“Requião vice de Lula”? Para o Senador importante é reconstruir o Brasil, popular e soberano!

Da Redação do Blog O Cafezinho,

O Expresso da Manhã teve a honra de realizar a primeira entrevista, exclusiva, com o Senador Roberto Requião após indicações na imprensa, ontem, da existência de tratativas para que ele componha a chapa de Lula para 2018 como candidato a Vice-Presidente. Como não poderia deixar de ser, político, Requião minimizou a notícia – que, simplesmente, faz Brasília ferver no momento. Disse que são apenas “especulações”… “alheias à sua pessoa”.

Notem bem: “especulações”… “alheias”, sim…

Mas… às quais o Senador não disse “não”!

Alias, pelo contrário: colocou-se como militante número 1 na defesa do direito do povo brasileiro de votar, se assim o quiser, em Luís Inácio Lula da Silva para Presidente em 2018. Não só por convicção programática, mas também por pragmatismo do veterano observador, privilegiado, da vida política nacional. Repetiu Requião que a candidatura de Lula é a única alternativa viável de retomada do poder por um projeto nacionalista e popular nesta geração. Simples assim.

A despeito da ansiedade do público sobre articulações eleitorais para 2018, Requião queria era discutir política. Digo, a “grande política”: deu, ao longo de 40 minutos, as linhas mestras para um programa de Reconstrução Nacional. Começou partindo da plataforma que lançou, de forma pioneira, ainda em 2016: o Referendo Revogatório. Na sequência, fustigou seu alvo preferido: o capital vadio. Disse-se favorável à auditoria da dívida pública e à volta da Lei da Usura. Na sequência, defendeu a repetição do que fez, enquanto Governador, no Paraná: a retirada de todo o investimento federal em publicidade na Rede Globo e o uso desses mesmos recursos para a constituição de uma rede de canais públicos forte. Por fim, reconhecido nacionalista, o “Tio Beto” que se contrapõe ao “Tio Sam, na genial charge do cartunista Aroeira, defendeu a urgência da retomada da altivez do Brasil no tabuleiro geopolítico internacional, na defesa dos interesses do Brasil e dos brasileiros.

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O Expresso da Manhã de hoje trouxe ainda uma bomba: as múltiplas encalacradas – financeiras, políticas e até mesmo criminais – em que se encontram os irmãos Marinho. Fontes muito bem situadas deram conta de que o viés dos Marinho – e da Globo – não é de baixa: é de queima de estoque!

Leia abaixo artigo resumindo essas revelações:

Bate o desespero na Globo: irmãos Marinho queimaram caravelas com “TRF-4”

Por Romulus Maya & “Dom Cesar”

(com informações de fontes muito bem situadas no BNDES e no próprio Grupo Globo)

Na data de ontem (14/12/2017) o Grupo Globo finalmente tomou a decisão de substituir do comando executivo das empresas o primogênito da família Marinho, Roberto Irineu Marinho, sob o pretexto de ter completado a idade de 70 anos.

Mais uma vez a empresa fez uso do eufemismo para escamotear a verdade dos fatos, usando o recurso das conjunções e adversativas em suas manchetes para esconder o fato de que o primogênito caiu: “Roberto Irineu Marinho se mantém presidente do Conselho do Grupo Globo, e Jorge Nóbrega assume presidência executiva.”

Mais à frente o comunicado ressalta que o novo CEO, ex vice-presidente Executivo do Grupo Globo, Sr. Jorge Nóbrega, assumiria a presidência executiva da empresa em função da aposentadoria do primogênito da família Marinho e que este teria feito a indicação do Sr. Nóbrega para o cargo.

Apesar da saída de Roberto Irineu Marinho do comando executivo ele ainda continuaria na presidência do Conselho de Administração, cargo que antes acumulava com a presidência executiva do Grupo.

É possível notar um claro interesse em criar um pretexto para a troca no comando, o atingimento da idade de 70 anos, bem como a ideia de que o poder de mando continuaria intacto, não só pela indicação e escolha do novo CEO como a permanência à frente da Presidência do Conselho de Administração.

Emblemática foi a declaração de que “A família Marinho não se afastará da Globo nem um milímetro”, dita por Roberto Irineu em um comunicado aos funcionários do grupo. É justamente o contrário, se não tivesse havido um afastamento da frente dos negócios esta fala sequer teria sido mencionada.

Outra declaração emblemática foi a de que “A gestão das nossas empresas também não mudará e nem nosso modo de ser. (…) Buscamos resultados de longo prazo, sem mirar exclusivamente no lucro do trimestre”. Aqui temos uma confirmação da informação antecipada por nós tempos atrás (aqui e aqui), quando afirmamos que o Grupo Globo entraria no vermelho já no 1º trimestre de 2018.

Na prática, o novo CEO será o responsável por todos os negócios do grupo, os novos projetos e as transformações das empresas (TV Globo, Globosat, Infoglobo, Editora Globo, Valor Econômico, Sistema Globo de Rádio, Som Livre, Globo.com e Globo Filmes), bem como as participações em outros negócios e as novas iniciativas.

Por trás deste repentino anúncio da troca de comando nas empresas do Grupo Globo travou-se uma intensa disputa nos bastidores da cúpula do Grupo, cujos herdeiros relutam em reconhecer que a gestão conduzida por eles foi desastrosa, sob todos os pontos de vista de gestão empresarial.

A opção tomada de derrubar a presidente Dilma teve de ser acompanhada de uma intensa campanha que terminou derrubando o governo, mas também derrubou o PIB, afetando diretamente o faturamento dos principais anunciantes e por conseguinte seus investimentos em publicidade, ou seja, um tiro no pé nos negócios da empresa.

A gota d’água que agiu como elemento catalisador para a troca de comando foi a decisão kamikaze da cúpula do jornalismo da emissora, ao orquestrar a antecipação do julgamento do ex-presidente Lula para o dia 24/01/2018, passando para toda sociedade e para todo mundo jurídico nacional e internacional a certeza de que o país estaria sob a égide de um verdadeiro Estado de Exceção.

Prevaleceu junto aos membros do Conselho de Administração a ideia de que a jogada de mão maquinada pelos irmãos Marinho e sua diretoria de jornalismo ultrapassou todos os limites de responsabilidade e previsibilidade, a ponto de ameaçar seriamente os negócios do grupo, tendo em vista que tal decisão foi como queimar caravelas e tornar quase impossível uma futura composição com os futuros governos a serem eleitos, sem contar a efetiva possibilidade de conflagração no sistema social em função desta medida tão absurda e arbitrária.

A partir da posse de Nóbrega no comando executivo das empresas haverá um processo mais acelerado de reestruturação interna, onde o foco imediato será o corte nos custos fixos (salários nos departamentos de jornalismo e novelas), e a venda de bens do ativo imobilizado (nesta semana o prédio da Rádio Globo foi desocupado e a operação foi transferida para Jacarepaguá).

Em paralelo a isto ainda existe um assunto não definitivamente resolvido, o dos futuros pretendentes Murdoch e Daniel Dantas. Os Marinho e Murdoch em passado recente cogitaram da atuação da News Corp no solo brasileiro. O empresário australiano poderia adquirir uma parte da TV Globo em troca de assunção das dívidas US$ 2,6 bilhões do Grupo Globo. Além do bilionário australiano que mira as empresas da Globo temos também o banqueiro Daniel Dantas do Opportunity.

Daniel Dantas poderia fazer o negócio da aquisição via banco Opportunity. Teria a vantagem de poder captar recursos no BNDES e com isso realizar seu objetivo de controlar a gigantesca estrutura de cabos da NET.
Concluindo, o Grupo Globo tem pressa para buscar uma saída financeira para suas dívidas financeiras que vencem nos próximos anos e não podem mais ser roladas por falta de ativos do patrimônio imobilizado para dar como garantia ao BNDES – como exige a lei.

Chegamos, inclusive, a especular possíveis razões pelas quais os Marinho não podem dar as próprias ações que têm na Globo – ou os recebíveis da empresa – como garantia da rolagem da dívida: (i) ou já deram os recebíveis – de uma concessão pública! – como garantia para a especulação que fazem no mercado financeiro; e/ou (ii) ou já empenharam de forma secreta as ações – de uma concessão pública! (2) –para se financiarem; e/ou (iii) repetindo prática reiterada da empresa (grupo Time Life nos anos 60, compra da emissora do grupo em SP, venda da NET a Carlos Slim, etc.) já venderam as ações que têm na Globo – uma concessão pública! – em um contrato de gaveta a um bilionário estrangeiro – algo ilegal e vedado expressamente pela Constituição. Nesse caso, permaneceriam apenas como testas de ferro no negócio, até o lobby pela mudança legislativa que permitisse a “regularização” dessa situação prosperasse. Nesse caso, seria o afastamento de João Roberto Marinho da presidência do grupo uma ordem direta do “gringo”? Teria perdido a paciência com as lambanças?

O grande desafio do Grupo Globo é gerenciar o endividamento de curto e médio prazo. A prioridade zero é o corte nos custos fixos e a venda de ativos, como participação em empresas (Sky) e a venda de emissoras de tevê. A estratégia do novo CEO Nóbrega será no sentido de seguir este plano e se ater apenas aos ativos geradores de caixa como os jornais e a emissora de TV.

Dentro deste cenário os novos gestores não podem se arriscar a participar de jogadas políticas arriscadas ao estilo Kamikaze que criem futuras retaliações contra os negócios ou interesses do grupo, e foi exatamente isto que ocorreu recentemente com a operação no TRF-4 que incendiou o ambiente político e também induziu a substituição do primogênito dos Marinho no comando do grupo.

Para assistir, curtir as páginas e compartilhar, temos no Programa Expresso da Manhã desta sexta-feira os seguintes destaques:

– O Senador Roberto Requião faz a análise da conjuntura política e um balanço das atividades do Senado em 2017.

– Wellington Calasans e Romulus Maya comentam a semana na política.

Música, alegria e outros assuntos que pintam na hora a partir do público ou da cabeça do apresentador Wellington Calasans. Além disso, Romulus Maya sempre reforça a crítica.
O programa começa sempre às 6 da manhã, nas fanpages do Expresso da Manhã, Wellington Calasans, Duplo Expresso, O Cafezinho, Falando Verdades, Dilma Resistente e também do Botando Pilha. A política sem enrolação, sem “embromation”.

#ReferendoRevogatorio
#ReconstruçãoNacional
#LeiCancellier
#SoberaniaNacional
#OcupaTRF-4

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Link matéria de Romulus Maya sobre a Globo: http://www.romulusbr.com/…/bate-desespero-na-globo-irmaos-m…

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Romulus Maya

Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário! Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.

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