Cu – ri – (de) – ti – , – bah! : Elliot “Mess” e os (miquinhos) Intocáveis, por Romulus
por Romulus
Já leram “Delegado da Lava Jato afirma que vazamento é crime”, do Nassif?
Visando a contribuir para o desenvolvimento desse novo Direito brasileiro – pós-moderno, pós-democrático, pós-constitucional, pós-lógica, pós-vergonha na cara, pós… (preencha você) – penso em criar um blog, aqui na Suíça, para hospedar posts neo-criminosos, com esses tais “crimes”, tipificados apenas na “República de Curitiba”.
Assim, poderia ser desenvolvida doutrina sobre a vertente internacional desses neo-crimes, enfocando cooperação judiciária, homologação e execução de carta rogatória, sentença, etc.
O conteúdo do blog?
Tudo o que se tenta censurar pela via judicial nesse Brasil pós-democrático, pós-constitucional, pós…
Ainda tenho dúvidas sobre um nome para o blog.
Até agora os três concorrentes mais bem posicionados são:
– Pesadelo de Kafka;
– Elliot Mess e os (miquinhos) Intocáveis;
– Todo Cu – ri – (de) – ti – , – bah!
Teriam outras sugestões?
Como aqui ainda existe democracia, poderíamos organizar até uma votação para a escolha final.
Outro objetivo da iniciativa, secundário, é trazer um pouco da alegria brasileira para esta terra aqui. Tão séria, tão sisuda…
Ficaríamos, dessa forma, na expectativa da chegada da primeira carta rogatória vinda lá de Curitiba, visando a censurar o novo blog – oportunidade na qual poderia fazer uma selfie para ilustrá-lo, com o juiz suíço ao fundo feliz da vida, às gargalhadas.
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Aliás, isso me lembra de algo que relatei no post “Latim gasto em vão: STF goste ou não, golpe está tatuado na testa de seus Ministros”. Uma ilustração da distância entre uma terra com e outra sem lei, que chega a ser engraçada e triste ao mesmo tempo.
Trata-se de um relato (involuntariamente) anedótico do correspondente do Estadão aqui na Suíça, Jamil Chade, de 18 de março último. Traduz bem o abismo entre a institucionalidade do Brasil atual e a da Suíça.
Conta Chade:
Explicando o Inexplicável
Acabo de ter uma conversa com um político suíço que, sem entender nada do que ocorria, me ligou para “tirar umas dúvidas” sobre o que ele tem lido no noticiário sobre o Brasil.
Conforme ele foi falando, anotei as perguntas que me fazia:
– A presidente foi pega mesmo num grampo?
– Mas ela usa telefone normal depois de toda história da NSA?
– Lula é ou não ministro? E vai fazer o que?
– Cunha, com contas bloqueadas aqui na Suíça, é ainda o presidente “do Parlamento”?
– Maluf, condenado na França e que por anos foi investigado aqui na Suíça, vai mesmo julgar o impeachment de Dilma?
– As acusações aos membros da oposição são investigadas mesmo?
Quando terminei de falar, ele respirou e disse: “odeio dizer isso, mas isso faz uma república de bananas parecer um local com estado de direito quase perfeito (em comparação ao que vive o Brasil)”.
Pois é, Jamil Chade… vivo o mesmo drama / comédia.
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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.
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