Não é por ser baiano, deixe de preconceito!
Por Wellington Calasans, para o Duplo Expresso
Não é novidade nenhuma para quem acompanha o Duplo Expresso que o ex-ministro Aloisio Mercadante não é um “querido” entre nós que fazemos esta página. A postura covarde como aceitou a degola de Dilma e o desrespeito a Lula (nem venham dizer que isso é mentira, pois tenho inúmeros depoimentos sobre esta afirmação) são os motivos mais visíveis.
Desde o golpe, este político se comporta de duas maneiras totalmente reprováveis: “dá um ninja” (expressão usada na Bahia para descrever o sumiço de alguém) ou banca o autista que sai da bolha e comenta com a profundidade de um pires os velhos, seculares, problemas da educação no Brasil. É aquela pauta “geladona” que agrada a todos e sempre é usada quando convém.
Mercadante é um político inteligente, isso é inegável. O problema dele é a previsibilidade. Não ocupo o meu tempo acompanhando o que ele faz ou escreve, mas ninguém melhor que o próprio ex-ministro para ratificar a máxima “é de onde menos espera que não vem nada mesmo”. Enquanto tentam servir a cabeça de Lula em uma bandeja, somos “brindados” com um dos seus magníficos textos, super bem escrito, sobre… educação.
No dia 4 de fevereiro eu brinquei com isso. Publiquei no meu perfil (restrito aos meus contatos) este post e hoje resgatado por meu colega e parceiro aqui do Duplo Expresso, Romulus Maya:
😮Caramba, tô todo arrepiado!Ser confrontado com a magnitude do dom divinatório de 'Pai' Wellington Calasans assim, de…
Opslået af Romulus Maya på 14. februar 2018
Errei por alguns dias, esqueci que estávamos com o carnaval batendo na canela, feriado prolongado, etc.
Mercadante publicou um texto sobre a unânime escola de samba Tuiuti, tenta falar sobre política, mas apenas dá legitimidade ao falido poder judiciário (minúsculo mesmo) ao dar o verdadeiro recado que queria:
“Não poderia deixar de mencionar, ainda, recente vitória que tivemos, em mais uma ação no STF contra o DEM, partido que foi contra o Prouni, contra o Enem, contra as cotas, e que, agora, procura diluir a inclusão da história da África na nova base nacional curricular. Partido do atual ministro da Educação, grande aliado do PSDB, e que dirige o Ministério junto com sua escola sem partido”.
Neste momento em que finalmente a justiça, a mais cara e ineficiente do planeta, entra no olho do furacão, o excelentíssimo ex-ministro valoriza algo que ele mesmo sabe que nada vale no contexto de vinte anos de congelamento dos investimentos públicos. Vai faltar giz, ex-ministro! Acorda! Essa justiça é a que derrubou o seu(?) partido do poder.
É tarefa simples saber o que será escrito por Mercadante. Ele lembra muito a turma do violino no Titanic. Muitos amigos comentaram comigo que eu sou o “pai Wellington”, pois sou baiano e consegui prever o futuro. A única coisa que posso dizer é que “não é magia, é tecnologia!”. Nada que uma pesquisa no Google não resolva.
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