Rosangela Moro – A mulher por trás do “mico”
Por Wellington Calasans, para o Duplo Expresso
O Brasil amarga uma das piores crises institucionais e econômicas de sua história, situação causada, em grande parte, pela Lava Jato. Operação – com patrões norte-americanos – que promoveu o desmonte da nossa indústria nacional, aprofundou o rombo na Petrobras, paralisou empreendimentos e “quebrou” empresas privadas, acusadas de corrupção.
Consultoras independentes já estimaram que a Lava Jato custará mais de R$ 140 bilhões à economia brasileira. Segundo dados do IBGE, falta emprego para 27,7 milhões de brasileiros. A pobreza extrema já atinge 15 milhões de pessoas. O pobre voltou a cozinhar com lenha e madeira que catam na rua, ou compram comida ou compram gás.
Mesmo assim, existe um grupo “seleto” de pessoas que estão lucrando com a miséria e o desmonte do país. Ganha um doce quem descobrir o nome. Acertou quem respondeu que a própria quadrilha da Lava Jato é a maior beneficiária da destruição que promove. Parentes e amigos de procuradores ganhando milhões como advogados das “vitimas”, da já denunciada indústria da delação premiada.
Além de casos, já relatados aqui no Duplo Expresso, como o de Deltan Dellagnol (“DD” na alcunha do crime) que cobra caro por palestras e compra casa de programa social de pobre para especular. Isso sem esquecer que este mesmo fanático religioso é também suspeito de participar dos achaques do advogado Carlos Zucoloto ao advogado Rodrigo Tacla Duran, onde foi revelada a sua alcunha no crime (“DD”).
A senhora advogada Rosangêla Wolff Moro, primeira dama da Lava Jato, graças ao “sucesso” do seu marido um juiz de primeira instância que foi alçado à posição de herói jeca do Brasil pelos boçais, contratado para criminalizar um partido só e ser o carcereiro do ex-presidente Lula com 41% nas pesquisas eleitorais preso e incomunicável. Uma agressão contra a soberania popular e presunção da inocência.
Rosangêla com o seu espírito ‘’empreendedor’’ que vem de longas datas (veremos a seguir) não saberia viver sem pegar carona na esteira do sucesso do “Carcereiro de Lula”. Criou uma página no facebook “Eu Moro com ele” para trocar figurinhas com os fãs do seu marido, sobre o privilégio de poder dividir o mesmo teto com tamanha ‘personalidade”, o criminoso juiz Sérgio Moro.
Esta aloprada adora usar o twitter para defender o maridão ou fazer proselitismo político, como fez quando a imprensa criticou o juiz por receber auxílio moradia morando em casa própria. Um casal tão “ético” e implacável no “combate à corrupção”, tem na “senhora Moro” ataques histéricos contra a imprensa quando é criticada. Afinal ela é a primeira dama da Lava Jato.
A senhora Moro também gosta de tripudiar em cima das vítimas do seu “implacável” marido, juiz da Lava Jato. Como se expressou em seu twitter onde ela pede que eleitores não votem em candidatos réus. Somente no Brasil uma mulher de juiz se arvora em árbitro da política nacional. Talvez porque no fundo a senhora Moro deseje ser candidata a algum cargo político. Ela já foi sondada para se candidatar ao senado pelo Paraná.
Muito vaidosa, Rosângela já foi capa da Revista Claudia, aquela revista de classe média que ensina a emagrecer 5kg em um dia, ou como fazer o seu homem se apaixonar por você em 24h. Rosângela, pasmem, virou o ícone fashion das “manifestoches” de classe média. Foi entrevistada também pela jornalista Cristiane Pellagio na Globonews (claro!), onde contou como conheceu o juiz Sérgio Moro, que segundo ela foi seu professor.
Mrs. Wolff Moro sempre acompanha o seu marido “celebridade” em todos os eventos e palestras de Black Tie ou Passeio completo ao redor do mundo. Principalmente nos EUA, hospedando-se nos melhores e mais luxuosos hotéis 5 estrelas. Muitos desses eventos são financiados por fundações entre elas a Fundação Lemann, do empresário Jorge Paulo Lemann, aquele que quer comprar a Eletrobrás, a água e até a torneira da sua casa.
Fazer parte do clube “seleto” da Lava Jato é ser intocável, como Rosângela talvez cometendo um “ato falho” falou através do seu Twitter: “Não tenho medo. Eu me sinto BLINDADA pelas orações dos fãs!”. Dos fãs? Sei!
E deve se sentir “blindada” mesmo, Rosângela tem o seu nome ligado a um esquema de corrupção de 450 milhões desviados das APAEs (Associação de pais e amigos dos excepcionais). É uma espécie de Mamãe Noel ao contrário: tira presentes das criancinhas.
A advogada Rosângela Moro teria recebido dinheiro do escritório do também advogado Rodrigo Tacla Duran, que depois que se negou a pagar o “pedágio” passou a ser acusado de operar propina da construtora Odebrecht. O nome de Rosângela, juntamente com o escritório do advogado Carlos Zucolotto Júnior, aparece em um relatório da Receita Federal entre os advogados que trabalharam para o escritório de Tacla Duran.
O nome da senhora Moro consta na DIRF (Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte), significa que o escritório de Tacla Duran efetuou pagamentos ao escritório e aos advogados do escritório. Ou seja, a senhora Moro, recebeu os pagamentos para “vender facilidades” na Lava Jato.
Nunca é demais lembrar que o advogado Rodrigo Tacla Duran, agora apontado como operador de propinas da Odebrecht, acusa o advogado Carlos Zucolotto Júnior, amigo do criminoso juiz Sérgio Moro e de sua esposa’, de “negociar facilidades”, como redução de penas e multas, em acordos de delação premiada na Operação Lava Jato. Resumindo: uma quadrilha que vende sentenças.
A ”blindada empreendedora”, a advogada Rosangela Wolff Moro, depois do sucesso das palestras de seu marido e procuradores da Lava Jato, deu um drible na crise e abriu uma empresa de cursos e palestras em sociedade com o advogado Carlos Zucolotto (aquele que acabamos de citar, que o advogado Tacla Duran acusa de extorsão e que a senhora Moro aparece tendo recebido dinheiro).
Rosangela abriu, em Janeiro deste ano uma empresa de cursos e palestras no mesmo endereço do escritório de Vicente Paula Santos. Vicente é advogado do procurador da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima. Interessante é que a nova sociedade entre Carlos Zucolotto e Rosangela foi oficializada um mês depois da denúncia de Rodrigo Tacla Duran. Quanta discrição!
Enquanto o Brasil afunda e o povo fica cada vez mais mergulhado na miséria, a quadrilha “VIP” da Lava Jato segue lucrando e brilhando mundo afora, fazendo palestras sobre a “corrupção sistêmica no Brasil” ou “como a lava jato é maravilhosa”. Brindando champanhe nos intervalos, enquanto agonizamos sem presunção de inocência e sem constituição! “Este é o país que vai pra frente!”
Obs. este texto foi anunciado com um dia de antecedência. Parece que não apenas os “Zumbis” órfãos das páginas do MBL resolveram visitar o Duplo Expresso. Temos outros veículos da “Globosfera” tentando imitar a gente. O bom é que avisamos antes, como mostra este print (me rendi aos colegas Romulus e Camila que adoram fazer print de tudo. O meu fuso horário é +5h em relação ao de Brasília).
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