É a China, estúpido! Bloqueio do milho brasileiro ao Irã confirma nosso novo papel geopolítico: “alavanca da fome” eurasiana

Eis a chave para compreender o bloqueio — de fato — do navio carregado de milho destinado ao Irã no Porto de Paranaguá, na costa brasileira.
Mais um C.Q.D. para este Duplo Expresso. Dos mais relevantes, diria eu na qualidade de editor do site.
Claramente, o alvo da ação no Brasil, para além do imediato, o Irã, é também a própria China, devidamente “avisada”.
É jogo de cachorro grande. O Brasil — “país”-continente que teria de criar sustento para 210 milhões de almas — tornou-se não mais que a “alavanca da fome”, do Deep State americano, mirando a Eurasia.
Bom, também alavanca da própria fome: 210 milhões de bocas, afinal…

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Putin, à Assembleia da Federação Russa

Pepe Escobar reflete sobre o discurso “O Estado da Nação”, do Presidente Putin à Assembleia da Federação Russa em Moscou essa semana que passou. Embora dedicado a questões do desenvolvimento social e econômico do país, Putin registou a decisão dos EUA de se retirarem do Tratado para Forças Nucleares de Alcance Intermédio, e demarcou claramente as linhas vermelhas relacionadas a consequências possíveis do movimento. Como esperado, foi direto ao ponto: “É gravíssima ameaça contra nós. Se acontecer assim, seremos forçados – repito, para salientar – seremos forçados a responder com ações espelhadas ou assimétricas.”

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Preparem-se para o Gaza-samba

A partir da provocação feita pelo The saker, enviada em forma de trovão da matéria da Russian Today que mostrava ao mundo uma dupla de brasileiros fuleiros fazendo pose de sionistas, Pepe Escobar chafurda no pântano tropical e comenta com seu olhar acurado o que representa este desejo de alinhamento sionista-cristão.

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Guerra econômica contra o Irã é guerra contra a integração da Eurásia

A histeria reina suprema depois que a primeira rodada de sanções dos EUA entrou em vigência novamente contra o Irã, semana passada. São vários os cenários de guerra, mas mesmo assim o aspecto chave da guerra econômica lançada pelo governo Trump tem passado despercebido: o Irã é peça central num tabuleiro de xadrez muito maior.


A ofensiva de sanções dos EUA, lançada depois da retirada unilateral de Washington do acordo nuclear iraniano, tem de ser interpretada como um gambito para avançar no Novo Grande Jogo, em cujo centro estão a Nova Rota da Seda da China – o mais importante projeto de infraestrutura, pode-se dizer, do século 21 – e a integração da Eurásia.


As manobras do governo Trump dão prova de o quanto a Nova Rota da Seda da China, ou Iniciativa Cinturão e Estrada (ICE), ameaça o establishment norte-americano.



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Terremoto na Turquia pode mudar o mundo?

A aproximação recente da Turquia em relação à Rússia é a verdadeira causa do fim do guarda chuva de proteção financeira que protegeu a Turquia por décadas de ataques cambiais e em especial Erdogan. Erdogan prometeu não recuar, e, ao contrário, fortalecer os laços com a Rússia, China e Irã.
Quem vencerá essa queda de braço?

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Eurásia dilacerada entre guerra e paz

Dois encontros – o aperto de mãos transfronteiras que sacudiu o mundo, entre Kim e Moon em Panmunjom, e o passeio cordial de Xi e Modi junto ao lago em Wuhan – podem ter deixado a impressão de que a integração da Eurásia estaria começando a andar por trilha mais suave.


Não, nada disso. Tudo é outra vez confronto: e no centro, como se podia prever, está o acordo nuclear iraniano, real, efetivo, que funciona, o Plano de Ação Conjunto Global (ing. Joint Comprehensive Plan of Action, JCPOA).



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