“Direito ao ponto” #9 – Sequestro da (nossa!) Soberania Popular

Nesta semana, Maria Eduarda Freire trata da soberania popular, fundamento do Estado – democrático – de direito, nos termos da Constituição de 1988. A criminalização da política, em tempos de Lava Jato, é a tática adotada pela Finança – por meio da mídia – para alienar o povo do seu poder sobre decisões de Estado. Para tanto, a mídia, a boca do capital financeiro, reforça o complexo de vira-latas: “entreguemos tudo para os EUA pois, diferentemente de nós, eles são honestos, capazes e trabalhadores”;“privatize-se tudo para acabar com a roubalheira (dos nossos representantes… eleitos!)”.

Ler mais

Caminhão de intervenções: a geleia ideológica dos caminhoneiros e os militares

O discurso mais à direita, de caminhoneiros clamando por “intervenção militar”, vem de áreas com grande contingente do Exército, acompanhado de um conjunto de institutos e associações que juntam principalmente professores, advogados e militares dessa Força. Note-se que a Marinha e a Aeronáutica não andam distribuindo tuítes à vontade por aí, como faz o Comandante do Exército. Não é difícil perceber por que a capilaridade que isso tudo gera vai de encontro e passa a andar de mãos dadas com o setor Agro – e agora com a adesão do setor Trans. Aliás, hoje não há dois setores mais dependentes um do outro que esses.
Essas coincidências se casam com uma noção ancestral de que, enfim, o Estado deve se resumir à segurança. “Contra os impostos altos e a roubalheira”. Trata-se de trocar a ideia de que o Estado possui o monopólio da violência legítima pela ideia de que o monopólio da violência legítima possui o Estado!
Às favas com a ideia de um domínio nacional sobre a cadeia do Petróleo, da Engenharia Pesada, da Energia, do Setor Nuclear, etc. Basta – apenas – descer o pau em “comunista” (sic). E, é claro, cobrar pouco dos ricos pelo serviço.

Ler mais