Que p… é essa? Ora, essa p… é ‘Romulus’, por… o próprio!
QUE P…. É ESSA? ORA, ESSA P…. É ‘Romulus’!
Nunca esperei ser ~eu~ o tema em debate no GGN (hahaha), mas…
Por Romulus
Totalmente fora de espaço, offtopic, surgiu na seção de comentários do último post do Nassif uma discussão sobre…
– … mim!
Ainda outro dia lia entrevista do grande Fernando Brito, do Tijolaço, em que reafirmava seu princípio de que “o jornalista não é notícia”. Não sou jornalista, mas concordo e penso ser também aplicável, mutatis mutandis.
Mas, para esclarecer de uma vez por todas essa questão, que vira e mexe volta, faço aqui um post para que todos choremos nossas mágoas de leitores maltratados no mesmo lugar.
A seguir, ~vazo~ (por não haver mal nenhum) parte de um email meu ao Nassif. Ele – editor zeloso e expert na matéria que é – também franze a testa quando vê pela frente um post meu ou “grande demais” ou “caótico”, na expressão dele (!).
Mas antes, algumas (outras) chineladas que tomei por aí.
Peraí… chineladas? Em ‘Romulus’?
Ora, nada mais justo! Não desço a mão em todo mundo todo dia aqui? Direita golpista (vítima preferencial), Ministros do STF, PGR, Parlamentares, PT, PSOL… … …
Pois passemos então às porradas próprias:
(i) “Que p… é essa?” – ontem!
Quando cheguei o comentário já estava com uma estrelinha. Nem precisei contribuir para baixar rs
*
(ii) Posts longos
O recorde: “Brexit“ – nada menos que 20 páginas no Word e 3 dias escrevendo e editando. É enorme. Eu mesmo classifiquei de “post enciclopédico”.
E no entanto…
Bem, e no entanto é o meu post mais elogiado de longe. Sério! Mandei até a minha mãe ir lá olhar os comentários rs
Já nesta semana…
Um post depois…
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(iii) Autocitações nos posts
Esse eu fidelizei! rs
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(iv) Referências e citações cruzadas entre as várias plataformas de redes sociais (Facebook, Twitter, Whatsapp), com uso de printscreens
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(v) “Desorganização” – mas até com gente “boa” fazendo uso das minhas ideias! Uhuuul!
O Presidente Lula – em outra era… – bem antes que Obama puxasse o tapete de quem, então, chamou de “o cara”, famosamente disse em tom debochado para com ex-algozes:
– Vocês não acham chique o FMI pedindo dinheiro emprestado pro Brasil? Bom, então eu disse ao FMI: “o dinheiro tá na mesa… pó pegá!”
Pois é…
Minhas ideias tão na mesa – desorganizadas ou não – “pó pegá!”.
*
(vi) “Ambições literárias” e paralelos descabidos com gênios
– Clarice (com “C”, por favor) Lispector
– James Joyce
(vii) Narcisismo, egolatria, egotrip, exibicionismo, etc.
* * *
BOMBA
Email ~vazado~!
Desta vez não pelo MPF, nem pela PF, nem por um juiz…
Caro Nassif,
Em primeiro lugar, quero te agradecer pelo feedback e pelas dicas. Para mim, que entrei nessa de paraquedas, meio “à força” depois da condução coercitiva do Lula, ter a opinião de uma referência não tem preço!
Você tem razão quando nota uma evolução do estilo entre as primeiras postagens e as atuais.
Mas tem aí duas coisas distintas:
(1) o peso da mão / provocações explícitas
É certo que há posts onde peso (mais do que o habitual) a mão na pancada. Isso nem é tanto por uma “empolgação” (como você sugere), que poderia até estar presente. Demoro um pouco para escrever. Assim, é difícil para mim escrever algo “no calor dos acontecimentos”. Em geral, começo num dia e acabo no outro, inclusive.
O que quero dizer é que as “pancadas” / “provocações” são deliberadas. Sim, reconheço que elas podem sim acabar animando “torcidas” e “rinhas de galo”, como você coloca. Nesses posts não raro há até mesmo abuso do emprego de “memes”! (que eu adoro rs)
(2) Forma / conteúdo “sui generis”
Aí já foi uma evolução do estilo pessoal mesmo. Depois de sentir a temperatura da água, entrar na piscina e, finalmente, me acostumar com a temperatura, comecei a nadar em “estilo livre”.
Qual é esse estilo?
(i) metáfora sobre metáfora sobre metáfora… (olha eu aqui de novo com “piscina”, “temperatura”, “nado em estilo livre”…). É como o pensamento me vem.
(ii) textos que saem de um determinado “lé” para liga-lo a um “cré” antes bastante improvável. E aí, também, é como a minha mente funciona. Eu tenho gosto por todos os campos do conhecimento. Difícil, inclusive, me definir como “advogado” / “acadêmico do Direito”. Eu estou todo dia, o dia inteiro, estabelecendo relações na minha cabeça entre campos “estanques”.
Nos posts, em geral, eu reproduzo os caminhos que a minha cabeça fez antes, numa dinâmica – que só depois (!) soube ser, por outros – stream of cousciouness (fluxo de consciência).
Isso tem prós e contras:
Contras:
(a) os textos ficam grandes e, com isso, afastam leitores mais impacientes / com menos tempo;
(b) os textos ficam menos “acessíveis”;
(b) alguns veem como uma ego trip narcisista, o que causa, justificada ou injustificadamente, má vontade. Teve leitor até que, querendo desqualificar a minha dura crítica ao PT, me acusou de copiar, “mal!”, Clarice Lispector.
Mal sabe ele que:
(i) cheguei nessa forma de maneira totalmente involuntária e gradual. Quando vi – ou melhor, quando me avisaram – já estava lá;
(ii) vivo na Suíça! – onde Clarice morou por 5 anos, como esposa de diplomata. Odiava tanto que foi aqui que começou a escrever, como forma de extravasar a sua enorme angústia.
Já eu adoro! Vivo aqui por opção. Mas, coincidentemente, também escrevo, em parte, para extravasar. Extravaso, contudo, a angústia com o que me chega do ~Brasil~ !
Prós:
(a) Tem quem goste do estilo. Mesmo do tamanho maior e de um texto “mais complexo e menos óbvio”, quando não flertando com o “texto aberto” (open text).
(b) Esse público, embora menor, é “qualificado”. Deixa comentários no GGN ou nas redes riquíssimos, que costumam originar novos posts meus – justamente a graça da web 2.0 (ou 3.0 já…).
Como já tive a oportunidade de te dizer e de registrar, inclusive em post, esse “ativo” do GGN não tem par na blogosfera: comentários do junior50, do Arkx (que convenci a se cadastrar no GGN lá atrás!), da misteriosa Hydra, do André Araújo, do André B, da Vânia e de tantos outros. Sem esquecer, é claro, do meu amigo Ciro, que eu “arrastei de volta” para o GGN neste ano.
Gente, inclusive, com posicionamento ideológico e background totalmente diferentes do meu. As visões deles costumam ser diferentes das minhas. Isso me força a retrabalhar as teses. Ou para reafirmá-las, com maior convicção, ou para refutá-las, ou para ficar no meio do caminho, numa síntese (os 3 já aconteceram!).
(c) Esses textos são, em alguma medida, uma sessão de terapia. Vários me forçaram a ter de formular melhor, “no papel”, meus pensamentos. Também me fizeram, com a escrita, ter de trabalhar e racionalizar sentimentos. Presentes 100% ou latentes.
Há até mesmo um flerte com a psicanálise, quando o “fluxo de consciência” faz as vezes da “livre associação” freudiana, como revelador do inconsciente.
Isso causa, inclusive, certa exasperação em pessoas próximas, que ficam preocupadas com uma auto exposição excessiva por esse caminho.
Evidentemente busco me preservar – daí o pseudônimo. Serve mais para trolls chatos não terem acesso aos meus trabalhos, contatos, perfis em redes sociais, etc.
Quem me conhece sabe que sou eu o autor.
Como nunca escondi minhas posições políticas, o “mal” já estava feito. Já fora, inclusive, retaliado profissionalmente, perdendo oportunidades de emprego no Brasil. A “fama” já estava feita antes do blog, de forma que posso “relaxar e deitar na cama”. Sinto até mesmo uma pressão moral de fazê-lo, por estar protegido aqui na Suíça, sem dever nada a ninguém, e poder dizer sem temer o que colegas no Brasil não podem.
Resumo da ópera:
– O fluxo de consciência – que não está presente em todos os posts, diga-se – é hoje “o barato” do blog para mim.
– A porrada e a provocação ocasionais são mais atos deliberados que propriamente “empolgação”.
– Entendo as restrições editorias do GGN – que, aliás, fazem todo o sentido!
– Vou tentar deixar a separação mais clara entre posts “pancada” / “provocação” e os demais.
– Queria entender se a sua crítica se dirige à “pancada” / “provocação” ou também à mistura de objetividade de análise com a subjetividade do fluxo de consciência e das viagens metafóricas.
* * *
– Exemplo de um post meu bem do tipo “ame-o ou deixe-o”:
Post viajante, com os tais dos “lés” com “crés” improváveis.
Teve gente que não embarcou:
Teve gente até vendendo o guia turístico da viagem:
Teve gente que embarcou e teve uma linda lua de mel com o autor:
A amiga Andréa vai ao delírio, comparando-me com o maior mito da comunicação política:
E o autor fica feliz pra caramba por aparentemente ter logrado seu difícil intento: traduzir para palavras o estado de espírito de quem ouviu o discurso de Lula sem condescedência mas de coração aberto, desarmado.
Por que traduzir para palavras?
Para ter ali, ao alcance da mão, à distância de um clique, a passagem de volta para aquele sonho.
Os dias tem sido sombrios. Fiz esse “seguro” para mim mesmo.
Mas – “socialisme“ oblige – quis compartilhar com todo mundo que também precisasse.
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Serei eu um ~autor~ bem do tipo “ame-o ou deixe-o”?
Espero que não!
Podem bater em mim sem melindres. Se houver educação vou até responder!
Bate… pode bater sim… mas S&M leve, ok? Tipo #50shades…
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E eu não sou o único!
De forma totalmente aleatória, chegou a mim ~ontem~ o link para um artigo que cunclui simplesmente o seguinte:
Então, faz-se mister que a Literatura, como realmente denominada, esteja mais presente em ambientes acadêmicos de Direito, para que, com seus exemplos, o discente possa vivenciar suas peculiaridades e envolver-se mais com o cotidiano, fazendo com que realidade e ficção se entrelacem, propiciando um ambiente agradável ao aprendizado.
Chegou “aleatoriamente”? Como?
Simplesmente porque a professora das autoras no ensino fundamental e médio, que já é conhecida de vocês (de “Orlando: a dor indizível de um proto-genocídio que ‘ousa dizer o próprio nome‘“), quis corujar – de novo – suas (múltiplas) ex-alunas brilhantes. Assim, mandou o link do artigo para seus amigos pelo whatsapp, inclusive para mim:
Obrigdo, de novo, “Professorinha” Elaine, minha amiga das Minas Gerais.
Parece que a gente vive em sintonia! “Sincronicidade jungiana”, como outra amiga querida me lembrou ontem:
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– Gente, não esqueçam que “amanhã há de ser outro dia”, porque, afinal, a Direita nunca vai ter uma Clara Nunes! Sorry, mas a arte é gauche! Saravá, Clara!
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Atualização 24/10:
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Usando expressão da analista da minha mãe, “Síndrome de Gabriela”:
“Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim….
– GABRIEEEEEELA!“
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Atualização 2/12/16 – opinião do expert:
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Achou meu estilo “esquisito”? “Caótico”?
– Pois você não está só! Clique na imagem e chore suas mágoas:
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(iii) E, claro, no meu blog aqui no GGN:
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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.
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