Manuela Davila expõe Luis Nassif no caso do “hacker”

Manuela Davila expõe Luis Nassif no caso do “hacker”

Desafio — público — a Luis Nassif:

(e Fernando Horta)

 
Partindo das premissas de que (i) você não acredita que o “arara-hacker” seja a fonte do Intercept; e (ii) você acredita que Manuela Davila seja pessoa séria:
 
(a) A PF “disse que o ‘arara-hacker’ disse”, no “seu” depoimento, a data exata em que teria havido contato com Manuela Davila (fosse ele a fonte);
 
(b) Manuela confirma a exatidão da data, o teor da conversa e que, de fato, passou o contato de Glenn Greenwald ao seu interlocutor de então. Contudo, não confirma que fosse o “arara-hacker”, por seu contato ter mantido anonimato.
 
— Não sendo o “arara-hacker” a fonte do Intercept, e sendo Manuela séria (as premissas de que partimos), ele (e/ ou a PF) de alguma forma conheciam, em detalhes, o contato da fonte (a real) com Manuela Davila. Bem como o teor exato da conversa.
 
Assim, de duas uma:
 
Ou (1) no organograma quem está acima do “arara-hacker”/ PF/ Moro também está acima da fonte do Intercept, i.e., a real, que contactou Manuela;
 
Ou (2) a comunicação da fonte real com Manuela era, desde o início, totalmente monitorada por quem está acima do “arara-hacker”/ PF/ Moro no organograma.
 
Assim, o tal “vazamento” foi ou (i) realizado ou (ii) permitido por quem está acima de Sergio Moro no organograma.
 
(nossa… quem será, minha gente?)
 
Sergio Moro… esse que, até aqui, apenas reforçou a sua marca de “justiceiro” com esse ultra-midiatizado “vazamento”.
 
E que não perdeu, em nada, popularidade.
 
Pelo contrário: aumentou o nível do engajamento da sua base social, quando ninguém mais pergunta “cadê Queiroz”, para além de meia dúzia de “lacradores” no Twitter…
 
Bem, isso tudo tenderia a confirmar aquilo que o Duplo Expresso vem afirmando desde o dia 11/jun/2019 (ou seja, apenas 36h após o início do “vazamento” por Greenwald), quando recebemos Pepe Escobar no programa:
 
— O #VazaJato seria um vazamento controlado, filtrado, tocado pelo “limited hangout” Glenn Greenwald, que adota a tática do biquini fio dental: mostra tudo…
 
— … para esconder o essencial.
 
Mas com o objetivo mais sinistro possível:
 
— Dar a deixa, a “comoção social”, para a promulgação do “Patriot Act” tabajara.
 
(i.e., junto aos “terroristas” do “(R)SSS”, não esqueçamos…)
 
Sobre isso, crava o mesmo Pepe Escobar:
 
“Vocês DETONARAM desmontando toda a farsa.
Existe alguma outra desconstrução a esse nível no Brasil?
O ‘limited hangout’ só poderia levar a um ‘Patriot Act’.
Acertaram na mosca!”
 
“Alguma outra desconstrução a esse nível no Brasil”, Pepe?
 
(suspiro)
 
*
Trecho do artigo “Game-over: técnicos destroem a farsa de Moro com o seu “Arara-hacker”, de Romulus Maya, publicado no Duplo Expresso em 27/jun/2019.
Desafio – público – lançado a Horta e Nassif, que – depois da grande repercussão do artigo do DE – publicaram às pressas ontem à noite “versões alternativas” (aqui e aqui) – derrubadas apenas com a leitura desse silogsmo acima
Na verdade, um “fogo de encontro” confusionista. Parte da “operação em pinça”, o espectro total da guerra híbrida. Foram escalados para “entrar para dividir” com o D.E., antes a única referência para quem se mantém cético com relação à narrativa da dupla Sergio Moro/ “arara-hacker”. Escalados para, com esse fogo de encontro, essa redução de danos, semear confusionismo.
Aliás, eis “CQD” sobre os dois, com este episódio: fazem serviço para o golpe tentando salvar Glenn Greenwald do fiasco do “arara-hacker”.
À luz do que vai acima, sem chance.

 

 

 

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Romulus Maya

Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário! Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.

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