Segue a valsa: Moro, Janot e Fachin no “baile” do “Acordão”

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Segue a valsa: Moro, Janot e Fachin no “baile” do “Acordão” Vol. 2

Por Romulus & Núcleo Duro
  
Como temos registrado no blog, houve nos últimos dias muitas “piscadelas”, de um lado, e “exibição de músculo”, do outro, entre os diferentes atores do “baile” do acordão possível. E segue a valsa!
Eis a atualização com os fatos desta semana. Incluindo: TSE, Henrique Alves, denúncia de Temer ao STF pelo PGR e… Forças Armadas (!)

*
Para compreender melhor, leia antes o capítulo anterior:

*
Rodrigo Maia com a faca no pescoço
Este é o candidato ~da Câmara~ na eleição indireta?!
Não é atoa que muitos se referem a ele como genérico do Temer, candidato a substituir o “de marca” na Presidência via indireta:
– Ele – e o vovô “Angorá” dos seus filhinhos… – estão penduradíssimo no “dossiê de 20 anos” dos juristocratas!
Olhem a pérola do ~Presidente~ da Câmara dos De-pu-ta-dos!, a “Casa do ~Povo~”: 
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“A gente”…
Síndrome de Estocolmo??
Pois olhe essas outras “tristezas”, Rodrigo Maia:
– Você, o atual Presidente da Câmara, é também chantageado. Digo, “investigado”;
(assim como o seu sogro, Moreira Franco)
– O seu antecessor, Eduardo Cunha, está ~preso~.
E, como se não bastasse, Curitiba e Brasília seguem tocando de ouvido…
É “lá e cá”!
– Como lamentado por si, Rodrigo, outro antecessor de vocês, foi preso:



– E outros ~2~ antecessores de vocês todos na Presidência da Câmara estão ~ameaçados~ de irem pelo mesmo caminho… hmmm… “triste”:
Temer e…
*
Os juristocratas, portanto, fecham o cerco:
(1) “Temerários”:



*
(2) TSE:


*
(3) Denúncia de Temer pela PGR ao STF por crime comum:
((bem) mais sobre isso no final do artigo!)



(4) Em parceria, é claro, com a Globo:


*
STF: rachado entre o Partido do Golpe Juristocrático e o Partido da Política
Nesse contexto, o Habeas Corpus impetrado pelo “homem da mala”, o Dep. Rocha Loures, é negado pelo Ministro Ricardo Lewandowski/STF:


Peraí…
– Lewandowski virou casaca e passou para a banda do golpe juristocrático?
Nada disso!
Bate-bola:
Ciro: Esperava q “Lewa” soltasse ele…
Romulus: Não quer dizer nada. Soltar o cara ~agora~? Antes de TSE/ denúncia do Janot no STF?
Seria muito bandeiroso.
Para algo assim, só se o HC tivesse caído com Gilmar (!)
Porque dar o HC seria um Ministro, monocraticamente!, rever a decisão (também monocrática) do outro.
Eles quase nunca fazem isso. Costumam esperar o pleno.
Afinal, pau que dá em Chico pode, depois, dar em Francisco também…
E, com isso, o STF perderia poder de fogo. Tanto individualmente (as decisões monocráticas perderiam status) como institucionalmente, porque se esvaziaria a relevância do Pleno como “revisor”. É, justamente, onde operam as negociações “políticas”, com as famosas “conversas entre os Ministros” (e com os de fora). E isso inclui a Presidenta: vai pautar o recurso? Não vai pautar?
Tudo isso diminuiria sobremaneira a alavancagem, o poder de barganha, do STF no “jogo do poder”.
Em negociações de tratados internacionais, uma das táticas das delegações para ganhar tempo é parar a negociação, sem contudo dar uma resposta negativa!, dizendo:
– Bom, aí vou ter que ligar para a… ‘Capital’.
(“call the Capital”)
– Para saber se isso aí que você propõe é aceitável, entende?
– Porque extrapola o mandato que a ‘Capital’ me deu, sabe…
Repare:
– Fazem isso mesmo que ~já~ saibam a hipotética resposta da “Capital”.
– Periga sequer fazerem essa… “ligação”.
Pois então…
Ao negar o HC, Lewandowski disse que “tem que chamar a Capital”. rs
Azar, ora: o Rocha Loures não deu sorte de cair com o Gilmar! rs
*
Ilustração ~folclórica~ do conflito Política vs. Juristocracia: a Vaquejada

Ontem:

Não entro no mérito: sou vegetariano, entre outras razões, por rejeitar o “especismo” humano.
Mas…
~Eu~ nunca assisti a uma “vaquejada”!
E tampouco li o acórdão do STF que a considerou inconstitucional, por suposta crueldade para com animais.
Portanto, falo aqui apenas abstratamente, arguendo.
Há uma linha tênue que separa, de um lado:
– O papel contra~majoritário~ do STF – de resguardo dos direitos das minorias diante do “governo da ~maioria~” na demo-cracia;
(pós Segunda Guerra Mundial, por motivos óbvios)
E, do outro…
– A pura e simples substituição desse “governo da ~maioria~” pela NOOCRACIA ~juristocrática~.
Noocracia
La noocracia es un sistema social y político que está basado “en la prioridad de la mente humana”, según Vladímir Vernadski. (…) En este contexto, el sistema político resultante será referido como una noocracia.
Etimología
La palabra se deriva del griego ‘nous’, Gen. ‘noos’ (νους) significado ‘mente’ o ‘intelecto’, y ‘kratos’ (κράτος), ‘autoridad’ o ‘ poder’.
Historia
Sócrates ya sugirió este sistema. El primer intento de aplicar esa política es tal vez el sistema de Pitágoras, “ciudad de los sabios”, que planteaba desarrollar en Italia junto con sus seguidores, el orden de “mathematikoi.” (…)
Según la definición de Platón, noocracia se considera como el sistema político del futuro para toda la raza humana, sustituyendo a la democracia (“la autoridad de la multitud”) y a otras formas de gobierno. La aristocracia de los sabios (consultar: Sofocracia), tal como la definió Platón, es un sistema noocratico.
Não é difícil “equiparar”, nesta discussão arguendo, os animais da vaquejada às “minorias”, a serem resguardadas pelo Supremo do atropelamento pelas maiorias eventuais – ou perenes!
Supondo, arguendo, que haja de fato crueldade animal insanável…
(observado o princípio da proporcionalidade no cálculo, p.e., de um hipotético ônus excessivo para a aferição e controle em ~cada~ vaquejada individual, de forma a garantir que “em momento nenhum” haja crueldade para com animais…
Há meios materiais para fazer isso?
Mesmo que nadássemos em um gordo orçamento público – o que não é o caso?
Supondo que houvesse meios e que dispuséssemos deles…
Seria ~proporcional~ à “necessidade de preservar o patrimônio cultural da vaquejada” o ~custo~ de manter um funcionário público ~por~ animal, de forma a garantir o seu bem-estar durante toda(s) a(s) vaquejada(s)??)
Repito a premissa:
Supondo, arguendo, que haja de fato crueldade animal “insanável”…
– … cabe ao STF declarar ~inconstitucional~ essa tal “Emenda da Vaquejada” (!)
– PÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!
??? 
O que é ~perfeitamente~ possível do ponto de vista do controle de constitucionalidade!
Isso, por tratar-se, no “Poder de Emenda”, do Poder Constituinte ~Derivado~.
(que a Constituição reserva ao Legislador ~ordinário~)
E não o ~Originário~: aquele que – soberaníssimo! – mandatou ao ~Supremo~ a guarda da Constituição – e a manutenção, ao longo do tempo, do ~equilíbrio~ do seu pacto social ~original~.
Além de, no caso, ter confiado ao STF, em 1988, a proteção das minorias contra os avanços da maioria.
Ora, seguindo na mesma suposição (de crueldade animal “insanável”), a constitucionalização da vaquejada por ~Emenda~ – ~após~ a decisão do Supremo proibindo-a! – não é nada mais, nada menos, que um…
– GOLPE da ~maioria~ que governa.
– Contra uma “minoria”!
(“equiparada”)
“Golpe” porque passou por cima das “regras do jogo”.
Regras que asseguram ao STF o papel contra-majoritário do sistema, com a “última palavra”.
Em resumo, poderíamos dizer, arguendo, que…
– O Parlamento acaba de dar uma “carteirada” no Supremo!
Qual será a próxima?
– A PEC “casamento é entre homem e mulher”/ “Deus criou macho e fêmea”?
(como tentou, sem sucesso, Bush nos EUA. O que não impediu diversos Estados do Sul de fazê-lo nas suas Constituições estaduais)
– A PEC “nascituro”/ “direito à vida”?
(inclusive do feto sem cérebro e do fruto de estupro?)
– A PEC “Igrejas como legitimadas ativas”, para propor ao STF ações diretas de inconstitucionalidade? 
(tal qual partidos políticos?)
– A PEC “genocídio” – de mais de 500 anos!, delegando à bancada BBB – para evitar intermediários… – a “garantia” dos direitos de índios e quilombolas?
Haveria inúmeros outros exemplos possíveis, mas a ideia está clara, não?
– “Democracia” não é ~ditadura~ da maioria.
– É, na verdade, o ~governo~ da maioria, ~com~ o respeito às minorias e aos indivíduos.
“Problema” estrutural:
– ~Sempre~ haverá a tensão entre, de um lado, o impulso do Judiciário rumo à “Noocracia Juristocrática” e, do outro, dos ~2~ Poderes Políticos, Executivo e Legislativo, rumo à ~ditadura~ da maioria.
Ora, não é por outra razão que o sábio Montesquieu propôs a separação entre os Poderes!
Reconheceu que ~apenas~ o Poder pode colocar freios no… Poder!
*
Parênteses: Montesquieu – o “Iluminista ~trevoso~”
Do Voices (em inglês):
Baron de Montesquieu’s Views on Slavery
Posted on September 9, 2010 by Zane Polston
Montesquieu’s main argument in “The Spirit of the Laws” is that slavery is against the natural way of things, but in some cases it is more just than others, or it is “founded on a natural reason” (Montesquieu, 23).
Montesquieu was a well known writer from the enlightenment, so it makes sense that he would choose a progressive stance on slavery, and denounce it as an evil institution.  Montesquieu does exactly that in “The Spirit of the Laws”.  For example he says slavery “is not good by its nature; it is useful neither to the master nor to the slave…” (Montesquieu 20).
Montesquieu argues that slavery is not lawful because slaves who are slaves by birth are not benefitting from the law; the law works against them at every point in their lives (Montesquieu 21).  The points just mentioned that were made by Montesquieu are expected from an enlightenment thinker.  
Montesquieu’s purpose in making the aforementioned argument is to further human progression away from slavery.
However Montesquieu does not denounce the use of slavery in all cases.  In fact Montesquieu says that of all people, blacks are the most worthy to be enslaved.  He states that blacks do not have common sense because, “they make more of a glass necklace than of one of gold…” (Montesquieu 22).  
It is interesting to note that Davis makes note of this racist ideology among thinkers during the Enlightenment in “The Origins of Antiblack Racism in the New World” from Inhuman Bondage (Davis, 74-75).  
So although Montesquieu’s argument is progressive in denouncing slavery, it is still worth noting that he had little to no moral issues with the enslavement of Africans.  
In fact he even goes as far to say that it is probably necessary because “Sugar would be too expensive if the plant producing it were not cultivated by slaves” (Montesquieu 22).  
In essence Montesquieu believes slavery to be against nature’s wishes, but has little issue with the enslavement of certain peoples, such as Africans.
*
Voltando ao Brasil do(s) Golpe(s) – e da vaquejada!
E qual o problema, então, quase 300 anos depois do “Espírito das Leis” de Montesquieu?
– Por que a tensão, que era de se esperar!, agora vira conflito aberto, com tentativas de ~golpes~ de parte a parte – Políticos vs. Juristocratas?
Bem… foge ao escopo do artigo uma discussão detalhada a esse respeito, mas poderíamos citar como antecedentes no caso brasileiro atual ao menos:
– A péssima qualidade desta geração de ~indivíduos~ que ocupa os 3 Poderes (~instituições~);
– A radicalização da sociedade, traduzindo-se, também, na radicalização desses indivíduos. E, por tabela (infelizmente), dessas instituições;
(“Centristas”, “moderados” e “conciliadores” foram para o espaço!)
A esse respeito:

– O esporte nacional: o “jeitinho”. Nossa aptidão (não!) natural para “resolver” (aspas! E risos!) problemas ~estruturais~ com gambiarras ~casuísticas~.

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*

Bônus de “isso é Brasil”:

– “Liberais sim… mas para os ~outros~

*
Ventos normalizantes soprados do Sul?
Lembram da “excepcionalidade” da Lava a Jato?
– Reconhecida (!) expressamente (!!) pelos desembargadores (!!!) do Tribunal (colegiado!!!!) em Porto Alegre, ao negar recursos de Lula contra o arbítrio de Moro em Curitiba?
Pois então…
Parece que a tal “excepcionalidade” subiu no telhado, sabe…


Ciro: Viram o pedido de vistas do recurso do Vaccari no TRF?
Interrompeu o julgamento do recurso à condenação.
Tribunal julga, desde a tarde desta terça, recursos das defesas de Renato Duque e João Vaccari Neto, ambos já condenados pelo juiz Sergio Moro
ZH.CLICRBS.COM.BR
– Desembargador Relator vota pelo aumento da pena (!) imposta por Moro.
– Já o Revisor vota pela absolvição por falta de provas (!!).
Romulus: O Rei Salomão não conseguiria ficar mais em cima do muro!
Sandra: Tem alguém certo e alguém errado aí… ?
Ciro: O pedido de vistas ~em si~ me parece significativo. Talvez estejam aguardando os desdobramentos antes de decidir, seja de um lado ou de outro. Depende de quem vai ganhar nos próximos dias…
E só digo que, se Fachin/Janot ganharem, a condenação é certa.
Valdir: Ganhar onde? No TSE?
Ciro: Ganhar no jogo do acordão/não-acordão. Não necessariamente no TSE.
Romulus: totalmente de acordo com você, Ciro.
O pedido de vistas, inclusive depois dessa divergência “salomônica” entre relator e revisor, sinaliza que até o TRF, em Porto Alegre, já está com as barbas de molho.
Os tempos de “a lava jato é excepcional” passaram.
Pelo menos, como você aponta, até o duelo Juristocracia/ Política se resolver.
O TRF evitou tomar partido.
Lembrando que a “Lava Jato ~excepcional~” do TRF/PoA, do passado, se deu na época em que a “sangria estava estancada”…
“Estancada” sim…
Mas…
– … usando o ~PT~ de torniquete!
Ciro: Aliás, me diz uma coisa…
O Herman Benjamin na realidade é o alter-ego judiciário da Erundina, né?
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– Alguém já viu eles juntos??
? ? ?
*
Janot – o “malandrão” – #SQN!
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Quantas divisões tem o Papa? Digo, Janot, na Câmara??
Como sabemos, o STF precisa da autorização de 2/3 da Câmara para processar o Presidente da República.
O cartaz do STF e da PGR não deve estar lá essas coisas no Parlamento não…
Sabe o que é?? As pessoas “não gostam” de ser chantageadas, sabe…
E, na primeira oportunidade – imaginem vocês que absurdo (!), tentam se livrar do chantagista!
Portanto, o que é mais provável?
– Que a Câmara aceite derrubar Temer – isso se a sucessão já não estiver então articulada pelos ~próprios~ políticos… – e, com isso, abrir caminho para ser emparedada pela Juristocracia/Globo e, assim, coagida a eleger o Presidente ~deles~?
– Ou que todos juntos – Temerários e Congresso – “aguentem firme” até o mandato de Janot vencer em… setembro?
“Rei morto, rei posto”, não é??
A escolha é simples:
– Um Presidente Juristocrático-Global (R. Maia!!) pode nomear um “novo Janot”, da predileção dos seus ~patronos~, em setembro. Quem sabe até o “primeiro colocado da lista tríplice da ANPR” (!).
Para um ~novo~ mandato de… chantagens.
– Já Temer – ou o sucessor articulado pelos políticos (Jobim??), tanto faz… – CERTAMENTE vai nomear um “engavetador geral” Vol. 2.
Adivinhem o que preferirão os nobres deputados??
Tempo na tela, produção!
*
Cassandras (paraguaias) avisaram:
Ciro: Atenção! Já estão abertas audições para o papel de Engavetador-Geral-da-República!
Procurar por:
Michel Temer, Palácio do Planalto, Praça dos 3 poderes, Brasília.
Na ausência dele pode procurar por Rodrigo Maia ou Moreira Franco…
Requerimento: Saber assar pizza.
(CASSANDRA ADORA!)
Segunda-feira, 05/06/2017, às 13:51
Para Planalto, ‘prazo de validade’ da crise vai até a saída de Janot
Com a expectativa de que o Tribunal Superior Eleitoral não casse o mandato de Temer, o Palácio do Planalto fala em crise com “prazo de validade” com a saída de Rodrigo Janot da chefia da Procuradoria-Geral da República.
Um ministro disse ao blog nesta segunda-feira que Temer vai “lutar para sobreviver” até setembro, exatamente quando Janot deixa o comando do Ministério Público.
Diante do que assessores chamam de “conflito aberto” com o procurador-geral, Temer já discute nomear um perfil “anti-Janot”, exatamente o contrário do que o Planalto vinha dizendo antes da delação da JBS.
O discurso do governo era que o presidente não ia brigar com o Ministério Público, e defendia a continuidade da Operação Lava Jato.
Com a delação de Joesley Batista, a estratégia mudou – e o alvo preferencial do governo passou a ser Janot.
Romulus:
Plus na avaliação dos CVs de candidatos interessados:
– Trabalho prévio e/ou familiaridade com a práxis do Exmo. Sr. Dr. Geraldo Brindeiro, ex-Engavetador, digo, Procurador Geral da República.
Na verdade, a “denúncia” no STF, em si, é um ~fato político~ – e midiático!
O “jurídico” é irrelevante…
Coloca-se Temer – ainda mais! – na berlinda.
Mas…
É, por acaso, mais bombástico, em termos midiáticos (é disso que se trata!), que o áudio do grampo do Joesley??
Já passamos por tanta coisa, não é mesmo?
Pobre Janot… vai ter que se esforçar mais, coitado…
Porque, a não ser que tenha mais do que o que mostrou até agora, não adianta.
Ciro: Exato.
Romulus: é o que eu tenho falado…
Na verdade…
– O Janot “malandrão” (!), só está dando à classe politica mais uma válvula pra tirar o Temer – se assim rezar o acordão!
E note: válvula muito útil e tempestiva!
Afinal, os políticos devem gastar a carta “TSE” ~hoje~.
– “Valeu, Janot!!”
– “Malandrão”!
#SQN
Ciro: ou ele tá construindo uma candidatura para 2018
ou então é muito burro.
No principio de uma candidatura, me parece que ele está fazendo tudo certo… para representar o “todos contra a corrupção”.
E ele fica como uma boa opção se for para o segundo turno.
Porque Janot vs. Lula é toda a direita nele!
E…
Janot vs. Dória é boa parte da esquerda indo à praia no domingo da eleição e outra boa parte Janot!
Agora…
Seria MUITO legal ver ele tentando governar…
Aí da Suíça, claro…
Romulus: ver quem? O Janot governar??
Ora, já tivemos um “test drive” com ele na PGR…
Note:
– O zelote é o Dallagnol!
Já o Janot é o mestre da politicagem!
“Janot Presidente” seria o velho “Presidencialismo de coalizão”…
Mas…
– … tomando bomba: esteroides!!
Post:

Os “culpados” por “isso tudo que está aí…” (o(s) golpe(s))
(…)
2) Janot na PGR.
http://jornalggn.com.br/sites/default/files/u28333/janothunos_2.jpg
Uma pessoa amoral e aética – o que é diferente de “imoral” e “anti-ético”. Um animal político puro, como já apontava semanas atrás no post “Balé? Esgrima? Espada de Janot era apenas um canivete. E com perda de fio precoce!” (29/8/2016):
De duas, uma:
(i) Ou Janot é um enxadrista de primeira e sabia que tinha bala na agulha para derrubar apenas uma “pata manca” e nada mais.
Nesse caso, Janot seria um homem falso e de moral e ética duvidosos.
Atenção!
Sem moralismos aqui: amoral, aético e calculista. Ou seja, um animal político puro.
(ii) Ou Janot se acha muito mais do que de fato é – embora seja então um homem sincero e bem intencionado.
Bom coração…
Seria um prêmio de consolação pelo déficit?
Sim, porque, como relatou o Nassif em diversas oportunidades, pessoas que conviveram em proximidade com Janot durante a sua ascensão garantiam que era alguém “bem-intencionado”, “com altos valores republicanos”, “identificado com pautas progressistas e de emancipação dos desfavorecidos”, “que se compadecia dos dramas humanos causados pela farsa do julgamento da AP 470 no STF”.
Esse perfil não se encaixa à figura do item (i), mas apenas à do item (ii) acima, não é mesmo?
*
Mas…
Pensando melhor…
Talvez se encaixe sim com a figura do item (i).
O Janot “republicano, progressista, bem-intencionado, humano e solidário” poderia ser apenas uma persona pública empalmada pelo animal político, aético e amoral, para possibilitar a sua subida diante dos ventos de cidadania que sopraram na primeira década dos anos 2000 e final dos 90.
Parafraseando o “quem não foi comunista aos 18 anos não tem coração; quem permanece depois dos 30 não tem cabeça”, digo que:
– Quem não votou em Lula em 2002 não tinha ~coração~. E quem – com pretensões políticas dentro da Administração Pública – tampouco votou é que não tinha ~cabeça~!
Lula era a encarnação do Zeitgeist: o espírito daquele tempo. Encarnava – na própria biografia – o conjunto de ideias cidadãs e emancipatórias que eram “a moda” então.
“Meritocracia”??
(meia boca e viciada…)
Quem falava disso então?
Quem vinha com aquela história de “dar vara de pescar e não peixe” tomava logo um passa fora depois daquele desastroso segundo governo FHC.
*
Mas chega da viagem ao passado e àquela era de otimismo e mentalidade progressista. Arriscamos ficar saudosistas em excesso vendo o Brasil de hoje.
Foquemos, pois, no presente:
– Janot é um débil de bom coração?
– Ou um gênio sem alma?
*
Aurea mediocritas
Ou será que a verdade fica no meio?
Outras combinações possíveis: gênio de bom coração, débil sem alma, algo no meio dos dois, o oposto ao contrário, o inverso do inverso, … ?
*
Quer seja uma coisa ou outra, possibilitou que outros “atingissem o clímax sexual por meio de aparelho reprodutor alheio”, paráfrase eufemística de um certo dito popular…
Sim, porque foi com a “espada” de Janot que Cunha, Temer, Serra e cia. vararam o governo anterior, o Estado de Direito e a democracia – numa ~orgia~ despudorada.
Ou melhor, num ~estupro~ sistemático, “de guerra”, tipificado inclusive como crime contra a humanidade.
http://jornalggn.com.br/sites/default/files/u28333/fotorcreated_18.jpg
Agora a espada de Janot – que se revelou na verdade um pequenino canivete, com “perda de fio” ~precoce~ inclusive – está de volta à bainha. Para nunca mais…
Coisa da idade ou do stress?
*
Enquanto a adaga dorme, o estupro de guerra segue sem oposição:
http://jornalggn.com.br/sites/default/files/u28333/9._ruleofengagement67hires.jpg
Rapto das Sabinas: outro estupro sistemático, de guerra.
Duvidam?
Pois vejam por si mesmos:

Se havia ainda dúvida sobre o caráter de Janot, não mais subsiste: a carta aberta de Eugênio Aragão abriu-o como uma navalha.
Notem bem: Janot é “animal político puro” sim, mas da “pequena política”. Aquela que os meus vizinhos franceses chamam de “politique politicienne”. Aquela política praticada entre pares – corporativa, dos conchavos… – que constitui, no limite, ‘o’ instrumental de um carreirista.
A Wikipedia em francês me socorre:
“Politique Politicienne” – (Péjoratif) attitude des hommes politiques consistant à se préoccuper des questions de pouvoir entre politiciens et partis politiques davantage que de la politique au sens étymologique du terme, c’est-à-dire des affaires de la cité.
Traduzo livremente como:
“pequena política” ou “politicagem” – (uso pejorativo (!) (*)) comportamento dos políticos que consiste em dar mais atenção às disputas e acertos de poder entre os próprios políticos e os seus partidos que à “política” no sentido etimológico do termo, ou seja, os “problemas da polis”.
(*) Nota – para mim FUNDAMENTAL:
– O relatado “uso pejorativo” da expressão parte de quem tem uma visão moralista e idealizada:
(i) do exercício da política; e
(ii) do que “deve ser” um político.
Dilma, p.e., é a ausência completa dessa tal de politique politicienne.
Não vejo demérito nenhum nisso.
Certamente haverá algum nível de aprendizado, teórico e prático, nessa “disciplina”.
Mas o bom desempenho nessa “arte” está mais para personalidade e aptidão pessoal.
Ou se é ou não se é.
Simples assim.
Vai ver que o Janot se acha mesmo…
Capaz e tal…
Porque todas as vezes que o vi falar no STF fiquei totalmente…
– …. ~nada~ impressionado (!)
No grampo Andreia/Aécio Neves, eles falavam em “candidatura em MG”.
Acho mais factível.
Nacional?
Sem legenda, sem capilaridade, sem governadores, prefeitos, sem tempo de TV, sem marqueteiro…
(“Procurador – varão abençoado! – com marqueteiro?! Ora, marqueteiro é do diabo! Queima, Jesus! Tá amarrado e repreendido!”)
… sem grana (Mercado vai dar??)…
Mas nunca se sabe, né?
Já vimos que…
– … Janot blefa ~sem~ mesmo saber (rsrs) que está blefando (!)
(pedido de prisão Sarney/Jucá)
Então o cara é um tanto sem noção…
Ciro: “Sem marqueteiro”??
Ora, o Marqueteiro dele chama-se Roberto Marinho!
(in memoriam)
?
Partido?
– Sempre tem um Partido Novo da vida…
Financiamento?
– Internacional (!)
Tem MUITA gente de fora querendo financiar algo assim.
O Mercado tem dois grandes ódios no Brasil… e ele não sabe qual é maior!
– Se é pela esquerda brasileira; ou
– Se é pela elite patrimonialista do país.
Romulus: Sim… elite patrimonialista que, com as suas “prerrogativas ~cartoriais~”, prejudica a “concorrência”… o “livre mercado”… barrando o acesso ao mercado brasileiro dos tubarões estrangeiros, “mais eficientes” (rs).
(como, p.e., a Globo – com o “chapéu” ANJ/ABERT! – nos meios de comunicação. Querendo, com ADIN, impedir El País, BBC, Intercept, etc. de operar no Brasil)
Não por outra razão, os EUA, nas suas negociações de Tratados Bilaterais de Livre Comércio (FTAs, na sigla em inglês) ~impõe~ ao “parceiro” (!) reformas do seu Direito da Concorrência interno. Tudo para quebrar monopólios (públicos ou ~privados~) ~nativos~: barreiras “indevidas” de entrada no mercado relevante.
Ciro: Isso explica muita coisa…
Note:
– Com a Lava Jato o Mercado se livra das duas: esquerda brasileira e elite patrimonialista!
Romulus: quem sabe Janot não sai candidato pela “Rede”?
No julgamento do TSE, hoje, tem manifestantes da “Rede”, do lado de fora, com cartazes “todo apoio à Lava a Jato”…
?
Aliás, Janot continuaria até como “PGR” se entrasse na “Rede”, sabe…
Porque a “Rede” já faz as vezes de…
– … “Partido do MPF”!
– E da Globo!
(claro)
Entra com várias ADINs “sob encomenda” (!)
Aliás…
Acho que vou abrir um Partido também, sabe…
Lucrativo nesse mercado de lobby, no “jogo do poder”…
Ciro: Sim:
– Partido das princesas troianas que não quiseram dar para Apolo…
– E “sifu” na sequência, Cassandra!
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Romulus: Cassandra grita e arranca os cabelos porque avisou…
Mas…
Não adianta: Troia queima ao fundo!
*
E por falar em “Cassandra”/ “Troia”/ “Guerra”/ “Exércitos”…
Um off topic muito… “on”:
(the spot!)
Piero: Aqui sim temos algo de muito preocupante para hoje:
– A reunião em que o Gen. Villas Boas (comandante do EB) consulta as “linhas políticas do Exército”.

O editorial do Defesanet tá meio cifrado:
(em azul comentários de Romulus)
Editorial DefesaNet: a Reunião
Talvez a reunião mais importante das últimas semanas aconteceu hoje (06JUN2017), em Brasília DF, no Quartel General do Exército, foi a do Comandante do Exército General-de-Exército Eduardo Villas Boas, com representantes de diversas alas do pensamento político-militar.  
O GenEx Villas Boas tem sido o fiador da Posição Legalista e uma posição firme, nos últimos acontecimentos políticos, em Brasília. Seus três princípios, adotado pela Força Terrestre, têm sido:
– Legalidade – Nada fora da Constituição. Seguirão as determinações do STF (!)
– Estabilidade – Política, Social, Lei e Ordem.
– Legitimidade – As Forças Armadas, caso necessário, têm legitimidade para intervir
Os últimos movimentos que ocorreram com a Procuradoria Geral da República e o próprio STF envolve (Caso JBS), no Brasil, com a ação coordenada de movimentos internos de agitação com ações diplomáticas contra o Brasil começaram a ruir esta posição clara da Força Terrestre.
A mesa conduzida pelo Gen Ex Eduardo Villas Boas tinha representantes de várias alas do pensamento político-militar.
– Gen EX Alberto Cardoso – Ligado ao ex-presidente Fernando Henrique;
– Gen Ex Augusto Heleno – Representa um maior protagonismo das Forças Armadas;
– Gen Ex Bolivár Goellner – Ligado ao Gen Ex Etchegoyen (GSI), e,
– Gen Div Rocha Paiva – Pensador militar.
Também presenta à reunião membros do Alto-Comando do Exército presentes em Brasília
DefesaNet considera que, no dia 24MAIO2017, foi o início das ações de Guerra Híbrida contra o Brasil (!). Observar que não estamos falando de ações contra o atual governo, mas a Sociedade Brasileira como um todo.
Com manobras de Guerrilha Urbana (ou até mesmo Guerra Urbana) (!), e vinculadas a ações diplomáticas contra o Brasil no Foro da Organização dos Estados Americanos (OEA) (!!).
(Ou seja: não se pode ~nem~ mais reclamar aos órgãos internacionais de proteção dos Direitos Humanos (!)
É “crime de sedição”!
E em colusão com “perigosos” interesses estrangeiros: Vladimir Putin? China maoísta? Comuno-bolivarianos da fronteira?? (!)
Voltamos a 1970??
E eu pensando que a menção a “Guerra Híbrida contra o Brasil” se referia à…
– … Lava a Jato e aos EUA (!))
As ações de Guerra Econômica conduzidas por Grupos Internos, com dois intuitos: o de criar fatos e com estes forçar alterações institucionais e o outros de pura especulação financeira.
Aos poucos, no início, e agora de forma rápida, ruem os três princípios seguidos pela Força Terrestre e o seu Comandante.
As contínuas operações Midiáticas com claro intuito de desestabilização da Ordem Pública.
O novo cenário muito longe da clara visualização (branco preto), tem inúmeros tons de cinza, tornando difícil a clara identificação do cenário e fatos correntes.   
Some-se a isso uma confusa e não explicada participação do Senhor Comandante do Exército, em um evento na cidade de São Paulo, no mesmo dia em Brasília pegava fogo com ações de Guerra Urbana.

Realmente os tons são milhões de pontos cinza, que ofuscam o Branco e o Preto.  
Estamos trabalhando e formulando análises, em um campo em que estão todos os atores da Guerra Híbrida. Desde as gangues criminosas organizadas de colarinhos brancos às desorganizadas, mas com poder de fogo (em todos os campos).
(Só eu leio aí na segunda parte “MST”, “MTST”, “Frente Povo Sem Medo”, “CUT”, “UNE”, etc.??)
“Veremos que a esperança vem aos poucos sendo esmaecida pela postura vacilante daqueles que, em vez de encaminharem as mudanças necessárias, nada mais fazem do que veementes juras pelo cumprimento das leis e pela democracia, em uma clara demonstração de quanto a estética do “politicamente correto” (!), do patriotismo, do estrito cumprimento das leis (!!) e dever podem esconder a falta de coragem (!!!) para fazer o que deve ser feito (!!!!) para o bem do Brasil.”
Cel R1 Péricles da Cunha
(Só eu tenho frio na espinha ao pensar no que esse Senhor crê que “deve ser feito pelo bem do Brasil”?
Mas que…
– … a “falta de coragem”, a submissão ao “politicamente correto” e ao “cumprimento das leis” (“das leis”!) impediram??
Algo como:
“Ah, esses malditos comuno-bolivarianos-gayzistas-feminazi-afro-ameríndios… se não fosse o ‘politicamente correto’, as ‘leis’ (!) e a ‘falta de coragem’ do Comando, vocês iam ver só…”?!) 
(Continua o…)
Piero:Realmente não entendi onde eles querem chegar.
Seja como for, o principal aqui é ver QUEM ESTAVA NA REUNIÃO: podemos dizer com alguma segurança que se trata de “centro-direita” (o próprio Villas Boas) à DIREITA (raiz):
– Adoradores de 64, anti-direitos humanos, anti-indígenas, e, possivelmente, operadores do contra-ataque ideológico que é formado por esses grupos de militares como o “ternuma” (“terrorismo” nunca mais).
É incrível como no poente do governo Dilma o PT ainda tenha aprovado uma “resolução sobre conjuntura” que fala que a falha do PT foi não mexer em promoções e alterar currículos das academias
O que era uma raiva se transformou em ódio entre militares.
Até alguns dias tinha a suspeita de que havia ainda algum fio de simpatia devido ao projeto nacionalista do PT entre as FFAA, mas agora minha suspeita de que a coisa degringolou (no duplo sentido) beira a certeza.
Romulus:
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Atualização (1): Justiça ~fecha~ o PP (!)

– Ou não?!
Bloqueio de 1.8 bi (!!) do Partido?
E dos filiados?!
Em cautelar??
Exemplo prático: ~neste~ mês esses filiados não podem pagar escola particular dos filhos, plano de saúde, condomínio, fazer compra no supermercado…
Estão me entendendo??
Isso é desvio de finalidade flagrante: estão cassando de fato, se não de direito!, o registro do PP!
E adivinhem qual a próxima sigla a sofrer pedido semelhante??
Dica:
– Rima com… “PP”!
Aliás, esse “test drive” com o PT, digo, “PP”, parece ou não parece um balão de ensaio?
Para, uma vez assentada a “tese” e sinalizada a “imparcialidade”, que “dá em Chico e Francisco” (sei…), partir para o alvo… principal??
?

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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

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Romulus Maya

Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário! Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.

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