Tensão máxima – rompimento da corda definirá se teremos eleições em 2018
Por Wellington Calasans, para o Duplo Expresso
Pesquisas de opinião pública são hoje apenas um atestado de reprovação da justiça, emitido pelo povo. É dramática a situação daqueles que lutam pelo Brasil Colônia. De um lado, a total ausência de um candidato capaz de ser visto como viável para uma disputa eleitoral. Do outro lado, a sombra de um Lula vivíssimo que, mesmo preso (político), é a única esperança de um Brasil soberano para a maioria esmagadora dos brasileiros.
A cada nova pesquisa o que temos como resultado é o fracasso do golpe e a insustentabilidade do regime vigente. De nada adiantou aos EUA e Banca Internacional a cooptação das células nas instituições brasileiras para o assalto pacífico do país. O conflito social, que somente os sabujos não viram, é inevitável nos próximos meses. São vários os sinais que apontam para isso. Até mesmo a certeza de que o caos generalizado será o último recurso dos piratas para que justifiquem o roubo das nossas riquezas.
Falhou a tentativa de “normalizar” a exclusão de Lula, através de crimes forjados por uma justiça desmoralizada. Assim como falhados estão os diversos ensaios para a tentativa de dar viabilidade aos candidatos escolhidos como iscas para fisgar o povo. Os caricatos Luciano Huck, Joaquim Barbosa e Dória, foram tão reprovados quanto os subprodutos da democracia, Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Fernando Haddad.
O PC do B, através de Flávio Dino, declara amor a Ciro, que declara amor ao PSDB, DEM e PP, que não amam ninguém e que são odiados pelo povo que ama Lula. Atento, o eleitor deixa claro que “amor a Lula” não é o mesmo que “amor ao PT”, pois na pressa de Jaques Wagner e Fernando Haddad o desejo de luta por “Lula Livre” foi negligenciado, numa clara demonstração de “queima na largada”.
A tensão é real e o risco de suspensão das eleições é cada vez maior. Temer já criou o ambiente para isto, juntamente com o judiciário carcomido. Tirar Lula, mesmo quando o povo diz ser ele o seu candidato, e prometer aos caminhoneiros o que não poderá cumprir, são os ingredientes perfeitos para o inevitável caos que se aproxima e que, na nossa contagem, poderá iniciar já no final deste mês.
Partidos de esquerda, centrais sindicais e sindicatos diversos perderão o bonde da história se tentarem posar de “isentões” diante do visível desejo por mudança do povo, manifestado pacificamente nas pesquisas e apoio às greves.
Sem povo, sem imprensa (desacreditada), sem justiça (desmoralizada), sobrou ao regime atual o uso das Forças Armadas através do único papel que lhes é reservado numa república das bananas, o de capitão do mato. Bater, oprimir e matar o povo que quer um Brasil melhor e uma vida digna, será este o trabalho de quem teve medo de lutar para dominar o espaço aéreo, as fronteiras marítimas e a pesquisa científica.
Somente Lula é capaz de dialogar com todos os lados e de pacificar o país. Apostar no caos planejado pelos invasores estrangeiros é apenas retardar a própria morte. Os empresários nacionais e a turma do entreguismo precisam entender que “o recuo” também é uma estratégia vencedora. A permanecer tensionando a corda, os resultados serão terrivelmente inimagináveis.
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