Exclusivo: Carmen Lúcia é prensada por militares (entreguistas) para que degole Lula
Por Romulus Maya, para o Duplo Expresso
Fonte com acesso ao Comando das Forças Armadas informa que a Presidente do STF, Ministra Carmen Lúcia, recebeu dias atrás uma prensa – “forte” – da ala entreguista das Forças. “Fizeram saber” que “não aceitariam em hipótese nenhuma” que Lula concorresse à Presidência da República. Que dirá, então, tomar posse.
Logo na sequência da prensa veio, na última quinta-feira, o patético discurso de abertura do ano no Judiciário. Só mesmo quem não conhece a tibieza (e os pés de barro…) de Carmen Lucia poderia comprar, pelo valor de face, aquele seu “canto de galo”:
Infelizmente + provável q PT se deixe enquadrar e auto-enganar c/papinho: “no STF matamos no peito”. Desaparecimento de @LulapeloBrasil combinado c/ida de @Haddad_Fernando à casa de FHC e à Globonews sinalizam q vão se deixar usar p/legitimar arapuca de 2018 – qqr forma q assuma pic.twitter.com/cLhD6oW3KQ
— Romulus Maya (@romulusmaya) February 1, 2018
Na dúvida, peçam para essa senhora, tão “altiva”, fornecer o prontuário do “detento” (?) Eduardo Cunha, por exemplo. Quando o requisitamos, fomos informados de que “o prontuário estava sendo preparado”.
Piada pronta: prontuário não “se prepara”, uai!
Ou (já) existe…
Ou…
– … não existe!
Certo, “Carminha”?
A ala entreguista nas FFAA é minoritária mas está muito bem representada nos Comandos das três Forças. Há neles, inclusive, vários veteranos da infame Escola das Américas, centro de doutrinação transcontinental mantido pelos EUA – e fábrica de torturadores e de quarteladas (alegadamente) “anti-comunistas”.
O relato da fonte chegou no dia seguinte ao discurso de Carmen Lúcia, contextualizando-o. De lá para cá fomos atrás e constatamos, estarrecidos, que a ala entreguista – que prefere ser “guarda municipal” em vez de pilotar submarino nuclear e lançar satélite – sequer faz segredo dessas suas investidas… hmmm… “políticas”, digamos.
Vejam comunicado recente do Presidente do Clube Militar:
O PENSAMENTO DO CLUBE MILITAR: PONTO DE INFLEXÃO
Gen Gilberto Pimentel
Presidente do Clube Militar
26 de janeiro de 2018A bem da verdade, para a Justiça, não há quaisquer dúvidas a respeito dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro praticados pelo ex-presidente no exercício do mandato. Isso não está mais em discussão.
[?
“No exercício do mandato”? Oi?!
Sim, para esta “Justiça” que está aí…
Refém dos seus (muitos) e$queleto$ no armário, assim como os Senhores – traidores da pátria, todos no bolso de potência estrangeira (invasora)]
É o que se pode inferir das palavras de um dos desembargadores do TRF4 antes de proferir seu voto: “O julgamento dessa turma põe fim à discussão acerca da matéria de fato. Restando, eventualmente, se houver recurso aos tribunais superiores, exame de questão de direito, mas não mais, a rigor, questões de fato”.
[?
Já ouviu falar de “nulidades”?
De “cerceamento do direito de defesa”?
De anulação de julgamento?
Melhor o Senhor dedicar o seu tempo a comentar algo que domine…
Que tal o tema “fardas: novas tendências em tons e texturas – coleção inverno 2018”?]
Não há como desconsiderar que o réu está envolvido em diversos outros processos e que outras condenações semelhantes estão por vir.
[Ah, disso nem eu nem o Senhor temos a menor dúvida, não é mesmo?]
Como falar, então, em candidatura ou pré-candidatura deste cidadão a cargo político e pior, ao mais alto cargo da Nação, o mesmo em que foram cometidos os crimes agora julgados e muitos outros ainda por serem?
[Nossa…
O Senhor realmente está dominando o tema, hein?
#SQN]
Será que raciocinam com as consequências para nosso país, aqueles que ainda avaliam pública e insistentemente hipóteses que tornem viável o exercício da Presidência da República do Brasil por um condenado? E me refiro, em especial, a instituições como a mídia, políticos e setores do próprio judiciário. Será que isso é bom para uma democracia sempre em busca de se consolidar? Não seria muito mais racional abrir espaço para discutir os danos decorrentes de tal situação?
[“Mídia, políticos e setores do próprio judiciário”, hein?
Para completar o consórcio do golpe, além – evidentemente – da ala entreguista das FFAA, só ficaram faltando “finança internacional” + “deep State americano”!
Mas esses, como sempre, melhor deixar subentendidos, não é mesmo, General?
Desculpe-me a franqueza rude, mas “bom para uma democracia sempre em busca de se consolidar” será o dia em que militares antinacionais e antipovo como o Senhor deixarem este plano!]
Será que por um momento imaginam as dificuldades de relacionamento de toda a ordem com as demais nações? E o constrangimento e grau de confiança de um chefe de estado ao negociar com seu colega condenado pela prática de crimes tão graves?
[Puts… mas agora o Senhor caiu no ridículo mais absoluto!
Versus…
“Temer solenemente ignorado no G20”
O Senhor, de fato, tem o chefe (das Forças Armadas) que merece!
E cuja pequenez – sempre à venda – bem representa a ele, a si e aos seus!]
E como exerceria sua liderança, tal governante, sobre instituições como as Forças Armadas, só por exemplo, basicamente calcadas na disciplina e no cumprimento das leis?
[Pergunte ao seu chefe: Temer!
Ele, certamente, saberá a resposta!
Dica: não mencionar “malas” na frente dele, ok?
Ou melhor: mencione, sim!
E, na oportunidade, exija aumento no seu quinhão…
– … pelos (vexatórios) serviços ora prestados!]
Pelos podres poderes remanescentes, ainda consideráveis, acumulados graças ao uso criminoso do governo, pelo seu perfil populista, que ainda lhe garante significativo índice de aceitação, sobretudo nas camadas menos esclarecidas e, também, pela extensão incomparável dos crimes cometidos – “principal articulador do esquema de corrupção do seu governo”- é, de longe, o ex-presidente, a principal figura dessa funesta geração de políticos, independente de coloração partidária.
*
Dúvida – se há – é sobre o número de malas, recheadas de “verdinhas”, em circulação por aí…
Lembra os velhos tempos da “Redentora”, não, General?
Secretário de Estado dos EUA fala abertamente em golpe militar na Venezuela. Em 1964 generais receberam malas c/verdinhas p/aderir à”Revolução”.
Qts malas ñ oferecem a generais venezuelanos!
E tem quem no PT ache q “acordo” c/Globo/FHC será cumprido.
Alô! Eles ñ mandam! Obedecem! pic.twitter.com/SxzoBNAIdP— Romulus Maya (@romulusmaya) February 2, 2018
*
Ao falar sobre esta pauta com Wellington Calasans, o colega insistiu para que falasse de “ala entreguista” nas FFAA. E também para que frisasse que são “minoritários”. Calasans, que ostenta até mesmo o título de “Amigo do Exército”, além de manter boas fontes nas Forças, garante que os entreguistas não passam de 25% – “se muito”.
O problema, colega Calasans, é que essa minoria é extremamente vocal, não?
Perguntemos à “brava” Ministra Carmen Lucia o quão vocais eles podem ser…
Para piorar tudo, a ala nacionalista, que você garante ser “largamente majoritária”, é extremamente discreta, não é verdade?
Discreta demais, eu diria…
Não ousa fazer sinalizações para além de…
– … “offs”!
A esse respeito, permito-me reproduzir trecho do artigo “Os mais tucanos dos petistas (e vice-versa): o “uspianismo” (político)”, publicado nesta manhã aqui no Duplo Expresso. O texto é de Piero Leirner, antropólogo e professor universitário que teve as Forças Armadas no centro da sua pesquisa de pós-graduação. Conviveu, inclusive, com o atual Comandante do Exército, o General Villas Boas, quando esse estava lotado no Comando da Amazônia.
Eis observação de Leirner extremamente pertinente:
(ou seria lamento?)
(…)
De outro lado, o campo burguês (não achei palavra melhor, mas acho que é isso mesmo), este tem 3 forças estatais que fazem a “linha de contato” na batalha com o campo popular (claro, o burguês itself está sempre recuado, no comando, é invisível). Diria que são as duas acima, o Jurídico e as Forças Armadas (isto é, os subsistemas do aparelho repressivo-punitivo), + a imprensa burguesa (que hoje, mais que nunca, poderíamos ver como um “aparelho ideológico de Estado”, como diria o Althusser).
Notem bem que nas forças do Estado os dois primeiros são aparelhos permanentes, e estão plenamente vertidos à causa de um Estado a-nacional. E de fato nem um nem outro têm grandes inclinações às causas populares. Tenho a péssima impressão que aqui é jogo perdido, mas é só uma sensação, especialmente em relação às FFAA. Notem que bastaria uma, mas uma única palavra do comandante do Exército, dizendo que a Justiça passou dos limites, que talvez todo jogo começasse a virar mais fácil.
(…)
*
(suspiro!)
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