GLOBO: a arte de debochar impunemente do Brasil
(trecho do post “Votação acaba. Placar: Três Instituições de 1988 fazem haraquiri“)
P.S.: o amigo Ciro D’Araújo trocava mensagens comigo ao longo da transmissão. Após o impeachment alcançar a votação necessária faz ele uma piada. Momento inoportuno, não? Ele me diz que a Rede Globo, após o voto decisivo, passa a tocar como trilha sonora de celebração aquele tema associado às vitórias de Ayrton Senna nas corridas de Fórmula-1 (“tã-tã-tã… tã-tã-tã… tã-tã-tã… tã-tã-tã…”). Até mesmo com aqueles gritos de “Brasil-il-il!” que acompanham gols da seleção e outras vitórias esportivas. Eu respondo:
– Para com isso, Ciro. Não tem graça.
Ao que ele responde:
– Ué, não era para ter. Não é piada. Está acontecendo mesmo.
Depois do susto inicial eu compreendo. Ora, nada mais natural. Se falta o decoro mesmo às vetustas instituições da República de 1988, como o cobrar de uma rede de televisão? Mesmo que seja uma concessão pública? A essa pergunta me vem somente uma resposta na cabeça:
– “Brasil-il-il!”… “Brasil-il-il!”… “Brasil-il-il!”.
Um para cada instituição que fez haraquiri.
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