12 MILHÕES DE DESEMPREGADOS: HOLOCAUSTO NO ALTAR DOS DOGMAS MODERNOS
12 MILHÕES DE DESEMPREGADOS:
HOLOCAUSTO NO ALTAR DOS DOGMAS MODERNOS
Por Romulus
– Lamento ser (de novo!) o portador de notícias ruins, mas não adiante apelar para o STF. Os juristas mainstream sofrem do mesmo mal dos economistas neoclássicos.
O problema é filosófico:
– Seja por credo sincero, seja por malícia, encontram-se todos ainda nos paradigmas da modernidade. O mainstream ainda não chegou à pós-modernidade!
– Para quem franze a testa quando lê a palavra “filosofia” ou diante do palavrão “epistemologia”, é preciso vencer preconceitos e traumas escolares.
E para já:
– A questão “modernismo” vs. “pós-modernismo” não é “academicismo”, nem tampouco discutir o sexo dos anjos.
Pelo contrário:
– É fundamental para entendermos como chegamos até aqui.
– E, mais importante ainda, pensar como sair desse atoleiro.
*
Na sua última coluna, publicada no GGN, Luis Nassif, em vista da tragédia econômica que o Brasil vive a partir de 2015, aborda os abusos de um experimentalismo econômico.
Diz ele:
A economia não é nem ciência exata nem universal. Mais ainda que na medicina, exige o conhecimento teórico, mas associado à sensibilidade para analisar as condições do paciente. No entanto, há uma ignorância ampla e generalizada do mainstream econômico em relação ao mundo real. Como se o conhecimento da economia real fosse uma extravagância, acientífica, uma forma menor de conhecimento>
E ao final apela ao STF:
O ideal seria que a sede de participação do Judiciário o levasse a pensar em limites constitucionais para a política econômica. (…) Para fazer demagogia de baixo risco, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Carmen Lúcia afirmou que não é Ministra da Fazenda, para avaliar o impacto de medidas judiciais na economia. Seria mais consistente se, junto com seus colegas, definissem limites constitucionais ao experimentalismo da política econômica e aos abusos das políticas fiscal e monetária>
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Lamento ser (de novo!) o portador de notícias ruins, mas não adianta apelar para o STF. Os juristas mainstream sofrem do mesmo mal que Nassif corretamente aponta nos economistas neoclássicos.
O problema é filosófico!
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