Caminhão de intervenções: a geleia ideológica dos caminhoneiros e os militares

O discurso mais à direita, de caminhoneiros clamando por “intervenção militar”, vem de áreas com grande contingente do Exército, acompanhado de um conjunto de institutos e associações que juntam principalmente professores, advogados e militares dessa Força. Note-se que a Marinha e a Aeronáutica não andam distribuindo tuítes à vontade por aí, como faz o Comandante do Exército. Não é difícil perceber por que a capilaridade que isso tudo gera vai de encontro e passa a andar de mãos dadas com o setor Agro – e agora com a adesão do setor Trans. Aliás, hoje não há dois setores mais dependentes um do outro que esses.
Essas coincidências se casam com uma noção ancestral de que, enfim, o Estado deve se resumir à segurança. “Contra os impostos altos e a roubalheira”. Trata-se de trocar a ideia de que o Estado possui o monopólio da violência legítima pela ideia de que o monopólio da violência legítima possui o Estado!
Às favas com a ideia de um domínio nacional sobre a cadeia do Petróleo, da Engenharia Pesada, da Energia, do Setor Nuclear, etc. Basta – apenas – descer o pau em “comunista” (sic). E, é claro, cobrar pouco dos ricos pelo serviço.

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