Brasil: Futuro do Presente, Futuro do Pretérito

Por Carlos Krebs*, para o Duplo Expresso


A cada geração que nasce, o Brasil pacifica suas crianças ensinando que elas serão adultas no país do futuro. E quando vem a seguinte, aquela geração já crescida que ali está, que observa a nova, apenas constata: o Brasil seria o país do futuro. Deixa para a próxima; deixa para lá. São apenas tempos verbais.

Vista aérea do Centro de São Paulo (com destaque para a área onde seria erguido o prédio Wilton Paes de Almeida por CC Werner Haberkorn – Fotolabor, desde o Acervo do Museu Paulista da USP  (clique na imagem para acessar inúmeras outras do acervo sobre a cidade de São Paulo)

Edifício Wilton Paes de Almeida

O prédio de 24 andares talvez fosse a principal obra do arquiteto Roger Zmekhol. Nascido em Paris, filho de imigrantes cristãos da Síria, chegou ao Brasil com três anos de idade. Formou-se na primeira turma do curso de Arquitetura da FAU-USP, onde voltou para ser professor.

A torre de escritórios projetada contava com 12.000m2 de área construída em terreno de apenas 650m2, e foi a primeira da cidade a contar com ar-condicionado central. Talvez fosse um dos cinco mais importantes prédios de escritórios de sua época, representando a São Paulo Sociedade Anônima quatrocentona da década de 60. Junto com o Ed. Wilton de Paes Almeida, vinham Ed. Wilson Mendes Caldeira – projeto de Jorge Salszupin e Lucjan Korngold em 1960, inaugurado em 1961 (implodido em 1975 – veja o vídeo mais adiante), o Ed. Andraus – projeto de Majer Botkowski em 1957, inaugurado em 1962 (incendiado em 1972), o Ed. Circolo Italiano (Ed. Itália), de Adolf Franz Heep em 1956, inaugurado em 1965, e o Ed. Joelma – de Salvador Candia em 1968, inaugurado em 1971 (incendiado em 1974).

Os edifícios Andraus e Joelma foram restaurados e continuam existindo. O Circolo Italiano e o Wilton de Paes Almeida foram tombados como pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP) em 1992.

Imagem 1: Ed. Mendes Caldeira por © José Moscardi (sem data) | Image 2: Ed Andraus após recuperação nos anos 80 por CC São Paulo in Foco (sem data) | Imagem 3: Ed. Circolo Italiano (Ed. Itália) por © Adevaldo Veras (2018) | Imagem 4: Ed. Wilton Paes de Almeida por CC Ricardo Sapo (sem data) | Imagem 5: Ed. Joelma no início dos anos 70 por CC Arquivo Arq São Paulo (sem data)

O projeto de 1961 alinhava-se com o Estilo Internacional (DE1) apresentado nos prédios Lever House – de Gordon Bunshaft e Skidmore, Owings & Merrill (SOM), em New York no ano de 1952, ou no Seagram – de Ludwig Mies van der Rohe e Philip Johnson, na mesma cidade, em 1958. Alinhado, mas não copiado. Apesar do mesmo tipo de fechamento dos primos estadunidenses com o sistema curtain wall (cortina de vidro) independente, a versão nacional contava com estrutura em concreto ao invés do aço empregado nos USA. O recuo do conjunto de pilares em relação a esta pele envidraçada, e o afinamento da espessura das lajes no balanço, garantiam uma leveza e sofisticação na solução do encontro entre planos horizontais e verticais.

Imagem esq: Vista externa do edifício Lever House por © Ezra Stoller (1952) |  Imagem centro: Vista externa do edifício Seagram por © Ezra Stoller (1958) |  Imagem dir: Ed. Wilton Paes de Almeida ainda sob construção por © Revista Acrópole FAU-USP, nº 323 (1965)

 

Movimentos Sociais

Há uma grande quantidade de organizações sociais que lutam pelo direito a moradia, como o caso da União dos Movimentos pela Moradia em São Paulo – UMM-SP, que existe desde antes da promulgação da Constituição  Federal de 1988. No quadro atual que combina uma economia asfixiada com alto índice de desempregados, a quantidade destes tipos de arranjos multiplica-se.

Em artigo publicado no Congresso Internacional Contested Cities (Madrid, em 2016), Grandi, Almeida e Moreira traçam uma paralelo entre a habitação social no país e as mobilizações populares por estas moradias. O destaque do texto é a descrição dos grupos com atuação nacional desde seus núcleos paulistas, embora haja a menção de paraibanos e gaúchos do Movimento Nacional de Luta por Moradia – MNLM. A ocupação do imóvel na cidade de São Paulo tinha coordenação do Movimento de Luta Social pela Moradia – MLSM. O imóvel em frente que também teve um grande foco de incêndio tem a coordenação da Frente de Luta pela Moradia – FLM.

Apesar da oferta daquilo que o Estado tem de melhor a oferecer às pessoas marginalizadas do sistema produtivo convencional – repressão e abandono –, a prefeitura de São Paulo, após a tragédia, rapidamente apresentou dados demográficos sobre a ocupação. Seriam 146 famílias vivendo naquele prédio. Algumas fontes inclusive citaram que um valor (divulgado pela imprensa corporativa como “aluguel”) era cobrado, oscilando entre R$250,00 e R$500,00.

Outro dado chamou a atenção entre os “peritos” ouvidos na manhã seguinte, que apressavam-se na confirmação de que o incêndio propagou-se porque havia muitos colchões, roupas, botijões no prédio. Isso era um perigo imediato! Imediatamente passa-se a acreditar que todos brasileiros que durmam em uma cama, tenham um armário e um fogão a gás estejam na iminência de ir pelos ares…

Ocupar um imóvel ocioso através de um grupo social organizado é um ato legítimo, e revela a contradição existente entre a cidade legal que diz “não tem”, e a cidade real que diz “tem quê”. O fato do prédio ser envidraçado era uma característica inusitada e relevante: deixava transparente a qualquer um o movimento e a vida retomada naquele prédio esquecido entre as três esferas de poder. Algumas ideias de reutilização foram aventadas desde antes do fechamento da unidade do Instituto Nacional do Seguro Social, mas nenhuma seguiu adiante. Seja o polo cultural para o Serviço Social do Comércio – uma parceria da Gerência Regional do Patrimônio da União – GRPU-SP, com com o escritório de arquitetura francês de Philippe Rizzoti (Momento Monumento) –, ou o Instituto de Ciências Jurídicas para a Universidade Federal de São Paulo. O previsível é que nenhuma contemplava a possibilidade de uma reforma para habitação social.

 

Um Retrato do País

O envidraçado prédio Wilton de Paes Almeida serve como um perfeito exemplo de espelho do hoje refletindo o passado.

São Paulo recém comemorara seus 400 anos e vivia-se no Brasil o final dos Anos JK. O centro político teoricamente migrara da praia para a nova ilha da fantasia, no Planalto Central do país. Entretanto, mesmo com novo endereço, a política nacional ainda oscilava entre a bossa nova carioca e a sociedade anônima paulista. Mas verdadeira política era aquela que passava ao largo dos gabinetes… políticos.

Assim como hoje, vinha de fora do país a ordem de como a banda ensaiaria a marcha para o futuro. Pelas páginas do jornal “O Semanário” publicado entre 1956 e 1964 descobrem-se relações internacionais que auxiliaram na construção deste prédio em São Paulo e naquilo que ele representaria até os dias atuais. Com forte cunho nacionalista, o periódico mantinha-se independente em relação aos trabalhistas do PTB de Brizola e Jango, e aos comunistas do PCB (orientados por Moskva). Lutava contra as forças entreguistas atuantes no governo federal, o alinhamento ao capital estrangeiro, e denunciava a atuação dos trustes que impediam o crescimento da indústria nacional.

Imagem de Sebastião Paes de Almeida e recortes do jornal O Semanário por CC Biblioteca Nacional Digital Brasil

Dentre esses trustes, a Pittsburgh Glass Corporation detinha o monopólio da produção e distribuição do vidro plano no Brasil. Seu homem de confiança no Brasil era Sebastião de Paes Almeida. Presidente do Banespa e secretário da Fazenda e da Agricultura no governo paulista, na esfera federal foi presidente do Banco do Brasil durante a gestão do então presidente Juscelino Kubitschek. Posteriormente presidiu a Cosipa (atual Usiminas) e ainda seria eleito deputado federal. O prédio encomendado ao arquiteto Roger Zmekhol seria a sede da futura Cia Comercial Vidros do Brasil – CVB, e funcionaria como um grande mostruário do seu principal produto. Uma empresa “nacional”, subsidiária de uma estadudinense, e que teve os vidros planos para as fachadas trazidos da Bélgica, junto com um sistema ainda inédito de janelas basculantes leves.

Sebastião de Paes Almeida era irmão daquele outro (também banqueiro, mas que cuidava da propriedade da família – o Banco Nacional do Comércio de São Paulo) que idealizou, financiou  deu nome ao empreendimento junto ao Largo do Paissandu, o qual nem chegou a ver pronto. Wilton faleceu em 1965. A CVB, conforme seguidas denúncias d’O Semanário, também enterrou as promissoras fábricas cariocas de vidro plano. A produção nacional hoje em dia está nas mãos de subsidiárias e holdings de grandes empresas internacionais, como a Pilkington, Saint Gobain ou Guardian.

 

Especulação Imobiliária

O grande vilão urbano no Brasil atende pelo patrimonialismo no uso e ocupação do solo. É este o jogo perverso de quem possui a escritura urbana e que se apropria da infraestrutura oferecida pelo Estado como rentismo. O que seria um benefício para a população em geral (fruto de impostos pagos por todos), serve apenas como valorização patrimonial para alguns. Isso impele as pessoas que não possam consumir “em um nível pré-estabelecido aceitável” para as regiões mais afastadas, longe de seus trabalhos, com transporte precário, com acessos mínimos ao Estado de bem-estar social.

O jogo de interesses que move-se  pelo capital imobiliário, reflete a desigualdade da nossa pirâmide social. Os investimentos privados servem-se das contrapartidas públicasmpara atender a parcela da população registrada como “solvente”. O potencial de venda serão o lugar da cidade, com o que ele está ligado, e qual a acessibilidade a bens e serviços. E se não houver “clandestinos” por perto, maior a liquidez do empreendimento. Assim hoje como assim ontem.

Imagem esq: Anúncio publicado no Correio Paulistano e O Estado de São Paulo em junho de 1960 para a venda do empreendimento Ed. Wilson Mendes Caldeira por CC São Paulo Antiga  |  Imagem centro: Anúncio de venda do Ed. Planalto (1956) no Natal de 1950 por CC São Paulo Antiga  |  Imagem dir: Prospecto de venda imobiliária do prédio ADG-83 por © Esaú Viana no Behance (2017)

 

A Tática da Pinça (Tripla)

Há inúmeras suspeitas sobre a queda do prédio. A data, o local e as gentes. Todos sabem que é uma tragédia, anunciada ou não, previsível ou não. Mas ao que serve o fato? Como é conduzido o assunto pela mídia corporativa e as subsidiárias na “GloBosfera” progressista? Percebam o grau de sofisticação utilizado desta vez, com a inserção de uma “terceira” pinça na já comum bi-polarização da narrativa.

Ao invés de ouvir-se sobre a movimentação ímpar em décadas do 1º de maio deste ano, o noticiário foi tomado por uma imposição trágica antes do raiar do dia: um prédio em chamas, repleto de um número incerto de famílias que o ocupavam clandestinamente, tomba no centro de São Paulo.

Para a direita burguesa dos chavões e discursos prontos, a primeira pinça trás as conclusões parecem tão óbvias que qualquer perícia no local seria apenas “desperdício do dinheiro público”. Um bando de “ocupantes ilegais, vagabundos e drogados devem ter iniciado o incêndio, provavelmente depois de uma briga por distribuição de drogas”. Fácil! Em uma só tacada concluem que há exploração da miséria humana e vinculam os movimentos sociais com milícias, com a “indústria das invasões” em São Paulo.

A segunda pinça é lançada aos despolitizados e propagadores de correntes nas redes sociais. Estes tem o foco ajustado à dimensão da tragédia humana (o que é uma visão justa), mas negam-se a compreender o que está ao fundo. Chegam a combater aqueles que abordam o tema como um possível uso político, acusando-os de insensíveis, e permanecem obcecados apenas com os números envolvidos na tragédia em si.

E desta vez, houve a oportunidade de lançarem uma terceira pinça. Aproveitando-se dos estertores da noite, alguém teve a feliz ideia de posicionar o marionete Michel Temer no olho da tragédia. Pronto! Toda uma esquerda-ciranda regozijou-se com o repúdio dos marginalizados contra ele, sua comitiva e seus carros. Transformar em notícia um não fato é apenas fazer o jogo daqueles que queriam este Dia do Trabalhador como uma Quarta-Feira de Cinzas.

 

O Incêndio – a Queda e as Dúvidas

Ok! Então vamos pensar um pouco a respeito do incêndio. Apresentaram a queda como um fato consumado. Um incêndio que alastrou-se rapidamente, dificultando a ação do Corpo de Bombeiros, e levando ao colapso o prédio. Parece uma história tão ardilosa quanto aquela que colocava Paul Newman como um arquiteto em apuros na inauguração do maior arranha-céu do mundo, no filme-catástrofe “O Inferno na Torre” (The Towering Inferno, de John Guillermin e Irwin Allen, 1974).

Inferno na Torre (The Towering Inferno), 20th Century Fox, de John Guillermin (1974), com Steve McQueen (Chefe dos Bombeiros O’Hallorhan) e Paul Newman (arquiteto Doug Roberts) adaptado de © Image Bank Database

Não se trata de propagar quaisquer teorias conspiratórias, mas gostaríamos de levantar questões. Para isso, comecemos com as imagens da implosão programada do Ed. Wilson Mendes Caldeira comentado anteriormente. O prédio, que contava com apenas 14 anos de existência, foi posto abaixo para dar lugar às obras da futura Estação da Sé do Metrô de São Paulo, há mais de 40 anos.

A seguir, um vídeo amador mostrando o sinistro ocorrido com o Ed. Wilton Paes de Almeida

Os vídeos e imagens disponíveis na internet foram apresentados a um engenheiro dinamarquês que aponta:

  1. As chamas no momento da queda não seriam muito intensas e uniformes?
  2. Para quem observa o colapso, a queda não sugere que esteja sincronizada? (observem comparativamente o vídeo do Ed. Wilton Paes de Almeida novamente)
  3. Não parece existir sinais de que há uma “explosão planejada”?
  4. As “labaredas de fogo” apresentam sinais similares a fogos de artíficio. Isso não significaria uma possibilidade de presença de explosivos com pólvora?

Um outro especialista em infraestrutura, desta vez sul-africano, ao observar o mesmo material, aponta:

  1. A queda do prédio não parece ocorrer da parte superior para a inferior? Ou seja, não parece que o prédio cai pela ação do topo na base, e não pela fragilidade da base em relação ao restante do conjunto?
  2. Não pareceria estranho que a base tenha sido afetada? Teoricamente ela foi concebida para suportar o peso.

O Duplo Expresso também tem dúvidas quanto:

  1. O que poderia diferenciar um colapso estrutural causado por altas temperaturas neste tipo de edificação, ao de uma demolição controlada?
  2. Se o prédio tinha entre suas características um sistema de fachadas tipo curtain wall, ou seja, uma vedação independente da estrutura, esta “cortina de vidro” auxiliaria ou prejudicaria a propagação das chamas?
  3. Não seria possível que as quatro colunas telescópicas de concreto (com perfil “H”) fragilizassem-se antes do núcleo central com mesmo material – que apresentam uma massa e “sentido de unidade” muito maior?
  4. Se fossem as colunas, não seria natural imaginar que o prédio tombaria para a Rua Antônio de Godói, ao invés de ruir verticalmente?
  5. O que seriam aqueles “flashes que espocam” na altura média do prédio, junto ao núcleo de circulação vertical, uma fração de segundo antes do prédio vir abaixo? (observem no vídeo amador apresentado pela Rede ABC)

Para responder essas e inúmeras outras questões que estarão sobre a mesa, apresentadas por profissionais da área e pelas pessoas que foram expostas a essa situação extremada, seria fundamental uma perícia conjunta e multidisciplinar. Algo capaz de envolver não só a Polícia, como a academia, através da Escola Politécnica da USP, grupos técnicos de trabalho situações de risco como o Grupo de Gestão de Risco de Desastres – GRID/UFRGS, além dos conselhos de classe como CAU e CREA, e as equipes de Engenharia do Exército.

 

Amarração/Armação Final

A tragédia das pessoas que ocupavam um prédio público do porte deste expõem coisas gravíssimas de nossa sociedade. A diferença é que, desta vez, a gaiola era de vidro. Gaiola porque era pouco mais que um depósito de indesejáveis do sistema; vidro porque aqueles que ali se abrigavam são os mesmos que o Estado e grande parte da sociedade brasileira teimam em transformar em invisíveis.

Não estou aqui como um arquiteto que questiona a política urbana; ela não há. A organização da pólis resume-se em desenvolver para quem pode consumir, criar redomas, muros, e isolar a cidade do convívio das pessoas. Para que cidade se tem rede social?

Tampouco escrevo isso como uma lamúria em relação ao acervo patrimonial. É inconcebível que uma pequena jóia arquitetônica dada ao Estado para saldar uma dívida privada de uma companhia com fortíssimos laços administrativos e financeiros com o país tenha chegado a este fim. Submetida ao azar da ação do tempo.

O que exponho nessas linhas é a preocupação com duas coisas:

Primeiro, a derrocada absurda da nova política habitacional brasileira. A política da gentrificação das áreas urbanas em prol de uma requalificação espacial que nunca se completa e, ao mesmo tempo, exclui. Onde está a aplicação da Lei que determina que parte das novas áreas construídas (incremento de estoque) seja destinadas ao atendimento das famílias em situação de risco, em vulnerabilidade social? Estamos mesmo reconstruindo as cidades, ou apenas desenhando vitrines nelas?

Segundo, alguém realmente pode ficar indiferente com a mensagem daquele prédio do “futuro-Brasil-do-futuro-que-nunca-chega” desabando?

Eu não posso. Eu não quero. Eu não vou!

Imagem esq: Escada caracol no projeto original nos anos 60 por © Raul Juste Lores/Instagram | Imagem dir: Escada caracol do prédio ocupado pelo MLSM autorizada por Lidiane Maciel, do acervo pessoal de Márcia Terlizze (2018)

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Auxílio às vítimas

Quem puder ajudar as famílias atingidas, os itens emergenciais são: alimentos não perecíveis, água, roupas infantis e adultos, fraldas, calçados e produtos de higiene pessoal. As doações serão recebidas nos seguintes endereços:

  • Ocupação Mauá – Rua Mauá, nº 340
  • Paróquia Santa Ifigênia – Rua Santa Ifigênia, nº 30
  • Ocupação Luana Barbosa – Rua Dr Augusto Miranda, nº 22
  • Cruz Vermelha – Av. Moreira Guimarães, nº 699, ou no próprio Largo do Paissandu

 

DE1 – O chamado Estilo Internacional, segundo o Getty Research Institute (instituto estadunidense dedicado a aprofundar o conhecimento e desenvolver a compreensão sobre as artes visuais), seria o “o estilo arquitetônico que emergiu na Holanda, França e Alemanha após a Primeira Guerra Mundial e se espalhou por todo o mundo, tornando-se o estilo arquitetônico dominante até a década de 1970. … Caracteriza-se  pela ênfase em volume sobre massa, uso de materiais industriais leves, produzidos em série, rejeição de todos os ornamentos e cores, formas modulares repetitivas e uso de superfícies planas, alternando tipicamente com áreas de vidro”. Como adendo, salvo raras exceções, não havia um compromisso com o progresso e a serialização como forma de melhorar a habitação para as classes mais pobres entre os arquitetos do International Style, operadores do principal tripé industrial mundial: concreto-aço-vidro.

 


* Carlos Krebs é arquiteto, cinéfilo, explorador de sinapses, conector de pontinhos, e mais um que acredita que o Brasil ainda tem tudo para dar certo.

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