Crítica “machista” a Dilma e EXCESSOS do politicamente correto identitário

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Crítica “machista” a Dilma e EXCESSOS do politicamente correto identitário



Por Romulus & Maria



FEMINISMO: BENEVOLÊNCIA “CAVALHEIRESCA”?



OU TRATAMENTO IGUALITÁRIO?



“Machismo” seria, como homem, sentir-me obrigado a tratar Dilma com condescendência, com paternalismo…



“Em mulher não se bate nem com uma flor!”



Nada disso… não sou nada sexista!



No debate público, político – e não no assédio físico e/ ou moral individual!, essa máxima não se aplica!



Repetindo ditado da infância no meu Rio de Janeiro:



– “CRIANÇA QUE NÃO SABE BRINCAR NÃO DESCE PRO PARQUINHO!”



Ou, no original em carioquês:



– “SE NÃO SABE BRINCAR, NÃO DESCE PRO PLAY!”



*



Já tem quase 1 ano que, pela primeira vez, não me verguei – rôle de l’ENFANT TERRIBLE oblige – diante da pressão do lobby do – EXCESSO (!) DO… – politicamente correto identitário “integrista”.



Depois da “polêmica” desta semana com (certas!) feministas, espero de todo o coração que a próxima não chegue antes de mais 1 ano!



Isso porque _EU_ não vivo de polemizar, artificialmente, tal como fazem certos “pundits identitários”, em cima da “pauta da semana” (qualquer que seja ela…) sob a lente UNICOLOR exclusiva da sua própria pauta… identitária!



Nem que para isso tenha que procurar – consciente e/ ou inconscientemente – “pelo em ovo”…



“CARONA”:



Somente para ter a oportunidade (oportunista?) “política” e “midiática” de colar – via crítica “de viés exclusivo”, monotemático – a agenda particular do seu LOBBY identitário à pauta que, naquele momento, ganha as manchetes.



E, assim…



Conseguir…



– … “ganhar a vida”!



Como…



– … colunista (mono!) “temático”!



– AH-RÁ!



Ganhar a vida como… “pundit”!



Justificando, em última análise, o salário “daquele mês” (!)



(e a própria existência enquanto… “pundit”!)

*


Discussão vinda da seção de comentários do artigo…





vatar





Repito o que te disse o Piero lá no início desta discussão: Genial, na análise e na proposta, o artigo! E os comentários estão sensacionais.



Só discordo da sua análise da conduta da Dilma. Não a atual, certíssima: “justiça (?) restabelecer(?) a verdade(?) é o caralho!’ Mas a de sua trajetória inteira. “Prever” o passado e com validade retroativa é fácil e sempre perigoso.



Acho que ela “quis”, sim, a Lava-Jato, ou pelo menos uma atuação consequente da PF e do MP, devidamente equipados no seu governo e de Lula, não por não “entender de política” ou por “inapetência pelo poder”.



Ela é inteligente demais para isso, como lembrou o próprio Piero, a propósito de sua entrevista histórica ao Sul21.



Por isso tampouco acho que possa ser julgada a partir de uma justificativa mesquinha como o apreço de uma “honra” individualista, sustentada por uma vocação de “martírio”.



Penso que ela “quis” a Lava Jato simplesmente ~por estar cansada~! Cansada de perceber o caráter sistêmico, estrutural, da corrupção da política brasileira, e ainda ser cobrada por não “ouvir” ou “negociar” com bandidos no Congresso!



Lembra de sua observação irônica sobre ser “uma mulher dura no meio de um bando de homens meigos”? Cheguei a comentar isso, nas nossas conversas por aqui.



Porque acho que foi por conta dessa percepção que Dilma resolveu tomar uma posição radical com relação à corrupção: não vai sobrar pedra sobre pedra!



Gritou Dracarys antes de qualquer um de nós!



O caráter sistêmico da corrupção não poderia ser percebido pela sociedade se não fosse ~sistematicamente~ exposto e denunciado!



E não foi isso que acabou acontecendo? Hoje não há nem mesmo coxinha que não veja, a contragosto, essa verdade escancarada…



E penso também que Dilma não teria essa percepção se não fosse por… ser mulher!!



Que ocupava o mais alto posto de poder e, no entanto, se achava num lugar “excêntrico”, que não poderia nunca ocupar sem causar incômodo.



Como deve ter sido difícil para todos aqueles ~homens meigos~ receber ordens de alguém numa posição de certo modo ~ilegítima~, já que desde sempre ela lhes fora reservada de modo exclusivo na sociedade patrimonial e patriarcal brasileira!



Foi por estar ~fora do lugar~ que Dilma pode assumir essa posição radical.



E digo isso não por qualquer radicalismo feminista, mas pensando em Maquiavel: é por estar no alto da montanha que o Príncipe pode olhar a planície e entender o povo, e é só por estar na planície que o povo pode realmente ver o Príncipe e entendê-lo!



No meio da encosta estão ~os grandes~, de que o Príncipe pode se servir para alcançar e manter o poder, mas a quem não deve servir, sob pena de perder o apoio do povo, ~os muitos~ que se contrapõem aos ~poucos ~ que são os “grandes”…



É claro que, nos termos do próprio Maquiavel, é possível acusar Dilma de inconsequência e irresponsabilidade, por não ~prever~ a extensão que a Lava Jato tomaria, nem o que dela resultaria, ao ser apropriada por um golpe de Estado e se tornar um instrumento essencial à sua execução.



Mas quem poderia, naqueles seus primeiros passos?



Quem poderia sequer imaginar a desfaçatez com que progressivamente os golpistas passaram a atuar, ou a ferocidade com que a mídia se posicionou a seu favor, blindando os comparsas para só tornar visível a “corrupção” do PT, de Lula e da esquerda como os únicos ~inimigos~ a serem abatidos?



Mas no momento do impeachent, Nádia lembrou com razão que, por conta do double bind pelo qual se achava presa ao deixar a Presidência, Dilma não poderia dizer outra coisa senão que a Justiça iria avaliar aquele passo temerário.
Porque não lhe cabia demolir as instituições políticas do país, tirando o chão debaixo dos pés do povo – de quem dependeria (e ainda depende) a luta contra o golpe – naquele momento crucial em que era impossível avaliar a força de sua resistência.



Mas cabe não esquecer que, consolidado o golpe, Dilma descreveu o passo a passo de sua evolução, como foi lembrado na ocasião do seu aniversário, dias atrás.



É claro que, desde aquele momento fatídico, as coisas se complicaram extraordinariamente, levando-nos à situação de máxima tensão, de tudo ou nada, que estamos vivendo agora, e que você tão bem analisa no artigo.



Assim, acho que cabe, sim, a crítica dura às declarações da ex-Presidenta, frente ao factoide da denúncia de Palocci, reiterando uma impossível “confiança” na Justiça que, todos sabemos, não virá, agora menos do que nunca.



Mas não cabe o julgamento retrospectivo da ~cordeirinha perneta~, sobre a qual você faz recair toda a culpa por não nos ter salvado a tempo da Lava-Jato e do golpe.



Julgamentos com validade retroativa sempre são perigosos e correm o risco de serem perigosamente injustos. Dilma Rousseff não merece isso.



No mais, reitero minha admiração pela precisão de sua análise e minha total concordância com suas propostas, neste artigo verdadeiramente brilhante.



Meus parabéns e gratidão por ele.



*



vatar



iniatura



?A IMPERTINÊNCIA DA CONDESCENDÊNCIA SEXISTA PARA COM DILMA ROUSSEFF



E em algum momento eu disse que a responsabilidade pelo golpe era TODA de Dilma?



É “acidente de avião” – multifatorial.



Mas…



Com certeza uma BOA parcela cabe sim à… “ComandantA” da aeronave.



Desculpe-me, mas a questão não era a imprevisibilidade do (então) “futuro” da Lava a Jato.



Mas sim a sua INAÇÃO diante do (então) PRESENTE!



“Republicana” e “olímpica”, junto a Cardozo, continuou deixando (torcendo por?) as “pedras rolarem”.



Até ser tarde demais.



Pobre do EUGÊNIO DE ARAGÃO – esse sim desprendido – que aceitou a missão impossível de tentar “dar jeito” nas corporações rebeldes a partir do Min. Justiça a…
– … SEMANAS de o golpe se consumar (!)



*
?LULA “REDENTOR” TARDIO – MARTIRIZADO
Por que Dilma – aproveitando o “aftermath” do 2o turno de 2014 – não nomeou Lula pra Casa Civil ali… no ato??



Por que deixou o “momentum” do golpe crescer – com as manifestações orquestradas, casadas com o desenrolar dos capítulos da “NOVELIZAÇÃO” (DELIBERADA!) da Lava a Jato…
(tática pioneiramente descrita aqui no Blog e, meses depois, ASSUMIDA por Deltan Dallagnol, com metáfora bem ao seu nível intelectual: “A Lava a Jato tem que ter “fases” que nem o joguinho “Candy Crush” (!)
Ver: “Lava a Jato: “visita da saúde” (antes da morte) – a delação dos Bancos por Palocci”
15/6/2017
– … para só então (de novo: a SEMANAS de cair!) pedir a Lula a MISSÃO IMPOSSÍVEL de salvar o país??



(e, incidentalmente, a ela própria??)



Lula… mais um desprendido…



A esse o Brasil não tem como pagar o que deve!
(“Dona Marisa”!
“Ipad da netinha”…
Busca e apreensão truculenta!, na alvorada!, na casa do filho com a nora prestes a parir outro netinho…
… … …
…?)
Aceitou a missão (que sabia já…) impossível e permaneceu em Brasília – mesmo já afastado da Casa Civil (humilhado publicamente) pela canetada do Gilmar! – tentando negociar com deputados a barragem do “impeachment” na Câmara.



Até o derradeiro minuto!



Francamente: se tem alguém que entende de NEGOCIAÇÃO e tem INTUIÇÃO para sentir os ventos contra e a favor é esse Senhor…



Sabia que a vaca tinha ido pro brejo, mas não abandonou o barco…
(barco da… “ComandantA”!)
Ah, Lula…



E, por isso, ainda leva na cabeça (mais…) denúncia de “obstrução da Justiça” (sic!)



*
?FEMINISMO: BENEVOLÊNCIA “CAVALHEIRESCA”?
OU TRATAMENTO IGUALITÁRIO?
“Machismo” seria, como homem, sentir-me obrigado a tratar Dilma com condescendência, com paternalismo…
“Em mulher não se bate nem com uma flor!”
Nada disso… não sou nada sexista!



No debate público, político – e não no assédio físico e/ ou moral individual!, essa máxima não se aplica!



Repetindo ditado da infância no meu Rio de Janeiro:
– “CRIANÇA QUE NÃO SABE BRINCAR NÃO DESCE PRO PARQUINHO!”
Ou, no original em carioquês:
– “SE NÃO SABE BRINCAR, NÃO DESCE PRO PLAY!”
(do inglês (argh!) “playground” – o andar térreo, com quadras, onde brincam os filhos da classe média, presos em seus condomínios…
E onde, DESDE A MAIS TENRA IDADE!, assimilam essa máxima – sociabilizante! – de RESPEITAR, até voltar pra casa, at all times, as “regras do jogo”… as “rules of engagement”)
(N.B.: obviamente, para esse ditado EXISTIR…
E CONTINUAR sendo usado, metaforicamente, pelos cariocas ADULTOS…
É porque MUITA gente que NÃO sabe “brincar” desce, mesmo assim, pro “play”…
E, é claro…
Em dado momento…
Quer “virar a mesa”…
Dar uma de “dono da bola”…
Ou seja:
– Justamente, violar as tais “regras do jogo”!
O que poderia ser chamado na Academia de…
– “Ruptura institucional”…
Ou, no popular:
– GOLPE!
*
Ora, como não?
Estamos no Brasil, não é mesmo??
É evidente que o nosso golpismo já haveria de começar a “cagar as coisas” antes mesmo de aposentarmos as…
– … FRALDAS!)
(sobre esse “golpismo” introjetado no DNA (!) brasileiro, ver a seção “‘Golpismo’ (e ‘carteirada’)” do artigo “Globo vs. Temer: o exemplo mais ilustrativo da tragédia brasileira”.
24/7/2017



*



Mas voltando…



Dilma…
Quer dizer que ela ficou “cansada da corrupção”, é?!



Ah, a pobre…



Repetindo outra máxima carioca – popularizada a partir do filme protofascista “Tropa de Elite”:
– “PEDE PRA SAIR” !!
*



Por que foi para a reeleição então??
*



Sim, ela foi…



E acabou levando depois…
#FATALITY !
*



Primeiramente #fatality nela própria, é claro…



Mas…



Principalmente…


– … #FATALITY NO BRASIL!


iniatura
*
*
*
*

Machismo contra Dilma: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

É EVIDENTE que Dilma foi – e é – vítima de críticas machistas.

O atávico machismo ibero-americano foi muito bem instrumentalizado pela direita para desgastar Dilma:

– A “burra” da “mandioca”; do “estocar vento”; do “em que ‘NUVEM’ (?) estão essas supostas ‘provas’ da Lava a Jato?”;

(ora, por favor: burro, se o há, é o incapaz que fez essas “críticas” (sic). Todas essas, colocações tecnicamente perfeitas, usando “jargão”)

– A “mal humorada agressiva”: “eufemismo” tosco para o tal do “mal comida” (!), que, evidentemente, não podiam publicar. “Ah, mas é claro: uma mulher divorciada e só” (?!);

– A que não era (e nunca se propôs a ser!) “rainha de beleza” e da “elegância fashionista” à la Paris e Milão; a que não exibia a “feminilidade dócil e humilde”, “esperada (!) para uma mulher”;

– A “desequilibrada”, a “histérica”, a de “humores voláteis” [*]; a “impulsiva”; a “autocrática”. Fosse homem, seria “o resoluto”… o que “faz e acontece” (!);

[*] pintar uma mulher de louca – como tentaram fazer com Dilma e com Cristina Kirchner, p.e. – é mais velho que filme em preto e branco… não por acaso essa tática é conhecida como “gaslighting“, tomando emprestado o nome de um filme dos anos 1940 em que o marido manipula a mulher para fazê-la crer que está louca:

– … … …

*

Mas…

SEQUER esse machismo (politicamente interessado) era exclusividade da boca de homens!

De quantas mulheres de nossas famílias e do nosso círculo de amizades não ouvimos essas “pérolas”??

Pior: quantas vezes Miriam Leitão, Eliane Cantanhede – e até a “sagaz” Xuxa! – e que tais não aludiram a esses “traços” de Dilma??

Elas “podem”, por serem mulheres??

E, inversamente, homens não podem fazer críticas NÃO machistas, por serem… homens??

Olha…

Isso sim que é desqualificação ad HOMINEM de argumentos…

No caso, literal!

*

Prosperasse essa visão de que um representante de minoria só pode ser criticado por seus pares, nunca mais votar-se-ia em minorias!

Voltando à metáfora das “crianças no parquinho”, ninguém elegeria para líder a criança “café-com-leite”… aquela “menorzinha”… a “franzina”… a “coitadinha”… a que conta com o benefício de regras especiais, condescendentes.

Imaginem o caso de uma política über-“minoritária”: mulher, negra, lésbica, da periferia, candomblecista e que nunca casou ou teve filhos…

Então…

– … só quem preenche todos esses mesmos “quesitos” pode criticá-la sem ser “preconceituoso”??

Extrapolando…

– Por ter origem sudestina, de classe média alta, não posso criticar Lula??

Essa proposição de que “só membro de uma minoria pode criticar outro representante da mesma para não reforçar o preconceito” – independentemente do mérito da crítica! – é também parte do “pacote” identitarista radical IMPORTADO da “matriz”, sabe…

Desculpem-me, mas tenho total desprezo por COLONIZAÇÃO, captura e tentativa de transplante cultural!

*

*

*

*

P.S.: A “SORORIDADE” E (CERTAS…) “SORORIDADES”



Como ardoroso defensor da emancipação de todas as minorias, compraz-me muito ver a solidariedade engajada, a tal da “sororidade”, que vem ao auxílio da Primeira PRESIDENTA do Brasil, por parte das “irmãs” – as suas sœurs.



Bravo !



Mas…



Como já antecipei em outro artigo desta semana, em que houve uma confrontação de ideias… hmmm… “vivificada”, digamos, com franjas mais “integristas” da pauta identitária feminista…
– …. NÃO concordo com a modalidade “sororidade incondicional automática e compulsória”…
Aquela que, p.e., “justificou” (?) a defesa por parte de (CERTAS!) feministas da “obrigação” (?) de todas as mulheres de insurgirem-se CONTRA (!) as críticas dirigidas a Marcela Temer – a “bela, recatada e do lar” – e Bia Dória…
ATENÇÃO:



– Críticas essas não por serem ELAS “belas, recatadas e do lar” PER SE…
Afinal…



“O corpo (e a mente e o espírito) é delas!”



Que façam o uso que lhes aprouver!



Mas sim por serem “belas, recatadas e do lar” “ENGAJADAS”…



“MILITANTES”…



PROPAGANDÍSTICAS…



Em última análise, “belas, recatadas e do lar”… PO-LÍ-TI-CAS!



Que bem servem à pauta retrógrada de “RE!-RE!-significação” de “mulher”…



Diretamente lá para ANTES de haver Simone de Beauvoir (!)



*



Sou 100% contrário a ~ESSA~ sororidade…



A “incondicional automática e compulsória”…



Binária…



“Intelectualmente indolente”…



Cavalo de Tróia…



Que “dá giro” de…



– … 360o (!) na pauta feminista!



A mesma que, aliás, causou o meu primeiro entrevero com (CERTAS!) feministas…



Que exigiam que eu alterasse o título de um artigo meu por ser alegadamente “misógino” (sic)!



Lembram?






Segundo a tal “sororidade binária indolente”, “concurso de Miss” não poderia ser “comparador PEJORATIVO” porque era… “coisa de mulher”…



Algo associado ao “mundo feminino”…



Ou seja:



– Assim como no caso das “belas, recatadas e do lar”, (CERTAS!) feministas saíram contra mim – no automático… – em defesa de…
– CONCURSO DE MISS (!)
Sim…



“Concurso de Miss”…



A coisa mais machista, misógina, redutora, “objetificadora” da mulher e perversamente pedagógica que a mídia de massa ocidental conseguiu produzir em toda a sua História!

(ai, as menininhas na frente da TV!
Pior que boneca Barbie e princesas da Disney!)



*



– PÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!



*



Sem nenhuma surpresa, concurso esse que por muitos anos pertenceu ao MISÓGINO mais famoso e poderoso do mundo:



– Não outro que… Donald Trump!



Aquele mesmo…



Aquele do:



“I grab women by the pussy!”
*



Como podem ver, já tem quase 1 ano que, pela primeira vez, não me verguei – rôle de l’ENFANT TERRIBLE oblige – diante da pressão do lobby do – EXCESSO (!) DO… – politicamente correto identitário “integrista”.



Depois da “polêmica” desta semana com (certas!) feministas, espero de todo o coração que a próxima não chegue antes de mais 1 ano!



Isso porque _EU_ não vivo de polemizar, artificialmente, tal como fazem certos “pundits identitários”, em cima da “pauta da semana” (qualquer que seja ela…) sob a lente UNICOLOR exclusiva da sua própria pauta… identitária!



Nem que para isso tenha que procurar – consciente e/ ou inconscientemente – “pelo em ovo”…
*



“CARONA”:



Somente para ter a oportunidade (oportunista?) “política” e “midiática” de colar – via crítica “de viés exclusivo”, monotemático – a agenda particular do seu LOBBY identitário à pauta que, naquele momento, ganha as manchetes.



E, assim…



Conseguir…



– … “ganhar a vida”!



Como…



– … colunista (mono!) “temático”!
– AH-RÁ!
Ganhar a vida como… “pundit”!



Justificando, em última análise, o salário “daquele mês” (!)



(e a própria existência enquanto… “pundit”!)



*
*
*
*



– EXEMPLO DE “PUNDIT” DO IDENTITARISMO?


Ana Maria Gonçalves
3 de Maio de 2017, 21h23
INTERCEPT BRASIL
(“esquecendo” (?) a prioridade política – absoluta! – do momento…)
A autora sai – ab initio! Do outset! – em carreira desembestada, pré-programada, para detonar a (mais que…) louvável iniciativa de Bresser Pereira de, já com seus (poucos!) cabelos brancos, resolver “sair de casa” para reunir intelectuais em torno de um…
– … “Projeto Brasil Nação” (!)
*



Como disse nesta semana em outra oportunidade, “pundit” que é “pundit” [*], como bom lobista, coloca ênfase máxima nos pontos fortes do seu argumento…
E “esquece” os… fracos (!)
(ah,“honestidade intelectual”…)
([*] Nota: “pundit” – an expert in a particular subject or field who is frequently called upon to give their opinions to the public.
No contexto em que uso a expressão – lá como cá – traduzi livremente como “porta-voz”, midiático – especialmente de Facebook!, para o respectivo lobby identitário…
O “campeão” daquela “causa”…
I.e.: “campeão” na “arena” dos pixels…
Das telinhas HD dos smartphones!
Rá!)
Assim, pouco importa (?) para essa “pundit” em particular, Ana Maria Gonçalves, que, por razões históricas perversas que TODOS conhecemos (e desprezamos e combatemos!), a representatividade das minorias – HOJE! – no campo da formulação de políticas públicas e no topo intelectual-acadêmico brasileiro seja baixíssima.
– Gostemos ou não disso, NÃO há (HOJE!), p.e., um “indígena referência na análise e formulação macroeconômica”, não é verdade??
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Sem o apelo à “indolência intelectual” de ver a alegada “falta de diversidade” APENAS a olhar a composição humana da FOTO de divulgação (!) da louvável iniciativa, a “pundit”, honesta intelectualmente fosse, deveria, em vez disso, debruçar-se (criticamente, que fosse!) sobre as propostas do “Projeto Brasil Nação” para a emancipação e integração das…
– … minorias!
Nem que fosse sob a perspectiva da sua lente unicolor exclusiva!
(sim, eu sei…
Nesse caso, haveria o “inconveniente” de TER de LER, efetivamente, os documentos produzidos por aquele TIMAÇO, não é mesmo??)
Isso para que, no FUTURO (oxalá muito próximo!), a (nova!) foto de divulgação de um (novo!) “Projeto Brasil Nação” reflita a máxima diversidade possível e imaginável…



Aquela dos nossos sonhos…



Uma em que, ao centro, esteja em destaque absoluto:
– Uma mulher…

… ao mesmo tempo…

– Trans!



– Negra!



– Quilombola!



– Lésbica!



– Anã!

– Adepta de culto afro-ameríndio!



– Obesa!



– Vegana!



– Da terceira idade!



– Portadora de doença degenerativa!



– Prostituta e usuária recreativa de cannabis!

… e ainda…

– … laureada com o prêmio Nobel de Economia ~E~ da Paz (!)
Dirigindo-se, com gentil condescendência, ao “iniciante” (neto do?) Bresser Pereira!



Bresser Pereira esse que não…
– … NÃO é um “homem CIS branco heterossexual” opressor NECESSÁRIO…
*
Nem tampouco um…

– … “esquerdo-macho racista e homofóbico”.
*



Quer dizer…



Não para ALÉM de…
– … uma certa “FOTO”…
– Um “retrato” que “resolveram” FAZER dele…
– À sua revelia!
– E sem que se conhecesse – indolência intelectual obriga… – o que ia além dos…
– … “pixels”!
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*



I.e., para além de uma análise rasa – METONÍMICA! – de quem Bresser Pereira… é!



*



*



*



*



CUM GRANO SALIS



Sem nenhuma condescendência “esquerdo-macha”, dou um desconto para essa “pundit” que detonou o Bresser Pereira…



Afinal…



Não é toda semana que surge na pauta – e, claro, “incidentalmente”, no topo dos trending topics do Twitter!, assim mesmo: de bandeja!, uma certa…
– … “POLÊMICA”…


– … VESTIDA DE…


– … “TURBANTE” (!)
Ana Maria Gonçalves
15 de Fevereiro de 2017, 20h15
INTERCEPT BRASIL
Turbante esse “devidamente” (?) interditado no Carnaval para quem – vítima das sequelas estéticas maiores de um tratamento de câncer! – inadvertidamente “apropriava-se culturalmente” (sic) do assessório…



Assessório esse, aliás, comum a MÚLTIPLAS culturas pelo mundo…



(de qual terá sido a… “apropriação”??)
(ATENÇÃO:
– “Apropriação cultural” existe sim!
Entretanto…
Tampouco se presta a exames binários…
“Intelectualmente indolentes”…
Do tipo “sim ou não”…
Mas isso é uma OUTRA… “polêmica” (sic!)…
Fica para outra hora…
Afinal, já estourei a minha COTA (opa!) nesta semana, né?)
Sendo assim…



Em escasseando… hmmm… “turbantes” no noticiário…



Bem como em não havendo um discurso de ódio (óbvio, raso e de fácil refutação) do Bolsonaro para detonar…



Acaba faltando assunto pra coluna da semana, né??
?
*



*



*



*



P.S.: Tal qual “Tereza Batista”, eu também estou “cansad_o_ de guerra”…



E, por isso mesmo, no cansaço, a mente acaba escapando da… hmmm… “planície”, digamos…



E termina por me levar – de volta… em fuga! – ao “Olimpo”!



Quer dizer…



Não ao “Olimpo” mítico propriamente…
*
Não foi…
Mas bem que poderia ter sido, né??
Oh, “bela” Afrodite, “amante do riso”!
Ai de mim, Hera, sob esses teus “olhos bovinos”!
Acode, Atena, “filha de Zeus”!
A de “cintilantes olhos cinzas”!
Acode com teus “alvos braços”!
Aqueles que tomam o próprio “trovão por escudo”!
“A infatigável”!
Aquela que traz…
– … a “esperança”!
Ai, ai, Homerinho
Que saudades!
Conta pra mim quem é que vai trazer a minha Ilíada (-tijolo!) do Brasil, conta!
*
Bem…

Na falta – espacial e temporal – do “tijolo”…

Não fui ao “Olimpo” mítico mesmo não…

Fui é parar em outro…

– TERRENO!

*

“Pior”:

(aspas!)

– Um “Olimpo” cívico, laico e republicano!

Um… panteão?

*

Quase isso…

Na verdade…

*



– ‘O’ PANTHÉON!

?MORRE SIMONE VEIL – referência de o que é fazer – A GRANDE – POLÍTICA!

– Uma grande mulher.



– Uma grande política.



– Uma grande… pragmática!



Não hesitou em compor com a oposição, de esquerda, para aprovar, em 1973, a lei de descriminalização do aborto na França, rejeitada por 2/3 (!) da base de sustentação do ~seu~ governo, de centro-direita.



Da mesma forma, judia, mesmo tendo perdido o pai e o irmão no Holocausto!, sendo ~ela~ mesma uma sobrevivente de Auschwitz, ~não~ hesitou em compor com os ~alemães~ para se tornar a PRIMEIRA PRESIDENTA do Parlamento Europeu, em 1979.



E sabe o que ela diria sobre essa aparente contradição, décadas depois??



Justamente que “construir a Europa” tinha reconciliado a si com aqueles mesmos horrores do Séc. XX.



*



ATENÇÃO:



– Vítima da tragédia, ela viu a realização em se tornar a arquiteta da… solução.



– Não em se tonar, em vez disso, a sua… vingadora!



Unanimidade e personalidade política mais admirada da França, na sua senioridade o país, agradecido, leva-a à Academia Francesa, em 2010.



*



LEGADO (para mim):



Mais do que nunca, num momento de ódio e radicalismo no Brasil – de parte a parte! – com pessoas querendo fazer política com o fígado… olhando PARA TRÁS e não PARA A FRENTE… Simone Veil é uma referência de o que é fazer – A GRANDE – POLÍTICA!



“Pacto” se faz com…



– … (ex!) inimigo!



*



Com “amigo” a gente…



– … toma chopp (!)



*



Vai com Deus que a sua parte você fez aqui, Simone Veil!

*



*



*



*

– Atualização: reviravolta!

?”SIMONE VEIL FAZ O FEMINISMO AVANÇAR ATÉ NA MORTE!

– Refletindo o seu prestígio ~consensual~ na sociedade francesa, Simone Veil vai repetir feito raríssimo.



Assim como Victor Hugo, será sepultada DIRETAMENTE no Panteão da República!



Em geral, esperam-se décadas para o traslado do corpo de eventuais “candidatos” para aquele mausoléu nacional – cívico e laico.



Isso porque em regra é o distanciamento histórico, libertando do calor das paixões, que permite o exame mais acurado do ~saldo~ das suas contribuições individuais para a construção republicana.



Notem: eu disse “em regra”.



Evidentemente, bastaram horas para surgir o consenso nacional de que Victor Hugo deveria rumar direto para o Panteão.



Sem deixar nem… “o corpo esfriar”!



Pois agora o mesmo fenômeno acometeu a grande Simone Veil.



E com um bônus para esse ícone do feminismo – “selo” do qual não só não se envergonhava como, até mesmo, reivindicava, malgrado sua filiação política à centro-direita.



Qual bônus feminista é esse?



O Presidente – a quem compete determinar essa distinção – teve de entrar em entendimento com os filhos de Simone Veil para que ela pudesse rumar para o Panteão. Isso porque os filhos não permitiriam que sua mãe descansasse afastada do amor de sua vida, o seu marido.



Dessa forma, o Presidente Emmanuel Macron determinou que o marido, falecido há alguns anos, ~siga~ também a esposa…



– … rumo ao Panteão!



Houve apenas um precedente de situação semelhante, no início do Século XX.



Evidentemente, naquela oportunidade, foi a ~esposa~ quem SEGUIU o Marido.



*



Vai com Deus que a sua parte você fez aqui, Simone Veil! – bis



*

*

*

*



P.P.S.: Ai, ai…



?



Fechar este texto com “Simone Veil”…

(e, através dela, com as deusas do Olimpo!)

Deve ser a isso que os gringos se referem com a expressão “leave on the top of your game”, né?



Sim, porque um mero “leave on a GOOD (‘good’ only?!) note”, sozinho, não dá conta de Siome Veil (e das – demais… – deusas!), não…



Ai, ai…

???

(suspiros… de alívio e êxtase, é claro!)

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Em tempo:

– “Esquerdo-macho”??


– “Misógino”??


– “Opressor de mulheres”?!

– É O CA-RA-LHO, MINHA FILHA!

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N.B.: sim, estou perfeitamente consciente de que a “referência fálica” e o condescendente “minha filha” abrem (?) flancos para crítica de “machismo inconsciente”…


É que gente binária tem dificuldade com o recurso discursivo à ironia (!)


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<<Crítica “machista” a Dilma e EXCESSOS do politicamente correto identitário>>

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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

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Romulus Maya

Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário! Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.

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