Lula, a face do povo: “voltará para de onde nunca deveria ter saído”?

É com profunda tristeza e imenso estarrecimento que assisto às manifestações públicas de amigos íntimos e não tão próximos assim, às de ex-professores de graduação e pós-graduação de uma das universidades federais mais antigas do Brasil, de eleitores de esquerda, do PT. Em muitos momentos, buscava compreender os reais motivos de todos os que se dizem de esquerda e que, até há pouco tempo defendiam a liberdade de Lula, como em um passe de mágica, cegos, agarrarem-se à candidatura de Haddad como tábua de salvação. Talvez por ser doloroso demais compreender a gravidade da situação de nosso país? Ou talvez porque não consigam ter uma visão mais complexa da realidade mundial? Foram essas e tantas as perguntas que me fiz. Não deixam de ser, até certo nível, aceitáveis. Coube-me, como louca, bradar nas redes sociais: “É golpe ou não é golpe?”, “Rasgaram ou não a nossa Constituição?”. Daí, o mais perverso e cruel, entre os que me cercam, revelaram-se, nos inúmeros comentários, postagens dia a dia, e era eu quem não queria enxergar o que, de fato, está por trás da não luta por Lula. E, nesse caso especificamente, recai uma singularidade da construção histórica e sociocultural do Brasil.

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