Avaliação do primeiro debate da Band

Fiquei impressionado com a pobreza do debate. Isso só fez destoar a ausência forçada e ilegal do ex-presidente Lula. A lei eleitoral obriga que haja igualdade entre os candidatos na cobertura da imprensa e nos debates que ela promove.
Não podemos nem culpar os candidatos pela miséria do debate, porque essa pobreza é culpa da limitação do modelo escolhido pela Band. Um minuto e pouco para responder e 45 segundos para réplica e tréplica é tempo insuficiente para desenvolver qualquer ideia, por mais simples que seja.
O máximo que se consegue fazer é obrigar os candidatos a repetir frases decoradas e preparadas pelos seus marqueteiros para caber em uma janela de poucos segundos.

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Tutorial (do caminhoneiro): como fazer um ataque híbrido (contra… zumbis?!)

Nos postos, muita fila para abastecer. Em mais há gente enfiando galões de gasolina no porta-malas. O sujeito tá correndo para abastecer mesmo sabendo que está caro, mesmo tendo ouvido que vai baixar R$ 0,70. Bateu o efeito manada. Guerra híbrida é isso aí: alguma informação acaba produzindo o real, e o agenciamento que ela produziu começa a criar um monte de dissonâncias. NESSE EXATO MOMENTO, O JORNAL LOCAL DA GLOBO INFORMA QUE SÓ HÁ MAIS 2 OU 3 DIAS DE CARNE NA CIDADE. Percebem onde vai dar? Apocalipse zumbi? O pico disso é que não temos a mínima ideia de como essa coisa começou; se a greve dos caminhoneiros é um plano do Temer, da direita do Temer, anti-Temer, fora-Temer, se vai virar os “20 centavos” e a Globo vai se apropriar, se vai virar os “20 centavos” e dessa vez é a esquerda que vai se apropriar.

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