Segundo turno das eleições de 2018 e a legitimação do fascismo no Brasil

Dizer que esperávamos a vitória do fascismo nas eleições seria um erro. Muito ao contrário. Estávamos confiantes na virada, como apontavam todos os institutos de pesquisa, com a queda de Bolsonaro e a subida de Fernando Haddad. No entanto, a legitimação do fascista veio pelas urnas. Neste primeiro artigo sobre eleições, pretendo apenas apresentar dados numéricos sobre o resultado em si nas eleições presidenciais. Comentar sobre um tema que tenho introduzido na Sociologia que é a relação com a representatividade do eleito/a no conjunto dos eleitores inscritos. Ao final, algumas breves conclusões, tecendo comentários específicos sobre as formas de como um fascista ascende ao poder.

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Brasil no Mundo Também Não É Pauta Eleitoral

A infelicidade brasileira é a elite que se acostumou pelos 400 anos de escravismo legal e pelo tempo restante, desde seu descobrimento, pelo escravismo não oficial, a não respeitar os pobres e, dentre estes, os negros. No País em que a maioria absoluta da população é formada de negros e mestiços de negros e de índios.

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Tarefas da esquerda para 2019

Alguns haverão de meu perguntar: porque escrevo sobre 2019 se nem vencemos o primeiro turno? E que dirá o segundo. Há muita luta, muita batalha pela frente, sem dúvida. Mas, em primeiro lugar, estou convicto que iremos para o segundo turno e teremos a vitória do Professor Fernando Haddad nesse segundo turno. Não tratarei sobre pesquisas, probabilidades eleitorais, em que já escrevi exaustivamente sobre isso, tendo gravado vídeos e áudios sobre essa temática. Abordarei aqui tarefas das organizações de esquerda (partidos, movimentos e organizações sociais), para que a democracia de nosso país, que viveu e vive tempos de estado de exceção, possa voltar a se consolidar.

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Duplo Expresso nos países nórdicos – Eleições 2018 e Defesa de Lula

A “Comunidade Duplo Expresso” (Apud Romulus Maya) conquista mais e mais espaço de divulgação das ideias e debates. Após um mês o Programa Duplo Expresso ganhou mais 5 minutos de duração (eram 10, agora 15) e além da Suécia pode ser assistido em todos os países nórdicos.
Por esta razão, os primeiros programas foram apresentados em português e com legenda em inglês, mas agora é apresentado em inglês (sem legendas). Ontem (5/10) foi ao ar às 22:15 (horário da Suécia) um programa que destacou as eleições no Brasil e a defesa de Lula.

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A questão nacional não entrou na questão eleitoral

Desde o momento que o capitalismo financeiro, que denomino banca, dominou o mundo capitalista, novas prioridades passaram a definir a luta dos povos por suas independências. E, como é óbvio, este novo poder dominante criou novos mitos, novas questões para desviar desta luta seus principais conteúdos, quais sejam as ações nacionais pela soberania e pela cidadania.
Ter colônia de escravos, e no mínimo número necessário para produzir seus lucros, é o objetivo da banca.

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As forças que golpearam Dilma Rousseff e a eleição de 2018

No próximo domingo, dia 7 de outubro de 2018, teremos nossa oitava eleição presidencial desde 1989, quando elegemos pela primeira vez um presidente pelo voto direto desde 1960. Quem votou em 1960 com 18 anos, tinha naquele ano, 47 anos. Uma pessoa de meia idade. Quem votou pela primeira vez em 1989, tem hoje a mesma idade. Uma grande coincidência. O Brasil mudou profundamente nesse período. Achávamos que a nossa democracia estava razoavelmente consolidada. Que não precisaríamos mais ir às ruas – como fomos com as mulheres neste final de semana lindo que passou – para defender a democracia, na verdade para pedir a sua volta. Estávamos errados. Sofremos um golpe – de novo tipo, é verdade – em 2016, quando a primeira mulher eleita presidente da República foi destituída do cargo por uma quadrilha – e isso não é força de expressão – que tomou de assalto o destino da Nação. Neste breve artigo, pretendo analisar em mais detalhes quais foram as forças interessadas no golpe, suas razões.

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Questões Transversais e a Banca

Poderíamos simplificar este conceito didático para um conceito social restrito, ou seja, as questões transversais dizem respeito a igualdade de gênero, opções sexuais, aceitação de raças não predominantes e a proteção da natureza e defesa ambiental.
As questões econômicas, exceto pela generalidade da luta contra miséria, não ocupam as questões transversais, assim como as questões político-ideológicas. Busca-se colocá-las como questões civilizacionais. Ironizando, de “boas maneiras”, bom senso e bom gosto, uma Questão Coimbrã, surgida quase um século depois, sem os talentos literários de António Feliciano de Castilho e Antero de Quental.

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O canto da sereia e a sua responsabilidade nas urnas

Escrevo este texto após ter participado no final da tarde do domingo (23) de um bom debate onde os juristas Luiz Moreira e Romulus Maya (meu parceiro no projeto Duplo Expresso) convidaram a nossa comentarista Maria Eduarda Freire e falaram de uma maneira inquestionável: Haddad representa a vitória do PT Jurídico. Foi assessor de Tarso Genro no Ministério da Justiça e, também por isso, assim como Cardozo e Dilma se comporta como um “vaselina” nas questões delicadas. Tem como filosofia a substituição da soberania popular pelos plenos poderes punitivistas dos quadros da justiça.
Não falo da pessoa Fernando Haddad. Não tenho nada contra ele, pois sequer sei quem ele é como pessoa. Como político ele está exposto.

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Pesquisas eleitorais: sua história, validade e importância

Foram dois os eminentes matemáticos franceses os precursores da fundamentação teórica que sustentam a validade científica das pesquisas de opinião. Ambos viveram no século XVII. Foram eles Blaise Pascal (1623-1662)³ e Pierre Fermat (1608-1665)⁴. Ambos matemáticos brilhantes, Pascal em particular, entre tantos atributos e invenções, ele desenvolveu as bases da Lei das Probabilidades, que seria aperfeiçoada posteriormente por Pierre Simon Laplace (1749-1827).
A regra geral da teoria, pode-se resumir, é que se uma pequena amostra de qualquer coisa estiver bastante semelhante a um todo, há uma grande probabilidade de que ela reflita esse todo, esse geral.

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Por que elegeremos o presidente da República e faremos um terço da Câmara dos Deputados

Como sempre venho dizendo, analistas políticos – sejam eles nacionais ou internacionais – jamais devem fazer afirmações peremptórias como essa que aparece no título acima. Mas, vou arriscar. Eleições tem sempre três componentes: ciência (pesquisas, análise de dados e inteligência), política (programa e propostas) e… o imponderável. Cabe a nós, estudiosos do fenômeno do voto, minimizar ao máximo o imponderável e valorizar ao máximo a ciência (quanto ao programa, deixo isso para os partidos e os candidatos). Este artigo pretende mostrar que o sistema como estamos estruturados para eleger representantes na proporcionalidade impede, objetivamente, que a esquerda conquiste maioria no legislativo (diferente do senado, onde isso até poderia ser possível, por serem eleições majoritárias). Vamos ao texto.

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Eleições no Brasil de 1945 a 2018: o comportamento do eleitorado

Pretendo apresentar informações e dados eleitorais relativos às 11 eleições presidenciais ocorridas no Brasil desde 1945 (esta será a 12ª eleição), tais como: eleitores inscritos (aptos a votar), abstenções, votos dados em branco ou anulados, votos válidos e a votação nominal dos vencedores nesses pleitos. Voltarei a abordar um conceito que venho chamado de “índice ABN” (abstenções, brancos e nulos), que são os votos “jogados fora”, ou desperdiçados ou, como dizem alguns autores “votos de alienação eleitoral”. Por fim, introduzo um conceito novo no Brasil, mas muito falado em outros países, que é a chamada representatividade do(a) eleito(a), ou seja, uma comparação de sua votação direta com o total de inscritos. E as conclusões com relação à representatividade dos e das eleitas são estarrecedoras.

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Avaliação do primeiro debate da Band

Fiquei impressionado com a pobreza do debate. Isso só fez destoar a ausência forçada e ilegal do ex-presidente Lula. A lei eleitoral obriga que haja igualdade entre os candidatos na cobertura da imprensa e nos debates que ela promove.
Não podemos nem culpar os candidatos pela miséria do debate, porque essa pobreza é culpa da limitação do modelo escolhido pela Band. Um minuto e pouco para responder e 45 segundos para réplica e tréplica é tempo insuficiente para desenvolver qualquer ideia, por mais simples que seja.
O máximo que se consegue fazer é obrigar os candidatos a repetir frases decoradas e preparadas pelos seus marqueteiros para caber em uma janela de poucos segundos.

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Comícios – Amigos de Lula Livre: vamos organizar comícios pedindo Libertação de Lula?

O imbróglio do dia 08/07 consolidou a muitos, em especial, aos duvidosos, a percepção da perseguição e prisão política de Lula! Internacionalmente isto já é um fato real!
Para os mais nacionalistas, é clara situação de “lawfare”. Semelhante ao ocorrido em Honduras/Paraguai só para lembrar casos recentes.
Percebe-se pelos índices crescentes de Lula nas pesquisas, a inclusão de novos indignados mesmo daqueles que ainda tinham dúvidas da culpabilidade de Lula. Pelas pesquisas Lula já ganharia no 1° turno, então estamos falando em maioria.

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Uma semana decisiva

Esta semana apresenta uma tarefa ainda mais importante do que a preparação da nossa participação na Convenção e o planejamento e organização da campanha, que deverá estar nas ruas na segunda-feira próxima, dia 6 de agosto. Refiro-me à tarefa que cabe a todos os brasileiros conscientes de fazer com que os senadores e senadoras recebam, nesta última semana do recesso parlamentar, as informações necessárias para que recusem-se ao papel de traidores da Pátria na votação do projeto criminoso que entrega o filé do filé do pré-sal às estatais estrangeiras e às multinacionais do petróleo.

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Prognósticos sobre as eleições de 2018

Esta não será a primeira vez e espero que não seja a última, em que escreverei comentários sobre as próximas eleições antes, claro, que elas ocorram (comentar depois quase que não tem graça). Por isso o uso do termo “prognósticos”, e não previsões. Aqui apontarei tendências, possibilidades, cenários. Há muito de intuição, mas de análise com base em fatos, dados e pesquisas. O que farei aqui é tudo, menos previsões. Entendam dessa forma.

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Eleições 2018: “Esquerda x Esquerda”. Falta um pequeno detalhe: combinar com o povo

A direita já se uniu, tudo de mais retrógrado, entreguista e lesa-pátria já se encontra do lado de lá! Chegou a hora de fazermos uma aliança do “lado de cá” pelo direito de Lula ser candidato! O povo deve ser respeitado, a esquerda deve se unir e lutar por duas frentes como uma pauta única: Lula livre e o direito de Lula ser candidato.  A esquerda deve estar toda unida com o povo.

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Celso Amorim: precisamos de um “Plano B”? Não!

O Duplo Expresso recebeu relatos sobre uma reunião na última semana entre membros da alta Finança, em SP, em que a hipótese de uma saída para a crise – com Lula como timoneiro – chegou a ser “aventada”. É apenas um primeiro passo, ainda. Algo no terreno das especulações. Mesmo porque careceria do principal: assentimento dos verdadeiros patrões do Golpe, fora do Brasil.
Mas, mais que tudo isso, trata-se do reconhecimento de que o “Lula de A a Z” – renitente – está trazendo frutos; com a repulsa das bases a alternativas “B” já passando a ser assimilada pelo outro lado.
Pois é nosso papel tornar para o tal “Mercado” essa opção relativamente mais barata/ previsível do que a alternativa.
E isso incluiu, de nossa parte, impedir a viabilidade da hipótese de o Golpe, eventualmente logrando impedir a candidatura de Lula, conseguir escolher o (duplamente) “candidato” do PT: não apenas alguém que não encarnaria uma “anti-candidatura”, como ainda alguém que não teria a força de caráter para torna-lo imune a tentativas de cooptação pela vaidade ou por pressão ou ameaça; ou que não tivesse um forte compromisso com o coletivo e firmeza ideológica e nacionalista.
Pois é justamente aí que entraria o (eterno) Chanceler Celso Amorim.

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A ressaca da Copa, o “complexo de vira-lata” e as Eleições 2018

O que a ressaca da Copa, o “complexo de vira lata” e as eleições 2018 têm em comum? A resposta está em você. Ela é um teste para que você mesmo possa medir o seu grau de alienação ou capacidade de resistência ao massacre midiático que um receptor, vítima do monopólio da comunicação social, está exposto diariamente.
Agora, vivemos aquele momento onde o espólio da ressaca pela “derrota do Brasil” tem sido disputado a tapas por esta mesma mídia hegemônica que ajuda a criar no imaginário do cidadão brasileiro uma série de conceitos, sentimentos e emoções no bojo de uma estrutura que controla e usa esses sentimentos e emoções para atender aos próprios interesses e conveniências.

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A voz do povo e o desespero dos coadjuvantes

Lula é o representante ideal para praticamente metade dos brasileiros, 40% nas pesquisas. A quem interessaria que fosse ele (Lula) a ser sacrificado e excluído das urnas? Aceitar essa barbárie é um atentado contra a democracia. Apoiar, legitimar e aceitar que Lula siga preso e perca seus direitos políticos, impedindo milhões de brasileiros de votar nele, é um ato de guerra. Uma guerra contra o povo.

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Tensão máxima – rompimento da corda definirá se teremos eleições em 2018

Pesquisas de opinião pública são hoje apenas um atestado de reprovação da justiça, emitido pelo povo. É dramática a situação daqueles que lutam pelo Brasil Colônia. De um lado, a total ausência de um candidato capaz de ser visto como viável para uma disputa eleitoral. Do outro lado, a sombra de um Lula vivíssimo que, mesmo preso (político), é a única esperança de um Brasil soberano para a maioria esmagadora dos brasileiros.

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