Globo vs. Temer: o exemplo mais ilustrativo da tragédia brasileira

Publicado 20/07/2017 – 11:53
Atualizado 21, 22 e 24/7/2017 – 10:02
Com:
– Complementação na seção do (arque!) golpe do Parlamentarismo (e mais coisa sobre isso no final).
– Complementação da lista de golpes da nossa História (no final).
– Dep. Wadih Damous: “MPF ameaça segurança nacional” (!)
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Globo vs. Temer: o exemplo mais ilustrativo da tragédia brasileira



Por Romulus



A Globo nunca ficou do lado perdedor…



Assim, em constatando a derrota final dos Procuradores, não hesitará 2 segundos antes de jogar o PGR Rodrigo Janot e o MPF ao mar…



À Globo, no curto prazo, basta que siga a Lava a Jato de ~Curitiba~…



(que visa exclusivamente a Lula e ao PT!)



É verdade que o “passo maior que as pernas” – a guerra total contra ~toda~ a classe política tocada pela Lava a Jato de ~Brasília~ – animou a Globo (e a Finança) num primeiro momento…



Afinal, a implantação da “Noocracia (escamoteada!)/ “‘Democracia’ à iraniana” no Brasil – seu projeto de longo prazo – estava a apenas um passo…



Mas aí…



Chegou o Ortega y Gasset e estragou a “festa”:



“Entre o ser e o crer que já se é…
… vai a distância entre o sublime e o ridículo”

– Certo, Globo/ MPF/ Janot??

*


Introdução: bom dia, Cinderelas!



E os blogs de esquerda acordaram…



Parece que finalmente o restante da blogosfera progressista resolveu tratar os seus leitores como adultos.



Em vez abordar as diversas pautas do noticiário político-econômico-judicial-midiático brasileiro de forma estanque (e às vezes contraditória!), passam agora a tentar arriscar alguma complexidade e interdependência entre elas.



Digo “arriscar alguma” porque a tônica tem sido pautar ~hoje~ o que era notícia… “ontem”:



– A guerra civil no Consórcio do Golpe “original”, o de 2016, dado em Dilma Rousseff.



(e, mais importante, na Constituição e na soberania popular!)



*



Parte I – as questões estruturais

 

I.1. Consórcio do Golpe “original”



O Consórcio do Golpe “original” era composto pelos atores que partilhavam, então, o objetivo comum de alijar Lula e o PT do jogo político.



São eles:



(1) Cartel Midiático – em especial a Globo.

(2) “Juristocratas” – a casta jurídica do Estado.



(juízes, procuradores e policiais)

(3) “PIB”: reunindo, incidentalmente, “azeite e água”: a indústria e a finança.



Bem como, ademais, os tubarões estrangeiros da indústria extrativista.



E, com menor protagoni$$$mo, o agronegócio.



Esse último, sem ter o que reclamar de Dilma, meramente por cegueira ideológica…



“Folclórica”, digamos…



“Folclore” esse, aliás, que também vitimou  a… indústria.



Afinal, de um lado havia: redução forçada dos juros básicos/ spreads e das tarifas de energia, protecionismo light (“Plano Brasil Maior”), expansionismo fiscal e supply-side economics



e…



do outro…



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Mas, para além do folclore, há também o “paradoxo brasileiro”, em que a indústria é, ao mesmo tempo… rentista!



Isso com as tesourarias trazendo mais receita que a própria atividade-fim, industrial (!)



Ex.: montadores detendo… bancos (!) para financiar aquisição de automóveis; exportadores de commodities, como a Sadia, usando a receita em moeda forte para jogar com derivativos; e o próprio garoto-propaganda do movimento: Paulo Skaff. Sim… o presidente da FIESP (?!), que vive de…



– … aluguéis (!)



E não sabe fabricar nem uma…



– … torradeira “xing ling” (!) rs

(4) Direita política:



(i) a “programática” (aspas!), ancorada no PSDB;



(ii) a fisiológica/ clientelista/ “BBB” (Boi-Bala-Bíblia), abrigada no PMDB e legendas do “Centrão”; e



(iii) as velhas oligarquias tradicionais/ regionais.



E.g., Sarney-MA, Collor-AL, Jucá-RR, Jereissati-CE, Calheiros-AL, Neves-MG, Magalhães-BA, Campos-PE, Alves-RN.



(muitos deles, inclusive, “coronéis eletrônicos”: donos de jornais/ portais e afiliadas locais da Rede Globo)



Também entram neste item os “quatrocentões”, como os Mesquita/ Estadão; e os membros do “Country Club” do Rio, como os Marinho/ Globo.



Ou seja: trata-se dos “donos do poder”…



De 500 anos…
A “elite” pré-capitalista/ “feudal” brasileira.





Ciro: – O maior entrave ao crescimento não é exatamente o peso do Estado. É o peso dos privilégios que o Estado garante através de diversos puxadinhos de tudo quanto é canto.



Romulus: – Isso aí: Estado e “para-Estado”. Gêmeos xifópagos. O velho sistema cartorial ibérico.



*



Parêntesis – “Oligarcas de mierda” (apud Eva Peron)





Certa vez um historiador me perguntou como eu faria para mostrar a continuidade do Brasil colonial no Brasil de hoje. Respondi, muito fácil: todos os presidentes até Fernando Henrique — com uma única exceção — descendem de famílias com raízes agrárias, gente que manda, tem poder, tem tido poder, continuamente, desde que se fixaram no Brasil. (A exceção foi Geisel)



A genealogia dos presidentes brasileiros pré-Lula mostra doze, treze gerações de gente de posses, senhores de terras que, devido a essa condição, tambem tem cargos na administração colonial. São vereadores, alcaides e capitães mores, e titulares de sesmarias, e possuem ainda que pela praxe e não pela lei, uma certa hereditariedade em seus poderes e privilégios. Mais ainda: há certas famílias que parecem centralizar o poder nacional na forma de poder político: os presidentes que descendem de Braz Teves e Leonor Leme são cerca de 1/3 do total (Braz Teves e Leonor Leme viveram em S. Vicente nos começos do século XVII); a família dos Calheiros de Mello, em Alagoas, reune Floriano Peixoto, Fernando Collor, e e Renan Calheiros, claro. A chamada “oligarquia dos Sás” principia com Mem de Sá, e talvez possamos ver um seu remanescente no prefeito do Rio dos anos 1950, José Joaquim de Sá Freire Alvim.



Poder, no Brasil, é o poder que vem do chão arável. E se organiza em grupos familiares.



Foi com essa escrita que Lula rompeu.



(Para Cesar Benjamin, Isabel Lustosa, Renato Janine Ribeiro, Ricardo Costa de Oliveira,)
*
Por Étore Medeiros
3 de fevereiro de 2016
AGÊNCIA PÚBLICA

Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) publicado no segundo semestre de 2015 analisou os 983 deputados federais eleitos entre 2002 e 2010 para concluir que, no período, houve um crescimento de 10,7 pontos percentuais no número de deputados herdeiros de famílias de políticos, atingindo 46,6% em 2010 – número próximo aos 44% encontrados pela Transparência Brasil no mesmo ano. Logo após a última disputa eleitoral, a ONG divulgou outro levantamento que concluiu que 49% dos deputados federais eleitos em 2014 tinham pais, avôs, mães, primos, irmãos ou cônjuges com atuação política – o maior índice das quatro últimas eleições.

(…)

Atualmente, o estado que ilustra melhor o poder das dinastias nas eleições é o Rio Grande do Norte, onde 100% dos oito deputados eleitos se encaixam no perfil das pesquisas. A lista contempla Fábio Faria (PSD), filho do atual governador do estado, Robinson Faria (PSD); Felipe Maia (DEM), filho do senador José Agripino (DEM); Antônio Jácome (PMN), pai de Jacó Jácome (PMN), eleito deputado estadual em 2014 aos 22 anos; Rogério Marinho (PSDB), neto do ex-deputado federal Djalma Marinho (UDN, Arena, PDS); Zenaide Maia (PR), esposa do prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado (PR); Walter Alves (PMDB), de um dos clãs mais tradicionais do estado, com ex-ministros, ex-governador e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB); Rafael Motta (PSB), filho do deputado estadual Ricardo Motta (PROS); e Betinho Segundo (PP), da família Rosado, que domina a segunda maior cidade do estado, Mossoró, é neto de governador e bisneto de intendente – nome que se dava aos prefeitos até 1930. E os elos familiares com o poder podem ser, em alguns casos, ainda mais antigos. A descendência de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), por exemplo, se sucede em postos nas estruturas de poder desde o período colonial e conta, até hoje, com um representante na Câmara, o deputado federal Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), no décimo mandato consecutivo.

Coordenador do levantamento (…), o professor de ciência política da UnB Luis Felipe Miguel observa que (…) “Há, sim, estratégias das próprias famílias para manter os espaços de poder, com filhos ou parentes que são muitas vezes empurrados para ocupar essas posições, quem sabe até contra as próprias inclinações. Isso é sim ruim pra democracia.”

Para Miguel, as estratégias de manutenção dos clãs no poder acabam por torná-los uma espécie de empreendimento – uma vez que a política também é vista em muitos casos como forma de enriquecimento pessoal –, com projetos bem definidos para a ocupação até mesmo de espaços que credenciam para a disputa eleitoral. Um exemplo é a carreira de Paulo Bornhausen (PSB-SC), filho do ex-governador e cacique do DEM catarinense Jorge Bornhausen. “O Paulo, que seria o herdeiro, foi deputado estadual, federal, candidato a senador [derrotado em 2014], mas antes de ser lançado candidato ele ocupou durante alguns anos um programa de rádio de apelo popular numa rádio de bastante audiência de Florianópolis”, explica Miguel.

Para o professor da UnB, como o processo eleitoral brasileiro é marcado pela desinformação e despolitização, pontos como o discurso e as propostas dos candidatos e mesmo a reputação ou a probidade do familiar que pede os votos não fazem diferença. “O que as famílias políticas controlam e legam na verdade são os contatos com financiadores, com controladores de currais eleitorais, com uma teia de apoiadores que disputam outros cargos, esse savoir-faire e esses recursos que dão aos herdeiros uma série de vantagens nas disputas eleitorais”, explica Miguel.

(…)

Para Ricardo Costa Oliveira, cientista político e sociólogo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os elos de parentesco “são um fenômeno social e político do atraso” e estão intimamente ligados ao conservadorismo. “É uma relação direta. A maioria dos deputados federais com menos de 40 anos é de família política. Eles herdam não só o capital, mas a visão de mundo e as pautas conservadoras. Assim, temos jovens que defendem o que os avôs já defendiam”, explica. Em 2010, segundo o estudo da UnB, mais da metade (52,1%) dos deputados que ocuparam na Câmara o primeiro cargo público da carreira tinham o capital político familiar como herança. E, em 2014, apenas 15% dos deputados que chegaram à Câmara com até 35 anos não receberam o empurrãozinho de um sobrenome político, segundo a Transparência Brasil.

“Historicamente essas dinastias políticas tendem a se formar mais à direita do que à esquerda. Aqueles que ocupam posições na elite política pertencem aos segmentos privilegiados da sociedade, estão numa posição de elite, com as vantagens materiais e simbólicas associadas a isso, e quem ocupa essas posições tem mais incentivos para ser conservador”, analisa Miguel. Quando as novas gerações tentam se adaptar aos novos tempos, em geral não fazem nada mais do que modernizar velhos discursos. (…)

(…)

Na Câmara, ainda de acordo com o levantamento da Transparência Brasil, o Nordeste encabeça a lista das regiões com mais herdeiros (63%), seguida pelo Norte (52%), Centro-Oeste (44%), Sudeste (44%) e Sul (31%). No Senado, entretanto, Sul, Sudeste e Centro-Oeste estão à frente (67%), seguidos pelo Nordeste (59%) e Centro-Oeste (42%). “Esse é um fenômeno nacional. Tenho um doutorando pesquisando o poder no Paraná. Acham que aqui, como o estado é novo, de imigração europeia, poderia ser diferente; mas constatamos a mesma estrutura hereditária de mandonismos familiares que vemos na Paraíba ou no Maranhão”, comenta o professor Ricardo Oliveira, da UFPR.

(…)

Estudioso de genealogia e poder há duas décadas, Oliveira diz que a oligarquização da política se reflete não só no Congresso Nacional, mas em assembleias estaduais, câmaras de vereadores, nos poderes Executivo e Judiciário e na mídia. “Aí você fecha o cerco. É aquela rádio no interior onde você [o candidato] tem a sua base garantida”, diz. O estudo coordenado por Luis Felipe Miguel, da UnB, constatou que, entre 2002 e 2010, um em cada quatro dos eleitos (23,6%) que tinham parentes políticos apresentava vantagem também no capital midiático, quase 50% a mais do que entre aqueles sem elos familiares (16,5%).

Como esse cenário atinge todas as esferas de poder da sociedade, o professor da UFPR não crê em mudanças senão no longo prazo. “Precisamos rediscutir o sistema político e partidário. Escrevi há 20 anos que haveria essa concentração de poderes familiares”, afirma. Miguel defende como mais necessárias mudanças em dois dos principais sustentáculos da política e do modo de praticá-la pelas dinastias. “A sua relação com o poder econômico – não só o financiamento eleitoral de campanha [derrubado pelo Supremo Tribunal Federal e que já deixa de valer para os pleitos municipais de 2016], mas também os lobbies e a corrupção – e a questão dos meios de comunicação de massa. Se a gente não mexer nisso, podemos virar o sistema eleitoral do avesso que os grandes eixos de enviesamento e manipulação estarão presentes”, diz.



*



I.2. First come, first served: você soube (bem) antes aqui no Blog



Ora!



Como bem sabem os leitores, temos pisado e repisado aqui no Blog as contradições – insanáveis – entre os diferentes “projetos” que esses atores têm para o Brasil.



Já desde o ano passado – há pelo menos 8 meses – vimos apresentando, de forma esquematizada, o que acabamos por chamar de projeto de “Noocracia (escamoteada)”/ “‘Democracia’ à iraniana” para o Brasil.



Recentemente ganhamos, inclusive, “adesão” de peso à tese:



– A do jurista argentino, de renome internacional, Eugênio Raúl Zaffaroni:





*



Mas…



(para além de algum cabotinismo…)



Por que faço eu questão de ressaltar que a pauta da guerra civil no Consórcio do Golpe – não obstante os desdobramentos que hoje recheiam, sim, o noticiário… – é…



– … “velha”?



E que já cobrimos ela aqui no Blog, literalmente, há meses?



Ora, porque devemos, justamente, ir além dos desdobramentos do ~presente~ – semeados láááááá atrás… – para, com base no modelo, tentar projetar o que ~será~ a pauta a rechear o noticiário…



-… no futuro!



(talvez daqui a outros… oito meses, leitores? rs)



*



I.3. Brasil não é para amadores: “imponderável” / “fato novo”



Evidentemente, no contexto brasileiro, especialmente o atual, em que os chamados “fatos novos” teimam em se suceder, qualquer previsão para além do curto (curtíssimo?) prazo deve ser tomada com (muita) cautela.



*



Ora…



Se é assim…



*



I.4. Qual a serventia de fazer projeções então?



Por que arriscar esquemas e previsões para a dinâmica futura, tão incerta?



A resposta é simples:



Porque…



– Fora acidentes de percurso e eventuais mudanças na “ordem dos fatores” ao longo do tempo, as linhas mestras, de médio e longo prazo, se mantêm…



– … as mesmas!



Assim…



– Devemos sempre tê-las em mente para pautar as nossas escolhas no…



– … curto prazo!



Já que…



– Essas mesmas escolhas contribuem – alternativamente, de forma positiva ou negativa! – para a consumação de um dos projetos rivais para o Brasil.



Afinal…





– A ação política de curtíssimo prazo equivale mais ou menos a passar, sucessivamente, de “segundo turno” em “segundo turno”.



(às vezes, até mesmo segundo turno…
“dos infernos”, não é mesmo?
Como, p.e., Temer vs. Rodrigo Maia;
Temer vs. Globo;
Gilmar Mendes vs. Luis Roberto Barroso;
Aécio Neves vs. Rodrigo Janot…)



– As nuvens se mexem no céu e, de maneira sumária, temos de fazer escolhas diante da nova composição.



– Para, ao fim e ao cabo, privilegiar a ~menos~ ruim entre as ~duas~ vias com maior probabilidade de se concretizarem.



Aliás, como bem se diz na França:



“Em segundo turno não se vota a favor de alguém…
Vota-se, isso sim, para ~eliminar~ o outro!”



A mais pura verdade…



E a lição mais sensata para o atual contexto brasileiro, em que temos sido empurrados num caminho em que surge, verdadeiramente, uma bifurcação…



Bifurcação essa…



– … “para-constitucional”!



(ou seria o correto… “supra-constitucional”?)



– A vincular a política e a economia brasileira por… ~décadas~ por virem!



*



I.5. Antes, abrace o caos!



Assim…



Correndo sempre o risco do tal do “fato novo”…



Do “imponderável”…



(que, por definição, não pode ser… ponderado!)



Vamos lá nós, outra vez, tentar situar os diversos atores/ forças políticas no “velho” esquema…



Cientes do “caos”, já que, como disse o nosso Piero



“Estamos no meio de processos não-lineares: são planos e linhas (não necessariamente retas!) em descontinuidade que às vezes se atravessam, às vezes correm em paralelo”.




Como tenho repetido no Blog, diante do “caos”, as variáveis não podem ser tomadas isoladamente.



A especulação deve, depois do “1o grau”, passar para o “2o”. Tratando-se, a partir daí, do potencial ~re~ posicionamento de cada um dos atores para a rodada seguinte.



E depois para o 3o, 4o… “enésimo” grau…



Rodada após rodada!



Há diferentes tipos de interação entre as “peças”:



– Há a soma “algébrica” dos valores dos vetores, apontando para uma determinada resultante…



(mais “fácil”)



– Há também um “quê” de “Alquimia”, em que “chumbo + pedra filosofal = ouro”.



Aí entra a intuição dos analistas.



(mais “difícil”)



– Por último, mas não menos importante, aquele que nunca pode ser descartado… especialmente no Brasil: o tal do “imponderável” / “fato novo”!



(“impossível”. Isso porque, por definição, o “imponderável” não pode ser… ponderado!)



(…)



Ou seja: em vez de olharmos ~cada árvore~ e, depois, a “soma” de todas as suas “raízes, troncos e copas”, tomemos a… ~floresta~ – viva! – em conjunto.



Notem: na realidade – “caótica” – o isolamento de ~cada~ árvore para análise é que é… artificial!



– Isso porque ~não~ existe árvore ~sem~ floresta – e vice-versa:



– Fungos no solo aumentando a sua riqueza “nutricional”; luz do sol; água, vinda da precipitação da evapotranspiração do ~conjunto~ de árvores; parasitas; simbiontes; parceiro para reprodução sexuada; insetos polinizadores para viabiliza-la; pequenos mamíferos/ pássaros enterrando/ excretando sementes em outras paragens; organismos saprófitos, decompondo a árvore “velha” e reciclando, para o meio, a sua matéria orgânica; etc.

*



I.6. A relevância – sem par no mundo – (i) da hipocrisia; (ii) do formalismo farsesco; (iii) da “teoria do sapo” (e também do “jabuti” e do “gato”!); e (iv) dos ~blefes~ para decifrar o jogo político no Brasil, indo além dos seus (aparentes!) “paradoxos”





“Normalização”



Fala-se muito, desde novembro último, no processo de “normalização” de Trump como Presidente dos EUA. Na mídia e na sociedade como um todo.



https://lh6.googleusercontent.com/TmV9zJ9eXzDVB1GrAhll6gRV4S0KJMo1sVn8S4mnQF5y74emS2OqSzfywYbqCqeZ02op780CMdjW8obW39XG-0JFCxOL_A6Q5C1Znq-64G7Ym2pY6N25OWMXPqJtAOpcJML_xMWQlzVaMb4Z



Tem até filme sobre o fenômeno:



Mas é certo que a leniência com o abjeto – muito bem cultivada, para que não mais cause choque, não é algo exatamente novo.



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(…)



Users/romulosoaresbrillo/Desktop/Screen Shot 20



E ouso dizer que “normalização” não é algo novo principalmente para nós brasileiros!



Afinal, testemunhamos quase diariamente em Brasília o ápice (mundial?) do cinismo, da hipocrisia e do apego à formalidade. Essa última não raro oposta à própria… materialidade dos eventos.



Mas é lógico, ora: tal apego à forma visa, justamente, a mascarar a substância dos fatos!



Muito mal, há que se admitir…



Poder-se-ia chamar de esquizofrenia, não fosse algo deliberado. Ainda mais quando a canastrice dos atores conta com infinita boa vontade da crítica especializada – a do cartel midiático – e do público – já dessensibilizado.



Mas…



Experimente relatar a um estrangeiro nossa realidade e ele não hesitará em confirmar:



– Na Praça dos Três Poderes, em Brasília, todos eles – cinismo, hipocrisia e formalismo pseudo-esquizofrênico – chegam ao paroxismo.



Exemplo?



Ora, como quando é dado a ratazanas – em plena luz do dia – julgar uma leoa!



https://lh4.googleusercontent.com/THvrqhxwEhlu0bNBnfo3ny8S2hXdtM4v2vA5ChbHDEUFPiLsIZEC2vWWywldVI2vNWwyOH0F9_ZbLhXehdGS-qHScC-smLUJIuxsUvtglsdhJ_h4UISSbrK5RkWV1k3vlqXb2g7CZyx-HUQT



Tudo muito n o r – m a l…



Está aí o Jamil Chade, correspondente do Estadão aqui em Genebra, que não me deixa mentir:



Explicando o Inexplicável
(18/3/2016)
Acabo de ter uma conversa com um político suíço que, sem entender nada do que ocorria, me ligou para “tirar umas dúvidas” sobre o que ele tem lido no noticiário sobre o Brasil.
Conforme ele foi falando, anotei as perguntas que me fazia:
– A presidente foi pega mesmo num grampo?
– Mas ela usa telefone normal depois de toda história da NSA?
– Lula é ou não ministro? E vai fazer o que?
– Cunha, com contas bloqueadas aqui na Suíça, é ainda o presidente da Câmara?
– Maluf, condenado na França e que por anos foi investigado aqui na Suíça, vai mesmo julgar o impeachment de Dilma?
– As acusações aos membros da oposição são investigadas mesmo?
Quando terminei de falar, ele respirou e disse: “odeio dizer isso, mas isso faz uma república de bananas parecer um local com estado de direito quase perfeito (em comparação ao que vive o Brasil)”.



Pois é, Jamil Chade… vivo o mesmo drama / comédia.



Que tal usar, analogamente, a anedota do sapo que se deixa cozinhar vivo se – e somente se – a subida da temperatura – da ambiente até a de fervura – for lenta e gradual?



https://lh3.googleusercontent.com/R5-cH8GNV0fcQXK1g-Jjogv-iFlIegOVGNbfy_rOzu9HpP1kAF8zXxAnrANqAHqbEPddgyYMHImRp-zfByDmeDhaP6QH8DFYD1dPsWLw4yV03XgabzgEpP8Op4OqysTRbYguVBY



https://lh5.googleusercontent.com/5FcDqVm3oo_Vr9zdXMpmbeugKo3Znm8X9UwOTtw032KXGFtGzKQEzV1w-ch86gwyWwJfPSVFJ7Mek6MIMlZ60mX3ylAZL_H0xj7SkAkH-DCDlLeZwinadc_Keg36_SKCfM7Qqgw



*
E, nesta semana, uma sacada genial do Fernando Horta:



Numa das mais célebres passagens da física contemporânea, o físico Erwin Schroedinger, construiu uma experiência hipotética, em 1935, com uma caixa, radioatividade e um pobre gato. Segundo a mecânica quântica, diversos estados da matéria coexistem no mesmo momento. Como, em realidade, temos que olhar para as partículas que formam a matéria, o mundo seria um, se estas partículas assumissem um estado de matéria, ou seria outro, se assumissem um estado de energia, por exemplo. Como esta dualidade se daria em nível subatômico, qualquer interferência externa seria suficiente para alterar esta realidade, para constituir um universo ou outro, dentro de tantos possíveis.



Assim, ao colocar o gato na caixa com material radioativo, o físico teorizava que, caso a o material radioativo começasse a decair, transformando-se em energia, o gato morreria. Ao contrário, caso o material se mantivesse em forma de “matéria” o gato permaneceria vivo. A grande ruptura do entendimento quântico é que os dois estados (ou inúmeros outros) estariam acontecendo ao mesmo tempo. O gato estaria vivo e morto até que uma perturbação externa, por mínima que fosse, viesse a se colocar. O olhar do observador seria energia suficiente para desfazer este estado de simultaneidade. Ao abrir a caixa os múltiplos universos (em que o gato estaria vivo, morto ou em estados intermediários aos dois fins) se transformariam naquele do observador.



Na política brasileira está ocorrendo o mesmo. Estamos dentro da caixa. Nós somos o gato. Ao nível dos agentes políticos, todos estão vivendo um momento de golpe e não-golpe simultaneamente, dependendo de interferências externas. O discurso das “instituições funcionando” são a caixa. Enquanto ele não for tocado, testado, rompido o estado de “golpe/não-golpe” continuará e a sociedade brasileira seguirá em transe quântico. Mesmo o vice-presidente Temer está nesta. Para ele governar não houve golpe, mas quando o congresso ameaçou quebrar o discurso das “instituições funcionando”, com uma votação pelas diretas imediatamente, Temer, ele próprio, veio dizer que “era golpe”.



As esquerdas estão também nesta. Não querem quebrar as vidraças (as vidraças institucionalmente funcionam como a caixa do gato, protegem o estado do “golpe/não-golpe”) e assim evitam verificar se o gato está vivo ou morto. Esperam chegar a 2018 neste transe quando, julgam, a interferência externa lhes seria favorável através na necessidade (em tese) do cumprimento de mandamento constitucional e eleições. Até lá, participam do jogo do “golpe/não-golpe” com uma estratégia de controle de danos. Vão se opondo a medidas pontuais sem, no entanto, abrirem a caixa. O medo de ver o gato morto é muito grande.



Os candidatos minoritários a 2018 fazem o mesmo jogo. Não denunciam a situação com medo tanto de o gato estar morto quanto dele sair vivo. O jogo para Marina, Ciro e todos os outros é muito mais perigoso. Eles podem ser engolidos pelo fascismo ou pelo renascimento do PT e, em ambos os casos, não apenas sairiam do período 2014-2018 sem nenhum ganho político, como podem ter definitivamente suas chances políticas ceifadas, caso um dos dois movimentos saia deste transe realmente fortalecido.



O STF faz parte da mesma ciranda. Se bem que conteve os rompantes ditatoriais de Mendes, não se dignou a tomar qualquer decisão sobre o golpe. Nem dizer que chancela, nem que desfaz. Mantém o gato na caixa, a dualidade dos mundos e canta que “as instituições estão funcionando”. Talvez porque seus salários estão sendo pagos (com reajuste), seus tempos de aposentadorias contados e seus assessores estão trabalhando. Mas não é este o funcionamento que o povo deveria (e precisa) requerer do tribunal.



O problema desta situação é que o tempo joga papel fundamental. Estamos assistindo uma brutal reversão das políticas de distribuição de renda dos últimos 13 anos. Planos de saúde aumentando de 50 a 100%, produtos alimentícios ficando de 20 a 30% mais caros todos os meses, contas de serviços básicos sendo majoradas e os salários congelados por 20 anos. Assim, a estática política que o Golpe de Schroedinger nos impôs está fazendo com que o gato vá definhando, morrendo aos pouquinhos. A geladeira cada vez mais vazia e as contas mais altas é a certeza que o dinheiro se acumula no bolso das elites. Os grupos políticos – todos – com medo de alterarem este marasmo, deixam o tempo desta dúvida jogar contra a possibilidade do gato viver.



É preciso abrirmos a caixa. De uma vez.



Ao que comentamos:
Não é nem tanto o medo de ver o gato morto o que impede de abrirem a caixa.



E sim a impossibilidade de, depois, seguir blefando que o gato está vivo – ou morto – dependendo da circunstância.



Para os dois lados!



*



I.7. Reflexo: expressões (da brasilidade?) na política e na “institucionalidade” (aspas!) brasileiras



Reside nesse conjunto de traços brasileiros a chave para entender por que as seguintes expressões tanto se repetem nas análises aqui do Blog:



(notem: elas podem ser cumulativas… e têm várias áreas de interseção entre si!)



Primo-irmão do:



  • “João sem braço”;



  • “Se colar, colou”;



  • “Não tem tu, vai tu mesmo”;



(nunca entendi a lógica dessa expressão, aliás… mas a gente capta o seu sentido, né?)



  • “Quem não tem cão caça com gato”; e



  • “É o que tem para hoje”.



Muito mais importante que o “texto” disparado pelos diversos atores do jogo político.



Guarda algum grau de parentesco com o “para inglês ver”;



(o… “texto”!)



Mas, no verso da moeda, também tem na família o tal do… “mandar recado”.



(que pode ser parte relevante do “subtexto” oculto no “texto”)
(iii) “Jabuti”;



Aquele que “não sobe em árvore”… e que, “se está na árvore”, é porque… “alguém (?) lá o colocou”.



Contrabandos…



(às vezes, também escondidos no tal do… “subtexto”!)



Colocados em coisas que, em princípio, não têm nenhuma relação direta ou lógica com os mesmos;



“Jeitinho” – o esporte nacional: nossa aptidão (não!) natural para “resolver”…



(aspas! Combinadas com: risos!)



– … problemas ~estruturais~ com gambiarras ~casuísticas~.



E, o verso da moeda, o… “Jeitão”:



– Nossa aptidão (não!) natural para “resolver”…



(mais aspas! E mais: risos!)



– … problemas ~conjunturais~ com gambiarras ~estruturais~.



Disso resultam “Frankensteins” – ainda por cima “mutantes”! – “institucionais” (aspas!).



Exemplos?



– Mandato de 5 anos, em vez dos 4 originais, para Sarney porque, em 88, Brizola ganharia a eleição presidencial;



– Meia volta: mandato de 4 anos, no governo Itamar, porque, com o desastre de Collor, era possível que Lula ganhasse em 1994;



– PEC da reeleição. Porque “precisavam” reeleger… ‘o’ FHC;



(sem levar minimamente em conta, ademais, os impactos disso nas eleições locais em 27 Estados e mais de 5 mil municípios!)



– Decreto de Lula conferindo status de Ministro para o Presidente do BACEN. Apenas porque Henrique Meirelles praticava “planejamento fiscal” (Ou seria evasão? Fraude?), tendo sido eleito deputado federal em 2002 no… Brasil, mas mantendo como domicílio fiscal… os EUA!



(aliás, o atual Ministro da ~Fazenda~ do Brasil (!) continua pagando seus impostos nos EUA?!
E o atual Presidente do BC, que nasceu em Israel? Também paga seus impostos por lá??)



– PEC da bengala, aumentando de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória no serviço público. Apenas para evitar que, em seu segundo mandato, Dilma Rousseff indicasse mais Ministros para o STF;



– PEC do teto de gastos. Colocou-se o ajuste fiscal que a Finança pedia na… Constituição (!)



Para “ver se assim vai”…





Brasil: sucessão de golpes e contra-golpes. “Do mal”, mas também “do bem” (!)



No Brasil, a cartada política do “respeito à legalidade e à institucionalidade” é, via de regra, usada por quem se encontra no poder e enfrenta contestação. Assim, tomando partido, providencialmente, de uma análise superficial, quem a utiliza evidentemente não debate “que legalidade” e “que institucionalidade” são essas a serem… “respeitadas”.



Diante da velha dicotomia “legalidade” vs. “legitimidade”, ~todas~ as forças políticas do Brasil, sejam elas de direita ou de esquerda, ~sempre~ flertaram com o golpismo – e, no verso da moeda, com o contragolpismo – a depender das circunstâncias históricas.



Ou seja:



(i) do papel que ocupavam então no jogo político – governo ou oposição;



(ii) da correlação de forças – a dar esteio ao golpismo e ao contra-golpismo, conforme o caso; e



(iii) as ~maquiavélicas~ virtù e fortuna – aptidão e sorte.



Pessoalmente sempre acreditei que a Constituição de 1988 – e principalmente, indo além do que está no… “papel”!, a ~prática~ constitucional subsequente – apesar de todas as suas limitações estruturais e dos defeitos de “implementação”, representou um avanço em relação a esse quadro, que vinha desde a independência: golpes e contragolpes.



Tanto acreditei, que baseei a minha tese de doutorado nessa premissa!



Veio o golpe de 2016 e, numa tacada apenas, matou essa minha crença e também a minha tese.



Exemplo:



(menos óbvio que: outorga da Constituição de 1824; golpe da maioridade; proclamação da República; 1930; 1937; 1964; 1969 (o “golpe no golpe” original); 1992 (sim! Collor sofreu golpe, sim!); 2016)



– PEC da Vaquejada, ~depois~ de o STF julgar a atividade… inconstitucional (!)





Supondo, arguendo, que haja de fato crueldade animal “insanável”…
– … cabe ao STF declarar ~inconstitucional~ essa tal “Emenda da Vaquejada” (!)
O que é ~perfeitamente~ possível do ponto de vista do controle de constitucionalidade!
Isso, por tratar-se, no “Poder de Emenda”, do Poder Constituinte ~Derivado~.
(que a Constituição reserva ao Legislador ~ordinário~)
E não o ~Originário~: aquele que – soberaníssimo! – mandatou ao ~Supremo~ a guarda da Constituição – e a manutenção, ao longo do tempo, do ~equilíbrio~ do seu pacto social ~original~.
Além de, no caso, ter confiado ao STF, em 1988, a proteção das minorias contra os avanços da maioria.
Ora, seguindo na mesma suposição (de crueldade animal “insanável”), a constitucionalização da vaquejada por ~Emenda~ – ~após~ a decisão do Supremo proibindo-a! – não é nada mais, nada menos, que um…
– GOLPE da ~maioria~ que governa.
– Contra uma “minoria”!
(“equiparada”)
“Golpe” porque passou por cima das “regras do jogo”.
Regras que asseguram ao STF o papel contra-majoritário do sistema, com a “última palavra”.
Em resumo, poderíamos dizer, arguendo, que…
– O Parlamento acaba de dar uma “carteirada” no Supremo!
Qual será a próxima?
– A PEC “casamento é entre homem e mulher”/ “Deus criou macho e fêmea”?
(como tentou, sem sucesso, Bush nos EUA. O que não impediu diversos Estados do Sul de fazê-lo nas suas Constituições estaduais)
– A PEC “nascituro”/ “direito à vida”?
(inclusive do feto sem cérebro e do fruto de estupro?)
– A PEC “Igrejas como legitimadas ativas”, para propor ao STF ações diretas de inconstitucionalidade? 
(tal qual partidos políticos?)
– A PEC “genocídio” – de mais de 500 anos!, delegando à bancada BBB – para evitar intermediários… – a “garantia” dos direitos de índios e quilombolas?
Haveria inúmeros outros exemplos possíveis, mas a ideia está clara, não?
– “Democracia” não é ~ditadura~ da maioria.
– É, na verdade, o ~governo~ da maioria, ~com~ o respeito às minorias e aos indivíduos.
“Problema” estrutural:
– ~Sempre~ haverá a tensão entre, de um lado, o impulso do Judiciário rumo à “Noocracia Juristocrática” e, do outro, dos ~2~ Poderes Políticos, Executivo e Legislativo, rumo à ~ditadura~ da maioria.
Ora, não é por outra razão que o sábio Montesquieu propôs a separação entre os Poderes!
Reconheceu que ~apenas~ o Poder pode colocar freios no… Poder!
*
(…)
*
Voltando ao Brasil do(s) Golpe(s) – e da vaquejada!
E qual o problema, então, quase 300 anos depois do “Espírito das Leis” de Montesquieu?
– Por que a tensão, que era de se esperar!, agora vira conflito aberto, com tentativas de ~golpes~ de parte a parte – Políticos vs. Juristocratas?
Bem… foge ao escopo do artigo uma discussão detalhada a esse respeito, mas poderíamos citar como antecedentes no caso brasileiro atual ao menos:
– A péssima qualidade desta geração de ~indivíduos~ que ocupa os 3 Poderes (~instituições~);
– A radicalização da sociedade, traduzindo-se, também, na radicalização desses indivíduos. E, por tabela (infelizmente), dessas instituições;
(“Centristas”, “moderados” e “conciliadores” foram para o espaço!)
– O esporte nacional: o “jeitinho”. Nossa aptidão (não!) natural para “resolver” (aspas! E risos!) problemas ~estruturais~ com gambiarras ~casuísticas~.
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(continuando os exemplos de “jeitinhos”/ “jeitões”/ “golpismos” à brasileira…)



– PEC do Parlamentarismo, retomada neste ano, com o patrocínio de Gilmar Mendes, porque Lula é favorito para as eleições de 2018 e a direita tradicional não tem nome viável;



– “PEC do Lula”. Proposta do Dep. Vicente Cândido, relator da Reforma Política, de impedir que candidatos sejam presos nos 8 meses anteriores às eleições.



Nesse caso, além do problema conjuntural – os arbítrios de Moro/ Dallagnol contra Lula, vejo também uma base “estrutural”: colocar freios no avanço dos juristocratas rumo à “Noocracia (escamoteada)”/ “‘Democracia’ à iraniana” via lawfare político.



Exemplo claríssimo de como o “valor de face” dos “Jeitões” é altamente enganoso:



Ciro: VIVA O TETO DE GASTOS… não durou nem 6 meses! “Contabilidade criativa” nos olhos dos outros é refresco (!)



18/7/2017
Agora, programa é registrado como gasto primário. Leia no Poder360.
PODER360.COM.BR



Portanto, o “Jeitão” também guarda algum grau de parentesco com o:



  • “Para inglês ver”;



  • “Se colar, colou”;



  • “Lei que pega” vs. “lei que não pega”.



Certo??



Tudo junto e misturado…



*



Manicômio Brasil: esquizofrenia deliberada e alterações súbitas de humor



Bem…



Diante de toda essa… hmmm… “brasilidade” político-institucional…



A gente chora ou ri?



– …



*



Na verdade, a gente chora ~e~ ri (!)



Às vezes, ao mesmo tempo inclusive…



*



E já tem até emojis apropriados, num somatório cumulativo:



“?”
“?”
E, no final, acabamos chorando e rindo ao mesmo tempo:
“?”
Inclusive, chegamos ao cúmulo de chorarmos ~por~ rir (!)
E de rir ~por~ chorar (!)
(Comigo já aconteceu esse paradoxo emocional… e com vocês?)
*
Mas…
No final…
Quem teima em vencer, na maioria das vezes, é ele mesmo:
– O suspiro!
“?”



*



Parte II: questões conjunturais (ilustrativas)



II.1. Movimentações… hmmm… “enigmáticas” de Aldo Rebelo



Aldo Rebelo tem tentado um protagonismo de uns meses para cá, certo?



Ninguém sabe ao certo qual o “subtexto”/ “recado” de suas manifestações…



Afinal, Aldo tem boa interlocução com os “golpeados”…



Mas também com os…



– … “golpistas”!



E…



Também…



Com outro ator… hmmm… “enigmático”:



– As Forças Armadas!!



Estamos de olho – e continuaremos, Aldo! – mas não sabemos ao certo o que quer dizer o subtexto (do texto…) de “união nacional” proposto pelo Aldo…



Quer dizer….



Não sabemos… hmmm… “com certeza”, digamos…



Porque uma “ideia geral” a gente tem sim:



– “A-cor-dão”!



Em alguma das suas infinitas variantes, combinando as sucessivas propostas e contrapropostas de lado a lado.



– Que evoluem conforme mudam as “nuvens no céu”…



– As correlações de força na sociedade…



e, em consequência…



– As respectivas alavancagens políticas de cada campo.



Tampouco sabemos dizer, com certeza…



(apesar de desconfianças e de offs de fontes do Blog!)



– … o quanto, nas movimentações enigmáticas do Aldo, tem de:



(lembram das nossas expressõezinhas da “brasilidade política” lá de cima??)



– “Blefe”/ “Bravata”;



– “Jabuti” / “Mandar Recado”;



(de quem? Das FFAA??)



– “Golpismo” / “Contragolpismo”/ “Carteirada”;



– “Jeitinhos” – e “Jeitões” – para chegar ao “Acordão”.



– Digo, “união nacional”, né, Aldo?



Assim…



– A tal história de Aldo sair como “vice de Rodrigo Maia”/ sair do PCdoB rumo ao PSB é…



– Fakenews…



ou…



– … real news??



– Em qualquer dos casos, plantada por… ~quem~?



e…



– Com que propósito?



– Por que Aldo aderiria a um governo-tampão que sucederia a Michel Temer??



Seria para…



– Forçar, por dentro, um abrandamento das “Reformas” (ultra) liberais?



– Garantir, por dentro, as eleições de 2018?



– Bem como o… resto de “institucionalidade” – PRESIDENCIALISTA! – e soberania nacional que ainda sobrou hoje?



Ou seria para…



– Ameaçar com isolamento Lula e o PT, para que esses se coloquem mais dispostos ao… “diálogo”?



(“diálogo” entre aspas, né? Tipo: “vai com ou sem vaselina?”; “morte rápida ou com muita dor?”)



– Ou, num passo além, dispor-se a servir de “token esquerdista” – o “enfeite”… – a “legitimar” (aspas!) a “democracia” (aspas!), “plural” (aspas!), brasileira, depois da eliminação de Lula e do PT?



Quantas dúvidas, não é mesmo, Aldo Rebelo??

*



II.2. Forças Armadas



Como sabemos todos, as FFAA – divididas internamente entre várias “tendências” ideológicas, indo do centro à extrema-direita – mantiveram-se, institucionalmente!, discretas desde o Golpe “original”, em 2016.



Afortunadamente, o Comandante do Exército, General Villas-Boas, passando por cima de graves obstáculos de natureza pessoal, tem se mantido no cargo até aqui.



Certamente, há de ter a exata noção da gravidade do momento da vida nacional e, em permanecendo, empresta à Força a conjugação da sua:



(i) moderação/ sensatez;



(ii) habilidade política/ diálogo;



(externo, mas, principalmente, interno!)



(iii) patriotismo;



(para preservar o pouco que restou da nossa soberania, depois do assalto de 2016 para cá…)



e…



principalmente…



(iv) LEGALISMO!



Como os leitores souberam em primeira mão, fonte do Blog afirma que a “guinada” do STF contra o avanço do golpe “noocrático” (Juristocracia + Mídia + Finança) foi motivada por… hmmm… “argumentos muito persuasivos”…



Das…



– … FFAA!





Ainda no campo da dissuasão…



Me passaram um insider uns 15 dias atrás que dava conta de que os Comandantes das FFAA teriam se reunido com os Supremos e “sugerido” (aspas!) que parassem com o “Dracarys”.



Pode até não ser verdade, mas a “guinada” recente no STF é nítida.



Se non è vero, è ben trovato.



A semana passada veio e meio que confirmou, com o “julgamento” da JBS e o desembaraço de Aécio e Loures.

*


II.3. Temer e “temerários” vs. Globo/ Juristocratas/ Mercado/ Rodrigo Maia



Juntamente com Aécio Neves, Temer e os “temerários” têm conseguido impor derrotas sucessivas à dupla Juristocratas/ Globo.



Esses – Globo e Juristocratas – tinham ido para o “tudo ou nada” contra Temer a partir da delação da JBS.



Cruzaram o Rubicão…



E…



Aparentemente…



– Perderam!



Resta saber se, como preço, ficarão efetivamente com o…



– … “nada”…



(do “tudo ou nada”)



Ou se, tão somente, entrarão – ou melhor: “serão entrados” no…



– “Acordão”!



(e em que termos)



É nesse contexto que se compreende o ataque frontal dos temerários contra a Família Marinho, veiculado na Record, bem como as diversas notas plantadas na imprensa de que o governo empreenderia uma guerra administrativo-financeiro-fiscal contra a Globo.



(seleção de matérias a esse respeito indicada na Parte III – em post separado, a ser publicado na sequência)



Alvos:
(1) Não rolagem da gigantesca dívida no BNDES;



– Para a qual, registre-se, os Marinho NÃO TÊM garantia a oferecer!



– Aliás, esse foi outro furo passado por aquela fonte…



– Furo do qual vocês ficaram sabendo, (muito) antes, aqui no Blog:

(2) Virtual quebra da Globo, com a interrupção do seu “oxigênio”: o fluxo de caixa da empresa.



Esqueçam os prejuízos operacionais que a Globo acumula…



Há anos!



Isso é “longo prazo”…



E, como diz Lord Keynes:



“No longo prazo…
Estaremos todos MORTOS (!)”



Se houvesse um corte de TODA a publicidade de governo – mais estatais! – por ~três~ meses, a Globo também estaria morta.



Mas…



– HOJE!



Some-se a isso tudo um…
(3) “Ataque especulativo” contra a Globo, com o “anúncio” de que passivos tributários/ trabalhistas/ administrativos seriam executados… sumariamente!



Pergunta:



– Diante de um cenário desses, somando (1), (2) e (3), QUEM emprestaria ~10~ reais aos irmãos Marinho??



*

Pois é…



*



Repete-se com a Globo o mesmo que acontece com as empreiteiras:



– São ambas – Globo e empreiteiras – gêmeas xifópagas do Estado!



– Não vivem sem ele!



Aliás, não são, todos esses, exemplos dos tais…



– “Campeões ~nacionais~”??



(a que a Globo diz ter tanta ojeriza??
“Liberalismo econômico” no olho dos outros é refresco, não é, irmãos Marinho??)



Pode-se dizer inclusive que, assim como as “oligarquias tradicionais/ regionais”, de que tratamos no item I.1 acima, Globo e empreiteiras sempre fizeram parte do “Para-Estado” brasileiro.



Não por acaso, sempre se beneficiaram – e dependiam! – de “privilégios cartoriais”…



“Pré-capitalistas”…



“Feudais”…



Outorgados pelo… Estado!



*



Passado “negro” da Globo?



Aliás, por falar em “Família Marinho” e “pré-Capitalismo”…



Outra fonte do Blog, historiador, relatou que haveria prova documental de uma “BOMBA imagética” (!) a ameaçar os Marinho e a Globo…



Os leitores nunca se perguntaram DE ONDE teria vindo a “acumulação ~primitiva~ de capital” da família Marinho?



(e bota “primitiva” nisso??)



De onde teria vindo, originalmente, o dinheiro herdado com que o pai do Roberto Marinho, Irineu, teria fundado o jornal “O Globo”, no Rio?



Afirma a fonte:



– Em grande parte do…



– Tráfico de es-cra-vos!



– Páááááááá!



*



E, de repente, a ferrenha oposição da Globo às cotas raciais nas Universidades e no serviço público não pareceria mais tão estranha assim?



Afinal, não diz o ditado que:



“uma maçã…
não cai longe da árvore”?



*



II.4. O Parlamentarismo ~do~ Gilmar Mendes



Alerto para o PAI DE TODOS OS GOLPES – O DO PARLAMENTARISMO “À BRASILEIRA” – há mais de um ano:

Voltando ao nosso glossário da “brasilidade na política”, tem aí, evidentemente, o velho “GOLPISMO”…


Mas…



Em versão T-1000:

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<<O EXTERMINADOR…
DA DEMOCRACIA!>>

Aliás…


Além de ser o “Pai de Todos os Golpes”…



É também o…



– Pai de todos os “JEITÕES”!



*



Certo??



*



Resta saber o quanto tem de “blefe”/ “bravata”/ “mandar recado” nessa história…



Há 2 semanas especulei que, na boca de Renan Calheiros, tinha um tanto de “recado”…



“Recado” para Lula e para a esquerda:





Armas de dissuasão para alvos distintos: “o fantasma de Lula Presidente” vs. “Parlamentarismo já” vs. “intervenção militar”



Nas mãos hábeis do peemedebismo, a combinação desse arsenal nuclear incentiva o acordão.



Tania:



Renan já soltou o balão do parlamentarismo. Estão buscando uma forma de contornar Lula.



Romulus: Uma declaração totalmente “gratuita” (SQN) do Renan no meio do libelo dele contra “o governo comandado da cadeia em Curitiba que quer acabar com os direitos dos pobres trabalhadores desse nosso Brasilzão querido”.



E aí me ocorreu a seguinte hipótese:



Dissuasão.



“LULA” é a bomba nuclear da direita política para enquadrar a Globo.



E “Parlamentarismo” é a bomba nuclear para enquadrar a esquerda.



Assim, Renan é a própria encarnação do peemedebismo – entre os 2 extremos, “ventilando” as duas hipóteses para se chegar a um acordão “com que todos possam viver”.

Tania: A cara dele mesmo. O Centrão acomodando as coisas e acomodando todo mundo, principalmente eles mesmos, no meio delas.



Romulus: Pois é… “Parlamentarismo” era tão “gratuito” (SQN) naquela fala que só me ocorreu isso mesmo. rs



“Peemedebismo” pro “mal” mas também pro “bem”, né? rs



Mas…



Com essa (nova…) investida de Gilmar Mendes, NESTE MOMENTO!, ocorreu-me outro ator a ser dissuadido:



– A GLOBO!



*



Lembram do artigo em que defendemos as “Diretas Já”?





Prestem atenção no seguinte trecho:



(i) Executivo
No Presidencialismo há separação rígida entre Executivo e Legislativo. Como a separação entre os Poderes é cláusula pétrea, apenas uma nova constituinte poderia mudá-la. Contudo, a maré política adversa levou a “pedaladas jurídicas” em sequência, como todos sabemos. Como diz o ditado anglo-saxão, “bad facts make bad law”. Ou seja, a realidade política “ruim” no Brasil resultou na produção de um direito também “ruim”, bem como de uma institucionalidade (de facto) “ruim”.
A Ciência Política ensina que a versão final de uma Constituição é uma barganha. Resultado de concessões recíprocas, num contexto de correlação de forças, entre os diversos grupos ali representados para chegar a um consenso mínimo. A “síntese da sociedade”.
Com a “pedalada constitucional” da deposição da Presidenta eleita diretamente por sufrágio universal (e em dois turnos!), uma maioria parlamentar eventual logrou eliminar parte fundamental da barganha que todos aceitaram em 88: o voto majoritário e direto para Presidente (chefe do Executivo, além de chefe do Estado), para contrabalançar o Congresso.
Uma coisa não se confunde com a outra.
Note-se, por exemplo, que o Presidente atua sob um escrutínio da imprensa e do povo muito maior se comparado ao Parlamento. Até mesmo por ser esse último um colegiado, com membros contados às centenas. Assim, muito fácil diluir a pressão e/ou impopularidade de medidas eventualmente adotadas.
A maior exposição já começa inclusive antes da posse. Na nossa democracia incipiente (e agora cambaleante), o que mais se aproxima de uma discussão programática é aquela que se dá entre os candidatos durante os longos meses de campanha presidencial. A regra é que cada candidato formule um programa de governo abrangente e explicite o mesmo amplamente:
– Na propaganda eleitoral;
– Em debates com os demais candidatos; e
– Em encontros com eleitores e grupos de interesse – aí incluídas as mídias hegemônica e alternativa.
A eleição em dois turnos garante que o programa vencedor terá a chancela da maioria do colégio eleitoral brasileiro.
Ora, a complexidade e o caráter holístico e transversal de um programa de governo presidencial nem de longe se aproxima das pautas – em sua maioria monotemáticas e paroquiais – dos milhares de candidatos a deputado federal e senador. Pautas essas apenas mencionadas en passant em poucos segundos na TV.

Sequer são debatidas!
Assim, retornando à proposição feita acima, o voto majoritário e direto para Presidente é parte fundamental da barganha que todos aceitaram em 88, justamente para contrabalançar um Congresso (cada vez mais) fragmentado e composto por uma coleção de interesses difusos.
Uma coisa não se confunde com a outra. E uma coisa não pode, definitivamente, substituir a outra. Seja pelo prisma da Constituição, da legitimidade ou da representatividade democrática.
Não obstante, o que há hoje é justamente essa “substituição” inconstitucional, ilegítima e antidemocrática.

Notem: eles propõem tornar essa “substituição”…



– … DEFINITIVA!



A ideia, nem sequer escondida, é de fato acabar, como aludi acima, com a accountability diante da cidadania:



THAIS BILENKY
18/07/2017  02h00
FOLHA DE SP – Poder



(…)



Mendonça Filho acrescenta ao rol de dificuldades a “antipatia natural da opinião pública, que confunde parlamentarismo com Parlamento e suas mazelas”.

“Confunde”, é?!



Ora, o que eles propõem é, justamente, con-FUNDIR os dois!

Mas, ele nota, o sistema “tem uma vacina muito importante : o primeiro-ministro não precisa fazer concessão ao populismo pa governar”, já que é eleito por parlamentares.



(…)

“Vacina”?!



Vacina anti-povo, né??



E… da mesma maneira que o Temer – eleito ~também~ por parlamentares! – não tem feito “concessões” para governar, CERTO?!!



?



*



Mas pensem comigo…



Quem mais perde o poder de pressão sobre ~indivíduos~ – candidatos à Presidência e o Presidente efetivamente eleito?



Como disse, essa pressão passaria a ser diluída entre 513 deputados e 81 Senadores…



Impossível fazer pressão – concomitante – em tantos “distritos eleitorais”…



Na “paróquia” das ~centenas~ de deputados…

(que “jogam em casa” e têm capilaridade… contato direto com as suas bases: associações/ lobbies locais/ base fisiológico-clientelista/ prefeitos/ TVs e rádios locais…)



Certo??



*



Mas tem mais:



– Não haveria mais ~debate~ Presidencial!



*



Pois aqui está a resposta – ilustrada! – indicando quem, além do povo, perde poder de pressão com o Parlamentarismo “à brasileira”:

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*



Percebem??

*



Essa história de Parlamentarismo – que, de fato, está sempre à espreita! – retornou à tona ~neste~ momento como parte do “megapacote” de dissuasão da Globo!



Para, juntamente com as ameaças financeiro-trabalhista-administrativas de Temer, dissuadir a Globo da sua ofensiva pró “noocrática”, alinhada com os Juristocratas…



Sem eleição para Presidente, a alavancagem da Globo no mercado de opinião diminui sobremaneira!



Seria quase que uma declaração de independência da classe política – a tradicional, de direita!, bem entendido… – em relação à Globo!



– Pááááááááááá!



*



Essa história de que “no Parlamentarismo quando tem crise o governo cai” é, literalmente!, “para ~inglês~ ver”…



Pode até funcionar assim na Inglaterra…



(o que, em si, já é uma meia verdade!)



*



Mas…



No contexto político ~brasileiro~…



(aquele da: “hipocrisia”/ “formalismo farsesco”/ “normalização”/ “animalesco”: com “jabuti”, “sapo” e “gato”/ “blefe/ bravata A” contra “blefe/ bravata B”/ “jeitinhos” e “jeitões/ “golpismos” – de parte a parte!/ “carteiradas” institucionais”…)



Está aí Michel Temer – um “Presidente” (entre aspas mesmo: “Presidente” a título precário!) eleito pelo tal do Parlamento (!) – com seus 4% (!) de aprovação popular…



Que, até aqui, segue “firme”…



(aspas!)



Mesmo sob o bombardeio cerrado, concertado!, da Globo e dos Juristocratas…



*



Pergunta:



– Alguém consegue ~imaginar~, mesmo com todo o potencial criativo da humanidade!, alguma “crise política” fictícia maior do que…



– O grampo do Joesley no Temer?!!



– O grampo do Sérgio Machado no Romero Jucá?!



– O flagrante – com vídeo, mala chipada e cédulas numeradas! – em Aécio Neves e família?!

*



E, no entanto…



Bem…



E, no entanto, Temer segue “firme” aí…



Montado na sua (verdadeira) ~base~ “político-social”:



– o (tal do…) PARLAMENTO!



*



Por “acaso”, esse vem a ser o mesmo Parlamento que…



– … elegeria Primeiro Ministro…



– … no Parlamentarismo!



*



Que se dane o povo e os seus 4%…



Que se dane o Janot e as suas denúncias no STF…



(mas…
… fundamentalmente…
… ~neste~ momento…)



Que se dane…



– … a GLOBO!



*



Temer – e o Parlamento! – dão bananas sucessivas a todos eles!



*



Ora!



É completamente ilógico supor que, no “Parlamentarismo à brasileira”, seria um milímetro diferente disso aí que estamos a testemunhar!



*



Na verdade, estamos – com Temer – tendo o “privilégio” de experimentar um test drive (!) do “Parlamentarismo à brasileira”!



*



Vai ser isso aí mesmo…



Só que…



– Para SEMPRE!



*



Com – o (arque) ~GOLPE~ do… –  Parlamentarismo, “2018” nunca chegaria…



Não só o 2018 “real”, mas o (ainda mais) figurado:



– Nunca mais chegaria o momento de MUDAR o governo!



A “ditadura perfeita”!



Com “eleições” de 4 em 4 anos…



Mas…



Totalmente blindadas contra o povo…



e contra…



(mais importante ~neste~ momento!)



– A GLOBO!



*



Percebem??



*

II.5. Rodrigo Janot/ Raquel Dodge/ MPF/ “Juizecos”



A Globo nunca ficou do lado perdedor…



Assim, em constatando a derrota final dos Juristocratas, não hesitará ~2~ segundos em jogar Janot ao mar…



À Globo, no curto prazo, basta que siga a Lava a Jato de ~Curitiba~…



(que visa exclusivamente a Lula e ao PT)



É verdade que o “passo maior que as pernas” – a guerra total contra ~toda~ a classe política tocada pela Lava a Jato de ~Brasília~ – animou a Globo (e a Finança) num primeiro momento.



Afinal, a implantação da “Noocracia (escamoteada)/ “‘Democracia’ à iraniana” estava a um passo…



Mas…



Chegou o Ortega y Gasset e estragou a festa:



“Entre o ser e o crer que já se é…
… vai a distância entre o sublime e o ridículo,
Janot/ Globo!”.



*



Assim, aparentemente, a Globo já realizou o prejuízo da derrota do projeto noocrático.



Há relatos de que, de um par de dias para cá, o tom do Jornal Nacional voltou a ser francamente favorável ao governo de Michel Temer.



(ver Parte III)



Mas tem coisa pior…



Como compreender matéria do jornal Valor Econômico – de propriedade dos irmãos Marinho! – relatando a tentativa de ação controlada (grampo) – em parceria com o FBI! – para dar um flagrante em Temer na cobertura de Joesley/ JBS em NY senão como o empurrar de Janot para a “prancha” do navio (pirata)?

../../Desktop/walk-the-plank%20prancha%20.png

(matéria reproduzida na Parte III)
Essa iniciativa, por óbvio, é totalmente ILEGAL!



E não só no Brasil!



Temer tem foro no STF, certo?



Perguntas (retóricas!):



– Janot teve autorização para a ação do Tribunal??



– A cooperação com o FBI, para o fim de dar um flagrante em Temer, passou pelo canal que determina a LEI – o Ministério da Justiça??



*



Mas tem mais…



Essa tentativa de flagrante de Temer nos EUA, com parceria do FBI, viola até mesmo o DIREITO INTERNACIONAL!



O costumeiro, mas também o codificado!



O Artigo 31 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 1961, combinado com o Artigo 14 (1) (b) conferem, expressamente, imunidade de jurisdição – e de execução! – ao Chefe de Estado em missão no país que recebe a sua visita!



Simples assim.



Essa história está muito mal contada…



– Algum juiz federal americano determinou que o FBI violasse a Convenção de Viena (!) e desse um flagrante no PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (!!) em NY??



Duvido muito…



Só posso crer que Janot e suas contrapartes no FBI ficaram afoitos com a possibilidade do flagrante e esperavam, com o tanto de barulho que ele geraria, fazer com que questionamentos de ordem ~legal~ (!) ficassem em segundo plano…



Como no grampo feito no Jaburu/ acordo de delação “generoso” com a JBS, Janot tentou apresentar um fait accompli à sociedade… um “prato feito”.



Infelizmente para Janot, contudo, o grampo de NY não se realizou…



*



Mas…



Ficaram as suas pegadas!



Certo??



*



Se a Lei voltar a valer no Brasil quando Raquel Dodge se tornar a PGR, Janot deve sofrer a punição administrativa MÁXIMA do Conselho Nacional do Ministério Público!



E mais: deve ir para a CADEIA!



*



Inclusive…



Fossem outros tempos…



Sem dúvida seria mandado para Corte MARCIAL!

*



Alô, FFAA!!

*

(Alô, Aldo Rebelo?!)



*



E o que restou a Janot?



Bem…



Restou a ele voltar à cena do Crime – os EUA – para, em atrevimento BURRO absoluto, dar a seguinte declaração:





Incrível!



Ele fala isso como se fosse uma coisa positiva (!)



Sério, gente…



O despreparo da “elite” brasileira é assustador!



Janot, definitivamente, ou blefa ou é tão sem noção que não percebeu que a cortina do teatro baixou faz tempo…



E que corre o risco de ir – ele mesmo, Robespierre! – para a cadeia!



*



II.6 – Finança – onde TUDO termina! (mesmo!)



Parece que não é só Janot quem se recusa a aceitar que a cortina desceu no MPF…



QUI, 13/07/2017 – 14:13
GGN



Da Agência Pública



Governo tem pressa em fechar acordos com bancos sem comunicar crimes ao MP, diz subprocuradora da República.



Em entrevista à Pública, Luiza Frischeisen critica exclusão do Ministério Público dos acordos de leniência no sistema financeiro e protesta contra a regulamentação do tema por medida provisória.



(…)



E você que achava que só o Dallagnol que precisava de PowerPoint, usando bichinhos, para entender questões complexas…

*



Como, por exemplo…



– “TOO BIG TO FAIL”!



*



Como se o MPF já não estivesse completamente CERCADO no momento, né…



– Resolvem comprar briga com o verdadeiro PODER!



– Global!



*



Raquel Dodge, sendo esperta, acabará com manifestações públicas sobre esse tema, como as dessa exibida sem noção aí de cima…



E tratará tudo com a máxima discrição…



– Como exigido!



– Pela Lei e pela Economia!



*



E mais:

– Assim como os procuradores ~americanos~…


(afinal, são eles os nossos “Professores”/ “Missionários” da doutrina do Moralismo (seletivo!), não?)


– … que investigavam a MEGA Crise Financeira de 2007/ 2008, Raquel Dodge pode acabar por compreender que simplesmente…


– … NÃO PODE prender “certas pessoas”…


E que…


– “Querer”, definitivamente, ~não~ é “poder”!

Simples assim, ó:


(Sim, eu sei: o extrato a seguir é grande…
E em inglês!
(do NYT)
Já dei uma boa cortada nele, inclusive…
Mas a sua leitura vale muito a pena!
São tantas semelhanças e lições para o Brasil da Lava a Jato que se torna indispensável!)
By JESSE EISINGERAPRIL 30, 2014
THE NEW YORK TIMES MAGAZINE
(…)
American financial history has generally unfolded as a series of booms followed by busts followed by crackdowns. After the crash of 1929, the Pecora Hearings seized upon public outrage, and the head of the New York Stock Exchange landed in prison. After the savings-and-loan scandals of the 1980s, 1,100 people were prosecuted, including top executives at many of the largest failed banks. In the ’90s and early aughts, when the bursting of the Nasdaq bubble revealed widespread corporate accounting scandals, top executives from WorldCom, Enron, Qwest and Tyco, among others, went to prison.
The credit crisis of 2008 dwarfed those busts, and it was only to be expected that a similar round of crackdowns would ensue. In 2009, the Obama administration appointed Lanny Breuer to lead the Justice Department’s criminal division. Breuer quickly focused on professionalizing the operation, introducing the rigor of a prestigious firm like Covington & Burling, where he had spent much of his career. He recruited elite lawyers from corporate firms and the Breu Crew, as they would later be known, were repeatedly urged by Breuer to “take it to the next level.”
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But the crackdown never happened. Over the past year, I’ve interviewed Wall Street traders, bank executives, defense lawyers and dozens of current and former prosecutors to understand why the largest man-made economic catastrophe since the Depression resulted in the jailing of a single investment banker — one who happened to be several rungs from the corporate suite at a second-tier financial institution. Many assume that the federal authorities simply lacked the guts to go after powerful Wall Street bankers, but that obscures a far more complicated dynamic. During the past decade, the Justice Department suffered a series of corporate prosecutorial fiascos, which led to critical changes in how it approached white-collar crime. The department began to focus on reaching settlements rather than seeking prison sentences, which over time unintentionally deprived its ranks of the experience needed to win trials against the most formidable law firms. By the time Serageldin committed his crime, Justice Department leadership, as well as prosecutors in integral United States attorney’s offices, were de-emphasizing complicated financial cases — even neglecting clues that suggested that Lehman executives knew more than they were letting on about their bank’s liquidity problem. In the mid-’90s, white-collar prosecutions represented an average of 17.6 percent of all federal cases. In the three years ending in 2012, the share was 9.4 percent.
(…)
Part of the Justice Department’s futility can be traced to the rise of its own ambition. Until the 1980s, government prosecutors generally focused on going after individual corporate criminals. But after watching their fellow prosecutors successfully take down entire mafia families, like the Gambino and Bonanno clans, many felt that they should also be going after more high-profile convictions and that the best way to root out corruption was to take on the whole organization. A long-ignored Supreme Court ruling, from 1909, conveniently opened the door for criminal charges against entire corporations.
(…)
From 2004 to 2012, the Justice Department reached 242 deferred and nonprosecution agreements with corporations, compared with 26 in the previous 12 years, according to a study by David M. Uhlmann, a former prosecutor and law professor at the University of Michigan. And while companies paid large sums in the settlements — the days of $7 million cost-of-doing-business fees were over — several veteran Justice Department officials told me that these settlements emboldened defense lawyers. More crucial, they allowed the Justice Department’s lawyers to “succeed” without learning how to develop important prosecutorial skills. Investigations of individuals are more time-consuming and require a different approach than those of a corporation. Indeed, the department now effectively outsources many of its investigations of corporate executives to outside firms, which invariably produce reports that exculpate those at the top. Jed Rakoff, the U.S. District Court judge and former federal prosecutor who has become the most prominent legal critic of the Justice Department, explained the process to me this way: “The report says: ‘Mistakes were made. We are here to take our lumps’ ” — in other words, settlements and, if the transgressions are particularly bad, further oversight. “Lost in that whole thing,” Rakoff said, “was anyone trying to investigate whether the individuals did something wrong.”
(…)
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In a matter of months, the markets plummeted in a financial crisis that made Enron look like small-time pilfering. And as tens of millions of Americans lost their jobs or homes, an inchoate but palpable demand for justice — for a crackdown — emerged. (…) Finally (the Department of Justice) set up the Financial Fraud Enforcement Task Force, an enormous coordinating committee with essentially no investigative operation. One former Justice Department official derided it as “the turtle.”
Resources aside, the erosion of the department’s actual trial skills would soon become apparent. In November 2009, the U.S. attorney’s office in Brooklyn lost the first criminal case of the crisis against two Bear Stearns executives accused of misleading investors. The prosecutors rushed into trial, failing to prepare for the exculpatory emails uncovered by the defense team. After two days, the jury acquitted the two money managers. “For sure,” one former federal prosecutor told me, “it put a chill” on investigations. “Politicos care about winning and losing.”
The fear first wrought by the Andersen case, meanwhile, ossified around financial firms. In early 2009, the Obama administration deliberated over serious tax misconduct by UBS, the Swiss bank, but top Treasury and Justice department officials worried about the effects criminal charges could have on the financial system. UBS settled with the government. Breuer had another shot, in 2012, when the department was moving toward a resolution of a six-year investigation into HSBC, which had become the preferred bank for Mexican and Colombian drug cartels and conducted transactions with countries under American sanctions, including Iran and Libya. Breuer surveyed Washington and London regulators and policy hands and sought assurance that the system could weather an indictment. A top Treasury Department official told Breuer, in carefully couched language, that an indictment could cause broader problems in the financial system. Breuer even went as far as discussing whether banks were too big to indict with H. Rodgin Cohen, a partner at Sullivan & Cromwell, who was representing HSBC in his very own case. Cohen told Breuer that while the Justice Department can’t have a rule not to indict a large bank, prosecutors should, well, take into account how the target has cooperated and what changes it has made to fix the problems. Of course, HSBC happened to have taken those very measures. The Justice Department blinked again. That December, the bank was fined $650 million and forfeited almost $1.3 billion in profits. No one went to jail.
It would be easy to blame the Justice Department’s ineptitude on past mistakes alone. But again, the very ambitions of its prosecutors played a prominent role. Top governmental lawyers generally don’t want to spend their entire careers in the public sector. Many want to score marquee victories and avoid mistakes and eventually leave for prominent corporate firms with starting salaries at 10 times what they make at the Department of Justice. According to numerous former criminal-division employees, Breuer almost immediately signaled his interest in bigger things. In October 2009, Steven Fagell, his deputy chief of staff and former Covington colleague, sent an email to the division. “Do you like giving toasts? Do you think it should have been you accepting the writing Emmy for ‘30 Rock?’ ” Fagell wrote. “If so, we need your wit, smarts and gift for the written word! We’re putting together a speechwriting team for the assistant attorney general.” Prosecutors developing cases against Mexican drug cartels and Al Qaeda members found it more than a little tone deaf. (Fagell says the email request was intended “both to foster internal morale and to send a message of deterrence to the public.”)
According to numerous sources from the Justice Department, the Breu Crew instilled a careerist culture that was fearful of sullying its reputation by losing cases.
(…)
But given that Washington rejected a unified national task force, these career motivations would prove particularly relevant.
(…)
Federal prosecutors have their own explanation for how only one Wall Street executive landed in jail in the wake of the financial crisis. The cases were complex to investigate and would have been infernally difficult to explain to juries, some told me. Much of the crisis and banker transgressions stemmed from recklessness, not criminality. They also suggest that deferred prosecutions — with their billions in settlements and additional oversights — can be stricter punishments than indictments. (…) Federal prosecutors almost never bring criminal charges against top executives of large corporations, from banking to pharmaceuticals to technology.
(…)
Larry Thompson became known for his memo, but back in the Clinton administration, the deputy attorney general Eric Holder laid out his own memo for strengthening corporate prosecutions. But he undermined his own words by also explaining that prosecutors needed to take into account the collateral economic consequences. In testimony in front of the Senate in March, Holder, who is now the U.S. attorney general, seemed to lament the position government enforcers had found themselves in. “I am concerned that the size of some of these institutions becomes so large that it does become difficult for us to prosecute them when we are hit with indications that if we do prosecute — if we do bring a criminal charge — it will have a negative impact on the national economy, perhaps even the world economy.”



*



Entendeu, Dallagnol??



Desculpa:



– Tô sem tempo de preparar aquele PowerPoint – com bichinhos! – pra você hoje!



De qualquer forma…



Tá em ~inglês~, right, ma’lad??



*



Finança ~global~ vs. velhas oligarquias tradicionais: epílogo



Lembram dos “oligarcas de mierda” lá de cima?

– Sarney-MA, Collor-AL, Jucá-RR, Jereissati-CE, Calheiros-AL, Neves-MG, Magalhães-BA, Campos-PE, Alves-RN…

Mas também…

– “Quatrocentões”, como os Mesquita/ Estadão…

E ainda…

– Os membros do “Country Club” do Rio, como os Marinho/ Globo.

Os “donos do poder”…



De 500 anos!

*



Mas…



“De 500” anos… ~passados~!



A “elite” pré-capitalista/ “feudal” brasileira.



O maior entrave ao crescimento: o peso dos privilégios que o Estado lhes garante através de diversos puxadinhos de tudo quanto é canto.



Estado e “para-Estado”.



Gêmeos xifópagos.



O velho sistema cartorial ibérico.

*

Pois então…



A Finança global – patrona do projeto de “Noocracia (escamoteada!)/ “‘Democracia’ à iraniana” para o Brasil – não quer “apenas” eliminar a esquerda, não…



Ela também quer eliminar a velha oligarquia tradicional…



(“de mierda”…)



A dos 500 anos!



Quer – ela mesma, a Finança ~global~ – tomar as rédeas do país…



Diretamente!



Sem intermediários!



A quem ter de pagar “pedágio”, sabe…



*



Esse pedágio acaba saindo “caro”, ora!



E tem de ser descontado dos resultados da Finança global!



*



Imaginem por exemplo se, no período colonial, a Inglaterra pudesse bypassar Portugal e explorar a colônia-Brasil diretamente??



Se não precisasse bancar o “rentista”, dono do “pedágio” – Portugal, dono do “exclusivo comercial português”, nos termos do Pacto Colonial?

Bem…



– Nesse caso, iria ouro das Minas Gerais para Londres até não poder mais!



Certo?



Talvez até a Revolução Industrial tivesse saído 50 anos antes com esse “impulso” adicional (!)



*



Olha…



Os nossos oligarcas tradicionais são “de mierda”, sim…



O fim deles seria a alforria do Brasil!



Mas…



– De nada adianta o proprietário do escravo ser morto…



– Se o “libertador”…



– … tornar-se o ~novo~ proprietário…



(só que “loiro de olhos azuis”…)



Certo??



*



Os oligarcas são “de mierda”, mas ao menos são…



– … nossos!



(em sua maioria, diferentemente dos irmãos Marinho…)



  • Moram no país!



(em sua maioria, diferentemente do Meirelles, Ministro da Fazenda (!)…)



  • Pagam (pouquíssimo…) imposto no Brasil!



  • Com seus gastos (de luxo…), movimentam (minimamente…) a economia ~brasileira~!



  • Empregam (mais para “exploram”…) ~brasileiros~!



  • Também sofrem (apesar dos carros blindados e helicópteros…) com a violência urbana, fomentada pela miséria ~brasileira~!



(que ajudam a perpetuar… quando não aumentar!, como no presente…)



*



Assim…



Fica claro que, obedecessem aos ditames da ~razão~, os “oligarcas de mierda” tenderiam a ser SENHORES (suspiro…) ~menos~ terríveis que a Finança ~global~…



Certo??



*



O problema…



Bem…



O problema é que “elite”, no Brasil, se escreve necessariamente entre aspas mesmo…



Jeca e pedante, conseguem ser a pior do mundo:



*



Não sei vocês…



Mas…



Ainda prefiro chorar ouvindo um “Fado tropical”…



(sim… mesmo com a tal da “herança sifilítica” que nos legaram…)





A chorar…



Ouvindo… “No woman no cry”:





*

?Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal”
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal”?



*


“Imensa… Jamaica”?

Po…

– Nem sequer rima!!

*



Certo, ~meu~ ~POVO~??

(brasileiro!)



?



*



P.S.: DICA – se quiserem saber o que pensa a Finança ~global~ e como se posiciona a cada rodada do “jogo”, basta lerem as ~inúmeras~ entrevistas que o (americano!) Armínio Fraga dá toda semana!



(mamãe dele era gringa… uma “mom”…)



Armínio, ~momentaneamente~ expatriado no Brasil (!), é o porta-voz da Finança global nestas paragens!



#FicaAdica

* * *

Atualização 21/7 (1): História de sucessão de “golpismos”

João Antônio: faltou um monte de golpes ali na lista dos golpes. Faltaram sobretudo os do período 1946-64, tais como para impedir a eleição/ posse de Juscelino, o golpe do Parlamentarismo para impedir que Jango fosse Presidente, etc.



Romulus: pois é… nem pretendi fazer um rol taxativo, tantos são os golpismos – com e sem sucesso! – no Brasil.



Na lista coloquei só os mais óbvios e que as pessoas mais lembram – da vida ou da escola.
Para fazer a contraposição, justamente, aos “menos óbvios”:



– Os “Jeitões”.



“Jeitões” esses que o senso comum não costuma chamar de… “golpe”.



Faltou também:
(mais uma vez: só de cabeça!)



  • Passagem da Regência Trina para Una no Segundo Reinado;



  • Autogolpe do Deodoro, dissolvendo o Congresso;



(seguido do…)



  • Golpe do vice, Floriano Peixoto;



  • A própria aprovação da (maldita!) Lei do Impeachment no finalzinho do governo Dutra, para colocar a faca no pescoço do seu sucessor, Getúlio Vargas (Vol. 2)…



*
É “Golpismo”, “Carteirada Institucional”, “Jeitinho” e “Jeitão” que não acaba mais!



*
Os amigos leitores podem – e devem! – colocar outros exemplos na seção de comentários.

*

Atualização 21/7 (2): “Parlamentarismo à brasileira” vs. Globo
Interlocutor: trabalhei na área de gestão de um grande jornal do eixo Rio-SP. Dono de jornal vive de fazer chantagens. A famiglia Marinho principalmente.



No sistema presidencialista eles têm um poder de coação e chantagem absurdo. No Parlamentarismo esse poder seria imensamente diluído ou até mesmo neutralizado.



Só que, em contrapartida, num sistema Parlamentarista nunca mais a esquerda voltaria ao poder. Pelo menos não nesta configuração de sistema político que nós temos hoje.



Uma vez aprovado, o Parlamentarismo seria tão devastador para a Globo quanto uma efetiva “Lei de Meios”!
O poder de chantagem deles diminuiria absurdamente.
Podes crer que, depois deste teu post, vai ter muito político – louco para aplicar um Ippon nos juristocratas – que vai colocar esse tema como prioritário na agenda.



No dia em que tivermos Parlamentarismo, o PMDB e o Centrão continuariam numa situação privilegiada. Sem o apoio deles nenhum gabinete se sustentaria. PT e PSDB poderiam se alternar no poder: nada mudaria muito…
Essa sua análise sobre o Parlamentarismo “de fato” que temos hoje é muito pertinente. A queda de Dilma nada mais foi do que um voto de desconfiança do Parlamento. Temer, por sua vez, continua firme pois representa a resistência da classe política aos ataques dos Juristocratas, que ameaçam as instituições e o sistema de equilíbrio – instável – entre os Poderes teorizado por Montesquieu.

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Atualização 22/7: Wadih Damous, sobre grampo clandestino da PGR/FBI em Temer: “MPF ameaça a segurança nacional”

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Atualização 24/7 (2): finalmente links para as Partes III e IV

Parte III – matérias relevantes para a análise da Parte II e alguns comentários.

Parte IV – “Voto distrital” (aspas!) – o golpe dentro (do golpe) do “Parlamentarismo” (mais aspas!)


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Achou meu estilo “esquisito”? “Caótico”?

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A tese central do blog:

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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

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Romulus Maya

Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário! Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.

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