Depois de surra Lula x Moro, o contra-ataque: “delação” dos Santana e… de Palocci?!

Publicado 11/5/17 19:45
Atualizado 16/5/17 11:15

Depois de surra Lula x Moro, o contra-ataque: “delação” dos Santana e… de Palocci?!

(e ~agora~ indiciamento por delegado da PF na Operação Zelotes)
Por Romulus
Desvendando os (novos) golpes:

– PARTE I

*

Discuto com interlocutor muito inteligente:

(e sarcástico na mesma medida)

– R: o argumento da Dilma é muito razoável: 70 milhões pagos no caixa 1 e 5 (!) milhões em… caixa 2?!

E, ainda por cima, em pleno 2014, já com a Lava a Jato no pescoço dela tentando impedir a sua reeleição??

– I: o problema é que o Odebrecht diz que pagou. A M. Santana lá diz que recebeu. Pronto. Fechou-se o ciclo.

– R: Pois é. Incidentalmente a Odebrecht era o braço econômico e os Santana o “cultural” do soft power internacional do lulismo, permitindo a projeção estratégica do Brasil na América Latina e na África. República Dominicana, Angola, Honduras, Colômbia, Venezuela…
Odebrecht dava a grana e os Santana – king makers – elegiam o aliado local do lulismo.
Mas…

Como dizia o Delfim, dinheiro não tem carimbo.

E caixa 2, por definição, prescinde de recibo de prestação de contas com discriminação dos gastos (país??).
Tanto prestação de contas para o contratante (candidato local), como para o doador (Odebrecht), que – na narrativa… – repassou diretamente o dinheiro para os Santana.

Como, independentemente do país e da campanha em questão, a fonte era a mesma (Odebrecht) e a conta do depósito era a mesma (conta dos Santana na Suíça), os dinheiros – por definição fungíveis – se misturavam: Angola, Brasil, Rep. Dominicana, Honduras, Colômbia…

– I: Independente disso, a acusação é “sólida”. Pelo menos comparada com as anteriores…
Mas se trata eminentemente de crime eleitoral.
Afinal de contas, cadê a contrapartida?

– R: Mas estamos invertendo o ônus da prova um tanto…

– I: Romulo, a gente tomou um golpe. Não tem mais ônus de prova!!

*

~Narrativa~ sob medida:

*

Da Sapucaí para a bancada do JN

Vieram comentar comigo (também o interlecutor inteligente e sarcástico, por acaso) que o muso do blog, o “Moro Globeleza“, passista e porta-bandeira (não da verde e amarela, mas daquela outra: vermelha, branca e azul, listradinha e estrelada, sabe?)….

… já estaria “fora de época”, passado o Carnaval.

Agora dizem ser hora de voltar às origens:

– Com o… “Moro Bonner“!

Será??

*


Atualização: as “provas” (rs)


Do GGN:



SEX, 12/05/2017 – 18:41





Entre as provas anexadas na delação premiada da esposa de João Santana estão: senha de Wifi, passagem de avião, agenda onde consta “compromisso com a tia”, arquivo de Word e uma conta de Gmail de onde e-mails nunca foram disparados



Jornal GGN – Para tirar a Lava Jato de seu encalço, Mônica Moura contou a seguinte história sobre Dilma em sua delação premiada:



Episódio 1



Em novembro de 2014, a então presidente teria sido avisada por José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça, que a Lava Jato já sabia das contas de Eduardo Cunha na Suíça e estava avançando rapidamente sobre a Odebrecht.



Dilma, preocupada com o elo da Odebrecht com sua campanha, teria convocado Mônica Moura, que estava de férias em Nova York, para ir ao Palácio da Alvorada, em Brasília, discutir o assunto.



Mônica diz que o assessor Giles Azevedo a buscou no aeroporto em um “carrinho vagabundo” e, caminhando pelo jardim de Alvorada, Dilma teria perguntado se a conta de João Santana no exterior era “segura”. Mônica respondeu que era, na medida do possível.



Dilma, então, disse que elas precisavam conversar com mais assuidade, mas de maneira segura. Foi quando, na presença de Giles, Mônica pegou o computador de Dilma e criou a conta “iolanda2606@gmail.com”. Iolanda foi o nome sugerido pela petista, em referência à esposa do ex-presidente Costa e Silva. Elas combinaram que fariam a comunicação pelo rascunho do Gmail, sem fazer mensagens circular na web.



A prova desse episódio, segundo Mônica, são: (1) uma ata criada por sua defesa com o print do único rascunho que ficou salvo no Gmail (ver episódio 2), (2) a passagem aérea que atesta o bate e volta de Nova York a Brasília, (3) a agenda onde constou reunião com a “tia” e (4) o registro de que seu computador pessoal gravou a senha do wifi do Alvorada (o que não significa nada tendo em vista que o casal esteve lá a trabalho diversas vezes).



Aqui aparece a primeira incongruência, ainda que de grau mínimo, entre o que Mônica contou aos procuradores da Lava Jato e o que entregou como prova contra Dilma: o endereço de e-mail correto seria “2606iolanda@gmail.com”, diz a ata registrada em cartório e anexada à delação.



A segunda nebulosidade no depoimento de Mônica surge em função dessa mesma evidência.



Episódio 2



Mônica disse que, ao longo de 2015, Dilma – que queria manter a comunicação frequente – só enviou duas ou três mensagens “codificadas”, mas sem teor alarmante. Neste mesmo ano, em um dos encontros com os marqueteiros, Dilma teria pedido que João Santana movesse sua conta da Suíça. Ele negou argumentando que isso seria admitir o crime eleitoral.



Pulamos para 2016, quando o casal estava em campanha na República Dominicana.



Mônica disse à Lava Jato que, em 19 de fevereiro, Dilma usou o rascunho do Gmail para deixar a seguinte mensagem: “O seu grande amigo está muito doente. Os médicos consideram que o risco é máximo. E o pior é que a esposa dele, que sempre tratou dele, também está doente. Com risco igual. Os médicos acompanham dia e noite.”
“Médico, aqui, era o Zé Eduardo Cardoso…”, disse a delatora.
Essa e todas as demais mensagens supostamente escritas por Dilma foram deletadas por Mônica do Gmail. Ela só arquivou essa no Word porque, desesperada com seu conteúdo, quis mostra a João Santana. O arquivo foi entregue à Lava Jato como evidência (5).



Mônica disse ao MPF que respondeu Dilma com uma mensagem mais ou menos assim: “Existe alguma forma desses médicos nos ajudarem? O médico vai ajudar nosso amigo?”



Mas, como se vê no print acima, a mensagem foi outra: “Vamos visitar nosso amigo querido amanhã. Espero que não tenha nenhum espetáculo nos esperando. Acho que pode nos ajudar nisso né?”



Que seja mais uma incongruência de peso menor.



A questão é que a data que consta no rascunho (22 de fevereiro) não bate com os relatos que vieram depois.



Mônica disse que ficou nervosa porque Dilma não lia nem respondia o rascunho. “O rascunho ficou lá o tempo todo, e ela não apagava.” A delatora, então, entrou em contato, por celular, com uma pessoa a quem chamou de Anderson, mas não deixou claro se era assessor da Presidência. Anderson também não respondia, então ela enviou mensagem e foi respondida pela esposa dele. Essas mensagens foram preservadas e entregue como evidências (6).



Ocorre que, segundo Mônica, Dilma ligou para um telefone fixo no escritório de João Santana na República Dominicana, na noite de 21 de fevereiro, avisado que “foi visto um mandado de prisão” contra o casal em cima da mesa de um agente da Polícia Federal. Santana teria ficado desesperado e perguntado se nada poderia ser feito. Dilma negou qualquer tipo de ajuda.



A questão é que faz pouco sentido que Mônica tenha feito o rascunho do dia 22 se Dilma fez a ligação no dia 21. Mesmo que o rascunho tenha sido feito antes do dia 22, por que, então a delatora não deletou, como era de praxe? E se não foi a data em que escreveu, por que foi conferir a mensagem no dia 22, após o telefonema de Dilma?



Certo é que a Operação Carajé foi deflagrada em 22 de fevereiro – com direito a um grande “espetáculo” midiático, como citado no rascunho – e o casal chegou ao Brasil para se entregar à Lava Jato, em Curitiba, no dia 23 de fevereiro.



Episódio 3



Ainda houve um terceiro episódio relatado por Mônica Moura contra Dilma.



Em meados de 2015, pouco antes de ser preso, Marcelo Odebrecht teria levado Mônica a sua residência, em um bairro nobre de São Paulo, para conversar sobre a Lava Jato.



Em síntese, Marcelo fez um apelo para que Mônica convencesse João Santana a conversar com Dilma, para que algumas provas da Lava Jato que vieram da Suíça fossem anuladas. O argumento é público: a parceria teria ocorrido sem a participação do Ministério da Justiça, como determina a lei de cooperação internacional. “Marcelo queria que João conversasse com Dilma para que Zé Cardozo entrasse com isso.”



“Ele [Marcelo] dizia que Dilma não ouvia ninguém, que diziam para ela que a Lava Jato ia chegar nela e ela dizia que não tinha nada a ver com isso. Ela sempre se esquivava”, comentou Mônica.
Mônica diz que João Santana se negou a entrar nesse assunto com Dilma. Mas a delatora aproveitou uma oportunidade em que estava em Brasília a trabalho e abordou a ex-presidente. Dilma tería dado uma “resposta ríspida”. “Eles são loucos, eu não posso me meter nisso. Não posso fazer nada. Como vou mexer nisso?”
Não há, no vídeo da delação, registro do que foi entregue para atestar a veracidade disso.
Este e outros depoimentos de Mônica Moura estão disponíveis no canal do GGN no Youtube.



*

Em resumo:


– Delação dos ~Santana~ é apenas…


– … peça de ~marketing~!


– E marketing… político!


Único senão:


– Como se vê, a ~coação~ prejudicou sobremaneira a qualidade das peças publicitárias produzidas pelo casal – antes imbatíveis!


– Ora, evidente: como se manter tão criativo…


– … na cadeia??

Pior:


– Tendo, ainda por cima, Dallagnol e Moro – mentes… hmmm… “aguçadas”? – como como ~editores~!!
*




*


– PARTE II

Palocci: o segundo fronte do contra-ataque

Essa delação de Palocci é a não-novidade…
Ela vai e volta em diferentes rodadas do “jogo”, de acordo com a conjuntura e as sucessivas conveniências.
Semanas atrás, na audiência com Moro, Palocci fez menções (não tão…) implícitas à Globo e a grandes bancos – como o Itaú e o Bradesco? – como possíveis objetos de delação.
Traduzindo…
– Valendo-se da “TV Moro”, disse ao “Poder”: “tenho uma bomba nuclear amarrada à cintura. O botão vermelho está aqui na minha mão. Ela, coitada, depois de tantos meses de maus tratos aqui em Curitiba, anda tendo… hmmm… ‘espasmos involuntários’, sabe…”
E o que aconteceu na sequência?
A Segunda Turma do STF “evoluiu”!
Soltou Bumlai…
E até o Dirceu!
O próximo seria justamente…
– … o Palocci!
*
E aí houve a reação:
Fachin, o ~constrangido~ Ministro neo – na verdade pseudo – “coxa” fez o que?
Bypassou a Segunda Turma e remeteu o caso para o Pleno.
Ou seja:
– Redistribuiu as cartas em busca de tempo, para tentar assegurar a vitória do seu campo: manter Palocci sob o jugo da Lava a Jato.
Seja como “preso insubmisso” – modelo Dirceu, seja como “solto delator” – modelo Delcídio.
Ambas as alternativas buscam o óbvio:
– Ao fim e ao cabo, por bem ou por mal, o “trunfo” – uma carta joker, digamos assim: uma delação “bala de prata” contra Lula.
Diferentemente de tudo o que se tem até aqui, essa viria de alguém da sua intimidade.
Assim, o potencial de dano ~político-midiático~ aumentaria sobremaneira:
– Anos de relação próxima abririam caminho para o relato de inúmeros “podres”?
(aspas e interrogação!)
*
E o dano jurídico a Lula?
Pouco importa, ora.
Como pouco importou até aqui.
“Dê-me provas, Dr. Moro!”, pediu Lula, não?
De nada valeu o pedido: prova nenhuma apareceu, não foi?
Em vista disso tudo aí, essa notícia de “possível delação de Palocci” ~nesta semana~ é, mais uma vez…
– … um balão de ensaio!
Resta saber apenas balão solto por quem.

*
Balões alternativos
(1) De um Palocci modelo “insubmisso”, visando a pressionar o “Poder” a soprar – bem alto! – “HC” para o pleno do STF;
Ou…
(2) Da Lava Jato (mais um…) – em concertação com um Palocci modelo “solto delator”. Nesse caso, a segunda perna da operação contenção de danos diante da surra que Lula deu em Moro na arena da opinião pública – que sempre foi a que interessa!
A primeira perna, vocês já sabem, foi o – tempestivíssimo – levantamento do sigilo da delação do casal marqueteiro: no dia seguinte à surra!
Delação – na melhor das hipóteses – bastante fraca, como já notamos.

Pouco importa.

O objetivo era entrar em dividida com a pauta da surra, que – pouco importa ~edição~ do Jornal Nacional – viralizou e virou meme:

Com o célebre “?” indo para…

– …Lula!

*

(1) ou (2)?
Não tenho como dizer qual a alternativa correta.
O (praticamente…) “press release de delação”, do “indignado” (agora) ex-advogado de Palocci sobre o tema tampouco esclarece a questão:
Pode, indo no primeiro sentido, ser um… hmmm… “tanque de gás hélio”, destinado a fazer o balão (“de ensaio”, lembram?) subir mais rapidinho para o (Pleno do) STF.
Bem como pode, indo no outro sentido, ser, não um tanque de hélio, mas sim uma bolsa de areia, daquelas que vão amarradas ao cesto do balão.
Nesse caso, com uma dupla finalidade:
– Deixar o balão mais leve, para voar… hmmm… ~livre~ leve e ~solto~!
E, ao mesmo tempo:
– Acertar e – “oxalá!” – furar um ~outro~ “balão”…
Um que andou, justamente, bem embaixo do balão “Lava a Jato”…
Há agora já três anos…
E que ameaça, hoje, disparar…
Para (re!) atingir…
– … o zênite!
*
Tá difícil a metáfora?
Pois eu…
– … desenho!
– “Balão” em baixa.
– “Balão” voltando aos píncaros.
*

Fezinha

Como tudo isso, desde o início, foi – e continua sendo – um jogo, façam vocês também as suas apostas:
(1) Palocci “insubmisso”, com dedo no botão vermelho;
Ou…
(2) Palocci “solto delator”, intimado ao tribunal que realmente interessa: o da opinião pública!

*


Uma certeza apenas

O fato de estarmos aqui discutindo “Palocci” – ou seja: sendo pautados – mostra que, seja num sentindo, seja no outro, o balão está voando.

*


– “Depois de surra Lula x Moro, o contra-ataque: ‘delação’ dos Santana e… de Palocci?!”



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Atualização 14/5

– Vazamento ex-clu-si-vo!


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É “suruba” mes-mo, Jucá! ?










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A sufirsta da floresta e a onda ~anti~ “todo o poder ao sufrágio universal”


Entenda o plano deles:


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Atualização 16/5: ofensiva desesperada continua


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Achou meu estilo “esquisito”? “Caótico”?

– Pois você não está só! Clique na imagem e chore as suas mágoas:

(http://www.romulusbr.com/2016/12/que-poa-e-essa-vol-2-metalinguagem.html)

(http://jornalggn.com.br/blog/romulus/que-p-e-essa-ora-essa-p-e-romulus-por-o-proprio)

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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

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Romulus Maya

Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário! Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.

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