Já nos próximos dias: ocaso de Moro, “acordão” e a luta pela Presidência
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Já nos próximos dias: ocaso de Moro, “acordão” e a luta pela Presidência
O Núcleo Duro passa o noticiário (nada…) caótico dos últimos dias em revista.
E ligando todos os pontos “soltos”.
Sempre torcendo para estar errado, né…
O que, infelizmente, nunca se confirma.
(suspiro)
Não mesmo! – Fernando Morais conseguiu um furo “exclusivo” dos termos do “acordão” sendo negociado.
Quer dizer… “exclusivo” apenas para quem ~não~ leu o blog nas últimas semanas… rs
Porque os leitores vão todos repetir comigo em jogral:
<<EU JÁ SABIA!!>>
*
Romulus: E a demissão da Maria Silvia Bastos do BNDES, hein, Ciro?
Somos dois projetos de Cassandra!
Eu adoraria ter errado minhas previsões desde que comecei a escrever em mar/16. Infelizmente, não errei nenhuma.
E tal qual Cassandra, não adiantou nada gritar e arrancar os cabelos.
Maldição divina é phoda!
Ciro: Maria Silvia foi fritada pela indústria, que lembrou que sem governo não existe e pelos bancos que lembraram que se todo mundo quebrar eles são os primeiros a quebrar também… E você sabe, para os liberais a coisa mais importante é a reputação. Não dá, saem…
É lindo quando a realidade mostra seu poder em cima do “modelo”.
KUPFER me representa: “Recuperação Porcina”, a que foi sem nunca ter sido! Amei, e o invejo por não ter pensado nisso antes. Liberais, tremam, vocês não entregaram aquilo para o qual foram contratados… Se ao menos os heterodoxos não tivessem fracassado tão fragorosamente antes…
Sobre a política econômica em eventual queda do Temer. Não está em jogo (no máximo o grau de maldade de sua aplicação). Se fizéssemos uma revolução amanhã e Stalin fosse presidente do Brasil, o ministro da fazenda seria um Meirelles…
Janot partiu para o desespero porque sabe que o inevitável acordão está cada vez mais próximo. Gilmar mostrando suas garras provavelmente já tem maioria no STF. Todos agora vão partir para uma brutal demonstração de força para serem os relatores do acordão.
Nelson Jobim é a pessoa PERFEITA para o país nesse momento. Não falo sobre a política econômica, falo sobre a possibilidade de restaurar um mínimo de institucionalidade. Estamos falando da pessoa que foi capaz de colocar na constituição de 88 alíneas que não foram votadas (e estão lá até hoje). Não é coisa para qualquer um não…
João Antônio: Nelson Jobim escreveu artigo defendendo Lula com o nome “Quando Lula será preso?“.
Romulus: Esse artigo foi um dos primeiros de alguém da politica de fora do PT metendo o pau na Lava a Jato. Ele colocou o título justamente para ressaltar a ~inevitabilidade~ no esquema Lava a Jato de “investigar” e “julgar”.
Gustavo: O texto de Jobim é de 10 de abril de 2017. Será que, desde essa data, já ocorriam os “acenos” e as “piscadelas” por “acordões”? rs
Falando nisso, semana passada o Gilberto Carvalho foi entrevistado no programa do Mario Sergio Conti na Gloebbels News. Senti uma “gentileza discreta” entre ambos no ar, talvez “piscadelas discretas” entre “um lado” e “outro”, pequenos acenos no estilo “se tiver acordo, você vem? Olha, se você me convida, acho que vou…” rs
Ciro: Os acenos e piscadelas pró-acordões estão acontecendo desde dezembro de 2015, quando foi selado o fim do governo Dilma (mesmo que sobrevivesse ao impeachment, ela seria uma rainha da Inglaterra).
O problema é ~qual~ era o acordão.
Existem várias partes a) Lava Jato b) Mercado c) Mídia d) Classe política. E há interesses concomitantes e também interesses conflitantes entre cada uma dessas partes.
Excluída a esquerda do poder, cada uma achou que tinha ganhodo o poder. Não ganhou totalmente, e estamos agora nessa situação.
Por falar em Mercado, Pérsio Arida anunciou que venderá sua parte no BTG Pactual. É sócio minoritário, assim como Nelson Jobim. Está antecipando possível saída do Jobim? Sim ou com certeza?
Agora só falta condenar o Dallagnol, Moro e Janot a escreverem “Too big to fail” em cada página de cada processo da Lava Jato. Aí minha vingança cassândrica estará completa.
Romulus: Lembrando que Moro tá pendurado no CNJ pelo vazamento ilegal do “enfia a panela no **” da D. Marisa ao Lulinha.
Ah, timing… seu lindo!
E saindo Janot em setembro: game-over.
Vocês viram isto aqui?
Moro PERDE A PACIÊNCIA e REBATE advogado de Lula
(áudio)
YOUTUBE.COM
Não apenas nessa audiência aí não…
Em todas o Moro indefere qualquer pergunta sobre o acordo de cooperação com DoJ/EUA.
Para as testemunhas mas também para o MP… não deixa, sequer, que se registre em ata!
Lembrando que testemunha TEM que responder. Não dá para “take the 5th” e se recusar a responder para não gerar prova contra si.
A coisa vai pegar.
<<O Moro vai entrar, ou melhor, “ser entrado” no acordão por aí.
Tá impedindo a produção de prova porque tá com o ** na mão.
O que deve ter de barbaridade dos deslumbrados de província diante dos doutores “Law and Order” da “matriz”…>>
Poxa! Ele e o Dallagnol cresceram vendo série e sonhando em levantar e gritar:
– Objection, your honor!
“A advogada americana”
O fato de o advogado do Lula, Zanin, insistir nisso e o PRÓPRIO LULA (!) falar disso no depoimento dele ao Moro são indicativos.
Calcanhar de Aquiles.
Moro vai “ser entrado” por aí.
Vai ser lindo de ver!
Ciro: “Eliot Ness” vai terminar nos EUA, dando aula em community college, tá começando a parecer.
Romulus: E, como você falava, Ciro, a Globo vai ter que largar Janot e cia. se afogando no mar. E, como raras vezes na Historia, vai sair derrotada e ter que recuar.
Se o Jobim conseguir ser eleito – o voto é secreto, Globo/PGR! – ele manda cancelar TODA a verba da SECOM pra Globo em 24h se os Marinho ficarem de palhaçada.
Coisa que o PT não tem culhão e não pôde fazer porque “Esse PT quer é transformar o Brasil na Cuba comuno-bolivariana-gayzista-feminazi-chavista do Foro de SP do unicórnio vermelhozzZZZzzZZZzz…”
Ciro resumiu: only Nixon can go to China.
Alias, o Ciro tinha avisado, já em set/16!, que a Claudia Cruz seria livrada e o porquê.
O Nassif e o meu amigo Ciro esgotaram o episódio (da “denúncia de powerpoint”). Assim, sinto-me dispensado de comentar aquela “ejaculação precoce” de adolescente – em não mais que uma masturbação! Um sexo solitário, auto-estimulado e sem outro destinatário além do praticante – que o Brasil inteiro foi obrigado, constrangido, a testemunhar ontem em rede nacional. Auto-estímulo egoísta… egocêntrico. Até mesmo um tanto autista… completamente descasado da realidade e do “pudor” da sociedade, ali ao redor.
E o pior: nem assim! Nem no “cinco contra um” o cidadão teve bom desempenho!
Ejaculação precoce, frustrada… para ele e para os seus. E momento paradigmático da expressão “vergonha alheia” para o resto de nós.
O pior é que, no final, cabia a nós, alheios àquela sessão de masturbração, fazer a pergunta clássica:
– Foi bom para você quanto foi para mim, “doutor”??
A acusação daquele dia?
Não pode ser outra:
– Atentado ao pudor!
(…)
Como se perguntou o meu amigo Ciro, enquanto assistia estarrecido à coletiva de imprensa:
– Na peça acusatória o MPF também pede a prisão do Sergio Abranches, por cunhar o termo “presidencialismo de coalizão”?!
Ora, tenham paciência: o Brasil é muito maior que as apostilas dos cursinhos preparatórios para concursos públicos!
(…)
Diz o meu amigo Ciro:
Minha opinião: Força Tarefa de Curitiba sentiu o cheiro do acordão que está desenhado em BSB (e por força tarefa de Curitiba entenda-se MP, PF, Juiz E mídia específica, especialmente a revista época). Não gostaram disso. Gostaram de ser o centro das atenções da política nacional.
(…)
Os procuradores de Curitiba, aproveitando a “contextualização” criaram uma peça de elevadíssimo conteúdo político e baixíssimo conteúdo jurídico: “Lula é o general da propinocracia”. Perguntados por que não o denunciaram por isso – jogam a bola para Janot e para o STF. Esperam que a opinião pública os mova na direção de sua inquisição contra a corrupção e que o STF novamente julgue com “a faca no pescoço”. Para isso contam com a mídia.
Cometeram também outro erro elementar. Erro esse que talvez seja corrigido por Moro, que é mais sagaz. Arrolaram Dona Marisa na denúncia. Podem esperar uma reação corporativa generalizada de todo o espectro político. Existe uma razão pela qual Moro é tão cuidadoso com relação a Claudia Cruz.
“Lula agiu como lobista”… poderia ser uma acusação que se sustentasse com os elementos constantes na denuncia. Húbris (e alguns jornalistas que também sofrem do mesmo mal) os fez mirar mais alto. Com direito a pergunta de jornalista internacional “é necessário usar alguma teoria de direito estrangeira para fazer essa denuncia”? Se referindo, claro, à denuncia que não foi feita, por incompetência jurídica – a de organização criminosa.
Outra coisa que não contam é com a reação dos verdadeiros donos do poder. O mercado queria tirar a rainha estatista do poder, mas agora quer que as coisas voltem a normalidade. O acordão está desenhado com a aprovação do mercado. “Agora podemos voltar à nossa programação normal” – mas quem ganhou poder não quer se desfazer dele.
Curitiba não quer ceder a condição de capital de volta a Brasília. Cederá, por bem ou por mal.
(..)
PS: Nem nos neologismos esse pessoal consegue ser original. “Propinocracia” é versão tabajara da “Tangetopolis” italiana. “Cleptocracia” é uma palavra tão mais bonita e elegante.
Voltando ao presente, Ciro…
O desgaste do Moro com Claudia Cruz tá ótimo!
Vejam:
– O advogado dela é o parceiro da “Sra. Moro” na APAE, aquela das subvenções públicas estaduais estarrecedoras;
– Vi agora o Paulo Pimenta vendendo a narrativa de que Moro soltou porque se não soltasse o “Cunha deletava tudo” e o Moro “não quer que Cunha fale”. Amo!
– MPF de Província não tem culhão e não segura bad publicity. Não fez NENHUMA pergunta à Claudia Cruz no processo. Mas, como ficou feio ~agora~ e tá tendo reação até dos coxas (Cunha é a anti-unanimidade nacional, unindo coxas e mortadelas), o MPF vai recorrer e disse que a absolvição resulta do “bom coração” do Moro – que ficou sozinho!
Ciro: era óbvio. E deveria ser assim, inclusive. Afinal de contas Claudia Cruz é criminosa ou é só uma dondoca?
Uma coisa é ter participação ativa nos esquemas, outra coisa é ser beneficiária.
Adriana Ancelmo, mulher do Sérgio Cabral, essa sim tinha participação. Tinha esquema no escritório de advocacia dela. Mas, evidentemente, o povo condena não por isso, mas pelos “colares e diamantes”…
Romulus: Certo… “dever ser”. Mas todos sabemos que a decisão do Moro se baseia muito mais no mandamento da máfia – “não toque na família” – do que por qualquer “técnica” jurídica.
Desde quando o que diz a lei passou a ser obstáculo para os abusos do Moro??
Ele sabia que ia pagar um preço de imagem alto. E Moro não faz isso a menos que ~tenha~ que fazer.
Veja que Dallagnol e cia. não aguentam revés de relações públicas. Vão recorrer.
Lembrando a metáfora do elevador de outro dia…
… Moro e Dallagnol estavam no elevador e surge um cheiro de peido. O elevador chega ao térreo e abre, com um monte de gente pra entrar. O Dallagnol não hesita – aponta para o Moro e grita: “peidorreiro… você tá podre, seu nojento mal-educado”. E foi-se embora rápido dali. Como você observou no outro dia, pouco importa se os dois tinham peidado juntos. Diante do público só sobrou ~um~ peidorreiro.
Piero: Moro tá ficando cada dia menor. Isso tem seu lado bom, claro, mas tem seu lado péssimo: vai ter que fazer o show pra cima do Lula. E isso antes do acordo Jobim. Tenho a sensação de que é coisa pra 15 dias…
Ciro: Não importa mais. Se o Gilmar conseguir realmente colocar pena só na terceira instância você tem…
– um dos ingredientes do acordão: Lula SOLTO e inelegível.
Piero: Mas isso não tem que passar pelo plenário?
Ciro: Tem, mas pelo desespero do “Escoteiro-guy” (o Diego Escosteguy, da Época) no twitter hoje, é porque Gilmar tem maioria. E lembre, na última foi 6 x 5 e ~Gilmar~ votou pela prisão com condenação em segunda instância. Só o voto dele já muda o resultado.
Basta Carmen Lúcia recolocar o tema – e eles com certeza arrumam um jeito de recolocar…
Pois se preparem. Mesmo quem antes de entrar no STF defendia a prisão na segunda instância articula a anulação do entendimento. https://t.co/dW043M7cQE
— Diego Escosteguy (@diegoescosteguy) May 26, 2017
Alegria de Cassandra ~golpeada~ é dizer: ” eu avisei” para escoteiros-guys.
Romulus: Sobre o plenário do STF na revisão da prisão em 2a instancia, um dos votos a favor era do Teori. E, na sabatina, o Moraes, substituto do falecido, disse ser “favorável”.
E o Escoteiro-Guy A-CRE-DI-TOU!!!
Era ao Moraes que ele se referia como “se fez defendendo a prisão e agora mudou”.
Ah, ~escoteiro~ …
Se Moraes “se fez” foi justamente pelo contrário, inocente!
Ele acha que a “base” para alguém “se fazer” Min. do STF é aplauso nas redes sociais???
Rs
Tomara que o Escoteiro faça um daqueles vídeos live no twitter fazendo, de novo, beicinho. Que nem depois que os Procuradores tomaram um drible da vaca na votação das 10 Medidas na Câmara!
Ciro: Urban Dictionary.. definição de boyscout… também conhecido como ~escoteiro-guy~:
boy scout
1)A boy who is a member of the Boy Scouts.
2)Slang term for a man or boy who is considered to be naive.
João Antônio: Esse elemento da revisão do Gilmar é positivo. Além de uma causa progressista. Ao menos o casuísmo serve pra alguma coisa.
Ciro: Escoteiro-guy, corte os pulsos que a mídia tá vindo para cima do seu querido MP!
Aprenda, o gênio sempre pode ser colocado de volta na lâmpada – e vocês vão tentar se fiar em quê?
“Nas Ruas”?
E com a ajudinha interna das nossas instituições que sempre conseguem dar demonstrações cabais de total incompetência, como acreditar naquele whatsapp mandado pela tia da mulher do primo…
Delator da moda, dono da J&F negou que herdeiro de…
VEJA.ABRIL.COM.BR
Romulus:
Páááááááááááááá!
#Morri
Piero: Outra coisa. Isso pode não ter grande efeito jurídico. Mas uma condenação de Lula pelo Moro é o efeito propaganda que ele espera. Daí ele vai pra outra, se descola do judiciário. Porque não vejo muito futuro na carreira jurídica dele. Mas no PR….
Ciro: Piero, deu muito certo para o ídolo dele, olha só:
Piero: Incrível, Ciro, incrível. Trata-se da mesma persona. Crônica de uma vida anunciada.
Ciro: Moro na política, tudo bem, eu posso viver com isso. Na política pelo menos as pessoas votam. Se ele conquistar os VOTOS das pessoas, que seja governador… o problema é governar sem votos…
Cassandra tá dizendo há pelo menos 3 anos… mas é isso… ninguém ouve. Tudo porque ela não quis dar para o Apollo…
Vi um diálogo fenomenal no twitter:
Branko Milanovic – “O perigo que Trump representa para a classe dominante é que ele alegremente expõe as relações entre poder e dinheiro que todos sabem que existem, mas fingem que não”
Jeet Heer – “Isso, ele transforma subtexto em texto”
Branko Milanovic – “Keynes já dizia que a estabilidade do capitalismo depende dos ricos fingirem não ser ricos. O mesmo vale para a democracia.”
Vale bastante para os nossos tempos de lava-jato.
Romulus: Mas, Ciro… justiça seja feita ao nosso Brasilzão querido:
– O “império contra-atacou” contra os (pretensos!) “jedis” muuuito mais rápido do que na Itália!
Talvez justamente porque a Itália tenha “desbravado o novo mar”, tadinha.
*
O esgoto resolve refluir para o seu leito:
Gilmar?
Sim ou com certeza?
#Acordão !!
*
Então basta não se candidatar ~nesta~, né, meu sapo barbudo?
Problema resolvido!
😉
*
Eleição indireta: qual(is) o(s) campo(s) da batalha?
Ciro: Cassandra dixit: “Estou rindo até as eleições (in)diretas, enquanto Troia queima”.
Sabemos que, numa indireta não há nenhum tipo de regulamentação já aprovada, e não vai haver legislação aprovada nos 30 dias entre uma e outra que não conte com a negociação entre as casas legislativas, o que forçará o STF a definir as regras da eleição indireta.
E quem tem maioria no STF hoje?
Quem define as regras (da votação indireta), define o resultado.
Olhem esse artigo do Estadão.
O melhor de tudo é o final – gostam tanto dos EUA e do sistema jurídico de lá.. então concorram às eleições como eles, ora…
“BASTIDORES: Acordão para manter Lula e Temer longe de Moro nasce em Brasília
Ideia é de utilizar uma eventual eleição presidencial indireta para “anistiar” parte do mundo político e colocar o Congresso como contraponto à Lava Jato e ao Ministério Público
Alberto Bombig, Impresso
27 Maio 2017 | 05h00
Estão em curso em Brasília as tratativas de um acordão que visa a utilizar uma eventual eleição presidencial indireta para “anistiar” parte do mundo político e colocar o Congresso como contraponto à Lava Jato e ao Ministério Público Federal. Os cérebros da trama atuam, sobretudo, no Senado Federal.
Na ponta final da maquinação está o compromisso de alterar a Constituição para garantir foro privilegiado a ex-presidentes da República, o que beneficiaria diretamente Lula, Sarney, Collor, Dilma e, eventualmente, Michel Temer, todos alvo de investigações.
[Romulus: perceberam como, pela mágica da edição, FHC “deixou” de ser ex-Presidente da República??
(também investigado pelo Janot – apenas formalmente, sabemos… – por “caixa 2”)
É o já célebre “podemos retirar se achar melhor”?
Sim ou com certeza??]
O grupo suprapartidário de senadores entende hoje que uma eventual eleição indireta para a Presidência deve seguir o modelo bicameral: aprovação de um candidato pela Câmara a ser referendada posteriormente pelos senadores.
Na prática, isso significaria um peso maior para o voto dos 81 senadores sobre o dos 513 deputados, o que diminuiria drasticamente as chances de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, ser eleito para o Planalto. Ciente desse movimento, os apoiadores de Maia sondaram o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para ser o vice do deputado.
O problema é que os senadores acham que Maia, uma vez eleito presidente da República, não sobreviveria ao que chamam de “jogo baixo da Lava Jato”. Avaliam que a cabeça de Maia se tornaria o troféu a ser apresentado pela longa fila que hoje tenta fazer delação premiada. A gravação feita por Joesley Batista de uma conversa com Temer comprovou, na visão dos senadores implicados na Lava Jato, que o Ministério Público Federal está disposto a tudo para “destruir o mundo político”.
Pelo arranjo dos senadores, Eunício seria, sim, vice, mas de um outro candidato, alguém com coragem suficiente para enfrentar a opinião pública e frear os procuradores e o juiz federal Sérgio Moro.
Para o grupo do Senado Federal, apenas dois nomes entre os colocados até agora como pré-candidatos têm peso e tamanho para a missão: Nelson Jobim e Gilmar Mendes. Só para lembrar: no Senado, são investigados, entre outros, o próprio Eunício, Renan Calheiros (PMDB), Gleisi Hoffmann (PT) e Aécio Neves (PSDB), todos considerados da “elite política da Casa”, como gostam de dizer os parlamentares.
A parte final do acordão inclui a saída do presidente Michel Temer, a ser convencido pelos aliados de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já tem consenso formado pela cassação da chapa e pode até convocar eleições diretas. Para facilitar a renúncia de Temer, o acordo garantiria a ele um indulto (a imunidade penal a ser dada pelo futuro presidente) e a votação da PEC que manteria o foro privilegiado a ex-presidentes, evitando que o caso dele chegue até Moro. Essa PEC também livraria Lula das garras do juiz federal, parte que mais interessa ao PT.
O novo presidente, oriundo do acordão, ainda convocaria uma nova Constituinte e se aprovaria uma reforma mínima (!) da Previdência, para acalmar os mercados e o setor produtivo. A Constituinte instituiria eleições e mandatos a promotores e procuradores, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos.
Seria o House of Cards Brazil.
Romulus:
“Acordão”? “Foro privilegiado para ex-Presidentes”? “Indulto ao Presidente que renuncia à la Nixon/Ford”?
Mais uma vez: você soube antes aqui no blog, leitor!
rs
E pensa você, leitor incauto, que o Moro “acha ruim” isso tudo aí??
Ledo engano… muito pelo contrário…
Ele acha ótimo!
“Não prendo e arrebento o Lula” porque “fizeram um acordão, veja que coisa! A mando do Lula, claro… que estava coberto de medo de mim (e das minhas afinadas de voz), sabe… (miau!)”.
Piero: Chegamos em um ponto em que qualquer um se julga apropriado para o cargo de Presidente. Não são as instituições que estão em crise, é o super-ego da elite.
Romulus:
Inacreditável o (i-)“Modesto” (!!) Carvalhosa!
Que que é?
Quer aparecer??
Adoro a “Lei das AS” comentada dele…
Bibliografia de que dependem todos os advogados de direito societário (tipo uns 3-5 volumes!)
Os meus ficaram no Brasil… imagina a taxa que não pagaria pelo ~peso~ no avião pra cá??
Mas vamos combinar, né, (i-)Modesto:
– Menos, menos…
*
Vamos falar de coisa séria, agora?
Boa, Rodrigo Maia!
Quer dizer que para tirar Presidente precisa de votação em cima e embaixo…
Mas para colocar Presidente você quer fazer valer a infame “bancada do Cunha”, dos “100 deputados”, para anular – com saldo! – o voto dos 81 Senadores…
Eu sei… eu sei… a Globo e o Janot determinaram que você faça tudo para tomar “a” Cadeira…
E você, compreensivelmente, teme as retaliações no caso do fracasso em entregar a mercadoria…
Na forma de uma “Operação ~genro~ de Angorá”, da PF??
Pois saia do caminho que resolvemos “nós”, com o Jobim!, esse ~seu~ problema (também).
No mais, leve a Globo no bico enquanto isso.
Lembrete: o voto é ~secreto~ !
*
“Diretas” ou “indiretas”, eis a questão!
(ainda de novo outra vez…)
Ciro:
Parece que Temer está se antecipando ao inevitável acordão e tentando fazer um acordão COM Temer.
Para isso, ele conta com:
a) Estancar a sangria (conter a Java Jato) e para isso conta com o apoio do Gilmar. Os movimentos do fim de semana indicam claramente essa direção.
b) Entregar as Reformas que o mercado exige. E para isso precisa conter o desembarque.
c) Falta de nome de consenso para substituí-lo (especialmente entre câmara e Senado). Lava-Jato vai querer o Rodrigo Maia que pode ser chantageado. Senado vai querer alguém com poder REAL de conter a lava jato.
d) A cara de pau de comprar a briga com a Globo (específica, uma vez que o resto da mídia está tranquila com “Fica Temer” desde que tenham as reformas e a grana da SECOM).
Com relação ao nosso campo, o “Fica Temer” é a segunda melhor opção.
A melhor mesmo seria o Jobim porque abriria novamente a negociação sobre as reformas, o que não existe com Temer, já que sua permanência depende, justamente, da sua aprovação. Como estão!
Porém forçar o PSDB a ficar aliado ao governo mais impopular de todos os tempos (quando juntar o desastre econômico com o desastre de relações públicas de destruir a lava-jato) vai cacifar toda a oposição em 2018.
“Diretas já” a gente pede porque é a coisa certa a se pedir.
Afinal de contas, só a eleição vai resolver essa crise política.
Isso se tiver 2018…
Romulus: E tem mais… na indireta, quem pode (e quem não pode) sair candidato?
I(2): Vão fazer isso aqui para tirar a chance de qualquer um do atual governo concorrer: dizer que é uma eleição “como outra qualquer”. Só que com o colégio eleitoral composto pelo Congresso e não pela totalidade dos eleitores.
Assim inviabiliza qualquer um que estava no governo (e STF) e abre o espaço para o acordão…
Olha:
Romulus: Pois é… e aí, de novo, quem diz “o que é a lei” (!) é…
– … o STF!
Mais espaço ainda para o acordão.
Prof. de Economia da USP agora na Bandnews:
– saída deveria ser “negociada”, para “manter a equipe econômica” e não causar “dano ainda maior à economia”.
– “Ideal seria alguém do setor privado”, porque a “classe politica está toda comprometida, não traz estabilidade”.
– Ou seja: balão de ensaio para ver se emplacam um similar nacional do “Mario Monti/Itália” – um interventor da banca por 2 anos em lugar da classe política: uma “pausa democrática”. Perfeita para tomar medidas “dolorosas”, sabe?
Mas, de novo: tudo depende da interpretação que será dada à Lei Complementar que rege as incompatibilidades.
As pessoas estão “saidinhas”… se achando “malandras” por terem lido a lei… e já eliminam, categoricamente, “Ministros do STF”.
Mas…
Acho bem fácil, no país do “impeachment sem crime”, fazer uma “interpretação sistemática” (sic) e dizer que “quem ~já~ está na linha sucessória está autorizado – e pela própria Constituição (!) – a ser Presidente”.
No drama!
At all!
Acho engraçado as pessoas fazendo essas ~afirmações~ taxativas sobre quem pode e não pode…
… baseados em uma singela…
– … Lei Complementar!
Onde eles estavam nos últimos 2 anos??
Certamente não no Brasil do Golpeachment, da prisão já em 2a instancia, da prisão preventiva ~perpétua~ de Curitiba…
No cúmulo do Cinismo, o Gilmar não disse no final do ano passado que se Temer fosse cassado no TSE poderia ser – ele mesmo! – (re) eleito indiretamente pelo Congresso? E essa tal de “incompatibilidade de 6 meses”??
*
Maria: Gente, eu acho que o engano, agora, está do lado de vocês, não do Ciro Gomes. Cuja posição é de uma clareza total.
Acho que falta lembrar aquele velho preceito da política de esquerda, que fala em “otimismo da vontade” e “pessimismo da razão’.
É correto e eu quero diretas, OK.
Vai rolar?
Quem decide é o Congresso e, vendo a correlação de forças, sou obrigado a dizer que não.
Nem o Ciro nem ninguém precisaria “ficar satisfeito” com isso.
Apenas ~aposta~ no que poderia ser ‘menos pior” no momento e tem alta probabilidade de acontecer, numa eleição indireta.
O que não impede de continuar lutando pelo que se quer e é correto.
Lutar nas ruas pelas diretas será ~pelo menos~ estar mudando a correlação de forças, se não for possível chegar ~neste momento~ ao resultado desejado.
Enganar-se e enganar os outros é ver as coisas de um lado só.
Insistindo ~só ~ nas diretas, tomam como realidade o “otimismo da vontade”.
O Romulus, que tanto se opõe a isso com sua ironia, fica muito mais do que acho que deveria do lado do “pessimismo da razão”, embora não defenda nada diferente do Ciro.
Dialética serve pra pensar o que não tem um lado só, não?
E luta de classes se faz no tempo da História, não no da minha vontade, pra um lado ou outro…
Ciro: Existem duas remotas possibilidades de diretas.
A primeira é via o STF entender que o código eleitoral vale mais q a constituição via ADI 5.525.
[Nota – Romulus: no Brasil do “as instituições estão funcionando normalmente”, tudo é possível…
O artigo da Constituição ~diz~ que é indireta?
Ora, defenda uma “interpretação sistemática” para dizer que “todo poder emana do povo”, regra geral, e que o artigo em questão, exceção que é, deve ser interpretado restritivamente.
Tipo assim, ó:
Ela se aplica a casos como morte ou incapacidade do ocupante, apenas…
É evidente (??) que o Constituinte originário NUNCA imaginou hipótese de uma Presidente ~eleita~ impeachada, com um vice (conspirador) indiciado pela PGR por crime comum cometido durante o seu mandato, cuja chapa é ora cassada pelo TSE por abuso de poder econômico.
Da mesma forma, o Constituinte Originário não imaginou (??) que tantos membros das duas Casas Legislativas poderiam ser, ao mesmo tempo, indiciados.
Incluindo os seus Presidentes. Ambos!
Como imaginar que tivessem a necessária liberdade e desprendimento para eleger o supremo mandatário da nação??
Assim, nós, os guardiões da Carta de 1988 (cof-cof-cof…) dizemos que é hora de devolver o poder à soberania popular!
Lindo, né??]
Se vierem indiretas com um sucessor contrário à Lava Jato, é o que os ~juristocratas~ tentarão fazer acontecer.
Romulus: Eleição “solteira”… só para Presidente… com “aquele” Congresso.
(e “aquele” STF/MPF também…)
Não parece que isso fosse resolver muita coisa, né…
Ciro: A outra hipótese, mais remota ainda, seria via uma PEC antecipando as eleições gerais para este ano.
Depende de: (i) a mobilização popular crescer; ~e~ (ii) o impasse entre Câmara e Senado chegar ao paroxismo.
Mas essa é muito distante.
Enquanto “Diretas” não for bandeira de parcelas de coxinhas além de mortadelas, isso não acontecerá.
Romulus: 150 mil no Rio ontem, com artistas, foi ~lindo~
Mas…
~Não~ foi o 1 milhão que precisava ter sido (4 milhões no Réveillon, p.e.).
Eu continuo achando que você, Maria, não entendeu o que eu disse sobre as “Diretas” nos meus artigos.
– É para ficar gritando “Diretas” – até o Rodrigo Maia estar eleito?
“E depois a gente vê…”
– Ou o problema é só questão de ~semântica~?
Tocar… hmmm… ~meia~ flauta mágica?
– “Meia flauta”: “falar ~publicamente~ ‘Diretas!’ (somente) ~e~ ajudar, envergonhadamente e por baixo do pano, a eleger o Jobim?”
Gustavo: Lembro-me da experiência de ter trabalhado na ASCOM de um sindicato de servidores públicos estaduais. A pauta de reivindicações tinha uns 40 itens…
Para serem obtidos só… uns 4!
Nessa “lógica”, sugiro gritarmos “Diretas já!” desde ontem para garantir as eleições presidenciais diretas não “agora”, mas em outubro de 2018.
Romulus: Perfeito. O que também depende de um Presidente-tampão que garanta as “regras do jogo”.
Gustavo: “Aposto”, contudo, que não haverá eleição presidencial direta em 2018… :-/
Ciro: “Eleição” vai ter. Agora… se vai ser ~presidencialismo~ aí já não sei. Nem quais serão as regras para tal eleição. Só sei que parte de todas as versões do acordão é que o Lula estará inelegível.
*
Atualização: todos os leitores do blog falando comigo: “EU JÁ SABIA!”
Gustavo: Acho que o Fernando Morais teve alguma “inside information” para publicar isto, que corrobora cenários já esboçados aqui no blog:
Exclusivo: está sendo armado novo golpe dentro do golpe. É Fora Temer e tucanos no poder
Atenção movimentos sociais e lideranças populares: os golpistas estão rascunhando um golpe dentro do golpe para salvar a pele (não o cargo) de Michel Temer, formar um governo de maioria tucana e jogar por terra a campanha por eleições diretas já.
Por Fernando Morais em 29 de maio às 12h11
Um grande acordo da Casa Grande começou a ser costurado no último sábado em uma reunião “social” ocorrida no Palácio do Jaburu. Participaram do encontro, além de Temer, o general Sérgio Etchegoyen (ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional), os ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidencia) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Para disfarçar, Marcela Temer recebeu em outro ambiente do palácio as esposas presentes. Por meio de mídia eletrônica o encontro foi acompanhado à distância pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os principais termos do acordão são os seguintes:
Temer deve sair logo, para evitar a cassação pelo TSE e a eventual convocação de eleições diretas já para presidente da República.
Esvaziar a Operação Lava Jato.
Formar um governo de maioria tucana, no qual Henrique Meirelles seria substituído no Ministério da Fazenda por Armínio Fraga.
Garantir o silêncio de Eduardo Cunha com a preservação da liberdade de sua mulher e sua filha.
Controlar a delação de Palocci, que se torna irrelevante com o acordão.
Como o plano não contempla todos os problemas dos golpistas, há dúvidas sobre como solucionar algumas questões-chave e sobre a mesa ainda há obstáculos a serem superados:
Oferta de anistia aos crimes de Caixa 2, com o que livrariam a pele, entre outros, de Moreira Franco, Eliseu Padilha e demais congressistas que fazem parte da “lista de Fachin”. Com isso os golpistas imaginam neutralizar o ex-presidente Lula e seus familiares, que seriam beneficiados pela medida.
Não há consenso a respeito do nome que seria eleito indiretamente com a saída de Temer. O mais cotado parece ser mesmo o ex-ministro Nelson Jobim. O lançamento informal pelos tucanos do nome do senador Tasso Jereissati teria sido apenas uma cortina de fumaça, um “boi de piranha” previamente acordado com o político cearense.
Ainda não se conseguiu solucionar o “problema Rodrigo Maia” e a fórmula legal para oferecer garantias a Temer após sua saída – seja ela indulto, perdão ou salvo-conduto.
Aparentemente não há objeções maiores ao acordão por parte das Forças Armadas – aí incluídos os oficiais da reserva, que não mandam mas fazem barulho.
– Porque depender de “fonte” (e não mais usar o cérebro!) é para os fracos!
Mas…
Os leitores do blog ~também~ já sabem o que significa um “vazamento” de termos de um acordo em negociação, não?
(troquem “Aécio” por “turma do Temer” e “Monica Bergamo” por “Fernando Morais” e tá tudo certo… e a-tu-a-lís-si-mo!)
Romulus: Cara… vc tem razão, Ciro.
Impossível uma conspiração secreta nessa bagaça…
Na mesma hora a Monica Bergamo já sabia da articulação pra salvar Aécio…
– … e já entrou ao vivo na radio!
Isso é esculhambação…
Levando em conta que quem vazou foi um político…
E que o acordão interessa a todos os políticos…
(menos o quê? O PSOL? Apenas por total irrelevância eleitoral prévia, né… PSOL que, aliás, não deve sequer ter sido convidado para essa conspiração. Pela mesma singela razão…)
– … é porque a burrice abunda mesmo.
Como disse um professor meu sobre negociação de tratados internacionais:
– A melhor maneira de matar um rascunho de texto em negociação é vazá-lo: as bases ficam loucas com as concessões que os seus representantes estão fazendo.
E aí para tudo.
*
Mas…
Pensando bem…
Hmmm…
Fora a hipótese da burrice abundante (que existe)…
E de um senador com ódio ~pessoal~ do Aécio…
Sobra, seguindo o ensinamento do meu professor, outra hipótese:
– Talvez a fonte quisesse justamente matar aquele rascunho de acordão…
Talvez para aumentar o preço que o PSDB vai ter que pagar (concessões) para salvar Aécio num novo acordão…
(“não se deixa aliado caído na estrada”, né??)
Aí passam a surgir alguns suspeitos, não?
*
Ciro:Nível
de desespero do escoteiro-guy no Twitter hoje mostra q o acordão está próximo.
Só não sei ainda se será com Temer ou sem Temer.
P.S.: um beijo especial para a Monica Waldvogel (que me bloqueou no Twitter ainda em abril! E quer entender – e fazer – política… rsrs), para o Diego Escosteguy, e para todos os outros jornalistas “espertos” (rsrs) do cartel midiático que acreditaram no “Brasil passado a limpo desta vez”.
(mais rsrsrsrsrsrs)
Como antes de ser esquerdista sou <<cristão>> (aliás, <<Jesus>> era de esquerda ou de direita, hein?? Vou procurar saber com o <<Papa Francisco>>… rs), devo confessar que meu coraçãozinho se encheu de piedade vendo a carinha de desalento e a voz sôfrega do Escosteguy no Twitter hoje, falando com a sua base de fãs, tão “inocentes” quanto ele.
<<Diego>>
Minha generosidade cristã ainda me obriga, ademais, a dar conselho:
– Violar a lei para receptar vazamentos ilegais e publicar – por anos – não o torna necessariamente um ~ malandrão ~
Pelo contrário:
– Você e as suas “fontes” foram… manipulados.
E o “melhor”:
– Na ida (Dilma) e na volta (agora)!
Ainda bem que não estamos nos “Seven Kingdoms” de “Game of Thrones”, não é verdade?
Hein, Monica?
Hein, Diego?
Antes:
– “Zelotes” – poder em ascensão – ousam se colocar acima do Rei na escada:
Enquanto a crise política atinge o Congresso e prejudica as maquinações legislativas contra a Lava-Jato e o combate à corrupção de um modo geral, as ameaças avançam em duas outras frentes
Enquanto a crise política atinge o Congresso e prejudica as maquinações legislativas contra a Lava-Jato e o combate à corrupção de um modo geral, as ameaças avançam em duas outras frentes. Uma está no Supremo, onde há quem pretenda rever o veredicto, com cláusula vinculante — para ser seguido por todos os tribunais —, de que pena pode ser cumprida na confirmação da sentença pela segunda instância; e a outra frente o presidente Michel Temer abriu ontem, com o movimento audacioso de substituir, no Ministério da Justiça, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) pelo advogado Torquato Jardim, tirando este do Ministério da Transparência, antiga Controladoria-Geral da União (CGU). Jardim não esconde desgostar da Lava-Jato.
Também ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é provável que o presidente o veja como alguém que possa ajudá-lo no julgamento da sua chapa com Dilma Rousseff, pelo tribunal, a partir de 6 de junho. Um objetivo evidente, porém, é controlar, enfim, a Polícia Federal, sonho de todo político implicado em malfeitos.
Não por acaso, em uma das gravações feitas por Joesley Batista de conversa com Aécio Neves, o tucano dirige pesadas críticas a Serraglio, por ele não interferir na distribuição de inquéritos, para entregá-los a delegados confiáveis. Inclusive, ensina como se faz.
A audácia de Temer está no fato de esta intervenção na PF ser esboçada depois que, a pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Edson Fachin, do Supremo, instaurou inquérito para investigar o presidente, a partir das delações de Joesley Batista. É como se Temer se preparasse para manipular a PF, a fim de não ser investigado como estabelecem os protocolos policiais: isenção, rigor, obediência à lei.
Por sinal, é o que vem demonstrando Leandro Daiello, diretor-geral da PF desde 2011, ao conduzir investigações importantes sob os governos Lula, Dilma e, agora, Temer. Neste sentido, Torquato Jardim não precisaria ter dito, no domingo, que ouviria Temer sobre mudanças na Polícia. Afinal, ela tem dado demonstrações de seriedade e correção durante todo este tempo. A não ser que queiram mudar este padrão.
A Polícia Federal tem subordinação administrativa ao Executivo, mas não pode ser usada como guarda pretoriana dos governantes de turno.
*
Romulus: “Não tá sendo fácil” ser um Marinho no dia de hoje…
KPMG afirma não ter encontrado atos de corrupção de Lula na Petrobras entre 2007 e 2011
Foi o que concluiu a empresa após realizar auditorias contábeis. Ofício foi encaminhado ao juiz Sergio Moro
GUILHERME CAETANO, COM EDIÇÃO DE MURILO RAMOS
29/05/2017 – 15h28 – Atualizado 29/05/2017 18h15
Em ofício encaminhado ao juiz federal Sergio Moro, a empresa de auditoria KPMG Auditores Independentes afirma não ter identificado em demonstrações contábeis “atos envolvendo a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na gestão da Petrobras que pudessem ser qualificados como representantivos de corrupção ou configurar ato ilícito”. O período de tempo analisado foi de 31 de dezembro de 2006 a 31 de dezembro de 2011. A KMPG frisa que as análises foram feitas por meio de procedimentos e testes previstos em normas profissionais de auditoria.
*
E nós vivemos para ver Barroso…
O capitão do “golpe no golpe” acusando o…
– ~golpe~ !
– Rá!
Do G1:
[Romulus: terceiro veículo da Globo que cito nesta atualização… estão desolados, coitados!]
Processo de impeachment gerou cicatriz e sociedade ainda está dividida, diz Barroso
Ministro deu declaração nesta segunda ao participar de debate acadêmico no STF. Barroso foi o autor do voto vencedor que definiu, no Supremo, rito do processo de impeachment no Congresso.
Por Renan Ramalho, G1, Brasília
29/05/2017 16h46 Atualizado há 2 horas
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou nesta segunda-feira (29) ao participar de um debate acadêmico que o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff gerou “cicatriz” na sociedade, que ainda está dividida.
[Romulus: Ok… vamos ver onde isso vai levar… sem preconceitos, né, amigos??]
O processo de impeachment foi iniciado em dezembro de 2015 pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e concluído em 31 de agosto do ano passado, após o Senado cassar o mandato de Dilma.
“Independentemente de qualquer juízo de mérito sobre justiça ou não da decisão parlamentar, o STF não interveio nessa deliberação um pouco pela crença de que, em um país divido politicamente, não caberia a ele fazer escolhas políticas”, disse o ministro.
[Romulus: Começou já… “tirem o meu da reta… sim, omiti-me – afinal, sou o relator do processo, que dorme na minha gaveta – mas vou usar “STF” no coletivo e veicular novamente aquela desculpa que achei bacana no ano passado…”
“Esse foi o processo que tivemos aqui e que gerou, como qualquer observador atento perceberá, uma sociedade que guarda essa cicatriz e ainda está dividida em torno desse procedimento”, acrescentou.
Barroso participou nesta segunda do debate “Papel das Supremas Cortes, Legitimidade Democrática e Direitos Fundamentais”, no STF, no qual também estavam presentes os professores Jeremy Waldron e Samuel Issacharoff, da Universidade de Nova York (EUA).
[Romulus: Claro que foi nessa oportunidade aí…
Afinal, Barroso não só gosta de frequentar colóquios com gente bacana…
Como também faz questão de dar declarações de impacto nos mesmos – profundas como um pires…
De forma a garantir repercussão na imprensa…
E poder, assim, imortalizar o seu nominho ao lado dos de gente bacana mais séria que ele]
No momento em que fez a declaração sobre o impeachment de Dilma, o ministro enfatizava o distanciamento do STF no julgamento de mérito das acusações contra a então presidente, limitando-se a definir o rito do processo no Congresso.
Quando a Corte definiu o rito, Barroso foi o autor do voto vencedor, aquele que estabeleceu as regras que deveriam ser seguidas pela Câmara e pelo Senado.
“Deu ruim”, né, Barroso??
Hora de tentar, tardiamente, fazer hedge, não é mesmo?
E distanciar-se do golpe que ~você~ tanto ajudou a consumar.
Barroso diz que é o ‘certo’ julgar foro privilegiado na quarta-feira
Relator da ação sobre o alcance do foro privilegiado, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira, 29, que o caso deverá ser julgado pelo plenário da Corte na próxima quarta-feira, 31.
Questionado por jornalistas se este seria o melhor momento para analisar a questão, já que o tema também está sendo discutido no Congresso, o ministro citou uma frase de Martin Luther King (*), que liderou o movimento pelos direitos dos negros nos Estados Unidos.
“Há uma frase boa do Martin Luther King que eu gosto de citar em que ele diz: é sempre a hora certa de fazer a coisa certa”, disse.
Barroso defende que as autoridades detentoras de foro privilegiado devem responder a processos criminais no STF apenas se os fatos imputados a eles ocorram durante o mandato. No caso de fatos que ocorreram antes do mandato, a competência para julgamento seria da Primeira Instância da Justiça.
De acordo com a Constituição, cabe ao Supremo julgar membros do Congresso Nacional nas infrações penais comuns. Hoje, a prerrogativa vale independentemente do momento em que o crime foi cometido.
Essa discussão, no entanto, já foi iniciada pelos parlamentares. Em abril, o Senado aprovou, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado por crimes comuns para todas as autoridades, com exceção dos chefes dos Três Poderes – os presidentes da República, da Câmara do Senado e do STF. A proposta ainda tem que passar por uma segunda votação, para, então, seguir para a Câmara.
(*) “Citações” do Barroso…
Os leitores do blog vão me desculpar, mas vou ter que fechar me citando novamente:
Esconderijo cívico e álibi funcional: descoberto paradeiro de Barroso e de Janot
Por Romulus
Como na série Harry Potter, em que sempre havia algum problema com o Prof. de “Defesa contra Magia Negra” (livre tradução de “Defence Against the Dark Arts”), creio que ao aprendiz de feiticeiro Janot tampouco foi oferecida essa disciplina.
Usou as suas mandingas de primeiro ano contra um pobre cervo (cerva na verdade…). Manco, sozinho e indefeso (tudo no feminino, na verdade). Ungido com o banho de sangue do animal que abateu (sem suar), achou que, depois desse rito de passagem, já estava convertido em macho-alfa caçador.
(Sim… “caçar” é hobby para o aprendiz de feiticeiro!)
O (autoproclamado) “macho-alfa caçador” estufou o peito e foi para a fase 2 do seu safari: investiu dessa vez contra as “criaturas da noite”. Lobos, hienas, cobras e lagartos peçonhentos.
Pobre Janot…
Peguem leve: primeira e única charge.
Estilo Paintbrush do velho 386/VGA, não?
Como sempre repete o seu companheiro de esconderijo cívico e álibi funcional, o Min. Luis Roberto Barroso, citando Ortega y Gasset:
“Entre querer ser e pensar que já se é, vai a distância entre o sublime e o ridículo”.
Imagino que o papo no esconderijo cívico deve estar bem bacana… devem estar a trocar citações de bolso de colete – como essa aí de cima.
Citações… sempre fazem sucesso na parte do seu trabalho que realmente importa: colóquios e convescotes com gente distinta.
Remorso? Peso na consciência? Angústia pelo Brasil?
Por quê?
“Eles não podem fazer nada, uai!”
(Barroso explica essa impossibilidade muito melhor aqui)
E, ademais, como pontificou o Min. Barroso: “(a) Economia eles (os golpistas) trataram com a maior seriedade. Escolheram os melhores nomes que encontraram”.
(E onde Barroso declarou isso? Em outro colóquio, ora! Trato dessa fala em outro post, de título sugestivo: “Os Abutres, o golpe e o Min. Barroso”)
Ah, bom!
Suspiro aliviado, Ministro.
Bom descanso a ambos.
*
(horas depois)
Eu juro que não tinha lido o que vai abaixo quando escrevi a parte aí de cima…
(horas de diferenças entre ambas as publicações inclusive)
Navego o GGN e de repente, não mais que de repente…
“Sérgio Moro: a caixa de Pandora, mídia e caso Watergate da Lava Jato”
[Título alternativo de minha preferência: “Novo colóquio, nova citação, velhos atores, velhos papeis”]
Jornal GGN – (Patricia Faerman) Antes de passar a fala ao juiz da Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, introduziu afirmando que se as instituições do poder estivessem funcionando adequadamente, o Brasil não precisaria de heróis.
*
Oh, contemple-se a verdade revelada!
Pergunta:
“Instituições que não funcionam” inclui também o seu STF, Ministro?
E lá tem herói?
E bandido, tem?
*
Não satisfeito com a revelação precedente, o Min. Barroso continuou:
“Só se precisa de ‘heróis’ quando as instituições não funcionam e, parafraseando [Bertolt] Brecht, ‘triste é o país que precisa de heróis’, nós precisamos mesmo é de instituições”, completou.
*
Obrigado pela revelação e pela nova citação, Ministro!
Essa última já foi para o caderninho…
Está do ladinho da de Ortega y Gasset.
Quanto à revelação… ainda a estou processando internamente. Confesso – envergonhado – que o significado mais profundo ainda me escapa.
Nova pergunta:
Quando será o próximo colóquio?
Dessa vez quero contribuir:
– Estou com uma citação ma-ta-do-ra da Clarice Lispector para passar!
Mando pelo inbox do Face?
*
Vá “refundar a República” lá na ~sua~ casa, Barroso…
Porque, senão os seus filhos, ao menos a sua mulher (aquela da offshre de Miami…) te ~elegeu~.
Já o Brasil – em má hora – o teve como ~apenas~ Ministro da Suprema Corte.
Papel do qual você demonstrou estar muito aquém, revelando toda a sua pequenez, superficialidade, vaidade e tibieza.
Como sou mais humilde, em vez de “refundar e República” de cara, sugiro começarmos pelo Poder que primeiro – antes mesmo do “impeachment sem golpe” – começou a destruir o equilíbrio entre os 3 Poderes – invadindo a competência do Legislativo.
E que inaugurou o Estado de exceção sob a “vigência” (aspas!) da Constituição de 88, com a prisão de José Dirceu “porque assim permite a doutrina” (apud, Moro, citado por R. Weber).
Que se refunde o STF!
E sem você!
*
Reações apaixonadas ao meu “Indiretas? Maktub!”
– “Maktub”? No Brasil dos “jatos que caem” e dos grampos explosivos??
– Faz-me rir!
Patrícia: Qual o objetivo do artigo? Se você acha que as “Diretas Já” é a melhor solução, por que tentar persuadir seus leitores de que as eleições indiretas fazem parte do jogo político e que são um mal necessário?
O meu ponto é:
Se você descobriu a estratégia do adversário por que não montar uma estratégia de contra-ataque sem enfraquecer a luta por “Diretas Já”?
Romulus: Pat, isso está explicado no artigo da “flauta mágica“.
Uma coisa – na (nossa dura) realidade e não na teoria – não exclui a outra.
Vocês falam de três blocos homogêneos, tipos ideais, se quiserem. Todavia, como tais blocos são compostos de indivíduos que discordam, como vocês, e a coordenação dentro dos grupos e entre eles é fluida e está prejudicada pelo escrutínio da mídia e das redes antissociais, todas as hipóteses estão sendo avaliadas e vendidas como numa feira livre. As agendas pessoais e a capacidade de “entregar” o prometido também terá influência direta na resultante desse embate/articulação. Falo isso tudo pra concluir que a resultante NÃO será um tipo ideal puro, mas um frankenstein composto justamente de um amálgama imperfeito e frágil das hipóteses levantadas.
Patricia: Uma vez eu ouvi de um advogado: se você quer realmente defender sua posição tenha fé nela, não acredite mais ou menos.
Romulus: Pois saiba que o próprio Barroso, que, quer goste-se dele ou não, é bom de retórica, disse em sala, numa das primeiras aulas da graduação em Direito na UERJ que “a boa defesa não é apologética”.
Ou seja: não “pede desculpas”, não relativiza, não matiza…
Mas não estamos em um julgamento…
E sim em uma disputa política com vários atores lutando ainda para tomar parte no papel de “desembargador” desse “tribunal” dos infernos…
Que, no seu colegiado, vai redigir o… “acórdão”…
Que, por sua vez, vai perder o ~acento~ para mostrar a sua verdadeira natureza:
– Um acordão!
Patricia: Li todos os seus artigos, incluindo o da “flauta mágica”, e depois vi toda a discussão com o João Antônio. Mesmo pro seu público, que é um público bem culto, não é uma maneira de nos desiludir?
Seu artigo é super bom, mas me dá uma sensação de impotência, que é triste.
Romulus: É ~menos ruim~ ficar “triste” com Jobim do que “arrasado” com Maia!
Maria: No fundo, acho que sobra uma espécie de elitismo que incomoda. Nós que não somos tolos nem ouvimos flauta mágica, sabemos (ah! a arrogância da razão) que não adianta nada essa coisa de diretas, porque não vai rolar e só serve pra cacifar melhor os termos do acordo. Está certo, mas se diretas são a causa “eticamente correta”, então sua “defesa” (o otimismo da vontade) não pode partir de sua desqualificação a priori.
Romulus: Pontue exatamente essa minha “desqualificação” das “Diretas”, por favor.
Dizer que “não vai rolar” e que temos de nos preparar para o que “vai rolar” efetivamente é considerado “desqualificar”?
Patricia: Lógico que não! Mas o problema é: como se preparar? É só psicologicamente ou tem algo a fazer? Tipo me preparo psicologicamente pro…
– … estupro inevitável?!
Mas o “relaxa e goza” é humanamente impossível!
O que me corrói é o que vai ser daqui pra frente: Dilma não fez reforma e caiu. Temer entregou metade do pacote e vai cair. Por que um novo postiço vai fazer o “estupro” parecer melhor?
Romulus: Porque a correlação de forças mudou. E tem que lutar sim: ~exigindo~ “Diretas”… que é para garantir, ao menos, uma ~indireta~ menos ruim. E as “Diretas” de 2018, que não são nada certas!
Maria: Concordo com o que diz a Pat. Não sobra espaço pra montar estratégia alguma nem narrativa a favor do que lutamos. E se a resposta for que sua “honestidade intelectual” é o que te impede de fazer isso, então penso que deve haver algo errado com ela.
Isso é o que estou chamando de arrogância elitista, que esquece que política é ação humana que se desenrola no tempo da História, é luta de classe em aberto, sempre.
Por mais que se avaliem os odds contra o que gostaríamos de ver ao final como resultado, não dá pra esquecer que a Fortuna é deusa caprichosa e virtù é saber lidar com as circunstâncias dadas pelo tempo “que tudo arrasta atrás de si”.
Romulus: Realismo é “elitista”?
Essa é uma associação incomum.
Ainda mais no contexto brasileiro, em que a (dita) “elite” achou que “era só tirar a Dilma que tudo se resolveria”.
“Com maná e rios de leite e mel cruzando a nossa terra em uma nova era de ouro”.
Eu juro que não consigo captar o que você, Maria, gostaria que eu fizesse a não ser tocar “~meia~ flauta”.
Leia o artigo de novo e veja se você antevê alguma “Fortuna” que desague em… “Diretas”…
– … em ~2017~ !
Ciro: Se o vento soprar a nosso favor, ótimo, estamos posicionados para isso.
Entretanto, se soprar contra…
Também precisamos minimizar a mudança completa de curso. Uma força política sempre pode ser capaz de influenciar num processo, mesmo se não for capaz de defini-lo.
Romulus: Amén!
Patricia: Apesar da longa e intensa discussão do artigo, o que entendi como conclusão é: toma a vaselina pra escorregar mais fácil… o artigo é a vaselina. Mas explica pra mim essas figuras em exemplos concretos. Qual é o vento a nosso favor, qual é a mudança completa de curso. Qual força politica?
Romulus: Que tal:
– Em vez de 1 Reforma Trabalhista e 1 da Previdência terminar ficando apenas com “apenas” 1/2 Reforma da Previdência?
– Lula fora da cadeia podendo articular 2018?
(para ele ou para outro)
– Não ter (novo) golpe do Parlamentarismo fake (by Barroso!) no Brasil a partir do ano que vem?
Ciro: “O vento sopra onde quer, você escuta o seu som, mas não sabe de onde vem, nem para onde vai;”
Ainda nos resta o imponderável. A duas semanas atrás ninguém imaginava que o Temer estaria gravado falando “AMÉM” para mesada para o Cunha. Por isso começar o movimento pelo “certo” que, no caso, são as “Diretas”, é muito importante.
E o ponto é nos prepararmos para o segundo momento.
Se, apenas nesses Estados, todos os democratas que votaram nas primárias (!) do Partido Democrata tivessem ido votar na eleição, Hillary seria Presidenta.
Patricia: Você tá falando que há um “fator acaso”???
Ciro: Não, estou falando que…
<<radicalizar as bases com
“Ou isso ou nada” pode piorar
a situação quando tiver que decidir
por “aquilo ou aquilo outro”>>
Romulus: A não ser que “a radicalização seja para criar ‘consciência de classe’ via exploração e opressão, para, quem sabe, talvez, vivermos uma revolução bolchevique” já em 2018 (!).
Maria: Ciro, Fortuna é uma deusa inconstante. Por isso se costuma pedir a ela Luck be a lady tonight!
Democratas poderiam ter ido votar e não foram. Estas são circunstâncias “fortuitas”.
Por isso Fortuna, aliada ao Tempo, é dona do que pode mudar a qualquer momento.
Virtù é saber como lidar com isso, enfrentar as circunstâncias e tirar delas o melhor proveito.
Sempre lembro de Vargas. Um tiro no peito, perdeu a vida, ganhou seu lugar na história. E conseguiu além disso retardar por 10 anos o golpe que estava prestes a acontecer.
Por isso é necessário analisar as circunstâncias e tentar antecipar seus efeitos para poder preveni-los. Sempre lembrando que Lady Luck pode mudá-las num sentido em que não seria possível antecipar.
Como no caso da morte de Teori.
[Romulus: e do Eduardo Campos, do Tancredo, do Ulysses, do “combo” Jango + Juscelino + Lacerda em menos de 2 anos, etc. etc. etc. ¬¬ …]
A não ser que você mesmo estivesse envolvido na “produção” desse acaso…
Isso é o que eu acho fascinante na política: um jogo infindável de razão e paixão, em que os melhores antecipam os resultados de suas ações, que, no entanto, a deusa inconstante pode mudar no momento seguinte!
Lindo!
Ciro:
O FORTUNA (Carl Orff) – Legenda em Latim e…
YOUTUBE.COM
Valdir: Recebi de um amigo:
” 2015 foi promulgada a lei que pode ser com eleições, se for mais de seis meses para a eleição normal. Está em plenário no STF para julgar se aplica a lei neste mandato. Se não for ‘Maria vai com as outras’ o STF falará que é válido porque lei é lei como o ilustre Jair (Bolsonaro?!) informou no vídeo. Portanto “Diretas já”. E, pessoal, vamos votar com consciência: envolvidos em corrupção não terão meu voto. E o partido e candidato com melhor proposta protegendo o povo será votado. Lembre-se: corrupto não mais”
Ciro: É isso que está argumentado na ADI 5.525. Essa lei é o código eleitoral. E isso vale para todas as eleições de governador e prefeito. O problema é que a constituição é clara ao dizer que em caso de vacância de ambas – presidência e vice-presidência – a substituição é por eleição ~indireta~ se na segunda metade do mandato.
Ou seja, se Temer morrer fulminado por Zeus hoje, a menos que se MUDE A CONSTITUIÇÃO, ele será substituído por alguém eleito indiretamente.
Porém, caso aconteça a cassação do mandato de Dilma (e portanto Temer) pelo TSE (hipótese mais provável para ele cair), vai-se argumentar que não há vacância da presidência, mas sim a NULIDADE da eleição. O cargo não estaria em vacância pois não estava legalmente ocupado. É isso que está em jogo na ADI 5.525.
Lula recorre contra ordem de Fachin que mandou a Moro delação da JBS que o cita
Advogado Cristiano Zanin Martins, defensor do ex-presidente, sustenta em agravo regimental que Joesley Batista, acionista do grupo, ‘fez duas referências genéricas’ ao petista, ‘sem qualquer base mínima que possa indicar a ocorrência dos fatos ou, ainda, a pratica de qualquer ato ilícito’
Luiz Vassallo e Fausto Macedo
29 Maio 2017 | 17h32
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou nesta segunda-feira, 29, recurso – agravo regimental – contra decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a remessa de parte de procedimento investigatório relativo às delações premiadas de Joesley Batista, da JBS [!!], para a Justiça Federal de Curitiba – base da Lava Jato onde atua [quem??] …
– … o juiz Sérgio Moro (!).
[Romulus: Pergunto:
(1) O Moro é juiz da Lava a Jato / Petrobras?
(onde já chegou com uma “forçada de barra” a partir de “posto de gasolina” / Youssef…)
(2) É o juiz “prevento” para “corrupção, genericamente, em nível federal durante os ~4~ últimos mandatos”?
(e apenas esses!)
Ou…
(3) É o juiz “natural” do… Lula?!
Fachin, Fachin…]
Segundo o advogado Cristiano Zanin Martins, defensor do petista, o recurso ‘demonstra que (Joesley) Batista fez duas referências genéricas ao nome de Lula em sua delação, sem qualquer base mínima que possa indicar a ocorrência dos fatos ou, ainda, a pratica de qualquer ato ilícito’.
“Demonstra ainda que tais referências referem-se a situações ocorridas em Brasília ou em São Paulo, sem nenhuma relação com a Operação Lava Jato”, sustenta Zanin Martins.
[Romulus: Né??]
Na avaliação do advogado de Lula, ‘não há como sustentar a vinculação do caso ao ministro Edson Fachin no âmbito do Supremo Tribunal Federal em razão de ser ele o relator da Operação Lava Jato naquela Corte e tampouco a remessa de parte da delação a Curitiba’
De acordo com o Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal Fachin poderá rever sua decisão ou, então, encaminhar o recurso para julgamento da Segunda Turma da Corte máxima.
Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.
Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário!
Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.
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