Bomba: os Marinho colocaram a Globo na roleta do Cassino!
Por “Dom Cesar” & Romulus
No popular:
– Os Marinho estão saindo fora!
E, por isso, querem a grana toda…
– … in cash!
Com a moeda nacional desvalorizada, o país fica “barato” e o poder da “alavanca” de quem tem dólares torna-se muito maior.
Some a isso, ainda:
(i) a depressão econômica, barateando os ativos brasileiros no geral;
e, no particular…
(ii) a implosão de setores inteiros da economia nacional, via Lava a Jato.
Resultado: xepa!
E aí…
Quem tem dinheiro na mão – a tal da “liquidez”… – é rei!
*
“Aposta na aposta, na aposta, na aposta, na…”
– Os Marinho apostam no seu poder de viciar a “roleta do Cassino”, via Rede Globo…
Para…
Ao final…
– Ganharem, também, na sua aposta principal: a especulação financeira.
Haja alavancagem: um verdadeiro castelo de cartas!
*
“Castelo de cartas”…
A espera de um…
*
Continuação de:
*
Análise financeira das empresas do Grupo Globo entre 2016 e 2015 – continuação
Por “Dom Cesar”
– As fragilidades financeiras das empresas do Grupo Globo.
O dilema Liquidez vs. Rentabilidade
Gráfico 1:
Gráfico 2:
Voltando à análise de alguns indicadores extraídos dos balanços consolidados das empresas do Grupo Globo entre os anos de 2010 e 2016, é possível visualizar um constante aumento da liquidez no período, ao passo que no que tange aos índices de retorno do investimento total verificou-se uma queda contínua.
De forma sintética, o índice de liquidez geral (ativo circulante + realizável a LP / passivo circulante + exigível a LP) mede a capacidade da empresa em quitar suas dívidas com terceiros. A tendência ideal para este indicador é a ascendência, observada no Gráfico 1. Podemos afirmar que as empresas do Grupo Globo possuem indicadores favoráveis no aspecto da liquidez geral.
O segundo indicador aqui apresentado, índice de retorno do investimento total (lucro líquido / ativo total) mede a relação entre a remuneração obtida em um determinado período e seu patrimônio líquido total. Este indicador é de suma importância para uma análise segura das empresas, sendo desejável a sua tendência ascendente.
Contudo, no Gráfico 2, percebe-se claramente um declínio contínuo nesse importante indicador de rentabilidade.
Esses dois gráficos, juntos, refletem com muita nitidez o conhecido dilema da Liquidez versus Rentabilidade, onde os administradores precisam fazer o equacionamento (trade off) entre a liquidez e os investimentos objetivando o aumento da rentabilidade das empresas e, ao mesmo tempo, sua solvência financeira. A liquidez deve ser suficiente para proporcionar uma disponibilidade de recursos com vistas ao custeio dos compromissos a pagar e ao mesmo tempo distribuir estes recursos em outros ativos (investimentos) que venham a proporcionar os lucros futuros das empresas do grupo.
Na prática, se as empresas trabalham com baixos volumes de caixa e equivalentes de caixa em relação às suas obrigações contratuais, ficariam expostas a uma crise de liquidez, levando os negócios a um colapso financeiro.
Por outro lado, se as empresas mantêm elevados volumes de recursos de alta liquidez, estará abrindo mão da oportunidade de investir esses mesmos recursos de forma lucrativa em outras atividades e negócios.
Os dois gráficos acima indicam que as empresas do Grupo Globo optaram por manter elevados níveis de liquidez em detrimento da rentabilidade do negócio, que apresenta uma queda contínua desde o ano de 2010 (período inicial da análise).
Outro forte indício que pode ser revelado através da análise dos indicadores de liquidez é que estaria havendo um processo de desmobilização dos ativos de longo prazo.
Significa dizer que a holding da família Marinho estaria vendendo suas diversas participações de negócios e aplicando os recursos oriundos destas desmobilizações em ativos de curto prazo e alta liquidez.
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Romulus: no popular…
– Os Marinho estão saindo fora!
E, por isso, querem a grana toda…
– … in cash!
Que é para poder botar tudo numa “mala”?
(figurada??)
E partir – de jatinho – para fora do Brasil??
(já não tão figuradamente assim, né…)
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GOBOPAR: uma holding rentista?
Gráfico 3:
Gráfico 4:
Os Gráficos 3 e 4 apresentam o elevado volume de recursos que as empresas do Grupo Globo aplicaram em títulos e valores mobiliários entre os anos de 2010 e 2016.
Comparando esses volumes de recursos (média anual de $ 2,082 bilhões entre 2010 e 2016) com o patrimônio líquido apurado nos balanços de encerramento, podemos afirmar com toda precisão que a Globo é uma empresa rentista, isto é, tem como fonte relevante de seus lucros as aplicações financeiras em títulos públicos e valores mobiliários.
No Gráfico 3 é possível visualizar que…
– Em 2016 a aplicação em títulos e valores mobiliários alcançou o patamar de R$ 4,994 bilhões, equivalente a 39,7% do patrimônio líquido consolidado das empresas do grupo neste ano.
– Em 2012 essa relação chegou a incríveis 76,8%, típica de instituições financeiras, que possuem atividade típica autorizada e fiscalizada pelo Banco Central.
Os 4 gráficos analisados em conjunto evidenciam que:
-
No dilema Liquidez versus Rentabilidade, a opção vencedora do trade off foi, claramente, a Liquidez.
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Temeridade (1)
A relação percentual entre títulos e valores mobiliários e patrimônio liquido (entre 2010 a 2016) apresentou uma média de 57,1%.
É como se uma empresa possuísse um patrimônio líquido (tudo que a empresa possui de bens e direitos menos aquilo que ela deve a terceiros) de $ 100 e, desses, $ 57.10 estivessem aplicados em títulos e valores mobiliários.
Em qualquer parte do mundo isto seria totalmente insano para uma empresa… produtiva.
Temeridade (2)
– Mesmo que se aplicasse apenas em títulos federais (um risco menor que bolsa de valores, mercado futuro, commodities ou opções), ainda assim isso não seria aconselhável.
– O mais sensato e seguro seria investir em bens imóveis ou em bens ligados à atividade produtiva do próprio negócio (ativo imobilizado).
Essa elevada aplicação em títulos e valores mobiliários evidenciada nos Gráficos 3 e 4 só seria normal se a Globopar fosse uma corretora de valores ou um banco, que vive exclusivamente do rentismo e da especulação financeira.
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Confirmado: Globo ganhou (e ganha) com o Brasil pegando fogo
Como nos últimos anos os balanços patrimoniais do consolidado apresentaram resultado financeiro positivo (receitas financeiras maiores que as despesas financeiras) isso indicaria que as empresas estariam compradas em dólar.
(apostam na desvalorização cambial do real)
Portanto, para os Marinho, a continuidade da crise política e econômica brasileira garantiria mais lucros no futuro.
Mais que isso:
– Abriria uma enorme possibilidade de investirem esses ativos financeiros em outras áreas de negócios.
(como petroquímica, usinas térmicas, distribuição de energia, papel e celulose, etc.)
(Romulus: Ou seja, diferentemente da Rede Globo, setores da economia ~com~ futuro!)
Como a moeda nacional estaria desvalorizada, o país estaria “barato” e o poder da “alavanca” seria muito maior.
Em outras palavras, seria o negócio do século.
(Romulus: some a isso, ainda:
(i) a depressão econômica, barateando os ativos brasileiros no geral;
e, no particular…
(ii) a implosão de setores inteiros da economia nacional, via Lava a Jato.
Resultado: xepa!
E aí…
Quem tem dinheiro na mão – a tal da “liquidez”… – é rei!)
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Romulus – comentário final:
Dom Cesar sensatamente observa que:
– Mesmo que (a holding dos Marinho) aplicasse apenas em títulos federais (um risco menor que bolsa de valores, mercado futuro, commodities ou opções), ainda assim isso não seria aconselhável.
– O mais sensato e seguro seria investir em bens imóveis ou em bens ligados à atividade produtiva do próprio negócio (ativo imobilizado).
O problema aí, Dom Cesar, é que “imóveis” e “bens ligados à atividade produtiva” ~não~ cabem dentro da tal “mala”…
E nem no jatinho!
(por maior que seja…)
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Nem tampouco estão a salvo da depreciação geral dos ativos nacionais ~patrocinada~ pelos próprios irmãos Marinho, via Rede Globo.
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Riscos políticos – imagina se:
– Lula fosse eleito em 2018?
Ou…
– A emenda do Parlamentarismo passasse??
Seguro morreu de velho, certo?
Os Marinho sabem que, seja pelo risco político, seja pela transição tecnológica, a Rede Globo não tem futuro.
Invertendo a lógica esperada para uma empresa ~produtiva~, usam o valor presente da subsidiária operacional (Rede Globo) – ainda alto, embora decrescente… – como “lastro” para a jogatina financeira (sua verdadeira aposta).
(Aliás…
Como o próprio Dom Cesar observou no
artigo anterior, a mesma “inversão lógica” terminou por quebrar (!) a Sadia e a Aracruz Celulose no ano de 2008.
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“Mas”…
(e aqui se trata de um “mas” capital!)
Diferentemente da Sadia e da Aracruz…
A Globo é protagonista do jogo político!
E, por tabela, do econômico.
Assim, acredita no poder de fogo do seu “lastro” operacional para certificar-se de que ganhará na “jogatina”.
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Aposta na aposta, na aposta, na…
Esquematicamente:
– Os Marinho ~apostam~ no seu poder de viciar a “roleta do Cassino”, via Rede Globo…
Para…
Ao final…
– Ganharem, também, na sua ~aposta~ principal: a especulação financeira.
(Viva o “capitalismo brasileiro” e o “apetite por risco” dos empresários, não é mesmo??)
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E por que “aposta na aposta, na aposta, na…”?
Assim…
Indefinidamente?
Ora, porque, no jogo político, a Globo também faz apostas!
Sucessivas!
Muitas delas, inclusive…
– … frustradas!
Para nos atermos apenas ao período recente:
– “Aécio 2014”;
– “Lava a Jato destruirá o capital político de Lula”;
– “Sergio Moro esmagará Lula no depoimento em Curitiba”;
– “Joesley derrubará Temer”;
– “Rodrigo Maia será Presidente”;
– “Nicolao Dino será PGR”;
– “STF, emparedado, garantirá todo o poder à dobradinha juristocracia-mídia no julgamento da delação da JBS”;
– “João Dória será capaz de encarnar o ‘novo’ e viabilizar-se-á como um ‘Macron’ brasileiro para 2018”
E assim por diante…
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“Aposta na aposta, na aposta, na aposta, na…”
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Peraí…
Haja alavancagem, né??
Um verdadeiro castelo de cartas!
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“Castelo de cartas”…
À espera de um…
– … sopro??
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Imaginem uma queda acentuada do dólar…
(como a que matou a Sadia e a Aracruz em 2008)
Uma queda acentuada dos juros básicos da economia…
(que remuneram os títulos públicos da Globopar)
Ou então…
(caso extremo)
Uma reestruturação da dívida interna:
Né, Miriam Leitão??
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Achou meu estilo “esquisito”? “Caótico”?
– Pois você não está só! Clique nos links para estes artigos e chore as suas mágoas:
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A tese central do blog:
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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.
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