A grande disputa geopolítica do século XXI: mobilidade, meio ambiente e inteligência artificial – Parte 4

Ninguém jamais ousou imaginar que o governo americano um dia estatizaria a General Motors – GM, como fez em 2009, qualquer que fosse a crise. Primeiramente, porque a GM foi durante a maior parte do século XX a maior empresa do mundo e orgulho do capitalismo americano. A gigante já passou incólume por muitas crises incluindo a grande depressão dos anos 30. Segundo, porque os EUA sempre foram os grandes defensores da livre iniciativa, das privatizações e combateram as estatizações em todo o mundo. Jamais alguém imaginou que o governo americano iria controlar uma empresa industrial. Isso é um abalo absolutamente inusitado em nossas crenças sobre economia e política.
Deixando de lado a questão ideológica, faz-se necessário avaliar o motivo dessa medida tão inesperada.

Ler mais

Começam hoje 50 anos de guerra de tarifas?

Muito mais que primeiro tiro à meia-noite de hoje do que pode converter-se em terrível guerra comercial, a queda de braços de tarifas entre EUA e China deve ser vista no contexto de grande virada no Grande Quadro geopolítico e econômico.


O jogo de passar adiante as culpas, e todos os tipos de cenários de especulação de como pode evoluir a disputa de tarifas, são questões periféricas. O alvo crucialmente decisivo do que hoje se inicia não é algum “livre comércio” que seria disfuncional; o alvo é o projeto “Made in China 2025” – a China autoconfigurada como usina geradora de alta tecnologia equivalente, ou mesmo superando EUA e UE.



Ler mais

A grande disputa geopolítica do século XXI: mobilidade, meio ambiente e inteligência artificial – Parte 3

O contínuo aumento consumo de combustíveis fósseis em razão da adoção do modelo fordista-petroleiro americano pela maior parte do mundo em desenvolvimento está levando à perda de prestígio desse modelo e ao crescente investimento em tecnologias e infraestrutura alternativa a ele.
Essa alternativa já foi escolhida: é a mobilidade elétrica com trens e carros elétricos e a substituição do carvão e o óleo combustível por tecnologias de conservação de energia e fontes mais limpas de produção de eletricidade como gás natural, energia eólica e solar.

Ler mais

Globo tenta anular militares nacionalistas contra o desmonte neoliberal de Tio Sam

A Globo, porta voz do império americano, faz qualquer coisa para desgastar militares nacionalistas contrários ao desmonte neoliberal que o governo Temer, fantoche de Washington, promove de forma acelerada.
De repente, a família Marinho se empenha desesperadamente em criminalizar, especialmente o governo Geisel(1974-1979), que incomodou muito os Estados Unidos, com seu nacionalismo econômico.

Ler mais

Drama das sanções anti-Irã e a OPEP-plus 

É possível que a história já tenha conhecido mais estranhos parceiros de cama geopolítica. Mas no mundo atual da OPEP-plus, as regras do jogo já são controladas de facto pela Arábia Saudita, usina de produção de petróleo da OPEP, em uníssono com a Rússia, non-OPEP.


Pode acontecer até de a Rússia unir-se à OPEP como membro associado. Una-se ou não, já há uma cláusula chave no acordo bilateral Riad-Moscou, que estipula que, agora, a nova regra para elevar ou reduzir a produção de petróleo são as intervenções conjuntas. Alguns dos principais membros da OPEP não estão exatamente muito felizes.

Ler mais

Em defesa de dar um jeito na Suprema Corte* 

Com a Suprema Corte na 3ª-feira confirmando a decisão de Trump de banir muçulmanos (Suprema Corte EUA, SCOTUS); na 4ª-feira atacando os sindicatos de funcionários públicos; e com o anúncio feito pelo juiz Anthony Kennedy, de que se aposenta, é tempo de trazer outra vez para o topo da agenda uma ideia marginal: ‘superlotar’ a Suprema Corte. 


O apoio da maioria conservadora ao trumpismo e sua obcecada oposição a qualquer projeto progressista implica que, na atual formação, a Suprema Corte funcionará como barreira que bloqueará qualquer agenda de qualquer presidente e Congresso que tenham qualquer tendência de esquerda, mesmo que levíssima. Esse tipo de barreira tem de ser enfrentada e confrontada com firmeza.



Ler mais

Guerra comercial China x EUA se intensifica na sucessão presidencial brasileira

O governo chinês tem que alimentar mais de 2 bilhões de habitantes e precisa de fontes seguras de abastecimento.
Ficar na mão dos americanos, para os chineses, nem pensar.
Por isso, joga com vara de dois bicos:
1 – pressiona o agronegócio e o setor mineral a apoiar eleições livres para todos, para ter amigo disputando eleição e
2 – amplia outros mercados, como na África, de onde os chineses possam comprar, pagando metade do frete, relativamente, ao Brasil etc.
O recado chinês chegou aos políticos conservadores do Centro Oeste brasileiro: de que lado vocês estão?

Ler mais

O que vai tirar Lula da prisão

A pressão política chinesa que iniciou com a taxação dos frangos e agora deve avançar para o setor de minérios tem revelado o tamanho da burrada de “dormir com o inimigo”, praticada pelos empresários que ganhavam com a China e optaram por apoiar quem quer vê-los pelas costas: os EUA.

Ler mais

Metais sexy: peça que faltava no quebra-cabeça coreano

Tudo sugere que o xis da questão no abraço que o governo Trump oferece a Kim Jong-un tenha tudo a ver com um dos maiores depósitos de terras raras (ing. rare earth elements, REEs) do mundo, a apenas 150km ao norte de Pyongyang que vale, parece, vários bilhões de EUA-dólares.



Ler mais

União Europeia pode ser parceira da Rússia? 

Nesse momento, ante o comportamento insano de Trump, que acintosamente afasta praticamente todos os líderes europeus, é a hora perfeita para acrescentar um empurrão russo ao “tranco” dos EUA, e ajudar a trazer a UE para mais perto da Rússia. Ao renomear “liberais” russos (eufemismo para designar os russos aderidos a OMC-Banco Mundial-FMI e assemelhados), Putin dá à Rússia ares capazes de atrair, na medida do possível, a UE.
Pessoalmente, não acredito que a UE, dadas as condições certas, possa vir a ser parceira dos russos. Adiante, tento expor as razões desse meu ceticismo.

Ler mais

Putin bem que avisou (há dez anos)

Não se pode culpar o presidente russo Vladimir Putin, por saborear um momento ‘eu-avisei’. Putin realmente avisou líderes europeus de que a briga geral em que estão eles todos metidos de um lado, contra os EUA, de outro lado, é o que sempre acontece quando alguém se curva com demasiado servilismo às ambições hegemonistas dos EUA.
Semana passada, durante sua maratona de Perguntas e Respostas por televisão, com cidadãos russos, Putin fez referência às tarifas comerciais sem precedentes que o presidente Trump está aplicando aos estados europeus.



Ler mais

Por que Índia ignora sanções dos EUA e une-se ao Irã

Prestem toda a atenção ao que a ministra de Relações Exteriores da Índia Sushma Swaraj, disse depois de se reunir com o ministro de Relações Exteriores do Irã Javad Zarif, no início dessa semana, em Nova Delhi:

”Nossa política exterior não é feita sob pressão de outros países (…) Reconhecemos as sanções da ONU e não reconhecemos sanções específicas por países. Tampouco observamos sanções norte-americanas em outras ocasiões.”

Ler mais

Diário do Irã:
 Preparando-se para guerra econômica total

No instante em que se põe o pé nas ruas de Mashhad, se é envolto pelo ar perfumado de açafrão, uma brisa leve que vem da montanha: ali se está no coração da Antiga Rota da Seda e da Nova Iniciativa Cinturão e Estrada (ICE).


Para leste, a fronteira afegã esta apenas a três horas de distância por uma excelente estrada. Para norte, a fronteira do Turcomenistão está a menos de quatro horas. A noroeste, o Mar Cáspio. Ao sul o Oceano Índico e o porto de Chabahar, entrada para a versão indiana das Rotas da Seda. A ferrovia Teerã-Mashhad está sendo construída pelos chineses.



Ler mais

Qual o verdadeiro interesse dos EUA com a “desnuclearização” da Coreia do Norte?

Há aqui uma verdade que não pode ser escamoteada: os EUA querem ter o monopólio das armas nucleares e com isso poder dominar o mundo usando meios de persuasão com os seus aliados, nomeadamente UE, Israel e Arábia Saudita. Esses meios de persuasão têm a ver com embargos econômicos, tornando insustentável as economias dos “países alvo” de forma a pararem o desenvolvimento do programa nuclear.

Ler mais

“Depois da movimentação de Trump, cada um faz seu próprio jogo”

Ao cumprir, na terça-feira passada, sua promessa eleitoral de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã assinado em 2015, o Presidente Donald Trump apostou que, durante o período até a conclusão de um novo pacto, as relações de força no Oriente Médio se manteriam equilibradas, mas não imaginou que o vácuo deixado por Washington seria imediatamente preenchido por outros atores do drama regional.

Ler mais

Mário Maéstri – Ofensiva Imperialista Mundial e Golpe Institucional no Brasil

No Brasil, a operação golpista foi longa e cuidadosamente planejada pelas centenas de analistas de órgãos estadunidenses como a CIA, NSA, Departamento de Estado, etc.. Implementada através de “revolução de veludo” contra a “corrupção petista”, o golpe teve como instrumentos fundamentais a Justiça e o Parlamento, já totalmente nas mãos do conservadorismo. Para tal, foi necessário a aprovação ou adaptação às suas necessidades de leis e instrumentos jurídicos

Ler mais

A farsa da Lava Jato com o doleiro Dario Me$$er: o Duplo Expresso avisou!

Atualizado em 3/mai/2018 – 21:21
Sim, o Duplo Expresso avisou… e desde 2016. Culminando na publicação do artigo “Sergio Moro & Dario Messer, o doleiro: o elo ‘perdido’ – e explosivo – ligando Lava Jato e Bane$tado”, em 7/jan/2018.
– Moro/ Bretas/ EUA visam não apenas a se blindarem contra a possibilidade de traições – no governo Temer/ PMDB/ PSDB, no STF/ STJ, na Globo, na Avenida Paulista e… no “PT JUDICIÁRIO” (e no “PT com rabo preso”) – como também a garantir a consecução do seu objetivo político maior nos processos – leia-se “delenda Lula, delenda PT ” – quando os recursos começam a chegar a Brasília (onde passa a haver choques com o STF e o STJ).
(mais: “delenda bois de piranha no PSDB/ PMDB/ ‘Centrão'”)
– Bônus: Moro e Bretas (e EUA) podem ainda estar fartos da chantagem de Eduardo Cunha – e associados. Resolveram então desarmá-los, controlando a fonte primária do dossiê “Banestado”. O custo de imagem da blindagem a Cunha – uma cortesia do Duplo Expresso – pode ter se tornado caro demais. Pegam os ácidos limões que o Duplo Expresso atirou (Cunha & Messer) – até aqui com exclusividade (por que será?) – e fazem uma limonada.
(será “limodada suíça”?)
– Se alguém ainda acreditava no sucesso dos recursos de Lula em Brasília e colocava aí (ingenuamente) as suas fichas na luta contra o Golpe…
– Precisa desenhar, Lula? Precisa desenhar, (ala não-traíra do) PT? Precisa desenhar, bois de piranha da direita? Então a gente desenha…

Ler mais

Sergio Moro & Dario Messer, o doleiro: o elo “perdido” – e explosivo – ligando Lava Jato e Bane$tado

(artigo originalmente publicado em 7/jan/2018)
Segundo fonte nossa na comunidade de inteligência europeia, os “operadores” do enterro do escândalo do Banestado – de longe o maior caso de corrupção de todos os tempos: mais de 134 bilhões! De dólares! – teriam recebido 0,8% desse montante para operacionalizar o “desmonte”. Por óbvio, entre os “coveiros” necessariamente se encontravam membros do Judiciário. Os “operadores jurídicos” do “enterro” também teriam, portanto, entrado no rateio desse butim. Ou seja: 0,8% dos 134 bilhões de dólares. Nada menos que 1.072 bilhão de dólares! Vale lembrar que o juiz Sergio Moro, na qualidade de juiz de instrução, presidia as investigações então.

Ler mais

Temer – mais Lula – e o inimigo (comum) a neutralizar: Barroso!

O – verdadeiro – alvo: Barroso tenta fazer Temer refém, através da prisão de seus dois operadores, para virar votos no STF em favor da prisão de Lula. O inimigo de Barroso é a política. Toda ela. Pouco se lhe dá – no longo prazo – se oligárquica ou popular, sujinha ou cheirosa. O projeto é a substituição da democracia, o governo da maioria, pela “noocracia à brasileira”, o governo de um triunvirato não eleito: finança internacional (mais Deep State americano), cartel midiático brasileiro e, como operadores de campo, os “juristocratas”.

Ler mais

Tiros e inocentes: “a Constituição não é uma sugestão”

No momento em que se pode discutir aquilo que é indiscutível (as bases que fundamentam a própria sociedade), então é melhor admitir que não deu certo e partir para a ruptura institucional com todos os riscos disso decorrentes. A possibilidade de piorar não é pequena. Aliás, diria que, mais que possível, é probabilíssimo. O tempora o mores.

Ler mais

Criptomoedas e hegemonia do dólar: confiança ou poder industrial?

Por Gustavo Galvão, para o Duplo Expresso
(economista do BNDES com especialização em moedas/ assessor parlamentar)
Esmagar países pequenos e inofensivos como Venezuela é apenas uma demonstração patética da tentativa do valentão da rua esconder sua incapacidade em dobrar seu novo desafiante que está se formando com o Pacto de Xangai e o “atrevimento” dos BRICS.

Ler mais