás, até por isso lançaram todos os políticos do partido, com peso eleitoral – como Freixo –, para a disputa FEDERAL proporcional:
Candidaturas (formalmente) “majoritárias” como as de “Professor Tarcisio” para o Governo do Estado do RJ e do então Deputado Chico Alencar para o Senado eram, na verdade, palanques para alavancar a votação proporcional, para a Câmara Federal. Era essa que contava para o cálculo da cláusula de barreira. O partido foi para o tudo ou nada, com o terreno prioritário sendo o RJ. Conheço várias pessoas na burocracia do PSOL. Antes do assassinato de Marielle já se faziam planos de contingência para o caso do fim do acesso ao fundo partidário, se não se atingisse a barreira.
No final, contudo, sucesso:
Objetivamente, em boa medida graças à – justa – comoção com o assassinato brutal de Marielle. Aliás, saíram eleitas justamente várias “Marielles” Brasil afora, como Áurea Carolina, a “Marielle de Belo Horizonte”, e Taliria Petrone, a “Marielle de Niterói”.
De novo — Marielle: que símbolo. Que bomba semiótica.
E – como visto – com dois gumes, simétricos, beneficiando ao mesmo tempo ambos os polos da cismogênese.
Elege o padrinho; elege também o proto-fascista que quebra a placa com o seu nome.
*
“Veja quem irá encabeçar o pedido de impeachment @romulusmaya” – @mclaudiapaiva
Resposta: ‘o’ “Marielle Franco do Jacarezinho”, o marido do – ubíquo – @ggreenwald, @davidmirandario.
? https://t.co/dIwHlN22yx— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
*
Atenção: não sugiro, de forma nenhuma, que alguém no PSOL pudesse ter algo a ver com o assassinato.
Isso é apenas para que se veja como a pergunta do “cui bono” – ou “quem se beneficiou” – leva a questão a outras dimensões. Sendo desinteligente, no mínimo, falar em prejuízo ao PSOL ou “recado a Marcelo Freixo”.
Ao mesmo tempo, o “cui bono” afasta a verossimilhança da hipótese de envolvimento dos Bolsonaro, que caminhavam para eleição tranquila dos membros juniores do clã, com o patriarca sendo o favorito na corrida principal (na ausência de Lula). Nunca foram, sequer, forças concretamente contraditórias no panorama eleitoral. Na dinâmica de cismogênese, identitários “lacradores” e proto-fascistas “mitadores” sempre foram “melhores inimigos”. Um catapulta o outro. Dentro e fora do Brasil.
(ver, p.e., a prioridade editorial de canais de extrema-direita no mundo anglófono, como o competente — e diabólico — Paul Joseph Watson).
Bolsonaro não teria virado “mito”, nacionalizado, com tanta facilidade, se não fossem as sucessivas “dobradinhas” altamente midiatizadas com Jean Wyllys, Maria do Rosario e o restante do bonde da “lacração empoderada”. Dobradinhas em que um servia de escada para a projeção do outro, na sua respectiva bolha. “Lacradas” vs. “mitadas”, sempre. Cismogênese na veia. Tudo direto para as redes sociais e para os “CQC” e “Pânicos na TV” da vida…
*
Mas…
… o pessoal vai preferir dizer algo reducionista como “o macho branco hétero (de sobrenome europeu), num crime de ódio, matou a mulher negra, favelada, lésbica, periférica, esquerdista…”. Estou vendo várias postagens de influenciadores – identitários – no twitter com essa pegada:
Pouco importa que o cara estivesse com um pé no Palácio do Planalto.
E que não tivesse nada a ganhar.
E tudo a perder.
Razão para que se, para nos acalmar, (paradoxalmente) temos emoção?
E afetos?
(de sinais positivo e negativo)
E – fundamentalmente – viés cognitivo de confirmação pra “resolver a questão”?
Trazendo-nos de volta para a zona de conforto (psicológico-cognitivo)?
*
Se for para especular, como essa de “recado para o Freixo” (?), muito mais sentido fariam outras hipóteses. Há diversas nos círculos de inteligência na Segurança Pública. E até inteligências fora do Brasil. Inclusive algumas em “camadas”. “Conspiração dentro da conspiração”. Estilo cebola.
Eis uma, por exemplo, que ao contrário de “o Bolsonaro mandou matar”, passa nos testes de (i) verossimilhança; e (ii) cui bono:
Tratou-se de uma sofisticada operação orquestrada por grupos poderosos, com fortes interesses, para terem uma grande arma de dissuasão, nuclear, contra aquele que agiriam para colocar, pouco depois, na Presidência da República. A ser traduzida em decisões econômicas de grande vulto, com a arbitragem presidencial para a escolha dos vencedores. E traduzidas também em alinhamentos políticos. Dentro do Brasil, com a agenda de certas tendências ideológicas e corporações no Estado, mas também fora, com a adesão irrestrita a certos interesses geopolíticos bem demarcados.
Mais: quem sabe até, dependendo das contingências de um grande planejamento estratégico, bomba nuclear essa a ser finalmente acionada em algum dado momento futuro, para liberar a cadeira presidencial para um eventual sucessor…
Isso, no caso de Bolsonaro, à frente, tornar-se inconveniente. Até aqui, longe disso. Muito pelo contrário. Em várias dimensões e sentidos, não é mesmo? Até como “para-raios” o “tosco” Bolsonaro serve, para o consórcio civil-militar aboletado no poder.
Consegue imaginar ator(es) que pudesse(m) planejar – e executar – algo parecido?
Com tamanha capacidade de inteligência e operativos com as competências requeridas para uma execução sem falhas desse roteiro?
Até mesmo conseguindo envolver um VIZINHO de Bolsonaro na trama?
(i.e., a trama aparente, a “para o público”)
Ainda que sem nenhuma verossimilhança para a hipótese de o vizinho em questão ser ‘o’ executor”, na real? O cara que puxou o gatilho?
(po, o cara mora num condomínio de luxo!
Com atores da Globo!
Eu sei: já fui lá.
Várias vezes!)
Daqui a pouco serei eu também, mesmo da Suíça, um “miliciano”.
Já nem duvido.
Ou quem sabe ator Rodrigo Lombardi, q morava em frente aos meus parentes q lá residem (e reclamava do barulho das festas de arromba, com direito a bateria de escola de samba rs)— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Consegue imaginar algum(ns) ator(es) que tivesse(m), até mesmo, a presença de campo ideal para tal operação, naquele momento da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro?
Que símbolo era – e continua sendo – Marielle Franco, não é mesmo?
Até jardim em Paris, com o seu nome, tem agora…
Pobre Marielle: os identitários tem razão em dizer que ela foi morta por tudo o que representava: mulher, negra, lésbica, favelada, periférica e esquerdista militante dos direitos humanos.
A questão é que não teve nada de “crime de ódio”.
Foi, e continua sendo, muito útil.
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*
P.S.: Um “a propósito”, direto do túnel do tempo: “Operação Gládio” e os false flags (operação de falsa bandeira).
Quem ordenou o sequestro e o assassinato do ex-Primeiro-Ministro italiano Aldo Moro?
Cui bono? Quem ganhou com o mesmo?
Quais foram suas consequências jurídicas – e políticas – na Itália dos “anos de chumbo”?
O que se obteve, concretamente, em termos de controle estatal dos indivíduos?
Quais foram as consequências geopolíticas do episódio, na Guerra Fria (i.e., a anterior)?
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P.P.S.: “Duplo Expresso – a verdade chega primeiro”
Po, Nassif!
Me ajuda a te ajudar! “Não tinha interfone” (sic) e agora você quer saber o sistema do…
– … “interfone”?!
– Tinha “fonte fidedigna dentro do condomínio” (sic) e agora pede informação – do condomínio… – a TODA A INTERNET BRASILEIRA?!
Mutirão e reportagem: a tela exibida por Carluxo é de que sistema de portaria eletrônica?https://t.co/SvJeUHXMME pic.twitter.com/kIxce5JZz0
— Luis Nassif (@luisnassif) 1 November 2019
“Mutirão”??
Cade a sua “fonte fidedigna dentro do condomínio”, Luis Na$$ifra??
Mentira tem mesmo perna curta!https://t.co/UEdJ0sSLUc— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
P.S.: FLAGRANTE!
Corolário: “mentira tem MESMO perna curta!”@luisnassif plantou (5a feira 7:32am) 2 mentiras em seu site. 2o ele repassadas p/”fonte fidedigna c/acesso ao condomínio de @jairbolsonaro“:
1-“Ñ tem sistema de interfone”;
2-“O porteiro estaria de férias.
Ver prints: pic.twitter.com/p4MzK8Cuqk— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Agora, pego na mentira e desmascarado – mais 1 vez! – p/@duploexpresso, esse alugador de pena, denotando desespero, recorre simplesmente À INTERNET BRASILEIRA (!) p/informação básica q tal “fonte fidedigna”, existisse, poderia facilmente repassar: o app usado no condomínio.
Ver: pic.twitter.com/0g8BTSkWOr— Romulus Maya (@romulusmaya) 2 November 2019
*
Olha aqui: https://t.co/HgfnGO18l9
O @diogomainardi ao menos foi original.
Já o @luisnassif…— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
*
– Obrigado, universo!
Viu o apelo por socorro do @luisnassif a TODA A INTERNET BRASILEIRA?!
Cara, como o universo é justo!
Pode demorar, mas a Lei de Retorno vem msm.
E em menos q 7 anos, hein…
Obrigado, DEUS!! https://t.co/n9nNQgEWHj— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Oh, karma! Oh, Lei do Retorno!
Minha falecida avó, q sofreu nos seus últimos meses de vida, em 2018, c/graves calúnias q vc fabricou contra mim, costumava dizer: “mais fácil pegar 1 mentiroso q 1 coxo”.
Coisa de gente de idade, pré-politicamente correto.
Um beijo vozinha! Sdds— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
*
*
*
P.P.P.S.: Clã Bolsonaro parece estar começando a entender o jogo. Talvez orientados pelo mais novo “expressonauta”, Olavo de Carvalho (!).
Cui bono, Bolsonaros…
Abordagem indireta…
Guerra híbrida!
Pronto. Será q agora a “esquerda” vai denunciar o “Patriot Act” Tabajara?
E olha q ainda hoje tinha peteminion por aqui dizendo que era “teoria da conspiração” do Duplo Expresso.
C Q D ! https://t.co/VpGg1fzrYx— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Os Bolsonaro já se ligaram da armação. Talvez até do papel do @gen_heleno.
Será por isso q Bolso-pai expõe o bebê do Heleno, falando em “endurecer lei antiterrorismo”?
Até aqui, segredo era alma do negócio.
Fez bem em pegar áudios.
Melhor seria achar – e proteger – o porteiro!! https://t.co/ABHaZ6lJLG— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Será possível?
Ou esse já foi queimado?
Comecem a falar sobre isso pra furar o cronograma do Heleno, @CarlosBolsonaro @BolsonaroSP @FlavioBolsonaro @jairbolsonaro!
Sim, vocês estão cercados.
Sim, armam pra cima de vocês.
Comecem a falar em “cui Bono”!— Romulus Maya (@romulusmaya) 2 November 2019
É, Romulus. Pelo visto armaram um Kompromat diferenciado para poder operar o Borsalino. Só que ao invés de situações picantes, preferiram criar um esqueleto no armário. No sentido literal.
— Cesare (@Cesare87254983) November 2, 2019
(sobre a referência acima, ver ““Kompromat”: sexo, crime, dinheiro, chantagem – o explosivo submundo da disputa pelo PT” — 21/out/2019)
*
Você tem cérebro?
Estou denunciando o @gen_heleno e o fechamento do regime.— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
*
A plantação da vez na @monicabergamo: “@wilsonwitzel tem algo bombástico contra @jairbolsonaro no caso Marielle”.
Tá…
A metáfora do Piero Leirner com Star Wars é perfeita: @gen_heleno é o Senador Palpatine. É quem planta, ao msm tempo, coisa na cabeça dos Bolsos e do Witzel.— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Ele quem planta “novo AI-5″…
O rei da “abordagem indireta” da guerra híbrida.
Demonstrando q o DE sempre esteve certo, agora Bolsonaro fala em “alterar a Lei Anti Terrorismo”.
Quem será q ele ouviu falando sobre isso, hein??— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Piero Leirner e Pepe Escobar falando sobre isso no @duploexpresso:https://t.co/FJXOW237bZ
— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Deixa o cinismo de lado, @monicabergamo.
Vc sabe q o cara sacou q armaram pra ele.
Mas ñ adianta investir contra o operador, @wilsonwitzel.
Tem q enfrentar o “Senador Palpatine” tabajara: @gen_heleno!
Alô, @CarlosBolsonaro @opropriolavo!
Tem q dar nome aos bois: “Patriot Act”! https://t.co/ZeYPnOCoTD— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
“@romulusmaya sente nível da notinha plantada no Globo, 1 dia após sugestões na imprensa q família Bolso tava preocupadíssima c/”bomba” prestes a explodir… sugestão de quebra de sigilo de #Zap?! #PatrioticActTabajara?!” – @joao_pedefeijao
Maneira, @laurojardim! Tá descarado! https://t.co/a525aaGzhL— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
*
Há quantas andam os alertas na “imprensa independente” sobre o “Patriot Act” Tabajara e o fechamento — clandestino — do regime que porporciona?
Agora você vai falar de “Patriot Act” Tabajara, @monicabergamo??
Finalmente??
https://t.co/sQppEbfc7T— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Que nada…
E os “liberais de direita”?
Ô, @reinaldoazevedo, ótima ideia sugerir convocação do @gen_heleno pra falar de proposta de “novo AI-5” no Parlamento.
Problema, como vc sabe, é q ñ é mais projeto.
E já está no Parlamento.
SENDO aprovado.
Em fatias. https://t.co/8hVVKckeDe— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Cuidado com a convivência com @ggreenwald e @demori no “vaza jato”.
(ou “planta estalinho” seria nome melhor?)
Vai que esse negócio de #LimitedHangout pega…
?— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
General, mantenho a sugestão da sua convocação. Quero saber o q o sr. quis dizer ao afirmar ser necessário ver como se iria operar o AÍ-5. Do chefe do GSI, espero repúdio a golpes. Nāo tente me intimidar. Tranquilize o país. O sr. é pago pra isso. Com meu dinheiro tbem. Abs.
— Reinaldo Azevedo (@reinaldoazevedo) November 3, 2019
Expressonautas EM PESO colocando o “Patriot Act” Tabajara la no thread dos dois.
Levanta o assunto com o @gen_heleno, @reinaldoazevedo!
Ou não? https://t.co/7zcZtQiYx0— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
Bem, nada ainda…
Olha aí, @reinaldoazevedo:
“Gal. Heleno sabe como está sendo estudado o AI-5 versão 2019, não se enganem. Quando conseguirem aprovar os PLs que @romulusmaya vem denunciando no @duploexpresso o Haiti será aqui”. – @saozinhadejucu https://t.co/goTXcXtWIv— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
Enquanto isso, do “outro” (sic!) lado do espectro ideológico…
Vejo título do art de @MARCELOZERO1 no @brasil247 e me empolgo: finalmente PT – e 171 – pautarão”Patriot Act”Tabajara!
Q nada.
No fim do txt do estudado assessor do @ptbrasil no Senado, “AI-5 parcial” quer dizer – apenas – lawfare contra dirigente petista.
É grave nossa situação. pic.twitter.com/0cfjcMjx7v— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Percebe o que é operação em pinça PIG/ PIGuinho vermelho?
Domínio de espectro total?
Pastoreio (herding) do “debate” público?
Pois é.
Mas piora…
*
Experientes “jornalistas” fingindo-se de tontos. Ah, o “PIGuinho vermelho”…
Jair Bolsonaro se apropriou de provas num processo em que teve nome citado.
Trata-se de obstrução de Justiça.
Presidente e seus filhotes da ditadura ultrapassaram todos os limites.
Devem ser cassados feito ratazanas prenhes. https://t.co/1xmbuEJWGk— rodrigo vianna (@rvianna) 2 November 2019
Como essa gente do PIGuinho Vermelho é canalha.
Obviamente os Bolsonaro, já cientes de q armam para eles, fizeram um back-up.
O “esperto” achou oq?
Q ele tirou o computador da portaria e levou pra casa dele?!
Bem, eu, q tenho fonte lá, posso garantir q ñhttps://t.co/laDjYlQxD1— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
OBVIAMENTE tenho print de tudo
— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Antes…
Expressonauta me marca em tuite de @rvianna e descubro q fui bloqueado p/ele.
Ainda esta semana o elogiei no @duploexpresso.
Já trocamos ideia e sempre me pareceu cara bacana e comprometido.
Decepções ñ tem fim nesse meio, ñ?
?
Eu até podia ser babaca mas ñ é a minha. pic.twitter.com/OFzSYL422K— Romulus Maya (@romulusmaya) October 27, 2018
Pois eis que, um ano depois, chega a hora de ser “babaca”, sim, já que — além de pagar o óbulo ao “PIGuinho Vermelho” e passar a nos detonar como os demais — Rodrigo Vianna agora também se faz de tonto para alimentar a armação — com objetivos sinistros — para cima de Bolsonaro:
(…)
*
“Domínio de espectro total”: Globo e Brasil 171
Até onde vai cara de pau??@jairbolsonaro – possivelmente orientado p/nossos “novos espectadores” (rs) @opropriolavo e @CarlosBolsonaro – fez um back-up!
Uma cópia para guardar, para o caso de mexerem no original.
ELE Ñ LEVOU O COMPUTADOR DA PORTARIA DEBAIXO DO BRAÇO, né, mores?? https://t.co/AwM2osUCpI— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
Isso q é domínio de espectro total: @RedeGlobo (via @BernardoMF e @laurojardim) e @brasil247 (via vários, como @leandrofortes) tentando colar fake news de que “@jairbolsonaro chegou em casa p/fim de semana e levou COMPUTADOR DA PORTARIA EMBORA, debaixo do braço”. https://t.co/MW8JqdRbbW
— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
– Furem cronograma, buscando porteiro e perguntem “cui bono?” se já queimaram o cara.
– Façam live ASAP explicando o óbvio: apenas fizeram cópia própria, de segurança, dos áudios, para desmontar eventual armação de @gen_heleno e @wilsonwitzel.
– Não “LEVARAM COMPUTADOR P/CASA!”— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
“Se Globo é a favor, seja contra. Se é contra, seja a favor” – regra de ouro/Brizola.
A @RedeGlobo, por baixo dos panos, está com os Generais do GSI: @gen_heleno, @GeneralMourao
Pelo fechamento do regime!
Com o “Patriot Act” Tabajara!
Estão rifando o clã Bolso.
Mas p/algo pior! https://t.co/EfA1Cb3R0A— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
Ô, @CarlosBolsonaro, bem q supunha q tinha sido vc a fazer o back-up. rs
Seja mais claro na comunicação: afirme q fez mero backup. E q @jairbolsonaro ñ levou computador da portaria debaixo do braço, p/casa(!)
Sei q é imbecil mas @RedeGlobo e @brasil247 jogam c/tal confusionismo. https://t.co/B8gjWMYCOq— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
*
Às vezes, mesmo o “expressonauta” cede a velhos vícios…
Isso é oq a Globo – e o PIGuinho – estão plantando.
O “Carluxo” – e não o pai – fez um (mero) backup.
Cópia de segurança.
Ponha-se no lugar deles.
Estão armando p/vc.
Oq vc faz?? https://t.co/wMGaO1HzBq— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
Ô, meu caro…
Não caia em manchete da globo, né?
Bolsonaro não “assumiu crime” nenhum.
Veja a minha TL
Em tempo: quem fez o MERO ~BACKUP~ não foi nem @jairbolsonaro, mas sim @CarlosBolsonaro. https://t.co/C7deNFBkSH— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
Incrível isso: a pessoa saca q armaram p/ela e tem q ficar quieta, esperando a armação resultar?
Quem fez isso foi o @LulaOficial, enrolado pelo “PT Jurídico”.
Acabou onde está.
Sua única chance é expor @gen_heleno, @jairbolsonaro @CarlosBolsonaro!
Batam onde doi: PL1595 PL2418! https://t.co/gFFi5jAhUJ— Romulus Maya (@romulusmaya) November 3, 2019
*
Engraçado q só agora eles pedem pela proteção do porteiro. Algo que o @duploexpresso pede desde o início.
Inclusive apontando q maiores interessados na proteção dele são justamente @jairbolsonaro @CarlosBolsonaro @FlavioBolsonaro @BolsonaroSP!— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Esses 2 aí ñ são “jornalistas investigativos”?
Pq ñ foram ao condomínio ver se tem ou ñ tem interfone?
É td argumento de autoridade: “Auler disse” q “Nassif disse” q “fonte fidedigna (sic) disse” q “ñ tem interfone”.
Pouco importa q haja prova de q TENHA:https://t.co/7KH4tFMKSb— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Em outros tempos me surpreenderia Heleno conseguir, além de plantar “eco-terrorista” (sic) na capa da @VEJA…https://t.co/DjXs38Avsm
— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
A cismogênese.
Administrada p/fazer o pastoreio (herding) do mercado de “informação”.
E assim controlar a sociedade.
Alimentando o q vai na boca – e nas cabeças – das bolhas rivais, azul e vermelha.
Um e menos um.
Quem controla isso controla a pauta.
E o processo político.— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
P/quem ñ tem princípios fins justificam meios.
Se Bolsonaro é inimigo vale td contra o msm.
Até provável armação.
Ñ sou desses.
Mas msm q fosse: Generais querendo fechar regime “na democracia” (sic) são inimigos muito piores!— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
Principal objetivo estratégico – de quem, azul e “vermelho”, ñ vendeu alma ao Generais – é frustrar o fechamento do regime.
Se isso implica incidentalmente ajudar o clã Bolsonaro, q seja.
Melhor ainda qnd isso significa “apenas” falar a… vdd.— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
S E G U I R E M O S#PL2418nãohttps://t.co/jYZPz15BVz
— Romulus Maya (@romulusmaya) November 2, 2019
*
Sim, seguiremos, General Heleno…
(dublê de Senador/ Chanceler/ Imperador Palpatine, de “Star Wars” (apud Leirner))
*
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*
*
Atualização 3/nov/2019 — 13:45: os pontos problemáticos identificados no laudo da perícia criminal sobre a cena do crime
Comentário enviado por perito criminal veterano, de SP
Parabéns pela coragem. Não se ousa falar no acordo PCC/ CV/ militares fora das cúpulas da inteligência da segurança pública.
Aguns fatos chamam a atenção quando se lê os laudos do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.
A saber:
(i) AEC COM ESQUEMA LESÕES MARIELLE
(ii) AEC COM ESQUEMA LESÕES ANDERSON
(iii) LAUDO LOCAL
[D.E.: atenção! Conteúdo com imagens muito fortes, não adequado para pessoas sensíveis!]
É importante entende-los para se ter uma visão mais clara do acontecido.
Um dos fatos que chama a atenção no laudo de Exame de Necropsia de Anderson e Marielle é que Anderson foi atingido pelas costas, através da janela e do banco do carro, com projétil de arma de fogo padrão, totalmente encamisado: “parcialmente deformado na ponta, revestido de metal amarelo”.
Já no caso de Marielle, o mesmo laudo indica “projétil de arma de fogo, chumbo nu deformado”. Ou seja, um projétil parcialmente encamisado. I.e., não padrão.
O que isso indica?
Que foram utilizados dois tipos diferentes de munição. E que havia dois atiradores.
Explico: existem vários tipos de projéteis de armas de fogo (projétil é a parte da munição que sai do cano). O que vários elementos da perícia no local e nos corpos indicam é que pelo menos uma parte dos projéteis era do tipo “ponta oca semi-encamisada”, não compatível com o lote desviado da PF, suposta “origem” da munição. “Ponta oca”: para fazer estrago, visível, gráfico, provocar impacto (midiático?). Essa foi a munição usada em Marielle, apenas.
Aliás, essa alegada “origem”, em si, do lote já é uma “saga” à parte, com versões sucessivas, contraditórias entre si. Tudo muito esquisito, para dizer o mínimo.
[D.E.: sobre o desencontro de versões, refletidos em matérias da grande imprensa da época, ver os links reunidos pelos expressonautas neste fio]
Já os outros projéteis eram “totalmente encamisados” (compatíveis com um lote da PF). Tendo também pontas, não eram aptos a provocar as mesmas “crateras” (midiatizáveis?) deixadas no corpo de Marielle. Independentemente de detalhes mais técnicos isso indica que o “famoso” “lote desviado da Polícia Federal, lote UZZ-18” só conta parte da história. Tudo indica que foram utilizados os estojos desse lote para uma recarga (estojo é a parte da munição que contém pólvora e espoleta). Sim, os estojos são recicláveis, o que – convenientemente – torna a identificação da origem virtualmente impossível por meios de perícia.
Esquema de munição 9mm com projétil “ponta oca encamisada”, mais o estojo que contém o propelente, a espoleta e o projétil. O estojo pode ser reaproveitado.
Outro detalhe que chama a atenção é relativo à posição dos tiros e dos três ocupantes do veículo:
Não se nota nas fotos do laudo pericial do local que teria havido qualquer tentativa de alvejar a assessora de Marielle de nome Fernanda. Os tiros foram – exclusivamente – dirigidos a Marielle e Anderson. Moça de sorte. Muita sorte…
Tem mais: pela descrição, o carro possuía vidros cobertos de “insulfilm”. Ou seja, não permitiria ver os ocupantes. No entanto, os assassinos sabiam exatamente a posição das vítima dentro do veículo. Ao ponto de poderem planejar – e executar – a ação de modo a atingir alvos específicos. Apenas dois de três.
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Atualização (4/nov/2019):
Em tempo: Fernando Nogueira Martins Jr., Professor de Direito Penal e Processo Penal da Universidade Federal de Lavras, revelou no Duplo Expresso que, à época do assassinato, ele e outros colegas veteranos de militância pelos direitos humanos (como um policial civil com 20 anos de experiência), com o know-how portanto de acompanhamento de investigações policiais, acostumados por ofício a desmontar manipulações, falhas e até mesmo farsas e “plantações” nas mesmas, ofereceram a Deputados do PSOL, como Jean Wyllys e Marcelo Freixo, trabalho — voluntário — de acompanhamento da investigação policial no caso Marielle. Não houve abertura. Ou interesse.
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Da seção de comentários: o beabá do ataque híbrido ao Brasil — cascata de manipulações; mais uma “cebola”
Por “FAN”
Genial o artigo. Lembremos: aqui mesmo no D.E. o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães deixou escapar, mais de uma vez, que após a reforma da previdência os Generais viriam com tudo pra cima de Bolsonaro. Conhecido nas FFAA me dizia que o Etchegoyen não suportava ele. Quem suportaria? Ainda mais um militar, General 4 estrelas, com senso de hierarquia e disciplina, e com postura. Pense em ter Bolso como chefe pra alguém assim?
Explicando de forma um pouco mais didática a interação de 3 coisas: (a) a conspiração em camadas de cebola; (b) o pastoreio da opinião pública com 2 pastores (falsamente) antagonistas (também chamado de método da pinça, que precisa de 2 lados para manipular um objeto); e (c) o uso de forças especiais não oficiais para intensificação-afrouxamento da violência urbana para realização de operações reais para manipulação da opinião pública:
[Uma cascata de manipulações. Outra “cebola”]
(i) alguns poderes (famílias banqueiras, sionismo, sociedades secretas) manipulam o Deep State americano e sua oposição, que acham que estão no controle;
(ii) o Deep State americano manipula o “Deep State” brasileiro (Heleno + Moro) e sua “oposição”, que acham que estão no controle;
(iii) o Deep State brasileiro manipula(va?) a opinião pública e a política brasileira controlando cada lado das seguintes (falsas ou simuladas) dicotomias identidários X bolsonaristas, PIG X PIGuinho vermelho, lideranças evangélicas X lideranças gays, feministas e pró-maconha, PCC X forças de segurança, PCC X milícias, violência urbana X direitos humanos, aumento da violência X combate e diminuição da violência, corrupção X direitos civis.
Com o controle sobre o que dizem os porta-vozes (donos do “lugar de fala” como preferem os identitários) de cada lado desses dilemas é possível levar a opinião pública, as votações no Congresso Nacional, as manifestações públicas e os votos nas eleições para qualquer direção que se deseja, por mais irracional que seja essa direção em termos dos interesses verdadeiros daqueles que estão sendo manipulados pela introversão do mecanismo reflexo (pavloviano) de ação reação.
Mecanismo, aliás, idêntico àquele introvertido pelos torcedores fanáticos de time de futebol que vivem e reagem puramente a partir do critério da disputa contra os torcedores de times “antagonistas” (aliás, ótimo nome para um site de política que cultive essa manipulação, não é mesmo?).
Um dos fatores mais poderosos de controle pavloviano da opinião pública é o uso da violência (urbana ou terrorista), porque a violência provoca fortes reações emocionais e incontroláveis sobre o ser humano, como medo, horror, ódio etc. Por isso controlar as redes de crime organizado (ou de terroristas) seja tão importante para o poder que pretende manipular a população e a opinião pública com esse tipo de método.
Além do impacto psicológico, o controle funcional e amigável do Deep State sobre as redes de crime organizado (ou terroristas) é importante para servir de efetivos operacionais e justificativas simbólicas para ações de forças especiais não oficiais, que interagindo em pinça no nível midiático contra as forças especiais oficiais são capazes de realizar qualquer tipo de teatro de operações midiatizável, como um assassinato de grande impacto simbólico, e, portanto, fazer a população acreditar em qualquer coisa e reagir da forma não planejada, ainda que por antagonismo.
E se nada disso der certo, essas forças especiais oficiais ou não oficiais servem também para eliminar (ou ameaçar) aquelas ovelhas que não estejam aceitando serem conduzidas pelo pastoreio dos dois pastores (falsamente) “antogonistas”.
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Atualização 4/nov/2019 — 11:25: vídeos
– “Quem matou Marielle: a live”:
– “O plano ‘Evangelistão do Pó’ (fardado!)”:
– Dando nome aos bois!
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Cui bono…
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Leia mais:
– Exclusivo: o organograma do “Evangelistão do Pó” — do PCC a Bolsonaro
– Crime e sua relação complementar com as atividades estatais – elementos históricos
– Na trave! Como Glauber Braga – e D.E. – adiaram fechamento do regime
– “Kompromat”: sexo, crime, dinheiro, chantagem – o explosivo submundo da disputa pelo PT
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