Discutindo a “Mídia OTAN” (a partir das ideias de Roberto Lucena)
A participação de João de Athayde no Duplo Expresso de 31/mai/2019 está aqui:
Por João de Athayde, para o Duplo Expresso
O termo “Mídia OTAN” (ou “Imprensa OTAN”, como também se passou a utilizar)[1], cunhado pelo expressonauta[2] pernambucano Roberto Lucena, mostra-se um termo-utensílio de grande serventia na compreensão dos jogos de interesses geopolíticos e de como os recentes acontecimentos no Brasil se inserem no seio destes. “Mídia Otan” é um termo praticamente autoexplicativo – uma das razões de sua contundência. Dada sua originalidade, não apenas em termos nacionais, mas, ao que me parece, em termos internacionais de igual forma, achei oportuno afinar o debate em torno da noção, trazendo a público trechos de mensagens (escolhidos, revistos e editados) que troquei com Lucena em posts e chats em privado[3].
Uma (nova) noção é assim: permite diversas leituras, releituras e interpretações. O sentido dos novos termos se constrói e se modifica com o tempo e segundo sua utilização. Na minha tentativa de definir o conceito em poucas palavras, escrevi a Lucena que este seria algo como:
“Mídia OTAN: o aparato midiático de jornalismo e comunicação, disseminado entre diversos países que, após a Segunda Guerra Mundial serve como estrutura de imposição, dominação e defesa — muitas vezes velada — dos interesses Norte-Americanos e de alguns de seus principais aliados, sejam estes países, empresas ou grupos de interesses.”
O próprio Lucena explicou-me, numa mensagem privada que, quando concebeu o termo, ele, “mirava mais a projeção de poder deles pra fora das ‘linhas’ da Europa”, mídias como a DW – Deutsche Welle alemã, a BBC britânica e a espanhola El País. O El País é uma das principais porque tenta posar mesmo de “Jornal-Nacional-sem-ser”. Lucena observa que, “eles entraram no país a partir de 2013³ e praticamente acompanham todo o desmonte do país de perto (que começa pra valer com aquelas ‘marchas’ de 2013) e dão suporte ideológico e retórico a esse pessoal (do desmonte), sendo projeção do poder da OTAN na América Latina”.
Pela a evolução na utilização do termo no Duplo Expresso e a meu ver — eu gosto especialmente da variação “Imprensa OTAN”, devido à sua especificidade — o termo parece servir para designar tanto este tipo de mídia fora da Europa, como a maior parte da grande mídia europeia atuando dentro do próprio continente europeu[4]. Se por um lado temos mídias claramente “expansionistas” (para não dizer “imperialistas”), como as citadas acima, tanto internamente na Europa como no Brasil vemos mídias que em certos momentos e determinados assuntos se alinham à Imprensa OTAN, não ficando sempre claro se por interesses diretos — quem as financiam? — ou pela pressão as quais são submetidas (Globo, Veja, Folha, Le Monde, France Info…). Que fique claro que, quando se diz “Mídia OTAN” não quer dizer que a totalidade das publicações e emissões dessas mídias seja “rigidamente direcionada”; geralmente só os assuntos mais sensíveis o são (claro, a partir de linhas gerais que já são de antemão definidas com algum direcionamento). Isto porque o conjunto do veículo de informação precisa passar um aspecto de “razoabilidade” para seu público, mantendo uma programação variada e apresentando “opiniões divergentes”, mas que, muitas vezes, não divergem no essencial. Assim se procede porque, dependendo do público-alvo do órgão midiático, este desconfiaria ou se desinteressaria caso a pauta ou as interpretações fossem por demasiado explicitamente tendenciosas. Os mais diversos perfis sociais e políticos devem poder encontrar pontos para se identificarem na palheta midiática que lhes é oferecida. Não se pode suprimir totalmente o sentimento de insatisfação ou revolta de uma população; mas se pode sutilmente e pouco a pouco, direcioná-lo, moldá-lo, pacificá-lo.[5] Lembremos também que, mesmo atuando no interior desse sistema, alguns jornalistas, comentaristas, produtores ou entrevistados conseguem eventualmente “furar a bolha” em alguma medida, restando porém, geralmente relativamente marginais à corrente principal ou conseguindo projeção apenas por um breve período de tempo. A esse respeito, Lucena me escreveu:
(…) pode-se mencionar como essas mídias atuam nos respectivos países (na Europa e América do Norte), que não deve ser muito diferente dessa defesa unilateral do projeto neoliberal dessas elites, mas essa mídia tem um papel de guerra exclusivo quando atuam na América Latina, papel imperialista mesmo (no sentido clássico), dão suporte a todo desmonte provocado pelos EUA (com os lacaios dentro, Lava Jato & cia.). Por vezes fazem uma propaganda até mais asquerosa que a Globo, atacavam/atacam a Kirschner (ex-presidente da Argentina) abertamente, o governo da Venezuela também; com o PT pisam um pouco no freio pois acham que o PT ainda pode voltar ao poder (mais liberal) e negociar com eles, mas com a Kirschner é pancadaria aberta pra arrancar o pedaço e com o Maduro idem (…) Eu faria uma diferenciação da atuação desse aparato de mídia dentro da Europa, embora a OTAN surgiu pra isso mesmo: a contenção da Rússia e manutenção da “ordem liberal” intocada (via sabotagem etc. como na operação Gládio[6]), sem muita “crítica ao sistema”. Mas quando aparecem no formato digital na América Latina, o papel é de derrubar governos e impor essa “desordem liberal” a ferro e fogo, demonizando governos, figuras etc. (…) Por isso que a Rússia investe em contra-informação, lança a RT em espanhol, a Sputnik (é a única em português, embora os russos não deem muita atenção a essa versão pois havia até “olavete” dentro, gente contra o governo brasileiro alinhado à política externa russa; já foi pior, mas está até branda hoje) pra servir de contraponto a essa mídia imperial da OTAN (seção europeia), que é mais articulada que a mídia dos EUA, embora os EUA tenham lançado o braço deles aqui via The Intercept, do Greenwald, primeira mídia abertamente norte-americana em português (de peso), pra moldar a “voz crítica” ao golpe.
Inicialmente Roberto Lucena se referiu a uma “mídia da OTAN”. Romulus Maya abreviou para “Mídia OTAN”, solução que agradou a Lucena. Pensar em termos de “mídia da OTAN” nos ajuda a compreender o contexto no qual ela surge no Brasil, como Lucena continua a explicar:
Essa “Mídia OTAN” não brotou do nada, o El País representa bem a malta (a elite ou elite financeira) espanhola que fazia negócios com o PSDB de São Paulo, FHC, Serra e cia. e que tem “laços” (afinidades) com o PT de São Paulo; que virou um “puxadinho tucano” light, há muito tempo. A DW não tem essa ligação, fala mais “pelo governo alemão”; tomada de uma linha neoliberal, adota uma retórica de um “subimperialismo” puxa-saco dos EUA na região (América do Sul). Curiosamente a Alemanha tem multinacionais estratégicas no Brasil, o que remonta ao governo JK, que foi central no ressurgimento da Alemanha Ocidental no pós-segunda guerra (e a DW ao apoiar a política dos EUA para região atira no próprio pé da Alemanha, pois sua indústria é afetada). A BBC idem, destaco que essas duas são mídias públicas na Alemanha e Reino Unido, são atreladas a governos mesmo possuindo “independência”, já o El País é privado (grupo PRISA, daí a ligação mais forte com o Santander e afins, a malta financeira da Espanha). O El País é o “modelo” principal, porque já atua há mais tempo na América hispânica (é bem visto nela) e é mais organizado. Os EUA terceirizaram pra Espanha esses conchavos pra desmontes na América Latina desde a era FHC (os EUA eram bem impopulares na América Latina, e continuam sendo), nos governos neoliberais do México, da Argentina (Menem e depois De La Rua, mesmo sendo “oriundo” de um “partido de esquerda”, que culminou na grande crise argentina), etc. Isso eles faziam via Santander, Bilbao-Viscaya etc., o setor pesado do financismo espanhol, mais as multinacionais de lá (Iberdrola, Telefonica, que controla a telefonia de São Paulo, um filão “robusto”; veja como a ligação com a tucanada é forte, e sem contestação do PT paulista) pra pilhar o país e os EUA pegarem o que interessava (quando os EUA querem algo eles têm prioridade sobre esses “parceiros de rapinagem”, “pilhagem”). A princípio os EUA queriam mais ver a economia do Brasil arrasada pra atrasar um certo despontamento do país, nesta “primeira fase”, a ideia é manter o país pilhado, oprimido. A segunda veio agora, com as marchas do golpe e com a “Mídia OTAN” (por conta do descrédito da “mídia nativa”, que já não mostra a mesma força de “convencimento” do passado, e pra disputar mercado também contra esta) que veio pra dar suporte intelectual ao golpe de estado, à “revolução colorida” de 2013 (o golpe começa ali, o El País entra praticamente junto no Brasil, o resto da Mídia OTAN veio no rastro pra não perder o “butim”: “opa, vai ficar tudo com Espanha e EUA? A gente também quer um pedaço”… e funciona assim até hoje, no vácuo da Globo que virou uma imundície pública decadente que nem bolsonarete anda dando bolas. O ocaso da Globo já era previsível, hoje tem povo conectado em toda parte (a smartphones/celulares) que não assiste mais a emissora, principalmente o público mais novo. A audiência da Globo (e resto da “mídia aberta” do país) ficou mais restrita a um público envelhecido, sem renovação, que não acessa internet. Esse público mais novo acessa o Google (Youtube, e no passado também acessavam o Orkut), Facebook e todo esse aparato tecnológico de mídia feito pra “fazer a cabeça”, sem o país ter uma mídia forte pública como possuem a Venezuela (Telesur) ou Rússia (RT principalmente). O que penso de “Mídia OTAN” é mais ou menos nessa linha, são tentáculos da OTAN (Aliança Atlântica) agindo no país (porque são mídias dos membros da OTAN mesmo) que vieram em suporte ao golpe, porque os EUA não querem se “envolver diretamente e abertamente” (pra não suscitar mais suspeitas/acusações do que já recebem, que tornaria mais fácil a denúncia do golpe por inteiro) e em cima do desgaste pelo qual passa a “mídia nativa”, que passa por crise econômica também e de disputa pesada com canais fechados dos EUA (principalmente na parte de esportes). Ou como no caso do The Intercept do Greenwald, que ficou “putinho” (irritado) no fim de sua entrevista com o Lula na prisão, porque o Lula disse, de forma mais contundente, que os EUA estão na cabeça do golpe, a primeira fala dura de verdade dele sobre isso… que bateu no “patriotismo” do “Falcão do PSOL” (o Greenwald)… O The Intercept é a única mídia abertamente Norte-Americana com influência agindo no país. (…) Veja por onde o povo dito “progressista” (e mesmo parte dos que não são) se “informa”: usam direto essas mídias, que são uma coisa horrível, ou nas nacionais tradicionais bem bichadas (…) o Daniel Dantas (banqueiro), é dono de uma delas…já viu banqueiro com “preocupação social”? E quem atua junto do site do Daniel Dantas?…
Vemos que na ideia original de Lucena, o termo designa a chegada da imprensa oriunda dos países da OTAN no início das manifestações do tipo “revolução colorida” que deram origem ao golpe; uma mídia dando cobertura ao ataque de desestabilização que se realizava no Brasil. Esta fica sendo uma primeira e válida acepção do termo. Entretanto, verificando a atuação da grande mídia tradicional no Brasil na mesma época, na sequência e mesmo anteriormente (Globo, Estado, Folha, Veja, Istoé…), vemos que estes veículos agem na mesma direção liberal, antinacional etc. Agindo em conjunto ou como colaboracionistas da Imprensa OTAN estrangeira, ou mesmo antecipando-se a esta, essa mídia brasileira se alinha ou se alia a estes. Logo, numa segunda acepção, podemos chamar de “Mídia OTAN” o conjunto formado pela Imprensa OTAN estrangeira e a grande mídia liberal-entreguista brasileira (e vendo sob esse prisma, a imprensa OTAN já agiria no Brasil muito anteriormente).
Já numa terceira acepção do termo, como a que enviei para a avaliação de Lucena (reproduzida no início deste texto), “Mídia OTAN” serviria para designar o conjunto da mídia hegemônica liberal e servindo aos interesses americanos e/ou de seus principais aliados nos mais diversos países do globo. Sob esta ótica, não me parece necessário que um determinado órgão midiático mostre que esteja constantemente “alinhado com os EUA-OTAN”; o órgão pode seguir seu caminho “independente” até que um assunto crucial entre em questão: aí então se “revela” o lado “imprensa OTAN” do órgão. Não descarto que eventualmente um órgão ou um jornalista, digamos, mais imparcial, possa ser coagido a tomar uma determinada posição; se agem assim com os governos, por que não agiriam assim com um órgão de imprensa?
Na minha visão, a “Imprensa OTAN” funciona em conjunto com o “Sistema Hollywoodiano de Entretenimento e Hegemonia”,[7] sendo o outro lado da pinça de um sistema de dominação que coloca os EUA no centro, deixando alguns nichos para seus aliados mais próximos. A hegemonia é, assim, informativa, narrativa e estética, (e claro, mercadológica) não esquecendo do que eu chamaria da “premissa da pauta”: o que deve ser discutido, em que momento, com que abordagem e por quem. Se me faço entender, não é que todos os interesses dessa grande estrutura midiática formada pela imprensa OTAN e o Sistema Hollywoodiano coincidam em todos os aspectos e a todo momentos. Trata-se de um aglomerado de sistemas com vários interesses em jogo — inclusive pessoais — e por vezes esses interesses entram em contradição ou em oposição. Mas “subitamente” esta constelação midiática se une (incluindo certas imprensas locais), sobre determinadas pautas que lhes parecem essenciais, como na “lógica do mercado” sobre a razão da justiça social, os ideais de solidariedade ou as autonomias nacionais. Essa união não se restringe ao discurso, podendo também se dar na forma do silêncio ou omissão sobre um determinado assunto.
Constatamos facilmente que a hegemonia americana-aliada-liberal opera a Imprensa OTAN e o Sistema Hollywoodiano como ferramentas estratégicas de alta importância — como um Soft Power e uma arma de guerra ideológica — sempre lembrando que estas são utilizadas diariamente, ao contrário de certas armas de guerra convencional ou atômica, que são raramente, ou nunca, disparadas. Tal sistema midiático não se constitui exatamente como uma “força de dissuasão”, como são as temidas “armas de destruição em massa”, mas sim de “armas de utilização em massa”, quotidianas e íntimas.[8]
* João de Athayde é antropólogo carioca residente na França (Aix en Provence). É doutor na Universidade de Aix-Marselha, França e vinculado ao IMAF (Institut des Mondes Africains/ Instituto dos Mundos Africanos) com pesquisa sobre as heranças culturais ligadas ao tráfico de escravos no contexto do Atlântico Negro, em especial sobre identidade, religião e festa popular entre os Agudàs, descendentes dos escravos retornados do Brasil ao Benim e Togo, numa perspectiva comparativa entre a África e o Nordeste Brasileiro. Ele participa e comenta no Duplo Expresso às sextas-feiras.
Notas do Autor:
- OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, ou NATO em Inglês. Organização militar internacional sob a iniciativa Estadunidense, instituída na sequência da Segunda Guerra Mundial tendo como base a aliança Anglo-Americana. Segundo o general Britânico Lord Ismay, o primeiro secretário geral da instituição (1952-57), o papel da OTAN seria o de “Manter os Russos fora, os Americanos dentro e os Alemães por baixo. (« Keep the Russians out, the Americans in and the Germans down »). A situação evoluiu, porém, e a organização passa a abertamente a ser utilizada para a defesa de interesses político-econômicos dos EUA e de seus mais próximos aliados, sejam estes países ou grupos de interesses. ↑
- Expressonauta: espectador, leitor, acompanhador e participante das discussões em chats, post e mídias sociais ligados à “comunidade Duplo Expresso”, a partir do site duploexpresso.com. ↑
- Agradeço desde já as valiosas revisões e sugestões de Roberto Lucena ao conjunto deste texto. ↑
- ³ “El País inaugura redação em SP nesta terça-feira” 25/11/2013: http://www.abi.org.br/el-pais-inaugura-redacao-em-sp-nesta-terca-feira/
“Mídia OTAN” seria nesta acepção, um termo mais específico que “Mídia Mentira” (“Media Mensonge”, no original em francês), expressão utilizada pelo escritor, editor e blogueiro Belga Michel Collon, do website Investig’action (https://www.investigaction.net/fr). “Mídia OTAN” traz uma ideia de ação em conjunto em vistas de objetivos estratégicos, enquanto “Mídia Mentira” se refere ao fluxo constante de distorções, omissões e fake news que encontramos nas mídias centrais assim como em algumas mídias auxiliares periféricas. De fato, as duas noções se complementam, e como bons utensílios teóricos — ou seja, ferramentas de interpretação — permitem ângulos de visão mais claros dependendo de quais aspectos busquemos colocar em evidência.Outro termo bastante difundido nos países de expressão francesa é “intox” de intoxicação (este, que eu saiba, sem um autor específico). “Intox”, na minha interpretação, se refere à quantidade massiva de (des)informação veiculada pela grande mídia e auxiliares que terminam por deixar os leitores-espectadores tontos, entupidos e perdidos, incapacitados, assim, de discernimento. Com um pouco de humor, eu poderia exemplificar “intox” assim: Ingira dois quilos de comida de fast-food e você será incapaz de apreciar o mais delicado manjar de sobremesa.Já o pensador e ativista francês Etienne Chouard (http://chouard.org/blog/) se refere ao que as grandes mídias autoproclamam como “informação”, como sendo pura “distorção”. Certa vez escutei dele uma fórmula que eu poderia adaptar ao português da maneira seguinte: “eu acordo de manhã e ligo a rádio de notícias para escutar as distorções”. ↑ - Ver mais sobre a noção de pacificação no artigo “O Povo Brasileiro Não é Pacífico, Ele é Pacificado” https://duploexpresso.com/?s=pacificado ↑
- Gladio: organização clandestina do tipo stay-behind (“ficar atrás”) conduzida pela OTAN no contexto da guerra fria, envolvendo, entre outras ações, atentados terroristas de falsa bandeira e envolvimento com grupos de extrema-direita. Links para documentários sobre a Gladio legendados em português: https://www.youtube.com/watch?v=ky8iuO8hIjwhttps://www.youtube.com/watch?v=YUXmLZgJBYA&t=617s ↑
- Artigo sobre o Sistema Hollywoodiano de Entretenimento e Hegemonia: https://duploexpresso.com/?p=103196 ↑
- Eis um extrato do texto “As Mudanças na Face da Guerra: em Direção à Quarta Geração” (“The Changing Face of War: Into the Fourth Generation”) escrito por oficiais da Marinha Norte-Americana na revista Marine Corps Gazette de outubro de 1989: “Os noticiários da televisão podem se tornar uma arma operacional mais poderosa do que as divisões blindadas.” (“Television news may become a more powerful operational weapon than armored divisions”). Link para o artigo original em inglês: https://drive.google.com/file/d/1Hqhk9GSfF2H_UhyrP1zv60ljo0q1pXZI/view?usp=sharing ↑
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