Teatro e cortina de fumaça: tem até falso “fogo amigo” para esconder a entrega do pré-sal
Da Redação do Duplo Expresso:
Enquanto liberais fingem debater Reforma da Previdência e até a Lava Jato volta ao centro do desvio de foco, o petróleo segue como a verdade escondida do verdadeiro debate.
Em mais um texto, Piero Leirner desnuda o conjunto de farsas que ocupa os noticiários e impedem que os brasileiros saibam o que realmente acontece contra o próprio país.
Por Piero Leirner*
Interessante ver se essa rachadura na base é superficial ou estrutural. O sujeito que escreveu o texto no link é o Carlos Andreazza, liberal que edita a direita-zona brazuka e que ajudou a incendiar a coisa toda nos entornos de 2016. Da estirpe que vem das linhagens da ditadura, e com roupagem sofisticada.
Um ponto bastante interessante é que ele já começa – e dentro de O Globo! – a jogar água na reforma da previdência. Mais um sinal de que está batendo em cachorro morto, já que o próprio Paulo Guedes tem falado que vai procurar outros cantos para cavocar seu trilhão. Especialmente ressuscitando privatizações. Isso é outra fantasia (ele sabe disso), mas o que importa mesmo é esse jogo de aparência do trilhãozinho, famosa cortina de fumaça para obliterar de onde vem o real money: pré-sal.
Se isso tivesse ficado evidente desde sempre, não haveria motivo para se criar a segunda maior cortina de fumaça desde a invenção da Lava-Jato, que é a ideia de que as reformas vão trazer mais $. Isso foi uma operação ideológica, visando apenas a troca de mãos do poder. Aliás, troca coisa nenhuma, pois o que ocorreu mesmo foi uma amputação, se trocaram alguma coisa foi as mãos pelos pés.
Nesse sentido, o moço aí do artigo já sacou que o problema agora é dissipar essa fumaça toda. Só não sacou ainda (?) é que por trás dela ainda tem outra, que é o lavajatismo. E aí, a rachadura aumenta ou jogam concreto nela?
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O esforço dos militares para esconder que são eles que mandam no governo
Deep State Tupiniquim, estratégia de institucionalizar os atos lesa pátria, mentiras, conspirações e álibi dos crimes contra o Brasil e os brasileiros. É a inteligência militar usada contra o próprio país.
Piero Leirner comenta no Duplo Expresso de 17/abr/2019 como as instituições precisam parecer funcionar mesmo que seja visível que os militares brasileiros seguem o plano de destruição e caos no Brasil.
Assista:
*Piero de Camargo Leirner – Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1991), mestrado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (2001). Atualmente é professor associado IV da Universidade Federal de São Carlos. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em antropologia da guerra e em sistemas hierárquicos, atuando principalmente nos seguintes temas: hierarquia, individualismo, estado, guerra e militares. Desde 2013 também realiza pesquisa no alto rio Negro, sobre hierarquia em sistemas tukano (Fonte: Currículo Lattes).
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