Morte na Amazônia brasileira antes da emissão do CO2

Sobrevoar a floresta e ver clareiras é assustador até para uma criança que vê terra seca no meio do verde. Sempre foi, porque fui uma criança assustada com isso há mais de 30 anos. Passear num barco em qualquer afluente do rio Amazonas e ver a madeira rolando aos montes puxada por barcos menores. Madeira de quem, pra quem, derrubada por quem a que custo? No barco de passeio, a pobreza, não a simplicidade, (a miséria mesmo) se mostra.
Na mãe que carrega crianças nuas e descalças, a criança praticando a mendicância, na prostituição perceptível, no alcoolismo como fuga, histórias trágicas contadas. Fome não é elemento cultural. Leia este vívido ensaio.

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Falso dilema ambiental e indigenista ameaça o país

É preciso evitar a falsa polarização entre, de um lado, o ambientalismo/ indigenismo de santuário, defendido por ong’s financiadas por Estados e corporações imperialistas e que procura estabelecer reservas imensas justamente em áreas repletas de recursos estratégicos (minérios, água, etc.) e, de outro, a exploração selvagem e inconsequente da terra e das pessoas por oligarcas locais. Não há, na prática, oposição entre essas posições. Ambas convergem para a desestatização e o não-desenvolvimento de imensas parcelas do território (sobretudo no Norte e Centro-Oeste) e, portanto, para a miséria de sua população, o esvaziamento demográfico, o contrabando e a privatização de riquezas nacionais, a degradação ambiental, o separatismo com base no fomento a identitarismos étnicos, e a fragmentação territorial.

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