✊Lula convoca patriotas: “pela soberania do Brasil!” Mas… e os militares com isso???

Publicado 15/10/2017 – 20:09
Atualizado 16/10/2017 – 8:19

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✊Lula convoca patriotas: “pela soberania do Brasil!”
Mas…
– … e os militares com isso?? ?

Por Núcleo Duro

O chamamento de Lula a TODOS os patriotas do Brasil em defesa:


(1) da soberania/ independência nacional;



(2) das estatais como instrumentos do exercício dessa soberania na exploração dos nossos recursos naturais;



(3) do aproveitamento dessas riquezas em benefício do DESENVOLVIMENTO nacional; e



(4) em proveito da TOTALIDADE da população brasileira, com o direcionamento dos lucros para eixos estruturantes (educação/ ciência e tecnologia).



*



Ok…



Mas…



Resta, ainda, decifrar a “esfinge fardada”:



– Haverá uma maioria de patriotas no Comando das Forças Armadas, disposta a responder ao chamamento de Lula?



– O que faz, hoje, brilhar os olhos de Generais, Almirantes e Brigadeiros?



– Um Brasil (novamente buscando ser…) soberano?



– Com uma estratégia autônoma de desenvolvimento?



– Postura “altiva e ativa” no tabuleiro geopolítico global?



Ou…



– Ser um grande…



– … Porto Rico??



– Um (enorme) apêndice do Império, mais ao sul?
(“apêndice”, sim, SENHOR…
Mas…
… com acesso a verbas gordas, treinamentos e tecnologia militar made in USA/ Israel!)



*



E aí?



Qual vai ser, Comandantes??

*


omulus Maya




<<A esquerda precisa disputar as FFAA>>



Em sua fala da tribuna do Senado, Gleisi defende um Brasil soberano, autônomo e com FFAA fortalecidas, no seu papel constitucional (e não como mera polícia de choque).



Mas temos que ver se tem público. A questão é saber qual o percentual do Comando que ainda não aderiu ao entreguismo, né…
João Antônio acho que serve pra dizer que “tentamos” e só.



Valdir Gostei, espero que surta algum efeito positivo.



Maria Correto, bem fundamentado em dados verdadeiros. Ao menos fala ao que um dia foi um “sonho” do Villas-Boas, como ele próprio afirmou: o Brasil está condenado a ser uma potência, por suas condições geoestratégicas.



Mas não sei dizer quem poderia ser ainda movido por esse discurso, que pede um papel ativo e altivo pras FFAA assim como para o Itamaraty, pensando a partir de uma visão ~política~ de soberania.



Porque do outro lado não acho que há entreguistas simplesmente. Podem ser os que pensam de uma perspectiva puramente “profissional” e que foram convencidos a trocar aquela noção de soberania ~da nação~ pela ideia de uma defesa mais eficaz do ~território~se contarem com a tecnologia e o apoio do complexo militar USA e a da defesa de Israel, que já está no comando de muita coisa estratégica por aqui. Pode ser que João Antonio tenha razão: ao menos tentamos. Mas gostaria de poder esperar como o Valdir que pudesse ter algum efeito.



Romulus Maya Pessoal, parece que é mais que um simples “tentamos”.



Além de Gleisi, PRESIDENTA do PT, tem também Lula, num esforço coordenado:

Lula no palanque e, ao fundo, a tônica: “desenvolvimento e soberania nacional”.

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Lembrando que, na semana anterior, Lula já dera ESSE mesmo tom, no ato em defesa das empresas estatais (e da soberania nacional!) no Rio de Janeiro, passando em frente às simbólicas sedes da Petrobras e do BNDES (na Av. Chile).



Como observou o Wellington Calasans, no programa “Cafezinho no WC” do dia seguinte, saiu fora o discurso “economicista-consumista” (em alguma medida…) despolitizante…



(“no tempo do PT o pobre ia visitar a família no Norte de avião…
… e não mais 3 dias enfiado num ônibus-forno lotado”…
E mais outras construções, similares, para, e.g., eletrodomésticos da linha branca (cozinha/ área de serviço), automóvel em 60 prestações, etc.)



Sim, saiu fora o “consumismo político”…



Para entrar, em seu lugar, a ênfase:



(1) na soberania/ independência nacional;



(2) nas estatais como instrumentos do exercício dessa soberania na exploração dos nossos recursos naturais;



(3) no aproveitamento dessas riquezas em benefício do DESENVOLVIMENTO nacional…



(com a complexificação da economia.
Em vez de, p.e., exportar petróleo bruto e importar – até! – óleo diesel dos EUA, como está ocorrendo atualmente (!)
A respeito do tema da – necessária! – complexificação da economia, no contexto de uma população de mais de 200 milhões de habitantes!, ver:
23/8/2017
Nele, recomendo, em particular, as lições e gráficos do economista Paulo Gala, especializado em estratégias de desenvolvimento)



– … e (4) em proveito da totalidade da população brasileira, com o direcionamento dos lucros para eixos estruturantes (educação/ ciência e tecnologia).



Olhem aí:

*



Mas…



A questão relevante continua sendo:



– O que querem as FFAA ~hoje~?



Soberania plena ou status de protetorado do Império?



Potência ou “grande Porto Rico”?



Laura Este episódio todo está me fazendo lembrar a anexação do Egito por Roma. Infelizmente não termos uma Cleópatra e um Marco Antônio.



Maria Romulus, o problema é mesmo esse. Lula falou no registro certo, o da soberania política, apelando para a dignidade e o patriotismo das FFAA, num tempo em que desenvolvimento era visto como fator de segurança nacional.



Mas o discurso do PT vem sendo há muito tempo filtrado pelo ressentimento de 64 e, depois, pelo ódio da Comissão da Verdade. É nesse clima que Etchegoyen deve ter empreendido a operação compra das consciências com fartas concessões às FFAA.



Lembra de um artigo postado tempos atrás pelo André Forastieri, com fartos dados de verbas a programas em curso, investimento em tecnologia, rearmamento etc.?
https://lh4.googleusercontent.com/EMasalXWfCvvxI77Nc2C2rzRc7u3u9T_5X0ccZJIy8FTnR3y13f4BOeq-C75ZpJobq_Fp8mig-kM2uvFb0mk3w_r8UYxhuXaugOt9_Ks21DrPF4ENO12fUIJolDfFlOFfAbw-X0
André Forastieri
April 1 ·



O VBTP-MR Guarani é um veículo blindado anfíbio de combate, reconhecimento e transporte. Seu design modular permite a incorporação de diferentes sensores, sistemas de comunicação e armas, inclusive um canhão de 105 mm e morteiros pesados. Parece um tanque, mas não é. É mais leve e usa pneus.



O Guarani foi desenvolvido pela Iveco, uma divisão da Fiat. É produzido em Sete Lagoas, Minas Gerais. O contrato para produção do Guarani foi assinado em 2009. Prevê a produção de 2044 unidades em um período de vinte anos. Até hoje foram encomendadas 1798 unidades. Destas encomendas, 1580 aconteceram no governo de Michel Temer.



O primeiro protótipo do Guarani foi apresentado pela primeira vez em 2011. Justamente para Michel Temer, então presidente em exercício, na Latin America Aero & Defence (LAAD), maior feira militar da América Latina.



Em 2012, foi a vez de Temer elogiar os drones desenvolvidos pela empresa israelense Elbit. É a maior empresa privada da área militar de Israel. O então vice-presidente disse que os drones produziam “um resultado extraordinário” no controle das fronteiras brasileiras. Logo, em 2013, na época da Copa das Confederações, a Elbit recebeu R$ 102,6 milhões do governo. Drones foram usados a partir dessa época para monitorar manifestações de rua.



Em 2014 a Elbit anunciou o fornecimento de uma nova linha de drones para a FAB, o Hermes 900, que tem autonomia de vôo de 36 horas e alcança raio de 300 quilômetros em relação à sua base no solo.



Segundo o site Intercept, a subsidiária brasileira da Elbit até hoje já recebeu R$ 456 milhões das Forças Armadas do Brasil. Agora vai além. Neste dia 5 de março, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a venda dos negócios de comunicação militar da Mectron Engenharia para a Elbit. A Mectron é a empresa da área de defesa da Odebrecht, que está na maior crise de sua história graças ao seu envolvimento com corrupção e às investigações da Lava-Jato.



A Elbit vende bem no Brasil, mas não consegue vender para diversos outros países, como França, Noruega e Suécia. Desde 2008 a Elbit é vinculada a “crimes de guerra e crimes contra a humanidade”, segundo a ONU. A empresa foi condenada por dezenas de organizações ligadas aos direitos humanos. Um dos principais casos foi em 2008, quando ataques usando drones Hermes 450 levaram à morte de centenas de civis no território Palestino.



Com a compra da Mectron, a Elbit herdará todos os contratos assinados pela Odebrecht com as nossas Forças Armadas. Só um, de sistemas de comunicação entre caças e torres de comando, é de R$ 193 milhões.



Esses são só dois casos, pra não ficar listando projetos das três Forças, submarinos convencionais e nucleares, caças, bases navais e companhia. Em 2016, o Brasil gastou US$ 24.6 bilhões com nossas Forças Armadas. Representa 1,4% do PIB. São quase 320 mil militares, o décimo-sexto maior exército do mundo. Faz do Brasil o décimo primeiro país com maiores gastos militares do planeta. A previsão é de que, somados os restos a pagar de 2016, o Orçamento dos militares cresça 36% em 2017.



Considerando que o Brasil nunca foi invadido por ninguém, tem boas relações com o planeta todo, e excelentes relações com o restante da América Latina, a pergunta é: para quê? Para proteger nossas fronteiras? Missão impossível. São quase 17 mil quilômetros de fronteiras com dez países, a oeste, e mais de 7 mil quilômetros de litoral. Os EUA, com tanto esforço e investimento, não conseguem fechar nem sua pequena fronteira com o México.



Nossas fronteiras são abertas. Tanto que o Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína do mundo, e maior distribuidor de cocaína para a Europa. E tanto que no Brasil viceja o contrabando, inclusive de armas.



Outros fatos: os Guaranis não são veículos apropriados para combate na selva amazônica, naturalmente. Nem são os drones da Elbit a melhor maneira de guardar nossas fronteiras, seja no sertão ou no litoral.



O que vemos de ação militar em 2017 é o uso de tropas em situações extremas como a greve da PM no Espírito Santo; no Rio, Amazonas, Rio Grande do Norte. O que vemos é monitoramento de manifestações.



O que vemos é o aumento dos gastos militares num momento em que se reduz, ou se propõe reduzir, gastos fundamentais com saúde, educação, aposentadorias. Quando o desemprego bate recordes sucessivos, sem alívio à vista.



Temer acenou às Forças Armadas desde sua posse; fez do lema positivista “Ordem e Progresso”, caro aos militares e à ditadura militar, o slogan de sua administração. Quando ainda era interino, em julho e agosto de 2016, sancionou reajustes para as Forças Armadas. Foi o único setor que teve reajustes, fora o Banco Central e o Judiciário. Só essa medida teve impacto de R$ 50 bilhões nas contas públicas. Temer não incluiu os militares da sua proposta de reforma da Previdência. As novas regras para aposentadoria dessa categoria vai ficar para algum dia no futuro, se vierem novas regras. A legislação para as Forças Armadas pode valer, em cascata, para a Polícia Militar e os Bombeiros em todos os Estados.



Segundo a pesquisa mais recente, 90% da população rejeitam o governo de Temer. E isso, com toda a propaganda a favor, paga ou disfarçada. Sem isso, sua aprovação seria ainda mais ínfima. Seu investimento para conquistar a simpatia dos militares é transparente.



Parece exagerado gastar tanto com as Forças Armadas, no meio dessa crise enorme? É ainda mais espantoso saber que Temer vai usar recursos públicos para financiar governos estrangeiros.



Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o governo vai passar a financiar a venda de armas para o exterior. O plano, segundo Jungmann, é que o BNDES crie uma linha de empréstimos “governo a governo. A linha financiaria o país que compra o produto.”



Um caso concreto citado por Jungmann é o do Paraguai, que tem interesse em comprar caças Super Tucano, produzidos pela Embraer. O BNDES emprestaria dinheiro para o governo paraguaio comprar os caças. Como garantia, o secretário de produtos da Defesa, Flávio Basílio, diz que o Paraguai poderia oferecer “Itaipu”.



O Ministério da Defesa de Temer vai mais longe: quer determinar estratégias econômicas para o Brasil. Segundo o Valor, o Ministério vai criar uma política nacional que centralizaria as negociações e compensações comerciais em torno de transferência de tecnologia, tanto de fora do Brasil para dentro, como daqui para fora.



O próprio Jungmann diz: “nós queremos que as compensações sejam orientadas para os projetos estratégicos das Forças…. terá que ser voltado para o que nós considerarmos a prioridade. O Ministério da Defesa vai definir isso, ouvindo a base industrial de Defesa e as Forças Armadas”.



Essa política deve envolver outras áreas, segundo a mesma reportagem. Por exemplo, quando o Brasil discutir compensações na área agrícola, deve integrar nessa discussão o comércio de armamentos produzidos aqui. Esta mudança colocará as Forças Armadas no centro decisório do comércio internacional do Brasil.



O Brasil poupa os militares da reforma da Previdência. Aumenta seus salários. Mantém 320 mil militares empregados, sem guerra a lutar, num país com 13,5 milhões de desempregados. Investe mais e mais em armas que não tem função, quando falta remédio no hospital e merenda na escola. Vai financiar governos estrangeiros para que comprem armas fabricadas no Brasil. E pretende subordinar as negociações comerciais do país às prioridades das Forças Armadas.



É a militarização do governo Temer. Que já não podemos chamar de governo. E já devemos chamar de regime.
Se fosse possível encontrar as circunstâncias dessas “doações” (via que órgão, em que termos, com que outras condições attached, vinculadas a que instituições internacionais etc.) penso que daria pra avaliar melhor em que medida a visão “profissional” levou à escolha do destino de grande Porto Rico como prêmio de consolação por abdicar da soberania política. Acho que aí é que está o nó.



Piero concordo com o João Antônio. O discurso é semi-correto, mas agora já era, isso é algo que teria que ser feito à exaustão DURANTE o tempo em que o PT governava. Nunca isso foi tema de discursos públicos, que eu me lembre nem nos 7 de setembro…



Disso os militares se ressentem, de que o PT tratou o tema da defesa com o mesmo desinteresse que os outros.



Aí entra o segundo ponto: “Mas ela não mostra justamente o contrário?”. Não, ela erra profundamente no SUJEITO DA ORAÇÃO. Ela diz claramente: o PT ordenou a compra dos caças, o submarino, etc. Errado. Em primeiro porque estes são projetos de longo prazo, foram gestados dentro das FFAA durante o FHC. Do jeito que ela fala parece que foram projetos do PT, e não foram. Como os militares vão ler: “ela agora quer se apropriar de algo que fomos nós que fizemos”.



O que ela poderia ter dito? O PT foi SENSÍVEL ao que as FFAA falaram, e CANALIZOU os recursos necessários.



Donde eu concluo, usando meu gut feeling sobre militares, que:



1) o discurso será lido como a tentativa de um morto-vivo pedir apoio militar, já que “estamos crescendo em apoio popular”;



2) mesmo assim, eles dirão: “que bando de arrogantes, não reconhecem que esses projetos são nossos”.



Finalmente, não custa lembrar que o PT arruinou qualquer possibilidade de diálogo com eles quando fez aquela famosa diretriz que dizia que precisava mexer nas “promoções e nos currículos das Academias”…



Maria Concordo em grande parte com você, Piero. Você fala da Gleisi no Senado, eu, do discurso do Lula. E frisei que qualquer discurso do PT vinha sendo há muito filtrado pelo ressentimento de 64 e da Comissão da Verdade.



Acho que você tem razão quanto à leitura que farão ~agora~ desses discursos. Mas há algo aí que me parece um fatalismo descabido. Não bastava ter feito um monte de coisas pelas FFAA, elas não ficariam reconhecidas nunca se não fossem legitimadas integralmente em discursos e rapapés, desde sempre?



Portanto, ~nunca~ poderia haver nenhuma restrição, não à corporação, mas à ação passada de seus membros?



Seria pedir à esquerda que deixasse de ser esquerda, não?



Porque, que me lembre, não houve nenhum problema com o Exército em relação ao governo quando o comandante era o Enzo ou o Villas Boas, nem restrição ao Aldo ou ao Amorim na Defesa.



Tá certo que a Comissão da Verdade catalisou velhos ressentimentos, mas nem isso deveria ter sido feito, sob pena de despertar um ~reacionarismo atávico~ das FFAA?



A questão dos currículos foi um erro, sim, mas suficiente pra todo mundo virar anticomunista e entreguista?



Por que o V-B continuou sonhando com um Brasil potência, lamentando que o PT tenha “se perdido” no politicamente correto (que pensa o fragmento e não um projeto pra nação, como nós mesmos dizemos)?



Acho que você essencializou uma leitura ~retrospectiva~ das relações das FFAA com o PT que, fato, é o resultado de um ~processo~ e de uma disputa surda de poder que se acirrou nos últimos tempos.



Pra um cara como o Villas Boas aceitar um Brasil “grande Porto Rico” e não uma nação soberana deve ter havido muito convencimento “fracassológico” profissional e muitas outras prome$$as complementares.



Por isso lembrei do artigo do Forastieri e de informações que acho valeria a pena rastrear.



Piero Maria, todos eram anti-comunistas desde sempre. O que poderia ter sido feito era um longo trabalho de convencimento do contrário. E, vamos lá, tudo isso que a Gleisi listou, ela não fez “pelas FFAAs”. Fez, se fez, “pelo Brasil”.



Maria Mas não é esse exatamente o mito de fundação das FFAA, que “nasceram” com a Nação em Guararapes?



Não é esse o sentido de sua ação e seu destino, que se confunde com o do país?



Fazer algo “pelas FFAA” não é justamente fazer “pelo Brasil”?



Acho que você rebaixa as FFAA quando reduz seu comportamento a melindres ~corporativos~. Também não concordo que “fossem anticomunistas desde sempre”. Por ideologia e formação, sim, somos parte do “bloco Ocidental” e acho que havia um trabalho de longo prazo a ser feito. Mas não penso que pregação ideológica ou mera bajulação fossem mais efetivos que ~ações concretas~ e o valor de uma ~experiência~ continuada.



Por que Villas Boas teria “sonhado” que poderíamos realizar nossa vocação de grande potência se não fosse por essa razão? Porque ~havia~ um projeto nacional em curso, e sua “desilusão” com o PT foi justamente pelo seu “abandono”, não por ele ser “comunista”.



Acho que a desesperança com o momento atual (que eu compartilho) continua te fazendo “essencializar” uma visão que do ponto de vista estrito da análise eu não consigo entender senão como processo e luta de poder (infelizmente acho que meio perdida pra nós a essa altura…). Mas não era de “disputar” as FFAA que se tratava? Pois então…



Piero Acho que me expressei mal, então. O que quis dizer não é a respeito do que o PT fez – você sabe o que penso disso, estamos completamente no mesmo campo, não?, mas em como eles podem ter lido o discurso do PT.



Dizer “fizemos pelas FFAA” pode ser lido como a cobrança de uma dívida. Não precisa, mas pode.



Agora…. eu não rebaixo as FFAA. Efetivamente gostaria de ver ela engajada no projeto de um País independente, pelo menos. Era o projeto do PT, certo? E você não se impressiona até hoje quando vê o forte antipetismo lá dentro? Isso não é se rebaixar? Porque no fundo quem se colocou contra esse projeto é a turma da dissuasão do “inimigo interno” – turma majoritária, segundo as minhas fontes.



No mais, é preciso ver também o que é a imensa maioria dos oficiais lá (sargentos e praças são uma incógnita para mim…), pessoas que hoje estão extremamente identificadas com a classe média (alta talvez) dos centros do Sudeste e principalmente Sul. É gente que se desiludiu com o PT porque este “é corrupto”, “se embebedou do poder”, e, talvez até num nível psiquicamente mais sofisticado, houve algum ciúme de ver o antigo inimigo fazendo a lição tão bem, algo que nenhum pacto burguês fez (na cabeça deles, isso só existiu no regime militar; de repente um governo civil e de esquerda produzindo um Brasil grande!!!???).



Isso não é bem o Villas Boas, ele é muito fora da curva.



Em recentes solenidades da Força Aérea havia 30.000 bolsominions. Competir com isso é difícil…



Seja como for, Gleisi fez o que deveria ser feito, no meu entendimento, próximo daquele do João Antonio, pelo menos não errou…



Ia dizer o que?



Como você bem disse, aí ia deixar de ser esquerda…



(mas que poderia ter alguém ali produzindo uma sintonia fina no discurso, isso poderia… Se ela quiser, faço isso de graça rs).



Maria Pô! Seria sensacional! A sério! Manda o Romulus passar o recado! Acho que é obra urgente, de salvação nacional!

*

*



João Antônio:



https://lh4.googleusercontent.com/qUNyoxVqlPYizyt3-QZ9NpNuIBEl69oyjd20Yx5o0VHNvbUJJcGY6yHEahOoPZVHpTeI43iKl62VdMNa9g0XSApLwf7R1F4NVU00IlBzgjupLKNNWy6_j7lEH3v50vOa3G-wYVs



QUAL É O PREÇO DO LULA?



A resposta é simples e direta: 5 trilhões de reais.



E quem vai perder esse dinheiro? Os bancos nacionais e internacionais.



Vamos explicar: 5 trilhões de reais é o valor que os bancos deixarão de ganhar através dos juros da Dívida Pública, em uma eventual vitória de Lula em 2018, segundo os cálculos do FMI.



A dívida do governo com os bancos chegará à cifra de 3,8 trilhões de reais no final de 2018. E até 2022 é esperado que o governo brasileiro (mantendo a atual política econômica) fique devendo 8,8 trilhões de reais. Esse valor seria praticamente a totalidade do PIB brasileiro naquele ano.



Caso Lula vença as eleições e adote uma política econômica de juros baixos, fortalecimento dos bancos públicos e crescimento econômico através de investimentos no mercado interno, em suma, caso Lula faça o mesmo que fez quando foi eleito presidente em 2002, os grandes banqueiros vão amargar uma frustração de receita no valor de 5 trilhões de reais.



E vejamos bem… 5 trilhões é um número modesto… Caso a Lula adote medidas para sanear a Dívida Pública, esse valor poderá ser ainda maior.



Por isso – meus amigos e minhas amigas – essas próximas eleições não serão brincadeira…



5 trilhões de reais é muito dinheiro… O suficiente para os banqueiros fazerem o que estiver ao alcance deles para evitar a vitória de Lula.



Quando a gente descobre o valor financeiro que está em jogo nas próximas eleições começamos a entender as razões profundas da perseguição ao Lula. Começamos a aceitar que possivelmente ele será condenado e impedido de concorrer para presidente…



Mas ainda que seja condenado, Lula poderá apoiar algum outro candidato que carrega consigo as mesmas concepções de desenvolvimento econômico que ele…



E daí surge a razão pela qual a direita quer acabar com o Presidencialismo e estabelecer – via emenda constitucional – o Parlamentarismo (no qual o presidente não teria nem a sombra dos poderes que hoje possui). Essa é a razão pela qual querem destruir a Democracia no Brasil…



No fim, tudo deságua em uma única razão: dinheiro. Nesse caso, muito dinheiro… Trilhões de reais…



Aqui entende-se também as razões das histerias da direita que quer classificar o PT como “comunista”, “bolivariano”, “imorais”, “ateus”, etc, etc, etc… Por trás dos véus do anti-comunismo e da defesa da moral, da religião e dos bons costumes estão – nada mais, nada menos – do que 5 trilhões de reais…



Pode ser que, com tanto dinheiro em jogo, a direita acabe vencendo as próximas eleições… O mercado aceita qualquer coisa no lugar do PT… Até Bolsonaro está valendo…



E se a direita vencer será uma festa gloriosa nas mansões dos banqueiros de todo o Mundo!!! Pois nesse caso, eles ganharão 5 trilhões de reais só em juros da dívida…



Lógico que, com a derrota de Lula quem vai pagar esse dinheiro somos todos nós… De trabalhadores a empresários (médios e pequenos, ou seja 99%), todos estaremos condenados a pagar uma carga tributária gigantesca em benefício dos bancos que chegará – segundo suas próprias projeções – em 5 trilhões de reais.



Pois é isso, enfim, o que custa a vitória ou a derrota de Lula… Mais uma vez:



Para os banqueiros a vitória de Lula é “simplesmente” um “pequeno“ prejuízo de 5 trilhões de reais; para todos nós é uma economia do mesmo valor.



E a derrota de Lula significa vivermos em um país atolado em dívidas e sem dinheiro para colocar gasolina nas viaturas da polícia; a sua vitória, por outro lado, significa vivermos em um país que poderá se tornar uma potência econômica…



Aliás, significa vivermos em um país como estava sendo construído… antes do boicote tucano ao governo de Dilma, antes das manobras escusas de Eduardo Cunha, antes da traição de Temer, antes do Golpe e antes de tentarem aniquilar as esperanças de todo o povo brasileiro de construir um país onde todos nós possamos nos orgulhar…



E quanto custou essa traição ao povo brasileiro? Não foi ao custo das 30 moedas de Judas… Foi ao custo de 5 trilhões de reais, a ser sacado a partir de 2019, dos bolsos de cada um de nós…

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omulus Maya



Para fechar, republico aqui a fundamentação jurídica para tomar TUDO o que foi entregue de volta – e SEM indenização.



Mesmo porque “indenização” quer dizer “tornar indene”. Ou seja, reverter um “dano”.



E DANO, se houve (e houve!) foi ao Brasil – e não aos piratas malandros, que se valeram das negociatas com o patrimônio nacional de 2016 para cá.



Afinal, como bem diz o Senador Roberto Requião, receptar mercadoria ROUBADA é (também…) crime!



Ou não??



*



Sim, faço a republicação…



Mas, agora, com uma complementação/ atualização!



(mais uma…)



– (potencial…) PROVA da ilegitimidade dos atuais ocupantes do governo brasileiro para entregar, a preços vis, o NOSSO patrimônio:



(como se não houvesse, desde o início, abundância de provas, né??)



14 de outubro de 2017 por esmael
BLOG DO ESMAEL



https://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2017/10/funaro_temer_cunha-600x330.jpg
Somente um hipócrita para dizer que “não sabia” da compra de deputados na votação do impeachment de Dilma Rousseff.



Agora, um ano e meio depois, eis que veio a revelação do método sórdido por meio do lobista Lúcio Funaro.



Segundo o operador do PMDB, em delação à PGR, ele repassou R$ 1 milhão para o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comprar votos a favor do impeachment da presidenta eleita.



Funaro afirmou que fora abordado pelo ex-presidente da Câmara nas vésperas da votação do impeachment da petista no dia 17 de abril.



“Ele me pergunta se eu tinha disponibilidade de dinheiro, que ele pudesse ter algum recurso disponível pra comprar algum voto ali favorável ao impeachment da Dilma. E eu falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão e que eu liquidaria isso para ele em duas semanas no máximo”, revelou a procuradores da PGR.



Em delação premiada homologada pelo ministro Edson Fachin, relator da lava jato no STF, Funaro deixa claro a atuação de Cunha para comprar votos na Câmara.
“Ele (Cunha) falou expressamente comprar votos?”, questionou uma procuradora que obteve a seguinte resposta de Funaro: “Comprar votos”.



Preso no presídio da Papuda, o operador financeiro do PMDB assegurou que “consolidou” o repasse de R$ 1 milhão para Cunha comprar votos no impeachment de Dilma.



Funaro contou à PGR que Cunha comprou, pagou antecipado, mas teve deputado que faltou à sessão do impeachment.



*



Minha gente, responda sem pestanejar:



– A senha para receber era…



– … votar “pela família” (sic)?



– Sim ou com certeza??

*



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Botar pra correr: gringo receptador de roubo ladrão é! – a revogação da privataria



Por Romulus



Aleluia: lançada ontem, no Rio de Janeiro, a Frente Parlamentar em defesa da soberania nacional. Carro chefe: referendo revogatório da privataria e da perda de direitos promovidas pelo Golpe.



O direito internacional tem consagrado que só tem direito a proteção o investimento estrangeiro feito em boa-fé e com diligência por parte do investidor. Diante da grave incerteza jurídico-política que atravessa o Brasil, fartamente noticiada pela imprensa, inclusive estrangeira, qualquer investidor de boa-fé e diligente bem sabe que a “venda” dos ativos do Estado brasileiro é no mínimo um mico e no máximo um negócio “arriscadíssimo”.



Dessa forma, uma futura anulação, sem o pagamento de perdas, danos ou juros é a penalidade mínima a que se arriscam no momento em que o Estado de direito e a democracia forem finalmente restituídos ao país.



Mas e a “segurança jurídica”? A “santidade dos contratos”? Pacta sunt servanda? Todas essas coisas que os abutres usam para fazer valer suas malandragens? Não os protegem?



– Não! Esses abutres, acostumados, inclusive, a fazer negócios “tortos”, estão perfeitamente cientes de estarem tratando com um governo golpista, de exceção. Na verdade, aproveitam-se até da precariedade jurídico-política dos golpistas para depreciar – ainda mais! – os ativos em suas “avaliações” e oferecer menos ainda pelos mesmos.



O direito, inclusive o internacional, não protege nem quem age de má-fé, nem quem age com falta de diligência. Ou seja, quem não se esforça e não faz nem as avaliações – como uma boa auditoria – nem toma as precauções que deveria em seus negócios.
Ninguém deve ser premiado pela própria torpeza!

*

Ontem, no Rio de Janeiro:

Frente reforça defesa de consulta para revogar atos de Temer. Rio tem novo ato em defesa da soberania

03/10/2017

Por Redação RBA

REDE BRASIL ATUAL

Para senador Roberto Requião (PMDB-PR), da Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional, investidor que comprar empresas públicas “vai perder dinheiro”. Rio tem novo ato em defesa da soberania nesta terça

rente em Defesa da Soberania

Ato no Clube de Engenharia reforça que luta pela soberania não é partidária, mas de todo o povo brasileiro

São Paulo – O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional, disse que as privatizações realizadas pelo governo Temer poderão ser revogadas a partir de consulta popular, a ser realizada após a sua saída. O “aviso” aos investidores estrangeiros foi dado nesta segunda-feira (2) durante o lançamento, no Rio de Janeiro, da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional.

“Estão jogando fora o seu dinheiro, porque esse governo cai, hoje ou amanhã, e, quando ele cair, teremos um referendo revogatório e vamos anular isso tudo. Eles vão perder o dinheiro que investiram”, afirmou Requião à repórter Viviane Nascimento, para o Seu Jornal, da TVT.

Nesta terça-feira (3), no aniversário de 64 anos da lei que criou a Petrobras, trabalhadores de diversas categorias realizarão um ato público, no centro do Rio em defesa das empresas públicas e da soberania nacional, a partir das 11h. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve chegar à manifestação na parte da tarde.

O senador, que lidera a frente, disse também que ilegalidades e irregularidades cometidas durante as privatizações deverão ser investigadas e comparou ainda os compradores das empresas estatais a “receptadores de mercadoria roubada”, e também afirmou que o governo vende a soberania nacional “a preço de fim de feira” com o objetivo de conseguir apoio para permanecer no poder, em meios às denúncias de corrupção.

No Rio, o evento de lançamento ocorreu na sede do Clube de Engenharia, no centro, com a participação de 600 pessoas, entre parlamentares e representantes de organizações civis, setor privado, acadêmicos, sindicalistas, movimentos sociais. “A luta em defesa da soberania nacional não pode ser uma luta partidária, não pode ser uma luta excludente, não pode ser uma luta de indivíduos brasileiro, tem que ser uma luta do povo brasileiro”, afirmou Pedro Celestino Pereira, presidente do clube.

Criada nacionalmente, em junho, na capital federal, a frente tem o apoio de 18 senadores e 201 deputados, e tem entre seus eixos a defesa da exploração eficiente dos recursos naturais e a promoção de infraestrutura capaz de promover o desenvolvimento do país.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) também destacou a importância das empresas públicas para o desenvolvimento da economia nacional. “Ter soberania é termos uma Petrobras nossa, é termos a Eletrobras nossa, é não vender a Casa da Moeda, é fortalecer o BNDES.”

A presidenta do PT relacionou a questão da soberania à realização de eleições livres em “que todos possam participar”, com a população decidindo sobre os seus destinos. “Soberania é o povo não passar fome, é distribuição de renda. Ter soberania é ter direitos básicos garantidos”, acrescentou.

O deputado federal Patrus Ananias (PT-MG), secretário-geral da Frente em Defesa da Soberania Nacional, afirmou que o primeiro objetivo é conscientizar sobre o atual momento vivido. “De um lado o desmonte dos direitos e conquistas sociais que nós tivemos nos últimos anos, e de outro lado, a entrega do país, comprometendo nosso bem maior, que é o Brasil na sua soberania.”
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Aleluia!

Demorou (mais de…) um ano, mas finalmente chegou o dia!

Po… venho defendendo isso – então de maneira solitária, desde o primeiro mês do Golpe!

Inclusive, aludindo ao argumento jurídico que sustenta essa proposição, da perspectiva, inclusive, do direito internacional.

Vejam aí:
20/6/2016
Romulus
JORNAL GGN

(…)

Ninguém deve ser premiado pela própria torpeza

Sinto-me na obrigação profissional, quando não moral, de advertir os abutres assanhados sobre a temeridade de embarcar em tais jogadas colocadas sobre a mesa pelo golpe.

O direito internacional tem consagrado que só tem direito a proteção o investimento feito em boa-fé e com diligência por parte do investidor. Diante da grave incerteza jurídico-política que atravessa o Brasil, fartamente noticiada pela imprensa, inclusive estrangeira, qualquer investidor de boa-fé e diligente bem sabe que a venda dos ativos da Petrobras por Parente é no mínimo um mico e no máximo um negócio “arriscadíssimo”. Dessa forma, uma futura anulação, sem o pagamento de perdas, danos ou juros é a penalidade mínima a que se arriscam no momento em que o Estado de direito e a democracia forem finalmente restituídos ao país.

E não venham com a velha ameaça de percepção de “insegurança” pelo mercado e aumento do risco-país. Bem vemos hoje que essas duas faces da moeda financista são articuladas apenas para viabilizar jogadas e aumentar seus prêmios.

Novamente: nemo auditur propriam turpitudinem allegans

Ou: A ninguém é dado alegrar a própria torpeza em seu proveito.

*

29/6/2016
Romulus
JORNAL GGN

(…)

Quando o Pedro Parente diz que já tem “3 ofertas para compra da BR Distribuidora”, caberia à presidência dos partidos de esquerda fazer um ato em que seus presidentes dissessem não reconhecer o governo, a nova direção da Petrobras e nenhuma alienação de ativos por ela realizada. Ato contínuo, assinariam declaração em que se comprometeriam a rever quaisquer alienações tão logo voltassem ao poder, garantindo, na re-afetação dos ativos à Administração Pública, o menor prejuízo à mesma – às expensas das empresas-abutre que se aventurassem nessa “xepa” golpista.

*

10/8/2016
Romulus
JORNAL GGN

(…)

– Pode ser arguido que tudo que esse governo de exceção fez e faz é nulo de pleno direito. Inclusive no plano internacional! Isso porque a Constituição faz parte da “ordem pública internacional” do país. Grosso modo, regras e valores fundamentais da sociedade brasileira a que o Estado está vinculado.

– E mais: a própria Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, ratificada pelo Brasil, reconhece “erro fundamental quanto à competência para celebrar tratados” como causa de sua nulidade.

Traduzindo: se Temer celebrar um tratado, como ele é sabidamente um usurpador e chefia um regime de exceção – oxalá até com selo OEA de “golpista” agora! – esse tratado será nulo!

E as “jogadas financeiras” dos golpistas? Isso afeta em alguma coisa?

– Sim! Na dimensão da proteção internacional dos investimentos, um pronunciamento da OEA vale inclusive para reforçar a má-fé não apenas dos golpistas, mas também das empresas-abutre malandras que querem “comprar” ativos do Estado brasileiro na bacia das almas.

– Esses fundos e empresas-abutre terão de arcar, inclusive, com as perdas decorrentes da (semi) doação das empresas estatais e outros ativos do Estado. Do momento em que os tomarem até aquele em que sejam devolvidos ao Estado – o que fatalmente ocorrerá no dia em que o povo brasileiro retomar o Estado, com a inexorável volta da democracia.

Não duvidem: cedo ou tarde, esse dia glorioso chegará!

Mas e a “segurança jurídica”? A “santidade dos contratos”? Pacta sunt servanda? Todas “essas coisas” que os abutres usam para fazer valer suas malandragens? Não os protegem?

– Não! Esses abutres, acostumados, inclusive, a fazer negócios “tortos”, estão perfeitamente cientes de estarem tratando com um governo golpista, de exceção. Na verdade, aproveitam-se até da precariedade jurídica dos golpistas para depreciar – ainda mais! – os ativos em suas avaliações e oferecer menos ainda pelos mesmos.

Espertinhos, não?

Perdeu, playboy!

– Mesmo que não fossem malandros – e são! – não podem sequer alegar que “não tinham como saber que tratavam com golpistas… que não entendem de direito brasileiro… e que – hahaha! – agiram de boa-fé”.

Por quê?

– Porque o direito, inclusive o internacional, não protege nem quem age de má-fé, nem quem age com falta de diligência. Ou seja, quem não se esforça e não faz nem as avaliações – como uma boa auditoria – nem toma as precauções que deveria em seus negócios.

“Precauções”?!

Piada!

Esse pessoal age como bandoleiro no Velho Oeste, ora!

É assim que ganham a vida.

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Em tempo – Lula encampa proposta de referendo revogatório:


Ato em defesa das estatais – hoje, no Rio de Janeiro:

Discurso de Lula no ato:

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Atualização: programa “Cafezinho no WC” – Wellington Calasans e Romulus comentam o entreguismo (interessado) de ~parte~ das FFAA

(e, em meio a isso, resistem a boicote EXPLÍCITO do Facebook!)





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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

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Romulus Maya

Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário! Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.

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