Guerra econômica contra o Irã é guerra contra a integração da Eurásia

A histeria reina suprema depois que a primeira rodada de sanções dos EUA entrou em vigência novamente contra o Irã, semana passada. São vários os cenários de guerra, mas mesmo assim o aspecto chave da guerra econômica lançada pelo governo Trump tem passado despercebido: o Irã é peça central num tabuleiro de xadrez muito maior.


A ofensiva de sanções dos EUA, lançada depois da retirada unilateral de Washington do acordo nuclear iraniano, tem de ser interpretada como um gambito para avançar no Novo Grande Jogo, em cujo centro estão a Nova Rota da Seda da China – o mais importante projeto de infraestrutura, pode-se dizer, do século 21 – e a integração da Eurásia.


As manobras do governo Trump dão prova de o quanto a Nova Rota da Seda da China, ou Iniciativa Cinturão e Estrada (ICE), ameaça o establishment norte-americano.



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Diário do Irã:
 Preparando-se para guerra econômica total

No instante em que se põe o pé nas ruas de Mashhad, se é envolto pelo ar perfumado de açafrão, uma brisa leve que vem da montanha: ali se está no coração da Antiga Rota da Seda e da Nova Iniciativa Cinturão e Estrada (ICE).


Para leste, a fronteira afegã esta apenas a três horas de distância por uma excelente estrada. Para norte, a fronteira do Turcomenistão está a menos de quatro horas. A noroeste, o Mar Cáspio. Ao sul o Oceano Índico e o porto de Chabahar, entrada para a versão indiana das Rotas da Seda. A ferrovia Teerã-Mashhad está sendo construída pelos chineses.



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