Haddad é a última pá de cal no PT

Atualmente, há quarenta anos daquele Ano Vermelho, os capas-pretas petistas pedem a cabeça de Gleisi Hoffman, propondo elevar o acadêmico Fernando Haddad à presidência do PT no congresso de novembro. Os mastodontes petistas – Washington Quaquá, Jaques Wagner, Tarso Genro – reclamam que a deputada federal fala sobretudo para a militância petista, procurando alianças com os partidos ditos – com boa vontade – de esquerda e centro-esquerda – PC do B, PSOL, PDT, Rede. Os sectários de Haddad sonham com alianças que perscrutem os extremos mais obscuros do arco-íris eleitoral e social. A pressa para conquistar o controle do aparato partidário se deve às eleições municipais de outubro de 2020. Gleise tem por ela sobretudo Lula da Silva, o ás petista, cada vez mais fora do baralho. O MST anda encolhido. A Articulação de Esquerda, que ninguém sabe onde se meteu.
Não há salvação fora da luta dura para derrubar o governo e o regime em consolidação. Para tal, a vanguarda e o movimento social devem passar por cima das políticas colaboracionistas e seus dirigentes. Trata-se de luta de longo fôlego, em que é necessário plantar agora para colher nessa e nas próximas safras. Os parlamentares e burocratas petista e associados vão seguir empurrando com a barriga a luta contra conclusão da destruição da Previdência. Para salvarem a cara, farão algumas mobilizações, sem muito alarde e organização. E para garantirem suas biografias e carreiras, farão discursos furibundos e inócuos no parlamento, rebatidos aos milhares em posts na internet. A caravana golpista seguirá tranquila, enquanto os gordos parlamentares oposicionistas se manterão ladrando em uníssono.
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