O que “até um cego vê” no Brasil da hipocrisia que “funciona normalmente”

Criar limonada do limão, fazer espinhos florescerem… Não é para qualquer um. Quem poderia falar um pouco disso é mais novo comentarista do Duplo Expresso, Leonardo Lobo. Notem bem: foi ele próprio, que não enxerga, quem escolheu para nome do seu comentário semanal (coisas que) “até um cego vê”.
Sim, um “cego”. E não um “deficiente visual”. Ou, mais eufemisticamente ainda (para quem?), uma “pessoa portadora de necessidades especiais”. Demorou, mas finalmente saímos do excesso do politicamente correto discursivo dos anos 1980 e 90 que, com tais floreios, preocupava-se mais em não ferir suscetibilidades das pessoas “normais” (sic) do que propriamente a daqueles que tal excesso visava a “descrever” (mas não tanto assim que chocasse, não é mesmo?).

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