“Plano B” de… B’ola nas costas! Haddad trai Lula para encarnar “Macron brasileiro”. Falta combinar com o povo!

Por Romulus Maya
Publicado 22/fev/2018 – 00:17
Atualizado 22/fev/2018 – 12:49

Tal qual o original francês, até o padrinho político ele já traiu!

Da Folha:

– “Primeira conversa”, Monica?

Sei…

– Você quis dizer “primeira”…

– … com o descaramento de fazer press release com “notinha” platada na Folha, certo?

E esse sorriso do Ciro, clicado um dia atrás na redação de vocês, hein?

Hmmm…

Passemos, pois, à “notinha” que a duplinha plantou na sua coluna:

O Duplo Expresso bem que avisou: essa história de “Plano B” – há mais de 7 meses da eleição! – parte de quem – – jogou Lula ao mar.

– Oportunismo?

– Traição?

– Capitulação?

– Miopia política?

– Infiltração?

– Preferência – inconfessada, talvez até inconsciente – por pessoa “bem-nascida” e “bem-criada” – com inglês fluente e pós-graduação – na chefia do Estado?

– …?

Qual a necessidade de um “Plano B” – agora – se, em caso de inabilitação já durante a campanha, o candidato a vice assume automaticamente a cabeça de chapa?

Como não cansamos de repetir, o problema da elite com Lula – e dos seus patrocinadores: finança internacional e Deep State americano – não é apenas pessoal. O que o Golpe (continuado) visa a cassar não são sequer os direitos políticos de Lula. Ou mesmo o direito (também político) da cidadania brasileira de votar em Lula. O que o Golpe visa a cassar é o direito (mais uma vez: político) de essa mesma cidadania, por meio do voto, rejeitar – notem: pela quinta vez consecutiva! – este programa político-econômico que aí está: anti-povo e anti-nacional.

O Golpe não chegou até aqui – agora até com circo (já que pão não há): tanques na favela! – para entregar o poder a um “Plano B” de Lula qualquer.

Quer dizer: não a um “Plano B” que rompa com o programa do Golpe. De novo: anti-nacional e anti-povo.

Bem…

Talvez com um “Plano B”… hmmm… “afável”, digamos, quem sabe?

Um “Plano B” plantado pela direita no seio da esquerda…

Um plano “B”…

– … de B’ola nas costas?

*

É de doer a incapacidade de certos quadros do PT de rodar outro software que não seja o da “conciliação de classes” – mesmo quando as circunstâncias mudam dramaticamente!

Quem não quer mais conciliação é o lado de lá, minha gente!

E não o lado de cá!

O que “eles” querem é rendição – absoluta e incondicional – para posterior… abate!

E enterro em vala coletiva!

Esses quadros do PT agem como se estivéssemos em 2002… quando, na verdade, aproximamo-nos muito mais de 1954: eles querem sangue!

Digo isso porque me surpreendi, na semana passada, quando falava com um quadro qualificado do PT sobre a ideia de ter Requião como vice de Lula. Respondeu ele que o “problema”, além de circunstâncias partidárias (resolvíveis), era que Requião não era uma…

– … “figura do mercado” (!)

Repito: “figura do mercado”!

Ora, não ser “figura do mercado” é o grande ativo – e não o passivo! – de Requião como vice de Lula!

Temido até pelos EUA, conforme atesta o Cable-gate/ Wikileaks

– … é justamente ter alguém como Requião (de novo: que não é “figura do mercado”!) como cabeça de chapa automático caso houvesse inabilitação de Lula que garantiria que a elite – e seus lacaios no Judiciário – permitiriam que o ex-Presidente concorresse!

Mas o qualificado quadro do PT me responde, inversamente, que o nome do vice tem que ser “figura do mercado” (!)

*

Será esse quadro do PT uma “Tereza Batista”?

Essa, já bem “casada de guerra”?

Será que, inconscientemente (?), cansou da peleja e quer que Lula seja inabilitado?

E por isso não enxerga – i.e., não enxerga conscientemente! – que “vice de direita”/ “vice empresário”/ “vice pseudo-esquerda”…

(aliás, tem dois soltos por aí!)

– … é o caminho certo para a inabilitação de Lula??

*

Pergunto-me ainda:

– Como esse qualificado quadro do PT não percebe que, por absurdo, ainda que fosse permitido a Lula concorrer com um vice desses, e Lula ganhasse, o tal vice “figura do mercado” seria uma eterna espada de Dâmocles, a repousar (ameaçadoramente!) por sobre a cabeça do ex – novo! – Presidente?

Ameaça (perpétua) de impeachment!

Assim, de mãos amarradas, Lula seria alienado de suas bases, assim como Dilma o foi em 2015.

O resultado nós bem conhecemos:

– Governo (ex!) “popular” – queimado – que cai…

– … e com ruas vazias!

*

Semanas atrás “ousamos” bater no rei da tuitosfera “descolada”, o ex-Prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

Recebemos nos últimos dias relatos de fontes nossas que ajudam a explicar movimentações… hmmm… “inesperadas”, digamos, de alguns atores no tabuleiro do jogo político nesta última semana.

Fernando Haddad

O “uspiano”, dos eufemismos atucanados (bem “uspianos”…), conta com uma ampla rejeição interna: das bases do PT, do movimento sindical e dos movimentos sociais. Esses já teriam feito chegar ao comando petista, inclusive, que cogitam não apoiar o Partido caso esse escolha Haddad como candidato. O Brasil (e mesmo o PT) definitivamente não se resume à área central, bacana, da cidade de São Paulo.

Segundo relato de fonte muito bem situada na hierarquia, as movimentações… hmmm… “inusitadas”, digamos, de Haddad nesta semana que termina – incluindo a tal “conversa de 5h (entre pares uspianos…) com FHC (!) na casa de amigo em comum” e a entrevista (uspiana…) na Globonews (!) – teriam sido feitas à revelia de Lula.

Observadores externos – inclusive nós mesmos aqui no Duplo Expresso – supúnhamos, ao contrário, que Haddad agia com a benção de Lula. Como um emissário do ex-Presidente, digamos.

Nada disso!

A fonte relata ainda uma articulação da seção paulista da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), juntamente com o Presidente do PT no Rio de Janeiro, Washington Quaquá (também da CNB), para “lançar logo” o tal do “plano B”, limitando a defesa de Lula aos tais “recursos cabíveis no Judiciário”.

Sim, aos “recursos cabíveis no Judiciário” (!)…

Afinal, como sabemos todos “as instituições estão funcionando normalmente”, não é mesmo?

O tal “plano B” almejado por essa ala?

– Fernando Haddad, naturalmente.

Nas palavras do Presidente do PT no Rio, o “plano B” deveria ser “um petista amplo e com experiência de governo, sem sectarismo”.

Senti falta, apenas, do requisito “uspiano” no perfil desejado, Quaquá (!)

O relato da fonte termina dando conta de que essa “articulação” – já eu daria outro nome a essa… hmmm… “manobra interna”, digamos… – teria caído muito mal nos círculos próximos a Lula.

*

Como disse, o relato da fonte termina aí.

A partir daqui seguem suposiçõesminhas.

Premissas:

– Desde a publicação daquele “polêmico” artigo na Revista Piauí no meio de 2017, víramos que Haddad, apesar do fiasco eleitoral em 2016, não dava como terminadas suas pretensões político-eleitorais.

– Como identificou então fonte no tal “mercado”, a entrevista – incluindo formato, meio e, principalmente, conteúdo – fora lida como uma sinalização a ele próprio: o “mercado”. Dizendo algo como “oi, ainda estou aqui!”. E ainda: “olha como sou gente fina”.

– Como disse acima, outra fonte (essa petista) deu conta, nesta semana, de que Haddad seria amplamente rejeitado pelas bases “populares”, digamos, do PT.

– Disse ainda que suas “piscadas” para FHC e os Marinho foram feitas à revelia de Lula.

– Terminou o relato afirmando que “articulação”… hmmm… “independente”, digamos, da CNB-SP para lançar logo Haddad teria caído “muito mal” no entorno de Lula.

A partir dessas premissas especulo:

– Inviabilizado internamente como “sucessor natural de Lula”, Haddad buscou viabilizar-se externamente. E, assim, impor-se de fora para dentro.

– Como “argumentos de venda” – i.e., da própria venda (“venda”!) – usou:
(a) para o “lado de lá”, o seu… hmmm… “uspianismo” político-econômico, digamos;
(b) para o “lado de cá”, a possibilidade de costura de um “acordão” no STF, para que Lula seja inabilitado mas mantido em liberdade. Abrindo, evidentemente, uma avenida para o próprio Haddad.

Como não cansamos de repetir aqui no Duplo Expresso, mesmo que tal “acordão” conviesse, FHC e Globo não gozam da autoridade para celebrá-lo. Isso, pela “singela” razão de que eles não mandam: obedecem. A ordens que vem… de fora!

Mesmo que quisessem – e não querem – preservar o Presidente Lula, essa escolha não lhes cabe. Tudo o que prometem – mesmo que seja de boa-fé (e não é) – vale tanto quanto uma nota de 3 Reais.

Pergunto:

– Passando ao largo do juízo moral (individual), havia como consolidar a Revolução Russa sem matar a Casa de Romanov – até a semente – Princesa Anastácia?

Como diz o ditado, “a esperança é a última que morre”, não é verdade?

Por isso, convém precaver-se contra algo tão poderoso com “morte matada”, mesmo.

Morte política ou, em último caso, até mesmo física!

*

Depois disso, ouvimos as acusações “clássicas”:

– Infiltrados!

– Mercenários a soldo da direita (e/ou Requião)!

*

(poxa… se ao menos tivesse rolado algum pro lado de cá, não é mesmo, Wellington?
rs)

*

Pois agora quero ver o que essa galera “descolada”, o fã clube (hypado!) do Haddad, vai…

– … “descolar” desta vez!

Sim, pois agora temos novos sinais a reforçar aquela nossa “hipótese”:

– Já que não tem o respaldo das bases sociais do PT, Haddad tenta se impor – de fora para dentro – como o candidato do partido.

Ou, indo um passo além, ajuda a impor terceiro (de fora do Partido!) ao mesmo:

– Ciro Gomes.

– I.e.: desde que Haddad siga apensado como o seu vice!

*

Pois vejam lá:

(1) Por um lado, janta com (ou é jantado por?) Ciro Gomes…

– “Chicanas”, Ciro?!
– Que feio!
– Nós aqui no Duplo Expresso bem conhecemos – de fonte mais que segura! – a “condição resolutiva” imposta no acordo que você fechou com o Presidente do PDT, Carlos Lupi, quando da sua filiação:
– Se Lula for candidato, Ciro NÃO terá a legenda do PDT!
– Simples assim!
– Pois eis que, nessa circunstância (épica!), o partido de Leonel Brizola não faltará!
– E ajudará, uma vez mais, a fazer a elite brasileira engolir o… “sapo barbudo”!
– Negue o que eu digo, Ciro Gomes!
😉

(2) Por outro lado, sem coragem de assumir a traição, Haddad lança a sua candidatura – i.e.: lança-a em contraposição à manutenção da de Lula! – por interpostas pessoas.

Ou melhor, por interpostos… “intelectuais”:

*

Bem… Macron, digo, o original, ao menos teve a decência de reunir-se com seu padrinho político, François Hollande, para comunicá-lo de que partiria em projeto “solo”.

E que por conseguinte, edipianamente, tornar-se-ia rival do “rei-pai”, buscando tomar-lhe o trono.

Já o nosso Édipo da USP, sem a mesma bravura, esconde-se por detrás de “oráculos”…

– … na Folha de S. Paulo!

*

Pois eis que agora, finalmente, chegamos ao título do artigo:

– “Plano B” de… B’ola nas costas! – Haddad trai Lula para encarnar…

– … o “Macron brasileiro”!

– Tal qual o original francês, até o padrinho político ele já traiu!

– Falta combinar com o povo!

*

Passemos à analise do “manifesto dos intelectuais”:

(in Folha de S. Paulo!)

SP 247 – Intelectuais lançaram um pedido pela candidatura de Fernando Haddad à Presidência em 2018.

Em artigo publicado nesta quarta, o antropólogo Ricardo Teperman, o engenheiro Luis Rheingantz e o economista André Kwak

[Nossa!
Só nome de bacana, hein?
Não tem um sobrenome “popular”, lusitano, para “poluir”…
Tipo “Silva”, “Sousa”, “Oliveira”…
Nada disso: só “Teperman”, “Rheingantz”, “Kwak”!
C’est chic!]

– … explicam as razões de sustentação do movimento “Eu voto no Haddad, me pergunte por quê”.

Confira abaixo a íntegra do texto:

Em tempos de esgotamento da chamada política tradicional

[Alerta Macron: narrativa de “esgotamento da política tradicional”]

– … Fernando Haddad representa renovação

[Alerta Macron: ele é a “renovação” (sic)]

– … ao mesmo tempo

[Alerta Macron: até o “en même temps” do original já trataram de traduzir!]

– … em que detém reconhecida experiência na administração pública.

[E qual foi a avaliação – certa ou errada – dos “não intelectuais” a esse respeito?
Vamos combinar:
– Em 2012 Haddad foi eleito por Lula + João Santana!
Em 2016, sem nenhum dos dois:
– 14%!]

Além disso, é a principal liderança com a transversalidade necessária para reunir a oposição do atual governo.

[“Transversalidade”?
Achei que a Marina tinha o copyright (!) desse álibi!
Digo, “palavra”!]

Seu trânsito entre as salas de aula do Insper

[Sobre o Insper, o insuspeito Elio Gaspari:

O EXEMPLO DA PLUTOCRACIA NO INSPER
Elio Gaspari
23/12/2012
Folha de S.Paulo

Em 1999, o economista Claudio Haddad…

(é parente?)

– … comprou a instituição de ensino superior que hoje é o Insper, em São Paulo. Conhecido pelo horror que tem a dinheiro público, transformou uma escola de administração e economia que tinha 660 alunos num educandário exemplar, hoje com 5.000 matriculados.
Em vez de pedir dinheiro à Viúva, busca recursos na plutocracia nacional. A cada ano arrecada cerca de R$ 2 milhões, destinando R$ 700 mil para um fundo de bolsas que ampara 110 estudantes.
Em 2010, Haddad teve a ideia de criar uma faculdade de engenharia que abrisse suas aulas em 2015, com 150 alunos no primeiro ano e 300 no seguinte. Novamente, foi buscar uma coisa na qual ninguém acredita: filantropos na iniciativa privada. Precisava de R$ 80 milhões.
Em um ano, arrecadou compromissos de R$ 85 milhões. Entraram na vaquinha quatro grupos industriais (Ultra, Votorantim, Camargo Corrêa e Gerdau), três bancos (Itaú, Bradesco e BTG Pactual), mais duas fundações (Lemann e Brava), e quatro doadores individuais.
Quando Haddad fundou o Insper, tinha patrimônio suficiente para levar a vida al mare. Nunca tirou um tostão da entidade (botou nela um ervanário cujo tamanho não revela), e desde que fundou o Insper jamais tocou em dinheiro da Viúva. Simplesmente acredita que o capitalismo funciona e que há no Brasil milionários que pensam como ele”.]

– … e os acampamentos do MTST é cada vez mais raro no Brasil polarizado de hoje.

[Sei…
En même temps” – bis.
Mas agora o “En même temps” dos “En même temps”!
A máxima macroniana:
Ni de gauche, ni de droite, mais de gauche et de droite (!)
En même temps (!)
Ou seja:
– “Nem de esquerda, nem de direita, mas de esquerda e de direita” (!)
– Ao mesmo tempo (!)]

Em suma, ele encarna como ninguém a proposta de quebrar as barreiras ideológicas e dar novo ímpeto ao pacto nacional da Constituição de 1988.

[Alerta Macron: despolitização!
Tudo se resume a uma questão de “ímpeto” (ou não), sabe…
(e, para isso, boa estampa e jovialidade são uma maravilha de cartão de visita, não é mesmo?)
Para quebrar “velhas barreiras”!
Porque, afinal, livre da “velha clivagem ideológica” (sic), as escolhas podem, finalmente, ser meramente… “técnicas” (!)
Convenhamos: o que faltava até aqui era, “apenas”, “ímpeto” + “capacidade técnica” de petit génie – de um “geniozinho” (!)]

Dentre os legados da era Lula, com a devida exceção da luta contra a fome, o mais notável e de impacto transformador incontestado é a educação, área que Haddad comandou durante quase uma década.

Os inúmeros campi e escolas técnicas inaugurados, associados às cotas, ao Prouni, ao Fundeb e ao Enem transformaram o país, empoderando milhares de jovens.

O caráter inovador de sua gestão em São Paulo está sendo redescoberto graças à resiliência de projetos e realizações como a Controladoria Geral do Município, a renegociação da dívida com a União e as parcerias público-privadas.

[Olha aí a sigla mágica: “PPP”!
A tchurminha do INSPER vai à loucura!]

Também se nota a percepção (tardia) por parte da opinião pública do acerto de medidas inicialmente polêmicas, como o novo plano diretor e as políticas de mobilidade urbana (diminuição da velocidade nas vias, corredores de ônibus, ciclovias), de direitos humanos, de desenvolvimento sustentável e de democratização do espaço da cidade.

Admirado e respeitado mesmo por antipetistas

[Opa!
Não entreguem o cara assim!]

– … está bem posicionado para liderar a transição do partido….

[“Transição” do partido…
Hmmm…
Rumo ao que, hein?]

– … depois da possível, e deplorável, inviabilização da candidatura de Lula.

[Sim, claro…
Bem imagino o quanto esse circuitinho USP-INSPER-Av. Paulista-Faria Lima “deplora” essa (muito “oportuna”) “inviabilização” (sic!) – repito: “inviabilização” (sic!) – da candidatura de Lula!

Estão a verter copiosas lágrimas de fato (!)]

Coordenador do programa do PT, tem uma relação de confiança com lideranças tão antagonistas quanto Marina Silva e Guilherme Boulos, Ciro Gomes – que chama a aliança com Haddad de “dream team

[Opa!
Não entreguem o cara assim! (2)]

– … Fernando Henrique Cardoso para quem Haddad é o melhor interlocutor da esquerda…

[Opa! – bis
Será que ambos – Haddad e FHC – pertencem à mesma… “esquerda”?]

– … e Manuela DÁvila, do PC do B, partido que foi parceiro indispensável de sua gestão em São Paulo.

A renovação e a abertura política que definem a atuação de Haddad são as únicas alternativas do PT para evitar a obsolescência – destino que tiveram os partidos sociais-democratas europeus que recusaram a se rever.

[haha
Obrigado por fazerem a minha vida mais fácil!
Quer dizer que Haddad quer para o PT a “renovação” e a “abertura” impostas à “socialdemocracia” (?) europeia, né??

– Tony & Maggie Thatcher.

Agora bem vemos para onde ruma essa tal “transição” por que Haddad quer fazer passar o PT…
Partido nascido do casamento de:
– Chão de fábrica + comunidades eclesiais de base + ex-guerrilheiros + intelectualidade…
Só coisas destinadas à “obsolescência” (sic) mesmo, né, Haddad?
Afinal…
– … a onda – agora – lá na matriz é o “New Labour” (!)

Quer dizer]

O movimento “Eu voto no Haddad, me pergunte por quê” foi criado durante as eleições de 2016. Ao longo do mês de setembro daquele ano, centenas de pessoas se empenharam em defender os avanços de sua gestão conversando com paulistanos pelas ruas da cidade.

[Parabéns pelo sucesso da iniciativa!
Quer dizer…]

O fato de ser uma iniciativa sem vínculo com estruturas partidárias

[Alerta Macron: (autoproclamado) “apartidarismo”…
“Movimento” (sic) em vez de “partido”…
Vindo “da sociedade” (sic)!]

– … e tampouco com o candidato…

[Ah, bom!
Até vi que Haddad correu a desautorizar essa “iniciativa” (sic )…
“Espontânea” (sic) …
Bem como a negar a “notinha” da Monica Bergamo!
Quer dizer…]

– Legenda:

“Vish!
Pegou mal pacas, né?
Pessoal tá falando horrores!
Pega logo uma foto qualquer com o Lula!
Álibi!
Contenção de danos, gente!
Vambora!
Ímpeto!
Ímpeto!!”

– … permitia que o diálogo se estabelecesse de maneira mais aberta. Essa independência e liberdade de debate dão força para que o movimento continue ativo desde então.

Haddad se distancia da figura do político profissional

[Alerta Macron!
Demonização do tal “político profissional” e, por tabela, da política!
Pergunta:
– De que estratos da sociedade advêm pessoas que têm os meio$ para se tornarem, “apenas”, políticos “diletantes”, “não profissionais”, hein??]

– … pela trajetória acadêmica, à qual retornou após a passagem pela prefeitura…

[C’est chic!
Melhor mesmo só se, como o Macron original, ostentasse a dobradinha Science-Po + ENA no CV!
Mas isso já era pedir demais, não é mesmo?
Pro Brasil basta…

USP + INSPER!]

– … pela franqueza e serenidade de suas colocações; pela parceria produtiva com sua companheira Ana Estela, professora e gestora pública destacada.

Muito mais do que um “plano B”

[Sabia!!]

– … Haddad tem tudo para ser o líder de uma frente ampla republicana

[Alerta Macron!
Gente!
Pode plagiar nesse nível??
Ainda mais em sendo um “acadêmico”??

Até “front républicain” (!) os caras deram um “Ctrl C + Ctrl V” e jogaram no Google translate!
Tô chocado!]

– …preocupada mais com os princípios programáticos do que com o velho pragmatismo, que se coloque como alternativa competitiva aos vários cenários regressivos à vista.

[Alerta Macron: nunca se comprometa, concretamente, com absolutamente nada!
Apenas repita, sempre, que você representa o “progresso” (?)…
– … contra o(s) “regresso(s)” (?)
À direita e à esquerda!
Aos “extremos” (sic)!]

*

– Consultor junior

Uma dúvida…

Tem rolado uma consultoriazinha básica do – macronófilo! – (e amigo) Mathias Alencastro??

(filho do (grande!) Luiz Felipe Alencastro?)

 

Aquele mesmo que, tempos atrás, viu no Ciro Gomes um Jean-Luc Melénchon?

Que, dizia Mathias, colocaria “o prego no caixão” do PT??

*

– Consultor sênior

E mais…

Foi sobre “macronismo” (e traição!) que Haddad conversou – por 5h! – com FHC??

*

C’est fini!

I rest my case!

Coitada da galerinha descolada do “Plano B” nas redes sociais, minha gente!

Haddad abriu o jogo!

(quer dizer…
“Abriu” da sua maneira tucano-uspiana, não é mesmo?)

É exatamente o que dissemos 3 semanas atrás:

– “Plano B” é, sim, traição – mesmo que “envergonhada” (?) – a Lula!

– Haddad, CNB-SP e Washington Quaquá (CNB-RJ) querem ver Lula pelas costas!

– De preferência, na cadeia do Moro!

– Que é pra potencializar a transferência de votos!

– E, assim, finalmente fazer o PT sofrer a tão sonhada… “transição” (sic)!

*

– Lula, meu querido!

– Passa a mão nesse telefone e liga urgente pro François Hollande!

– Ele tem uns negocinhos aí pra te contar, meu companheiro!

– Abre o olho!

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P.S.: podem anotar mais uma na conta desta Cassandra aqui!

Trecho de “Haddad digerido: análise do ‘desabafo’ do Ex-Prefeito de SP” (5/jun/2017):

(…)
Parênteses: isso é a cara daquela tal de “Terceira Via” do Tony Blair!
Despolitiza-se o discurso.
Não há mais “esquerda e direita”.
Como disse Jorge Roberto Silveira, o candidato do Brizolismo à reeleição na Prefeitura de Niterói no ano 2000 (Ah, essa memória que me persegue…) – durante auge da “terceira via” do Tony Blair:
– O buraco não é de esquerda nem de direita…
– … o buraco tem que ser tapado!
Ou, no ~original~, vejamos Tony Blair, em seu primeiro ano de mandato (1997), dirigindo-se ao Parlamento da França (em francês!) em sessão solene.
Parlamento esse então sob a maioria ~socialista~ do Primeiro-Ministro Lionel Jospin, mas em coabitação com o direitista (mais para centrista) Jacques Chirac, na Presidência.
Notem como Blair arranca aplausos ~unânimes~ – da “esquerda” (aspas) e da direita! – com o lema do ~seu~ New Labour / Terceira Via:
– A gestão da Economia não é nem de direita nem de esquerda.
– Ela é boa ou ruim!

E segue Blair:
– Como, diante da transição econômica e dos enormes impactos sociais que a seguem, podemos permanecer como os garantes da segurança?
– Pois aqui vai a ~minha~ definição de “Terceira Via” ou “New Labour”:
– Devemos ser de uma fidelidade absoluta aos nossos ~valores~ fundamentais (?).
– Para entrarmos, juntos, num “novo mundo”…
– … sobre o “Velho Continente”!
Pergunto eu (retoricamente):
– Ora, quem haverá de se colocar contra “isso”??
Como disse Marine Le Pen de Emmanuel Macron em debate eleitoral neste ano:
– É o vazio absoluto!
Romulus: “Complexificar” não é falar em “jargão” para os “iniciados”. É, isso sim, considerar todas as variáveis da política e da economia com a maior objetividade possível, tentando conciliar objetivos contraditórios… e às vezes antagônicos! É bem resumido pelo “en même temps” do Macron – que de fato ~abusou~ da “complexificação” na campanha, como biombo, fumaça!, para não se comprometer com nada.
Traço aqui fulminado por Marine Le Pen, em debate do primeiro turno:
– “punch line” de Le Pen sobre Macron – “é o vazio absoluto… capaz de falar por 6 minutos sem que se retenha qualquer coisa da sua fala” (!):
(Ah, Haddad…
(suspiro…)
O nosso “Macron”…
Quer dizer…
O nosso “Macron viúva Porcina“:
– Aquele que foi sem nunca ter sido
#ProntoFalei ?)
Pois, para meu desalento, sou forçado a repetir Marine Le Pen:
– É o vazio absoluto!
– Não se tira ~nada~ de concreto de todos os longos minutos de fala!
– Nem de Blair…
– … nem de Macron!
Nessa dinâmica político-eleitoral “despolitizada” – entre aspas mesmo, porque convém muuuuito a ~um~ dos lados da disputa política – não há mais esquerda (solidariedade) ou direita (liberdade).
Ou – sequer! – “soberanismo” vs. “globalismo”.
Há…
– apenas! –
quem “faz mais” e “melhor” (!)
Esse, como todos nós sabemos olhando em retrospecto (porque é mais fácil “prever o passado”, né??), o erro fundamental do Lulismo:
– Ceder à armadilha do…
– … “é de esquerda, mas faz”!
Ora, o “mas faz” não é objetivo!
Não adianta sambar e sapatear em cima de montanhas de estatísticas…
Na era da “pós-verdade”, todos sabemos que são (quase) irrelevantes!
O que importa, mesmo, são as tais das “narrativas”…
E, na guerra das “narrativas”, ~nós~ perdemos!
Pouco importou o ~nosso~ “mas faz” ~objetivo~…
Foi descontruído na ~subjetividade~ da sociedade/eleitorado.
Sobrou apenas o…
– “É de esquerda”…
Devidamente transformado, de forma deliberada e concertada, em “palavrão”.
Numa volta anacrônica, coordenada, ao “anticomunismo” dos anos 1950/60.
(que “comunismo”, minha gente? Do Lula?!)
(…)

*

*

*

Atualização 8:26 – “Ah, bom, Haddad!”

Nova “notinha” plantada:

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*

Atualização 12:49: furando a bolha (de twitter!):

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Romulus Maya

Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário! Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.

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