STF, Gilmar e a negação do voto em manada, por Romulus
SEX, 15/04/2016 – 13:09
ATUALIZADO EM 15/04/2016 – 13:10
Por Romulus
– No julgamento sobre o impeachment na Câmara, quem é quem no Tribunal
Depois do primeiro julgamento de hoje sobre o impeachment pelo STF, da ADIN do PCdoB contra a ordem de votação adotada por Eduardo Cunha para o próximo domingo na admissão do impeachment, fica mais claro por que o governo hesitava tanto em levar a “parada” ao STF.
Em um mero julgamento do rito de votação baixado pelo “notório” Cunha – o rei da “manobra” regimental (entre outras “heterodoxias” bem conhecidas) – os Ministros repetiam-se vezes e mais vezes sobre a “necessária deferência a outro Poder”… “questão interna corporis da Câmara”… “contenção e comedimento do STF”… “segurança jurídica”…
Bom, se foi assim com o rito de votação, imagine-se no mérito.
De notar, como sempre, o cinismo e a teatralidade de Gilmar Mendes. Chega ele ao paroxismo: indaga aos colegas, como hipótese absurda, se “estamos tão mal de representantes (na Câmara)?”. Não, Ministro, imagine… um absurdo, um disparate!
Isso para negar a realidade factual: reforçar sua afirmação – que não resiste a qualquer análise sobre a dinâmica de decisões em colegiados – de que não existe o fenômeno de “voto em manada”. Ah, claro que não… nossos digníssimos parlamentares, segundo Mendes, têm convicções fortíssimas. Estarão resolutos já há dias no momento da votação, como anotou Mendes. E de forma alguma mudarão seu voto durante a votação para aderir ao lado vencedor e ficar “bem na fita” com o mesmo.
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